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2° AVALIAÇÃO - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO 2

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Cuidado Integral a 
Saúde do Adulto 
OFICINA PROFISSIONALIZANTE 
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM 
HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA 
Hematologia: estuda o sangue e as doenças a 
eles relacionadas 
 
Hemoterapia: emprego terapêutico do sangue. 
• É o tratamento que a gente utiliza para 
diversos fins terapêuticos do sangue. 
• Início desde os relatos das primeira 
transfusão de sangue. 
 
 
<--- 1900 ---> 
Empírica cientifica 
 
Podemos dizer que a hemoterapia é mais antiga 
que a hematologia, dentro da sua história á fatos 
de que já se usava o sangue para fins 
terapêuticos. 
• Grécia antiga: Os nobres bebiam o sangue 
dos gladiadores mortos na arena para cura da 
epilepsia. 
• Os antigos egípcios tomavam banho de 
sangue para recuperar-se de doenças. 
 
Richard Lower 
Oficialmente, as primeiras transfusões de sangue 
ocorreram em 1665, em Oxford, Inglaterra, 
quando Richard Lower se divertia retirando 
sangue de animais e injetando em outros. 
 
Dr. Jean Baptiste 
1667, O médico francês, dr. Jean Baptiste 
transfundiu aproximadamente trezentos mililitros 
de sangue de ovelha em um jovem de quinze 
anos. Apesar de boas intenções do Dar. Baptiste 
em salvá-lo, o jovem, claro, morreu mais tarde. Há 
relatos que foi para tratamento de tifo. Ele 
acreditava que tirar o sangue de uma ovelha e 
infundir em outra pessoa iria salvá-lo. 
 
 
 
 
Caso Papa João Inocêncio VIII 
O papa Inocêncio VIII teria, supostamente, 
recebido sangue coletado de três meninos de 10 
anos de idade. Este tratamento, receitado pelo 
médico Giacomo di San Genésio, tinha como 
intuito reestabelecer a saúde do papa, que estava 
em coma, mas esta não é a que consideramos a 
primeira transfusão de sangue da história. 
• Isso se deve ao fato de as técnicas para o 
procedimento ser realizado não terem sido 
observadas com o mesmo cuidado com o que 
faria James Blundell. 
 
James Blundell e a primeira transfusão de 
sangue da história. 
• Blundell, um obstetra britânico, iniciou os 
primeiros estudos justamente acerca da 
transfusão de sangue de animais para outros 
animais. 
• Observando o sucesso dos procedimentos 
que realizava, resolveu testá-los em humanos 
com sangue de outros humanos. 
• Pioneiro neste campo, o obstetra começou a 
transfundir sangue para suas pacientes que 
sofressem com hemorragia pós-parto. A 
primeira transfusão de sangue da história, 
levando em conta todos os aspectos técnicos 
e cuidados sanitários possíveis para a época, 
fora, então, realizada em 1818. 
 
Karl Landerstein e a descoberta dos grupos 
sanguíneos. 
 Karl Landerstein foi um médico e biólogo 
austríaco naturalizado estadunidense. Foi 
agraciado com o Nobel de fisiologia e medicina 
de 1930, pela classificação dos grupos 
sanguíneos, sistema ABO, e foi descobridor do 
fator RH. Landsteiner dedicou-se a comprovar 
que havia diferenças no sangue de diversos 
indivíduos. 
• Tem início a fase cientifica da 
hemoterapia. 
• Anos 40 – iniciou-se a doação de sangue 
no Brasil: remunerada – surgimento dos 
bancos públicos. 
• 1988 – Promulgação da constituição 
brasileira - proibição definitiva da doação 
remunerada e proibição de toda e 
qualquer comercialização de sangue e 
hemoderivados. 
 
 
 
O aparelho de Agote – 1915 adaptado por 
Eugenio de Souza, era o aparelho mais utilizado 
para a doação de sangue. 
 
 
A transfusão de sangue braço a braço foi utilizada 
por muito tempo na hemoterapia, ate vir as 
soluções conservadoras e aditivas. 
 
Aparelho de transfusão de sangue tipo jubé 
(Paris, França, 1900-1945) 
 
 
Trazia um pouco mais de facilidade no manuseio, 
mais fácil de esterilização. 
Kit portátil para transfusão de sangue usado 
na Primeira Guerra mundial 
 
 
 
foi a partir da primeira guerra mundial que 
começaram a ter as campanhas de doação de 
sangue. Surgiram para salvar a vida desses 
soldados feridos. 
 
Enquanto as tropas aliadas desembarcavam na 
Normandia no dia D. em Nova Iorque (EUA) 
decorria uma campanha de recolha de sangue, 
necessário para frente de batalha. 6 de junho de 
1944. 
• Podemos notar a presença das enfermeiras na 
hemoterapia. 
 
