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13 - Bru���l� S�: ● Introdução: A tuberculose e a brucelose são as duas principais doenças crônicas na medicina veterinária. A Brucelose doença zoonótica causada pela bactéria Brucella abortus e é caracterizada por infertilidade e aborto no final da gestação nas espécies bovina e bubalina. A brucella, principalmente as espécies abortus , melitensis, são cocobacilos (bacilo achatado), GRAM negativos. Como são patógenos que ficam dentro dos macrofagos , é usado o Vermelho ZNM, que é uma coloração específica para esses patógenos obrigatórios. Além disso, tem como características serem: Aeróbias, imóveis, catalase-positivas, Urease-positivas e são patógenos intracelulares A Brucella tem tropismo por órgãos reprodutivos e que têm alta persistem em ambientes úmidos por meses. As espécies de Brucella são aeróbias, capnofílicas (são os microorganismos com crescimento ótimo em altas concentrações de dióxido de carbono.), catalase positivas(possui catalase, caso dos estafilococos). São oxidase-positivas(cor púrpura forte que aparece rapidamente em menos de 15 segundos), com exceção de B. ovis e de B. neotomae. Todas as espécies de Brucella são urease-positivas(consegue degradar a ureia), exceto B. ovis. Alguns biótipos de B. abortus e B. ovis precisam de 5 a 10% de CO2 para isolamento primário. Além disso, o crescimento de outras espécies de Brucella é melhorado em uma atmosfera de CO2. Os meios enriquecidos com sangue ou com soro são requeridos para cultivo de B. abortus biotipo 2 e B. ovis. Como regra geral, as brucelas têm predileção por órgãos reprodutivos em machos e fêmeas sexualmente maduros, e cada espécie de Brucella tende a infectar uma espécie animal em particular. Animais infectados servem como reservatório de infecção, que persiste indefinidamente. Os microrganismos eliminados por animais infectados podem viver em ambiente úmido por muitos meses. ● Patogênese: “A brucelose é uma das enfermidades mais importantes do gado bovino tanto na América Latina quanto em outros países em desenvolvimento.” Essa patologia é definifa como doena febril, e tem como caracteristica a febre de malta ou febre ondulante, o aborto contagioso e o aborto epizoótico, enfermidade de Bang. Essa doença tem distribuição mundial, com incidência maior de algumas espécies de Brucella, como: ➔ B abortus: mais difundida; ➔ B melitensis e B suis : distribuição irregular; ➔ B abortus e B suis: ocupacionais; ➔ B melitensis: mais frequente na população em geral; “As brucelas produzem colônias rugosas e são menos virulentas do que aquelas derivadas de colônias lisas’ (Roop et al., 1991) Embora microrganismos lisos e rugosos possam entrar nas células do hospedeiro, as formas rugosas são em geral eliminadas, diferente das formas lisas, que podem persistir e se multiplicar. As brucelas virulentas, quando engolfadas por fagócitos nas membranas mucosas, são transportadas para linfonodos regionais. As brucelas persistem dentro de macrófagos, mas não dentro de neutrófilos. A inibição da função fagossomo-lisossomo é o principal mecanismo para sobrevivência intracelular, além de um importante determinante da virulência bacteriana. A bacteremia intermitente resulta na disseminação e na localização junto aos órgãos reprodutivos e às glândulas acessórias de animais sexualmente maduros. ● Fonte de infecção: Os hospedeiros vertebrados que albergam as brucelas e as eliminam no ambiente são animais doentes ou portadores sãos. As diferentes espécies de brucella, infectadas por cada determinada espécie,ou seja, são espécie-específica,mas, podem acometer diversas outras espécies. Os gatos são resistentes à brucella. ● Via de eliminação Os produtos do abortamento, como: feto, placenta, líquido amniótico, ou também o corrimento vaginal e urina (por 15 a 30 dias após aborto ou parto normal) ,sêmen e leite(principalmento, o leite não pasteorizado) são meios de disciminação da doença ● Características da Brucelose: A brucelose é uma doença infecto-contagiosa, de evolução crônica e de caráter granulomatoso típico, que acomete