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2 av - Emylly Begot - 17023986

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FACULDADE UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
DISCIPLINA Tópicos Integradores II 
2ª AVALIAÇÃO 
 
ALUNO EMYLLY RAISSA BEGOT MATRÍCULA 17023986 
DISCIPLINA TÓPICOS INTEGRADORES II 
DATA DA 
PROVA 07/06//2021 
PROFESSOR STAEL SENA 
TIPO DE 
PROVA 
TURMA 7NNA 
CÓDIGO 
DA TURMA 7NNA NOTA 
 
1. Conforme a Lei N° 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e 
à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e 
defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal, julgue as 
assertivas a seguir. 
I- É defeso o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto 
fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo fechado, privado ou público. 
II- As repartições públicas, os hospitais e postos de saúde, as salas de aula, as bibliotecas, os 
recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e cinema estão incluídas no conceito de recinto 
coletivo fechado, privado ou público. 
II-. A propaganda comercial dos produtos fumigeros deverá ajustar-se ao princípio entre outros 
ao de não associar o uso do produto à prática de atividades esportivas, olímpicas ou não, nem 
sugerir ou induzir seu consumo em locais ou situações perigosas, abusivas ou ilegais. 
IV- A propaganda comercial dos produtos fumígeros tem a faculdade de empregar imperativos 
que induzam diretamente ao consumo e pode incluir a participação de crianças ou adolescentes. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) II e III. 
b) III e IV. 
c) II, III e IV 
d) I e IV. 
e) I, II e III. ( X ) 
2. Examine as assertivas abaixo à luz da Lei 9.294, de 15 de julho de 1986. 
I- O tabagismo é a principal causa evitável de óbito no mundo, de maneira que se deve adotar 
medidas efetivas para o controle de tabaco, dentre as quais a proibição de propaganda, promoção 
e patrocínio pelas empresas de tabaco. 
II- As doenças relacionadas com o tabagismo têm elevado os custos aos cofres públicos visto 
que geram despesas com assistência médica aos fumantes doentes e com benefícios 
previdenciários. 
III- Pode-se afirmar que a Lei 9.294, de 15 de julho de 1986 busca, entre outros objetivos, 
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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
DISCIPLINA Tópicos Integradores II 
2ª AVALIAÇÃO 
 
proteger o consumidor da publicidade, não somente a enganosa ou abusiva, mas a relativa a 
produtos perigosos ou nocivos à saúde e à vida humana, dentre os quais o tabaco. 
VI- A propaganda e publicidade de produtos fumígenos, conforme a Lei 9.294, de 15 de julho 
de 1986, é livre e sem limites no Brasil. 
Estão corretas somente as afirmativas: 
a) I e IV. 
b) I, II e III ( X ) 
c) I, III e IV. 
d) II e III. 
e) III e IV. 
3. após proceder a leitura do excerto¹ abaixo e com substratum na lei n° 9.294, de 15 
de julho de 1996, disserte sobre a conexão do bem jurídico tutelado pelo referido 
diploma legal, bem como outros bens que considere relevante e estabeleça as 
conexões imprescindíveis entre o direito material e processual. 
“A indústria Souza Cruz deve indenizar um fumante com doença vascular em R$ 350 mil, por 
danos morais. A decisão é da 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que 
confirmou a condenação, por unanimidade. 
Michel Eduardo da Silva Martins entrou com ação contra a Souza Cruz, afirmando que teria 
desenvolvido uma doença chamada Tromboangeíte Obliterante por ter consumido por treze anos 
os cigarros fabricados pela Companhia. Com a evolução da doença, ele teve que amputar três 
dedos do pé esquerdo e também teve depressão. 
A empresa alegou que antes de 1988, ano em que Martins teria iniciado o consumo do produto, 
inexistia a exigência de divulgação de cláusulas de advertência de consumo, por isso, não pode 
ser acusada de omissão de informações. 
Destacou também que tanto a decisão de começar quanto a de parar de fumar são frutos do livre 
arbítrio das pessoas, não existindo no cigarro qualquer substância capaz de influir na tomada de 
decisão. Os riscos para saúde associados ao consumo e tabaco, afirmou, são conhecidos pelo 
público em geral e veiculados pelos meios de comunicação, há muito tempo. Além do que, não 
é comprovada relação entre a doença desenvolvida e o consumo do cigarro. 
A relatora do processo, desembargadora Marilene Bonzanini Bernardi, salientou que para que se 
reconheça o dever de indenizar é necessário examinar a presença do dano, culpa e nexo 
causal.Para ela, no caso, trata-se de uma relação de consumo e a responsabilização se dá 
independentemente da existência de culpa, como preceitua o Código de Defesa do Consumidor. 
Conforme o CDC, ressaltou, “a responsabilidade do fornecedor é objetiva, decorrente dos riscos 
criados pela colocação de seu produto no mercado de consumo, cuja onerosidade gerada não 
deve ser compartilhada ou suportada pelo consumidor, pessoa que, em tese, desconhece os 
métodos e os mecanismos de produção”. 
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DISCIPLINA Tópicos Integradores II 
2ª AVALIAÇÃO 
 