 
O presente... 
Equipo de transfusão gravitacional – câmara 
dupla, filtro 170 a 200 micra 
 
 
É um equipo diferente, ele possui um filtro que 
serve para reter os coágulos de sangue para que 
não seja infundido no paciente. Não pode 
transfundir sangue sem ter o equipo correto 
para isso ! 
 
Equipo bomba de transfusão 
Câmara dupla – filtro micra 
 
 
 
Infusão da transfusão por bomba de infusão, por 
bomba que traz um sistema linear, que não 
promove mais um estrangulamento do equipo e 
com isso a hemólise. Uma transfusão segura. 
 
A ENFERMAGEM DA HEMATOLOGIA E 
HEMOTERAPIA 
• No passado: o papel da enfermagem era 
irrelevante – área de laboratório. 
• A partir dos anos 90: mudanças profundas 
em relação a prática assistencial em 
hemoterapia – exigiu a presença do 
profissional com conhecimento específico na 
área. 
• A enfermagem não ficou alheia e passou a 
desenvolver atividades em várias áreas: 
captação, triagem de doador e pacientes, 
coleta de sangue, hemotransfusão. 
 
A enfermagem atua em todas as áreas da 
hemoterapia. 
 
Hoje: 
• Enfermagem conquistou um espaço 
significativo e participa de maneira expressiva 
da equipe multidisciplinar 
• Desenvolve diversas atividades relacionadas 
com o ciclo do sangue. 
• Presta cuidado ao paciente durante o período 
pré, intra e pós transfusional. 
 
 
 
LEGISLAÇÕES 
• RDC N° 34 11/06/14 – Boas práticas no ciclo 
do sangue. 
• Portaria de consolidação MS-GM n°5 
28/09/17 anexo IV 
• RDC N° 36/2013 – Institui ações de 
segurança do paciente. 
• Portaria MS-GM n°529/13 – institui o PNSP 
• Nota Técnica: 
N°7/2018/SEI/GSTCO/DIARE/ANVISA – 
Posicionamento sobre configuração das 
ações para a segurança do paciente nos 
serviços de hemoterapia. 
 
Resolução COFEN Nº 306/06, revogada pela 
Resolução COFEN N°511/16 – Normatiza a 
atuação do enfermeiro em Hemoterapia e fixa 
competências e atribuições do enfermeiro em 
hemoterapia. 
• Artigo 1º – Fixar as competências e 
atribuições do Enfermeiro na área de 
Hemoterapia, a saber: 
• Artigo 2º – Em todas as Unidades de Saúde 
onde se realiza o Ato Transfusional se faz 
necessário a implantação de uma Equipe de 
Enfermagem capacitada e habilitada para 
execução desta atividade; 
• Artigo 3º – As atribuições dos profissionais de 
Enfermagem de nível médio serão 
desenvolvidas de acordo com a Lei do Exercício 
Profissional, sob a supervisão e orientação do 
Enfermeiro responsável técnico do Serviço ou 
Setor de Hemoterapia. 
• Artigo 4º – Este ato resolucional entrará em 
vigor na data da sua publicação, revogando-se 
as disposições em contrário, em especial, a 
Resolução COFEN nº 200/1997 
 
PROCESSO DE TRABALHO: ENFERMAGEM E 
HEMOTERAPIA 
• Triagem 
• Coleta 
• Processamento 
• Distribuição 
• Transfusão 
 
DESAFIOS DA ENFERMAGEM 
Melhorar a qualificação teórico prático dos 
enfermeiros na graduação para atuar e maior 
capacitação específica em nível de pós 
graduação. 
 
 
Estudos demostram: 
• Muitos profissionais de enfermagem têm 
pouco conhecimento sobre hemoterapia e 
transfusão sanguínea. 
• Muitos se sentem despreparados para realizar 
uma transfusão de sangue no paciente. 
• Todos sentem grande interesse em obter 
novos aprendizados na área. 
• Escassez de trabalhos científicos 
contemplando a atuação do enfermeiro na 
área. 
• Criação de cursos de especialização de 
enfermagem em hematologia e hemoterapia. 
 
Residência multiprofissional em hematologia 
e hemoterapia. 
 
 
AULA 8 – DISTÚRBIOS 
GASTROINTESTINAIS, BILIARES E 
PANCREATICOS 
• Gastrite 
• Diarreia 
• Apendicite 
• Pancreatite 
• Colelitíase 
 
 
 
 
 
GASTRITE 
Inflamação da mucosagástrica que pode ser 
aguda ou crônica 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
• Gastrite bacteriana segue-se normalmente a 
uma infecção por organismos como o 
Helicobacter pylori (bactérias que crescem nas 
células secretoras de muco do revestimento 
do estômago). Tal crescimento bacteriano 
pode provocar gastrite de forma transitória 
ou persistente. 
• Gastrite erosiva crônica pode ser secundária 
a substâncias irritantes como os 
medicamentos. 
• Gastrite viral ou por fungos pode 
desenvolver-se em doentes crônicos ou 
imunodeprimidos. 
• Gastrite eosinófila pode resultar de uma 
reação alérgica a uma infestação por certos 
vermes (nemátodos). 
• Gastrite atrófica ocorre quando os 
anticorpos atacam o revestimento mucoso do 
estômago, provocando o seu adelgaçamento 
e perda de muitas ou de todas as células 
produtoras de ácido e de enzimas. 
 