principalmente os sistemas reprodutivo e ósteo-articular de bovinos, suínos, ovinos, caprinos, cães, eqüinos e homem. A doença possui uma ampla distribuição mundial, sendo determinada de doença endêmica no Brasil. A doença provoca graves perdas de produção animal, chegando a causar 25% de diminuição na produção de leite e 15% na produção de carne, sem contar com a perda de bezerros ocasionada por abortamentos. Além disso, a sua presença torna o País vulnerável a barreiras sanitárias internacionais. O agente pode resistir até 4 dias na urina de bovinos, 75 dias no feto abortado em período frio e 120 dias em ficar em locais úmidos, escuros e pH neutro. A brucella é sensível a desinfetantes comuns, como: álcool, produtos clorados, formol e compostos fenólicos, raios solares, fervura e pasteurização. ● Transmissão: A remissão da brucelose pode ocorrer de duas formas: ➔ Contato direto: Por transmissão venérea (a monta natural), pessoas que lidam diretamente com os animais (doença ocupacional). ➔ Contato indireto: Pela ingestão de pastagens, alimentos e/ou água contaminados por restos de aborto, secreções vaginais que contenham brucela ou por infeação aerea (IA). As principais Portas de entrada são: a mucosa digestiva(ingestão), conjunta(quando infecta a conjuntiva do olho), por pele lesada em contato com fontes de infecção e pela mucosa genital ● A doença em humanos: A brucelose é uma doença zoonótica com sintomatologia febril e uma parte é reprodutiva depois de um certo tempo de infecção. O homem é suscetível à B melitensis, B abortus, B canis, B suis, porém a mais patogênica e invasiva é B melitensis. O período de incubação da bactéria dura entre 1 a 3 semanas, podendo se prolongar por meses. As brucelas têm localização intracelular nos tecidos do sistema reticuloendotelial, como: gânglios, medula óssea, baço e fígado. A sintomatologia em humanos pode ter: Febre contínua, calafrios, sudorese, fadiga, anorexia, impotência, dores generalizadas. E Pode ocorrer também Irritação, inquietação, nervosismo, depressão. Esplenomegalia, linfonodos infartados, hepatomegalia e raramente icterícia. A doença pode durar meses a anos e traz consequências graves, como: Encefalite, meningite, neurite, espondilite, artrite, endocardite degenerativa, orquite, vesiculite seminal e prostatite. A maioria dos casos são crônicos, porque não podem aparecer focos pequenos e que se passam despercebidos pelas pessoas como caso suspeito de Brucelose. Além disso, são de difícil diagnóstico e podem durar anos, sendo possível ter diagnóstico conclusivo quando já chegou a afetar o sistema reprodutivo. Há casos de infecção por acidentes com a vacina B 19 em humanos. A exposição acidental à vacina da brucelose representa um potencial risco de infecção ao ser humano, por conter cepas de bactérias vivas e atenuadas. Muitas vezes, este risco é desconhecido ou negligenciado tanto pelos trabalhadores expostos. Se a pessoa não tiver contato prévio com as brucelas e não tem anticorpos para o microrganismo, a infecção se instala rapidamente, após um período de incubação de 8 a 30 dias. O curso da doença é benigna, mas há casos sérios que necessitam de hospitalização. Caso o acidente com a vacina seja em pessoas com anticorpos a sintomatologia é totalmente diferente, apresentando um tipo de reação alérgica, com tumefação e dor no local da inoculação. Após algumas horas pode haver o aparecimento de sintomatologia semelhante, mas os sintomas cedem em poucos dias com ou sem tratamento. No entanto, epidemiologicamente, estes acidentes são insignificantes, pois na maioria dos casos, as pessoas acidentadas não têm ciência do risco. ● Patogenia: Uma vez de ter atravessado a porta de entrada, as brucelas serão drenadas para os gânglios linfáticos regionais e a partir disso, via linfa ou sangue, se disseminam por todo o organismo, indo colonizar os órgãos ou tecidos ricos em células do sistema mononuclear fagocitário, como gânglioslinfáticos, medula óssea, fígado, baço e articulações. Além destes, as brucelas se disseminam para órgão reprodutivos como útero gravídico das fêmeas