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Doenças comuns na Infância Enfª Espª ANNA MONTEIRO DESIDRATAÇÃO • A desidratação continua a ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade em lactentes e criança menores no mundo todo. • Lactentes são particularmente suscetíveis aos efeitos deletérios da desidratação por suas maiores necessidades hídricas basais, perda por evaporação maior e inabilidade para comunicar sede ou procurar líquidos. Sinais e Sintomas • Boca e peles secas; • Olhos fundos; • Tontura; • Fraqueza; • Cansaço excessivo; • Diminuição da elasticidade da pele; • Dor de cabeça; • Diminuição ou ausência de lágrimas. Cuidados da Enfermagem • Controlar SSVV; • Elevar decúbito; • Hidratação venosa; • Cuidados com dispositivos venosos e outros dispositivos invasivos; • Orientar sobre a condição clínica da criança, doença, manifestações, condutas terapêuticas, cuidados de enfermagem realizados, cuidados no domicílio, etc. Desnutrição • Peso abaixo do normal, os ossos ficam salientes, a pele fica seca e sem elasticidade e os cabelos ficam secos e caem com facilidade. • As pessoas recebem alimentos em quantidades que aumentam gradualmente, por via oral se possível, mas, às vezes, por um tubo inserido na garganta que chega até o estômago ou inseridos pela veia (via intravenosa). Tratamento • Alimentação, geralmente por via oral; • Tratamento da causa; • Às vezes, alimentação por sonda ou intravenosa; • Às vezes, medicamentos, no caso de desnutrição grave; Doenças Diarreicas • É uma síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Sinais e sintomas • Vômito; • Febre; • Dor abdominal; • Presença de muco e sangue (Alguns casos). Cuidados da Enfermagem • Controlar SSVV; • Elevar decúbito; • Hidratação venosa; • Alimentação por sondagem se necessário; • Cuidados com dispositivos venosos e outros dispositivos invasivos; • Orientar sobre a condição clínica da criança, doença, manifestações, condutas terapêuticas, cuidados de enfermagem realizados, cuidados no domicílio, etc. Meningite Bacteriana • A meningite bacteriana aguda é uma inflamação que se desenvolve rapidamente das camadas do tecido que cobrem o cérebro e a medula espinhal (meninges) e o espaço preenchido por líquido entre as meninges (espaço subaracnóideo) quando é causada por bactérias. SINAIS E SINTOMAS • As crianças mais velhas e adultos desenvolvem um pescoço rígido que faz com que abaixar o queixo até o peito seja difícil ou impossível, geralmente com febre e dor de cabeça. • Os bebês podem não desenvolver um pescoço rígido, mas podem parecer doentes no geral e ter uma temperatura corporal alta ou baixa, se alimentar mal ou ficar irritáveis ou sonolentos. • Se a meningite se desenvolver nas primeiras 48 horas após o nascimento, ela é geralmente adquirida da mãe. MODO DE INFECÇÃO • Quando a bactéria se espalha pela corrente sanguínea, de uma infecção de outra parte do corpo; • Quando a bactéria se espalha das meninges de outra infecção na cabeça, tal como sinusite ou infecção de ouvido; • Após uma ferida penetrar o crânio ou as meninges; • Quando a cirurgia é feita no cérebro ou medula espinhal; • Quando é colocado um dreno no cérebro para diminuir a pressão no crânio e este dreno fica infectado; • Quando a bactéria entra no cérebro ou na coluna vertebral devido a um defeito congênito; Pneumonia • É a inflamação do parênquima pulmonar, dificultando as trocas gasosas. • Pneumonia viral; • Pneumonia Bacteriana (pneumococos. SINAIS E SINTOMAS Pneumonia viral • Tosse; • Febre; • Taquipnéia; • Cianose; • Fadiga; • Presença de ruídos respiratórios e estridores. Pneumonia Bacteriana (pneumococos) • Tosse; • Indisposição; • Respiração rápida e superficial; • Dor torácica; • Batimento da aleta nasal; • Cianose; • Palidez agitação e letargia. FATORES DE RISCO • Idade < 6 anos; • Estado imunológico; • Situação econômica precária; • Poluição ambiental; • Pais fumantes; • Baixo peso; • Desmame. Cuidados de Enfemagem • Avaliar respiração; • Administar oxigenioterapia; • Controlar SSVV; • Elevar decúbito; • Estimular drenagem postural; • Aspirar secreções quando necessária; • Aliviar desconforto; Hidrocefalia • A hidrocefalia é um acúmulo de líquido excedente nos espaços normais dentro do cérebro (ventrículos) e/ou entre as camadas de tecido interna e média que recobrem o cérebro (o espaço subaracnóideo). Esse líquido excedente normalmente causa um aumento do crânio e problemas de desenvolvimento. • As crianças mais velhas podem ter dor de cabeça, problemas de visão, ou ambos. • O bebê