CAUSAS: 
• Infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. 
pylori) 
• Outras possíveis causas: uso excessivo de AAS 
e outros AINH, consumo excessivo de álcool 
e drogas, refluxo biliar e radioterapia 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Desconforto epigástrico 
• Hipersensibilidade abdominal 
• Eructação, náuseas e vômitos 
• Cólicas, diarreia 5 horas após a ingestão de 
substâncias ou alimentos contaminados 
• Hematêmese 
 
 
DIAGNÓSTICOS 
• Exame físico 
• Anamnese 
• Endoscopia 
• A gastrite bacteriana pode ser diagnosticada 
com uma biopsia 
 
 
TRATAMENTO CLÍNICO 
• Farmacológico: antibióticos, antieméticos, 
antiácidos 
• regime dietético 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Dor aguda/crônica relacionada a lesões 
secundárias a aumento de secreções gástricas 
• Risco de autocontrole ineficaz da saúde 
relacionado a conhecimento insuficiente do 
processo de doença, das contraindicações, 
dos sinais e sintomas de complicações e do 
regime de tratamento 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Diminuir a atividade motora do estômago 
oferecendo uma dieta branda e várias vezes 
ao dia; 
• Balanço hídrico 
• Alívio da dor 
• Orientações sobre cuidados domiciliares 
(alimentação, evitar álcool e cigarro) 
 
DIARRÉIA 
A diarréia pode ser definida pela ocorrência de 
três ou mais evacuações amolecidas ou líquidas 
nas últimas 24 horas. 
 
Tem como característica principal a evacuação de 
fezes líquidas ou pastosa com frequência e sem 
controle. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
• Diarreia aguda aquosa: pode durar até 14 
dias e determina perda de grande volume de 
fluidos e pode causar desidratação 
• Diarreia aguda com sangue (Disenteria): é 
caracterizada pela presença de sangue nas 
fezes. Apresenta lesão na mucosa intestinal 
• Diarreia persistente: quando a diarreia 
aguda se estende por mais 14 dias ou mais. 
Pode provocar desnutrição e desidratação. 
 
CAUSAS 
• As diarreias podem ter causas infecciosas 
(vírus ou bactéria), parasitárias, alérgicas, 
medicamentosas ou inflamatórias intestinais 
• Alergia ao leite de vaca, deficiência de lactose, 
apendicite aguda, uso de laxantes e 
antibióticos, intoxicação por metais pesados. 
• As causas da diarreia aguda podem ser 
agrupadas em quatro categorias 
principais: 
o Bacterianas 
o Virais 
o Parasitárias 
o Infecciosas 
 
DIARREIA AGUDA – ETIOLOGIA 
BACTERIANA: 
Intoxicações: ingestão de toxinas pré-formadas 
produzidas por bactérias no alimento. Algumas 
toxinas são destruídas pelo processamento, mas 
outras continuam no alimento mesmo quando o 
microrganismo é eliminado. 
• Ex: toxina produzida por staphylococcus 
aureus 
 
Infecções: ingestão de bactérias patogênicas que 
colonizam o intestino e causam danos ao 
hospedeiro 
• Ex: listeria monocytogenes, compylobacter 
jejuni, yersínia enterocolitica e salmonella 
sp. 
 
Patógenos bacterianos veiculados por 
alimentos: 
• Salmonella 
• Clostridium botulinum 
• Clostridium perfrigens 
• Staphylococcus aureus 
• Escherichia coli 
• Listeria monocytogenes 
• Yersínia enterocolitica 
• Vibro cholerae 
• Campylobacter 
• Shigella 
• Bacillus cereus 
• Quadro clínico: depende do agente 
etiológico e varia desde leve desconforto 
intestinal até quadros graves de 
insuficiência renal aguda 
 
Diarreia aguda de etiologia viral: os vírus que 
mais causam diarreia são rotavírus, seguido pelo 
norovírus, adenovírus, sapovírus, astrovírus, 
enterovírus 
 
Diarreia aguda de etiologia parasitária: as 
diversas formas de infecções parasitárias ocorrem 
especialmente em regiões com más condições 
higiênicas-sanitárias. 
 