Para a desembargadora, o livre arbítrio para fumar também não serve para afastar o dever de 
indenizar das indústrias de cigarro pelas mesmas razões que não se presta para justificar a 
descriminalização das drogas. “O homem precisa ser protegido de si mesmo, mormente porque 
lidamos com produtos que podem minar a capacidade de autodeterminação”. 
Ponderou que, mesmo sendo obrigatórias as propagandas de advertência dos malefícios do fumo 
para a comercialização de cigarros, a publicidade do produto sempre foi vinculada às idéias, 
ainda que contraditórias, de saúde, intelectualidade, cultura, beleza, charme e sedução. 
“Atributos que todo jovem busca a qualquer custo, o que sempre deu larga margem de vantagem 
para indústria de cigarros que capta seus clientes exatamente na fase da juventude, quando se 
tomam posturas de auto-afirmação e se busca a formação de uma identidade”. Lembrou que autor 
da ação começou a fumar em 1988, mesmo ano em que as advertências de risco à saúde passaram 
a ser veiculadas. Contudo, frisou, “a publicidade enganosa já tinha surtido os efeitos pretendidos” 
disse a juíza Marilene. 
As estatísticas, segundo a Companhia, são favoráveis às suas teses de defesa. Isso porque, nas 
443 ações propostas desde 1995 contra a Souza Cruz em todo Brasil, encontram-se vigentes 236 
decisões, sendo 228 favoráveis e apenas oito desfavoráveis à empresa — as quais ainda estão 
pendentes de recurso. Das 121 ações julgadas em definitivo, todas foram favoráveis aos 
argumentos da Companhia. 
A Souza Cruz informou que irá apresentar recurso ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo 
Tribunal Federal contra a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do 
Sul 
Votos favoráveis 
A responsabilização civil motivada pelo risco inerente ao produto já é uma tendência 
internacional e nacional, demonstrou o desembargador Odone Sanguiné. No Brasil, disse, o 
posicionamento encontra amparo no CDC, Constituição Federal e também no Código Civil de 
2002. Segundo ele, ainda, o livre arbítrio não pode ser comprovado num processo penal. 
Ressalvou, por outro lado, que nem todos os casos envolvendo indústria de cigarro serão 
procedentes. “É preciso avaliar caso a caso.” 
O mesmo posicionamento foi compartilhado pelo juiz-convocado ao TJ Miguel Ângelo da Silva. 
Segundo ele, a responsabilidade do fabricante resulta do risco de produzir e comercializar 
produto potencialmente danoso à saúde. Quanto ao livre arbítrio para consumir o cigarro, entende 
que a questão precisa ser avaliada com flexibilidade. “O uso, a dependência química vai minando 
a vontade do fumante.” 
¹FONTE: Revista Consultor Jurídico, 22 de setembro de 2005, 19h29 
 
 
FACULDADE UNINASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
DISCIPLINA Tópicos Integradores II 
2ª AVALIAÇÃO 
 