e os testículos, epidídimo e vesícula seminal dos machos. ● Fonte e modo de transmissão: O homem se infecta por contato direto ou indireto, como com ingestão de produtos de origem animal ou por inalação de aerossóis. Os queijos frescos e o leite cru de cabra ou ovelha infectada por B melitensis são os veículos mais frequentes de infecção para os humanos. Muitos surtos são decorrentes de misturas de leite de cabra e de vaca, e que essa mistura pode levar a infecção de B melitensis .Há surtos originados de leite de vaca e produtos lácteos contaminados por B melitensis e B suis. O leite e produtos contaminados com B abortus podem originar casos esporádicos. As brucelas raramente sobrevivem em leites acidificados, cremes, manteigas ácidas e queijos fermentados (estocados por mais de 3 meses) por conta da mudança de pH. Já as verduras cruas, água contaminada com excretas de animais infectados também são fontes de infecção. ● Doenças nos bovinos: O patógeno principal é a B abortus, onde é a variante mais frequente (80%) na América latina é o n° 1. O período de incubação da brucelose em bovinos varia muito, e pode ser de 2 semanas a 2 meses ou até mais. É caracteristeico em vacas contaminadas o Aborto na segunda metade da gestação, o nascimento prematuro, Natimortos(morte de um feto após 20 semanas de gestação) ou débeis, a Retenção de placenta, casos de Metrite (caracterizada por uma descarga uterina fétida de coloração avermelhada ou amarronzada), Infertilidade permantente e leva a 20 a 25% de diminuição na produção de leite. Nos bois, pode levar ao aumento e atrofia dos testículos, diminuição da libido(procura instintiva do prazer sexual), infertilidade, Vesiculite seminal( Inflamação de uma vesícula) e ampulite e artrite. A principal fonte de infecção bovina são: os envoltórios fetais, fetos, descargas vaginais, excreções. A via de invasão mais frequente é a digestiva é pela ingestão de pasto contaminado , além do costume das vacas em lamber membranas fetais, fetos, recém nascidos, os quais contém um grande número de bruxelas. A infecção aérea é uma fonte de infecção importante. ● Diagnóstico: Não é possível fazer diagnóstico somente pela sintomatologia, somente com exames, como: ➔ O Exame clínico deve ser considerado com cautela, pois os sintomas são inespecíficos sendo que o principal sintoma é a infertilidade, além de poder ter etiologia diversa. O abortamento, a retenção de placenta e endometrite e o feto abortado é aparentemente saudável pois não há infecção fetal, não é diagnóstico diferencial. ➔ O Exame laboratorial é essencial para um diagnóstico definitivo. ➔ O Diagnóstico direto do diagnóstico do agente, quando identificado, possui especificidade de 100%, mas a sensibilidade é muito baixa (resultado negativo não implica em indivíduos livres de infecção brucélica). É viável apenas para o diagnóstico individual de brucelose, já que sua complexidade e altos custos não compensam sua realização em rebanhos. O isolamento é feito a partir de feto abortado (conteúdo estomacal, mecônio, fragmentos de baço e pulmões), placenta, leite, líquido sinovial de articulações comprometidas e sêmen. O material deve ser colhido com o máximo de assepsia e enviado imediatamente, sob refrigeração, ao laboratório. ➔ O Diagnóstico indireto: a pesquisa de anticorpos anti-brucella é o principal recurso empregado no diagnóstico da doença. Segundo o Ministérios de Agricultura, Pecuária e Abastecimento: "Capítulo VI do diagnóstico indireto da brucelose: Art. 24. Os testes sorológicos de diagnóstico para brucelose serão realizados em animais identificados individualmente, de acordo com os seguintes critérios: I - fêmeas com idade igual ou superior a vinte e quatro meses, se vacinadas com a B19; II - fêmeas com idade igual ou superior a oito meses, se vacinadas com a RB51 ou não vacinadas; e III - machos com idade igual ou superior a oito meses, destinados à reprodução. § 1 o Fêmeas submetidas a testes sorológicos de diagnóstico de brucelose no intervalo de quinze dias antes até quinze dias depois do parto ou aborto, cujos resultados sejam