Diarreia agudas infeciosas: na área da 
gastroenterologia, tem sido direcionado para 
doenças neoplásicas e autoimunes. 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Número aumentado de evacuações de 
consistência amolecida, pastosa ou mesmo 
líquida. 
• Geralmente as fezes assumem um odor 
fétido. 
• Normalmente há presença de febre. 
• Perda de energia e do apetite. 
• Algumas diarreias apresentam dor 
abdominal e cólicas 
• Náuseas e vômitos 
• Em casos graves pode apresentar letargia, 
sonolência e confusão mental. 
 
DIAGNÓSTICO 
• Anamnese 
• Exame físico 
• Testes laboratoriais 
• Análise de fezes 
 
TRATAMENTO 
• Uso de probióticos como Floratil. 
• Evitar medicamentos para conter a 
diarreia como Imosec (cloridrato de 
loperamida) 
• Antibioticoterapia para as causas bacterianas; 
• Acompanhamento nutricional; 
• Ingerir 2 a 3 litros de água por dia 
• Deve-se evitar frituras, alimentos gordurosos 
e bebidas, doces, sucos industrializados 
 
SAE – DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM: 
• Déficit do volume de líquido relacionado à 
diarreia e à perda anormal de líquidos; 
• Náusea relacionada a irritação 
gastrointestinal, 
• Diarreia relacionado a Infecção, inflamação 
gastrointestinal e parasitas, evidenciado por 
evacuações de fezes líquidas mais de 3 vezes 
em 24 horas, cólicas e dor abdominal. 
 
SAE – INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
• Monitorar sinais vitais 
• Administrar solução de reidratação oral 
• Controle de vômitos, com o uso de 
antieméticos 
• Avaliar o paciente continuamente 
• Os pacientes que estiverem reidratados por 
via endovenosa, devem permanecer na 
Unidade de Saúde até que estejam hidratados 
e conseguindo manter a hidratação por via 
oral 
 
APENDICITE 
Inflamação do apêndice que se manifesta por dor 
epigástrica ou peri-umbilical vaga e progride 
para dor no quadrante inferior direito do 
abdome. 
A principal complicação é a peritonite. 
 
CAUSAS 
As causas da apendicite não são sempre claras, 
mas algumas situações são conhecidas por levar 
à inflamação no apêndice: 
• Obstrução por gordura ou fezes 
• Infecção, como a gastrointestinal causada 
por vírus 
 
Em ambos os casos, uma bactéria presente 
naturalmente dentro do apêndice começa a se 
multiplicar rapidamente, causando a inflamação e 
o inchaço do apêndice, que fica também cheio de 
pus. Se não tratada prontamente, a apendicite 
pode causar o rompimento do apêndice. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor abdominal: 
• Que se manifesta do lado direito e na parte 
baixa do abdômen, na altura do umbigo. 
• É uma dor pontual, continua e localizada, 
fraca no início, mas que vai aumentando de 
intensidade. 
o Apetite reduzido 
o Constipação intestinal 
o Náuseas 
o Vômitos e febre 
DIAGNÓSTICO 
• Exame físico: temperatura, inspeção passiva 
e ativa do abdome: palpação superficial, 
palpação profunda. 
• Anamnese 
• Hemograma 
• Exame de urina 
• Tomografia de abdome 
• Ultrassonografia de abdome 
 
TRATAMENTO 
• Tratamento cirúrgico: Apendicectomia 
• Hidratação endovenosa 
• Antibioticoterapia 
• Na presença peritonite, lavagem da cavidade 
com SF 0,9% 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Risco para infecção por defesas primárias 
inadequadas, perfuração e ruptura do 
apêndice, peritonite 
• Risco para déficit no volume hídrico 
relacionado ao vômito, restrições pós-
operatório, estado hipermetabílico. 
• Dor relacionadaà distensão dos tecidos 
intestinais pela inflamação evidenciada por 
relatos de dor, careta facial e respostas 
autônomas. 
• Integridade da pele prejudicada relacionada à 
incisão cirúrgica e dreno evidenciado pela 
apendicectomia. 
• Risco de nutrição alterada menor que as 
necessidades corporais, relacionado à 
ingestão diminuída e maior necessidade de 
nutrientes secundárias a cirurgia. 
• Risco de constipação relacionado aos efeitos 
medicamentosos, cirurgias, alteração da dieta 
e imobilidade 
• Risco de gerenciamento ineficaz do regime 
terapêutico relacionado ao conhecimento 
insuficiente a respeito dos cuidados com a 
lesão, restrição da dieta, recomendação sobre 
a atividade, medicamentos, cuidados de 
acompanhamento de sinais e sintomas de 
complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
SAE – INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Pós-operatório imediato: 
avaliar no mínimo a cada 15 minutos: 
• vias aéreas, sinais vitais, aparência geral, 
nível de consciência e reflexos, nível de dor; 
• debito urinário; 
• local da cirurgia e curativos para sinais de 
hemorragia; 
• funcionamento dos monitores cardíacos e 
do oxigênio; 
• manter via aérea permeável e uma função 
respiratória ótima; 
• promover conforto do paciente pela 
administração de analgésicos prescritos 
 