Dissertação da aluna: 
A Lei nº 9.294, de 15 de JULHO de 1996, segundoseu texto original: 
“Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, 
medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição 
Federal.”. Dito isso, é importante falar acerca do principal motivo da lei ser criada – cigarro e 
afins. O Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) “Todos os produtos derivados 
do tabaco, tais como: cigarro, charuto, cachimbo, narguilé, cigarro de palha, dispositivos 
eletrônicos para fumar, entre outros, são nocivos à saúde. No período de consumo destes produtos 
são introduzidas no organismo milhares de substâncias tóxicas, incluindo nicotina que causa 
dependência. A fumaça do tabaco contém mais de 7.000 compostos e substâncias químicas. 
Estudos indicam que no mínimo 69 destes compostos e substâncias provocam câncer.”. 
Considerando o fato supracitado, fica exposto o motivo da lei 9.294/1996 ser criada. Adendo, o 
Sistema Único de Saúde (SUS) afirma que o tabagismo custou muito aos cofres públicos, como 
afirma a doutora em Saúde Pública, Márcia Pinto: “Os gastos brasileiros correspondem a US$ 
200 milhões. A Coréia gasta US$ 413 milhões, mas esse valor engloba o tratamento completo, e 
não apenas internações e quimioterapias. Em Hong Kong, o total sobe para US$ 688 milhões, 
incluindo o tratamento de fumantes passivos. Nos Estados Unidos, os gastos anuais chegam a 
US$ 33 bilhões, pois a medicina é cara não só por utilizar tecnologia de ponta, como também 
pela preocupação constante com a Justiça, o que leva à realização de grande número de exames 
para proteção do médico. Os gastos do Brasil parecem menores que nos outros países, mas na 
verdade são muito mais elevados. O estudo mostrou apenas a ponta de um iceberg.”. 
Acerca do bem tutelado na lei 9.294/1996 – saúde pública –, foi necessário a medida visto que 
anteriormente à lei não se tinha cautela pelo povo brasileiro e o uso do tabaco e afins, como 
afirma o INCA e por isso, a propaganda e seu alcance foram diminuídos em um plano em 10 
anos. Entretanto, no cenário atual da Covid-19 (corona vírus), as vendas aumentaram com o 
isolamento social e as políticas de Lockdown, além disso, considerando o aumento dos problemas 
sociais inerentes ao ramo da psicologia – ansiedade e depressão, por exemplo – foi que a empresa 
de cigarros Sousa Cruz alterou seu nome e ainda afirma ter aumentado suas vendas no cenário 
atual, considerando ainda, que tal medida piorou os casos de covid-19 em alguns pacientes, 
segundo o site “Joio e Trigo”; tornando-se novamente um problema de saúde e levando até alguns 
estados a proibirem a venda de álcool e tabacão/cigarro em um certo horário. Portanto, nas 
palavras do site supracitado: “‘Pandemia do cigarro’ agrava Covid-19 e aprofunda rombo nos 
cofres públicos. Antes mesmo do coronavírus, o tabaco já custava quase R$ 60 bilhões, e é 
responsável por comorbidades que agravam a Covid e aprofundam o rombo nos cofres públicos; 
enquanto isso, empresas aproveitam para promover marketing social. Embora o coronavírus seja 
o protagonista da maior crise de saúde pública da história do país, já enfrentávamos uma outra 
“pandemia” antes mesmo do surgimento do vírus. Uma pandemia silenciosa que, assim como a 
Covid-19 em 2020, ceifa a vida de milhares de brasileiros anualmente. Esse é apenas um dos 
pontos de encontro entre o cigarro e o coronavírus, considerando que o tabagismo, a dependência 
à nicotina, é comprovadamente responsável pelo desenvolvimento de dezenas de doenças não 
transmissíveis. Entre elas, problemas respiratórios, cardiopatias, hipertensão e diferentes tipos de 
câncer, algumas das principais comorbidades que tornam as pessoas mais suscetíveis às formas 
graves do coronavírus.”. 
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2ª AVALIAÇÃO 
 
Referências: 
BRASIL. Lei nº 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996. Dispõe sobre as restrições ao uso e à 
propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos 
agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal. 
PINTO, Marcia. Tabagismo: um mal à saúde e aos cofres públicos. Disponível em: 
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//rrc-05-entrevista-
tabagismo-um-mal-a-saude-e-aos-cofres-publicos.pdf. 
SUDRÉ, LU. “Pandemia do cigarro” agrava Covid-19 e aprofunda rombo nos cofres 
públicos. Joio e o Trigo. 2021. Disponível em: https://ojoioeotrigo.com.br/2021/03/pandemia-
do-cigarro-agrava-covid-19-e-aprofunda-rombo-nos-cofres-publicos/. 
 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.294-1996?OpenDocument
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/rrc-05-entrevista-tabagismo-um-mal-a-saude-e-aos-cofres-publicos.pdf
https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/rrc-05-entrevista-tabagismo-um-mal-a-saude-e-aos-cofres-publicos.pdf
https://ojoioeotrigo.com.br/2021/03/pandemia-do-cigarro-agrava-covid-19-e-aprofunda-rombo-nos-cofres-publicos/
https://ojoioeotrigo.com.br/2021/03/pandemia-do-cigarro-agrava-covid-19-e-aprofunda-rombo-nos-cofres-publicos/

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