negativos, deverão ser retestadas entre trinta a sessenta dias após o parto ou aborto. “ ➔ ATT – Teste de rotina: É um teste de triagem e que é fundamental para se usar com o gado. “Art. 25. O teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) será utilizado como teste de rotina, de acordo com as seguintes condições e critérios: I - a amostra ser colhida por médico veterinário habilitado ou oficial; II - ser realizado por médico veterinário habilitado, médico veterinário oficial ou por laboratório da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; III - a presença de qualquer aglutinação classifica o animal como reagente ao teste; IV - animais não reagentes são considerados negativos; e V - animais reagentes deverão, em até trinta dias, ser submetidos a teste confirmatório ou, a critério do médico veterinário responsável pela coleta e do proprietário dos animais, serem destinados ao abate sanitário ou à eutanásia. ➔ Teste de Polarização Fluorescente (FPA): “Art. 27. O Teste de Polarização Fluorescente (FPA) será utilizado como teste único ou como teste confirmatório em animais reagentes ao teste do AAT ou inconclusivos ao teste do 2-ME, de acordo com as seguintes condições e critérios: I - a amostra ser colhida e encaminhada ao laboratório por médico veterinário habilitado ou oficial; II - ser realizado por laboratório da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; III - a interpretação do teste obedecerá ao disposto abaixo: a) Resultado negativo: menos de 10 mP acima da média dos controles negativos; b) Resultado inconclusivo: de 10 a 20 mP acima da média dos controles negativos; c) Resultado positivo: mais de 20 mP acima da média dos controles negativos.” ➔ Animais com o teste inconclusivo: “IV - animais inconclusivos poderão ser, a critério do médico veterinário responsável pela coleta e do proprietário dos animais: a) retestados entre trinta e sessenta dias, usando o FPA, sendo classificados como positivos se apresentarem, no reteste, resultado positivo ou segundo resultado inconclusivo; ou b) submetidos, em até trinta dias, ao teste de fixação de complemento; ou c) destinados ao abate sanitário ou à eutanásia. ➔ Teste de fixação de complemento - confirmatório: “Art. 28. O teste de Fixação de Complemento será utilizado como teste confirmatório, realizado e interpretado de acordo com recomendações da SDA, e deverá seguir as seguintes orientações e critérios: I - a amostra ser colhida e encaminhada ao laboratório por médico veterinário habilitado ou oficial; II - ser realizado por laboratório da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária; III - ser utilizado para o trânsito internacional de animais; e IV - ser utilizado para teste de animais reagentes ao teste do AAT ou que apresentaram resultado inconclusivo ao teste do 2-ME ou inconclusivo no FPA. ➔ TAL - Teste para monitoramento: É o principal teste para se fazer monitoramento de rebanho. “Art. 29. O Teste do Anel em Leite (“TAL”) poderá ser utilizado pelo serviço veterinário oficial ou por médico veterinário habilitado, para monitoramento de estabelecimentos, ou para outros fins, segundo critérios estabelecidos pelo serviço veterinário oficial. § 1 o Considera-se o resultado do teste como não reagente quando a intensidade da cor do anel for menor que a da coluna de leite. § 2 o Considera-se o resultado do teste como reagente quando a intensidade da cor do anel for igual ou maior que a da coluna de leite; sendo que nesse caso os animais do estabelecimento de criação deverão ser submetidos a testes sorológicos individuais para diagnóstico de brucelose.” - Interpretação do TAL: Quandoé reagente forma anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada. Quando não é reagente forma anel de creme branco e coluna de leite azul. Segundo o PNCEBT 2017 (Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal): Capítulo III da vacinação contra a brucelose: Art. 9 é obrigatória a vacinação de todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses, utilizando-se dose única de vacina viva liofilizada, elaborada com amostra 19 de