Cuidados de enfermagem pós-operatório 
tardio 
• observar o local da ferida, identificando 
presença de odor, edema, rubor que possa 
indicar infecção; 
• avaliar a ferida quanto a sua integridade e 
estágio de cicatrização; 
• monitorar o estado hídrico através dos 
sinais vitais, presença de edemas, balanço 
hídrico; 
• avaliar a presença peristalse, antes de 
retornar as alimentações orais, e monitorar 
para a distensão abdominal, náuseas e 
vômitos, que possam indicar íleo paralítico; 
• fornecer medidas para estimular a 
circulação dos membros inferiores como 
compressão pneumática, faixas elásticas, 
exercícios de amplitude de movimentos e 
deambulação precoce; 
 
PANCREATITE 
• É um processo inflamatório agudo que resulta 
em lesões parenquimatosas reversíveis. 
• As causas mais comuns de pancreatite são os 
cálculos biliares (45% dos casos) e o consumo 
excessivo de álcool (35% dos casos) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
• Aguda: quando ocorre em uma pessoa 
previamente saudável e há resolução do 
problema. 
• Crônica: quando há episódios repetidos e 
sintomas contínuos que podem levar a 
alterações da função endócrina e exócrina do 
pâncreas 
 
 
Pancreatite aguda: inflamação do pâncreas 
seguida de edema e necrose tecidual. Se o ducto 
pancreático for obstruído haverá hipertensão e 
risco de ruptura, levando a liberação de enzimas 
digestivas e autodigestão do pâncreas. 
 
CAUSAS 
Causas frequentes (30-60%) 
• Litíase biliar 
• Alcoolismo 
 
Idiopáticas (10%) 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Dor – 90% 
• Desconforto abdominal até dor intensa 
• Início súbito 
• A pancreatite aguda se apresenta com dor 
epigástrica no QSD que pode irradiar para 
região lombar ou torácica e é avaliada ao 
deitar em posição fetal 
• Febre 
• Taquipnéia 
• Taquicardia 
• Aumento sensibilidade epigástrica 
• Contratura muscular 
• Icterícia clínica – infrequente 
• Distensão abdominal 
• Massa epigástrica – pseudocisto 
 
DIAGNÓSTICO 
• Exames laboratoriais (amilase, lipase) 
• Rx (íleo paralítico) 
• USG 
• TC - Pode auxiliar na avaliação da 
gravidade, extensão e complicações. 
 
TRATAMENTO 
• Hidratação venosa 
• Equilíbrio hidroeletrolítico 
• Suporte respiratório 
• Suporte nutricional 
• Analgesia 
• Cirúrgico (colecistectomia) 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
Dor aguda relacionada a distensão do pâncreas, 
irritação peritoneal, obstrução do trato biliar e 
medidas ineficazes para a dor e conforto 
 
Volume de líquidos deficiente relacionado com 
náuseas, vômitos, ingestão oral restrita e 
deslocamento de líquido para o espaço 
retroperitoneal 
 
Nutrição desequilibrada: menos que as 
necessidades corporais, relacionada com a 
anorexia, restrição alimentar, náuseas, perdas de 
nutrientes a partir dos vômitos e digestão 
prejudicada 
 
Autocontrole ineficaz de saúde relacionado com 
a falta de conhecimento de medidas preventivas, 
restrições alimentares, restrição de álcool e 
cuidado de acompanhamento. 
 
SAE – INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
• Monitorar sinais vitais 
• Controle glicêmico 
• Administrar hidratação intravenosa 
• Controle do débito urinário 
• Controle da dor, com uso de analgésicos 
prescritos 
• Controle de náuseas e vômitos 
• Nutrição enteral pode ser necessária 
quando o paciente não consegue se 
alimentar por via oral após 48 horas 
• Orientar ao paciente sobre a alimentação, 
que deve incluir a restrição de gorduras 
 
COLELITÍASE 
É caracterizada pelo acúmulo de pedras (cálculos 
biliares) na vesícula biliar ou nos ductos biliares. 
Isso acontece devido a um desequilíbrio na 
concentração das substâncias que compõem a 
bile, líquido digestivo produzido pelo fígado e 
armazenado na vesícula 
 
TIPOS DE CÁLCULOS BILIARES 
• Cálculos de colesterol -> AMARELO 
o Forma exclusivamente na vesícula biliar 
o Sexo feminino e multiparidade 
o Obesidade 
o Diabetes 
o Doença ileal 
 