não se desenvolve normalmente se a hidrocefalia não for tratada. Algumas crianças, especialmente aquelas que desenvolvem a hidrocefalia no início da gestação, apresentam deficiência intelectual ou têm dificuldades de aprendizagem. Algumas crianças apresentam perda da visão. Outras crianças desenvolvem uma inteligência normal. Cuidados de Enfermagem • Controlar SSVV; • Medidas de prevenção de complicações pós-operatórias,; • Elevar decúbito: para prevenção de úlceras por pressão na cabeça; • Manutenção da hidratação e nutrição; • Medidas de conforto. Imperfuração Anal • O tecido que fecha o ânus pode ter vários centímetros de espessura, ou apenas uma fina membrana de pele. Geralmente uma fístula se estende da bolsa anal até o períneo, ou a uretra nos meninos, e nas meninas até a vagina, a fúrcula ou, raramente, até a bexiga. Cuidados de Enfermagem • Manejo da dor. • Controle da temperatura corporal. • Cuidados relacionados aos procedimentos para o diagnóstico: coleta de sangue/urina para exames, encaminhamento para exames de imagem, etc. • Cuidados pré e pós procedimentos cirúrgicos. • Cuidados com dispositivos venosos e outros dispositivos invasivos. • Apoio à criança e aos familiares e escuta ativa. • Orientar sobre a condição clínica da criança, doença, manifestações, condutas terapêuticas, cuidados de enfermagem realizados, cuidados no domicílio, etc. Espinha Bífida • A espinha bífida é uma malformação congênita decorrente do não fechamento do tubo neural, classificando-se em espinha bífida oculta e espinha bífida cística (Meningocele e Mielomeningocele). Estes diagnósticos requerem internação, intervenção cirúrgica complexa e cuidados humanizados. TIPOS DE ESPINHA BIFIDA Mielomeningocele • Geralmente a mielomeningocele é detectada durante o exame de ultrassom realizado perto da 20ª. semana de gestação. • A imagem da herniação, hidrocefalia, o sinal do limão ou o sinal da banana podem ser vistos na ultrassom. • Entretanto, às vezes, já é possível suspeitar do defeito no exame realizado entre 11 e 14 semanas, especialmente se houver alteração na translucência intra-craniana. A mielomeningocele pode ser tratada por cirurgia fetal ou pós-natal. Cuidados de Enfermagem • Avaliar a localização, • Tamanho da lesão e integridade da membrana, • Atentar-se para sinais de infecção, • Realizar as mudanças de decúbito a cada 2 a 3h, • Manter os curativos sobre a lesão sempre umidificados com soro fisiológico estéril morno, não posicionar o neonato em decúbito dorsal até cicatrização total da ferida operatória, dentre outros. Tumor de Wilms • Geralmente, o tumor de Wilms se manifesta em crianças < 5 anos, às vezes, em crianças maiores. • O tumor de Wilms é responsável por cerca de 6% dos cânceres em crianças com < 15 anos. Os tumores bilaterais sincrônicos ocorrem em cerca de 5% dos pacientes. Sinais e Sintomas • Massa abdominal palpável e indolor.• Dor abdominal, • Hematúria, • Febre, Anorexia, • Náuseas e vômitos. Diagnostico • Ultrassonografia abdominal, TC ou RM • A ultrassonografia abdominal pode fornecer informações sobre a natureza cística ou sólida da massa e sobre o envolvimento das veias renal ou cava. TC ou RM abdominal é necessária para determinar a extensão do tumor e a disseminação para nódulos linfáticos regionais, rim contralateral ou fígado. A TC do tórax é recomendada para identificar envolvimento pulmonar metastático no diagnóstico inicial. Tratamento • Cirurgia; • Quimioterapia; • Radioterapia; • Crianças com tumores muito grandes não ressecáveis ou tumores bilaterais são canditadas a quimioterapia, seguida de reavaliação e ressecção atrasada. • Crianças com doença ou tumores em estágio mais alto envolvendo os linfonodos regionais recebem radioterapia. Cuidados de Enfermagem • Manejo da dor. • Controle da temperatura corporal. • Cuidados relacionados aos procedimentos para o diagnóstico: coleta de sangue/urina para exames, encaminhamento para exames de imagem, etc. • Cuidados pré e pós procedimentos cirúrgicos. • Administração de agentes quimioterápicos, conforme prescrição. • Manejo das reações adversas dos quimioterápicos. • Hidratação venosa. • Cuidados com dispositivos venosos e outros dispositivos invasivos. • Apoio à criança e aos familiares e escuta ativa. • Orientar sobre a condição clínica da criança, doença, manifestações, condutas terapêuticas, cuidados de enfermagem realizados, cuidados no domicílio, etc. AVALIAÇÃO N1 – 05.04.2021 SLADS 01 E 02; TUMOR DE WINS; ESPINHA BIFIDA; MENINGITE.
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