Brucella abortus (B19). Parágrafo único. A utilização da vacina B19 poderá ser substituída pela vacina contra brucelose não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, a amostra RB51, na espécie bovina. Art. 10. Exclui-se da obrigatoriedade da vacinação contra a brucelose os estados classificados como A, conforme estabelecido no Capítulo XVII desta Instrução Normativa. Art. 11. A vacinação será efetuada sob responsabilidade técnica de médico veterinário cadastrado pelo serviço veterinário estadual. § 1 o O médico veterinário cadastrado poderá incluir em seu cadastro vacinadores auxiliares, permanecendo com a responsabilidade técnica pela vacinação. § 2 Onde não houver médicos veterinários cadastrados ou em regiões onde eles não atenderem plenamente a demanda do PNCEBT, o serviço veterinário oficial poderá assumir a responsabilidade técnica ou mesmo a execução da vacinação. § 3 o Deve-se seguir as boas práticas de manejo para vacinação divulgadas pela Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do MAPA. ➔ Marcação dos bovinos vacinados: Art. 12. A marcação das fêmeas vacinadas entre três e oito meses de idade é obrigatória, utilizando-se ferro candente ou nitrogênio líquido, no lado esquerdo da face. § 1 o Fêmeas vacinadas com a vacina B19 deverão ser marcadas com o algarismo final do ano de vacinação. § 3 Outras formas de marcação poderão vir a ser utilizadas, após aprovação e nas condições estabelecidas pelo MAPA. § 4 o Excluem-se da obrigatoriedade de marcação as fêmeas destinadas ao Registro Genealógico, quando devidamente identificadas, e as fêmeas identificadas individualmente por meio de sistema padronizado pelo serviço veterinário estadual e aprovado pelo DSA. Art. 13. É proibida a vacinação contra brucelose de machos de qualquer idade. Art. 14. É proibida a utilização da vacina B19 em fêmeas com idade superior a oito meses. Art. 15. É facultada ao produtor a vacinação de fêmeas bovinas com idade superior a oito meses utilizando-se a vacina contra brucelose não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51, sem prejuízo do disposto no art. 9 o desta Instrução Normativa. Art. 16. É obrigatória a comprovação pelo proprietário da vacinação das bezerras ao serviço veterinário estadual, no mínimo, uma vez por semestre. Parágrafo único. A comprovação da vacinação será feita por meio de atestado emitido por médico veterinário cadastrado, de acordo com normas e usando modelo definido pelo DSA ou por meio de sistema informatizado do serviço veterinário oficial. Art. 17. Bezerras não vacinadas dos três aos oito meses de idade deverão ter sua situação vacinal regularizada, mediante a utilização da amostra RB51. Art. 18. Em regiões onde as características geográficas restrinjam o manejo das explorações pecuárias a período limitado do ano, dificultando a vacinação contra brucelose das fêmeas até os oito meses de idade, será permitido realizar esquema diferenciado de vacinação contra brucelose, que consistirá na utilização da vacina não indutora da formação de anticorpos aglutinantes, amostra RB51, com comprovação anual. Art. 19. O leite cru que provém diretamente de propriedades rurais somente poderá ser recebido por estabelecimentos de leite e derivados mediante a regularidade da vacinação do rebanho contra a brucelose. ● Vacinação: A vacinação contra a brucelose é obrigatória. E devem ser vacinadas todas as fêmeas das espécies bovina e bubalina, na faixa etária de três a oito meses de idade. Em propriedades certificadas, recomenda-se que as bezerras sejam vacinadas com até seis meses de idade. A vacina a ser utilizada é a elaborada com a amostra 19 de Brucella abortus (B19). Esta é uma vacina viva atenuada e representa riscos de infecção para o manipulador. A vacinação contra a brucelose tem prioridade no programa, por conta da baixa consideravelmente na prevalência da doença em bovinos e bubalinos. ● Controle: O enfoque mais racional passa pelo: ➔ controle e eliminação dos reservatórios animais. ➔ Obrigação da pasteurização do leite. ➔ Vacinação!
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