• Cálculos pigmentados 
o PRETOS: 
▪ Bilirrubinato de cálcio 
▪ Hemólise crônica 
▪ Cirrose 
 
o CASTANHOS: 
▪ Infecção crônica de via biliar 
 
FATORES DE RISCO 
• Idade (após os 40 anos) 
• Sexo (mais prevalente em mulheres) 
• Obesidade 
• Grávidas 
• Reposição hormonal 
• Diabetes 
• Tabagismo 
• Colesterol alto 
• Perda de peso abruptamente 
• Anticoncepcional oral 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Pode ser assintomático ou sintomático 
 
Se forem sintomáticos: 
• Dor abdominal: 
o hipocôndrio direito e/ou epigastro, com 
irradiação para região escapular 
o Ocorre 30min. a 2hrs após as refeições 
(Refeição rica em gorduras) 
o Desaparece espontaneamente em até 6h 
• Pode ser acompanhada de náuseas, vômitos, 
hipo/acolia fecal e icterícia. 
 
DIAGNÓSTICO 
ULTRASSONOGRAFIA 
 
 
RAIO X – SE HOUVER CÁLCIO NOS CALCULOS 
 
TRATAMENTO 
• Cirúrgico: colecistectomia 
 
COLECISTECTOMIA ABERTA 
 
 
COLECISTECTOMIA POR VIDEOLAPAROSCOPIA 
 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Dor aguda relacionada com o procedimento 
cirúrgico 
• Autocontrole ineficaz da saúde relacionado 
com a falta de conhecimento sobre a dieta e 
o controle pós-operatório 
 
SAE – INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
• Controle da dor, conforme prescrição médica 
• Aliviar náuseas e vômitos 
• Proporcionar controle emocional 
• Manter equilíbrio eletrolítico 
• Orientar quanto ao suporte nutricional 
adequado 
• Avaliar o local da cirurgia e curativos quanto 
a sinais de sangramento e infecção 
• Monitorar sinais vitais 
 
 
 
AULA 9 – ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM AO PACIENTE COM 
DISTÚRBIOS HEPÁTICO, ANORREIAS 
O fígado é o maior órgão do organismo e 
localiza-se no quadrante superior direito do 
abdômen. 
Funções: 
• Metabolismo das proteínas, carboidratos 
e lipídeos além de drogas 
• Armazenamento de vitaminas e 
oligoelementos 
• Formação do betacaroteno e vitamina de 
formação e excreção da bile. 
• Sendo assim o comprometimento da 
função hepática está relacionado a 
diversos transtornos metabólicos. 
 
Insuficiência Hepática: A insuficiência hepática 
define-se como uma grave deterioração da 
função do fígado. É causada por um distúrbio ou 
substância que lesiona o fígado. A maioria das 
pessoas apresenta icterícia (pele e olhos 
amarelos), cansaço e fraqueza e perda de apetite 
 
CLASSIFICAÇÃO DA INSUFICIENCIA 
HEPÁTICA 
AGUDA (FULMINANTE): A encefalopatia 
portossistêmica se desenvolve em 2 semanas 
após a icterícia aparecer 8 semanas em um 
paciente sem nenhuma doença hepática prévia 
• Resultados comuns: Frequentemente, 
edema cerebral 
 
SUBAGUDA (SUBFULMINANTE): A 
encefalopatia se desenvolve em6 meses, mas 
mais tarde do que na insuficiência hepática 
aguda. 
• Resultados comuns: Insuficiência renal, 
hipertensão portal (mais comum do que 
na insuficiência hepática aguda) 
 
CRÔNICA: A encefalopatia se desenvolve após 6 
meses. 
• Muitas vezes causada por cirrose 
 
CAUSAS 
Em geral, as causas mais comuns da insuficiência 
hepática agudam são 
• Vírus (ex.: hepatites virais – mais comum 
hepatite B, citomegalovírus, vírus do 
herpes simplex, vírus de varicela-zoster) 
• Cirrose 
• Lesões hepáticas provocadas pelo álcool 
• Medicamentos (intoxicação por 
paracetamol) 
 
As causas menos comuns incluem 
• Doenças vasculares – Ex: trombose da 
veia hepática (síndrome de Budd – Chiari), 
hepatite isquêmica, trombose da veia 
porta. 
• Distúrbios metabólicos – Ex: esteatose 
hepática da gestação, síndrome HELLP 
(hemólise, testes de função hepática 
elevados e plaquetas baixas), síndrome de 
Reye e doença de Wilson. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• estado mental alterado 
• Hemorragias 
• Púrpura 
• Prurido 
• Icterícia 
• ascite. 
 
Outros sintomas podem ser inespecíficos: 
• mal-estar, anorexia 
• fetor hepaticus (um odor de mofo ou 
hálito doce) 
• disfunção motora 
• taquicardia, taquipneia e hipotensão 
podem ocorrer com um ou sem sepse. 
 
ICTERÍCIA 
É o sinal referente a coloração amarelada da pele 
e das escleras (branco dos olhos) causadas por 
concentrações anormalmente elevadas da 
bilirrubina no sangue (hiper bilirrubina) 
• a icterícia só consegue ser detectada 
quando os níveis de bilirrubina ultrapassam 
2 ou 2,5 mg/dL (34 a 43 μmol/L) 
 
TIPOS DE ICTERÍCIA 
HEMOLÍTICA: ocorre quando há anormalidade 
na produção das hemácias, comum em casos de 
transfusão de sangue que resultam na formação 
de anticorpos. 
HIPERBILIRRUBINEMIA: quando a enzima 
responsável metabolismo da bile apresenta 
falhas, é mais comum em recém-nascidos. 
HEPATOCELULAR: este caso de icterícia é 
decorrência de algum vírus, como nos casos de 
hepatite e cirrose 
OBSTRUTIVA: Ocorre pela obstrução dos ductos 
biliares, possível consequência da presença de 
colangite e cânceres que impedem o fluxo da 
bilirrubina. 
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA 
• a icterícia fisiológica manifesta-se 48 a 72 
horas após o nascimento. 
• O nível sérico de bilirrubina atinge um pico 
de 4 a 12 mg/dl em torno do 3° ao 5° dia 
após o nascimento 
• Em média, o nível de bilirrubina aumenta 
menos de 5mg/dL/dia 
• A icterícia fisiológica comumente 
desaparece ao final do 7° dia. 
 
CAUSA: 
• ↑ da concentração de bilirrubina no sangue 
→ inflamação ou outras alterações dos 
hepatócitos (células do fígado) impedem a 
sua excreção para a bile. 
• Obstrução dos ductos biliares extra-
hepáticos (situados fora do fígado) por um 
cálculo biliar ou por um tumor. 
OU 
• ↑níveis de bilirrubina em decorrência da 
destruição de grandes quantidades de 
eritrócitos (RNs com icterícia) 
 
SINAIS E SINTOMAS 
• Febre 
o Baixa sem calafrios: hepatite aguda viral 
e hepatite alcoólica 
o Com calafrios: sepse 
• Acolia/hipocolia fecal 
• Dor 
a) no hipocôndrio direito ou quadrante 
superior direito: cálculo biliar 
b) dor lombar contínua: Ca de pâncreas 
c) dor leve ou desconforto do quadrante 
superior direito: hepatite 
• Prurido cutâneo 
• Colúria 
• Perda de peso 
• Manifestações de insuficiência hepática 
o Aranhas vasculares, eritema palmar, 
diminuição dos pelos, atrofia testicular, 
ginecomastia, distúrbios da coagulação 
(sangramentos), hálito hepático, 
encefalopatia hepática. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese - Antecedentes pessoais e 
familiares: anemias, artralgias, casos na família, 
hepatites, esplenomegalias, doenças biliares, uso 
de medicamentos, álcool, contatos, Coloração da 
pele (tempo, fatores associados, antecedentes, 
contatos), prurido, Coloração das fezes, 
Coloração da urina 
 
Exame físico: estado geral, pele, mucosa 
conjuntival (esclera), avaliação abdominal (fígado 
e baço), Sinal ou lei de Courvoisier (presença de 
aumento indolor da vesícula biliar em paciente 
com icterícia – associado a câncer de cabeça de 
pâncreas 
 
Exames complementares: 
• Laboratoriais: bilirrubinas, amino 
transferases, GGT, FA, função hepática, 
sorologia para hepatites, auto anticorpos, 
hemograma com pesquisa de reticulócitos, 
DHL. 
• Imagem: US, RNM, TC, cintilografia. 
 
TRATAMENTO CLÍNICO 
• A icterícia não é uma doença, mas sim um 
sinal de doença. Portanto, na imensa maioria 
dos casos, o seu tratamento passa primeiro 
pelo tratamento da doença que está 
provocando a icterícia. 
• Em adultos, para diminuir a pele amarelada 
pode ser feito uso de remédios que agem 
diretamente no fígado, como os compostos 
por aminoácidos — a exemplo do Epocler 
 
Em recém-nascidos, é usada a fototerapia para 
icterícia — procedimento com luzes claras 
dispostas diretamente na pele do bebê para 
diminuir a bilirrubina alta e controlar a 
amarelidão. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
• Monitorar quanto aos sinais e sintomas de 
disfunção hepática: anorexia, icterícia, 
petéquias, equimose, acolia fecal, testes 
aumentados de função hepática (bilirrubina 
sérica), tempo prolongado de protrombina. 
• Monitorar a ocorrência de hemorragia 
• Ensinar o cliente a informar qualquer tipo de 
sangramento incomum 
• Monitorar o aparecimento de sinais e 
sintomas de: hipoglicemia, hipocalemia 
• Monitorar ocorrência de desequilíbrio 
ácido-básico 
• Investigar efeitos secundários dos 
medicamentos 
• Monitorar sinais e sintomas de insuficiência 
renal 
• Monitorar ocorrência de hipertensão 
• Ensinar o cliente e a família a identificar sinais 
e sintomas de complicações como: aumento 
da circunferência abdominal, perda ou 
aumento de peso, sangramento, tremores, 
confusão 
 
DOENÇAS ANORRETAIS 
O sintoma mais frequente das doenças anorretais 
é o sangramento indolor da região anal, sendo as 
hemorroidas sua principal causa. 
Os diagnósticos concomitantes são frequentes 
em 30% das pessoas. 
 
HEMORRÓIDAS 
São veias dilatadas, inflamadas e doloridas 
localizadas na parte inferior do reto ou do ânus. 
Elas podem ser tanto internas, quando ocorrem 
apenas dentro do ânus ou na parte inicial do reto, 
quanto externas, quando ocorrem na abertura 
anal, projetando-se para fora do ânus. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Interna: São localizadas acima da linha denteada. 
Elas são cobertas por epitélio colunar inervada 
por fibras nervosas viscerais que não estão 
associadas à dor. 
 
Externa: Situam-se abaixo da linha denteada. 
Elas são cobertas por epitélio escamoso e 
inervada por nervos somáticos que podem 
produzir dor. 
 
Mista 
 
 
 
 
FATORES DE RISCO 
• Pressão intra-abdominal elevada 
• Constipação ou esforço crônico 
• Dieta com baixo teor de fibras 
• Posição sentada por longo tempo 
• Gravidez 
• Obesidade 
• Tumores 
• Ascite 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Hemorroidas internas 
• Sangramento vermelho-vivo e indolor 
pelo reto, geralmente com peristaltismo 
intestinal 
• Prolapso: procidência tumoral através do 
ânus com a evacuação; incontinência fecal 
e fezes com muco 
 
Hemorroidas externas (geralmente 
assintomático) 
• Dor: indica trombose, constrição ou 
úlceras 
• Nódulo azulado palpável significa 
trombose aguda 
• Prurido 
 
Mistas: 
• Todos os sintomas são possíveis 
 
DIAGNÓSTICO 
• Anamnese 
• Inspeção 
• Toque retal 
• Anuscopia/ Retossigmoidectomia/ 
Colonoscopia 
• Clister opaco 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
• Trombose hemorroidária 
• Anemia 
 
TRATAMENTO 
Modificação do estilo de vida 
• Hidratação e dieta com alto teor de fibras 
• Banho de assento ou bolsa de gelo 
 
Tratamento clínico 
• Agentes analgésicos 
• Cremes de hidrocortisona 
 
Tratamento cirúrgico 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
• Retenção urinária 
• Hemorragia imediata ou cirúrgica 
• Infecção• Estenose anal pós-cirúrgica 
• Fecaloma 
• Fissura 
 
SAE – DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Dor aguda relacionada à pressão ao 
defecar 
• Risco de constipação relacionado ao 
medo da dor ao defecar 
• Risco de autocontrole ineficaz da saúde 
relacionado a conhecimento insuficiente 
da condição, rotina intestinal, instruções 
alimentares, programa de exercícios e 
cuidados do períneo. 
 
 
 
 
 
SAE – INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM 
• Administrar analgésicos e anti-inflamatórios, 
conforme prescrição médica para aliviar a dor 
e o desconforto, como Paracetamol ou 
Ibuprofeno, pomadas como Proctyl ou 
Ultraproct. 
• Fazer o banho de assento ou permanecer na 
banheira de água quente durante 15 min., se 
possível. 
• Evitar ficar sentado por muito tempo e 
esforçar-se para evacuar 
• Incentivar a ingestão hídrica de no mínimo 2L 
de água. 
• Proporcionar tranquilidade e conforto. 
• Orientar quanto a dieta, que deve ser rica em 
fibras (frutas, verduras), cuidados com 
períneo. 
 
AULA 10 – PARACENTESE, FRATURA E 
AMPUTAÇÃO 
ASCITE 
• É o acúmulo de liquido livre na cavidade 
abdominal, fenômeno presente em várias 
doenças da prática clínica. 
• Origem do líquido acumulado podendo ser: 
plasma, bile, sangue, suco pancreático, 
liquido intestinal, linfa, urina, etc.) 
• A doença mais associada à ascite é a cirrose 
hepática (após 10 anos); 
 
 
 
Exame físico: INSPEÇÃO 
• Abdômen globoso 
 
 
Exame físico: PERCUSSÃO 
PESQUISA DE ASCITE 
1. Sinal do piparote 
 
 
2. Macicez móvel de decúbito 
 
 
3. Círculos de skoda (concavidade para 
cima/ timpânico ao redor) 
 
 
PARACENTESE 
É a remoção do acúmulo de líquido da cavidade 
peritoneal ascite (acúmulo de líquido nos espaços 
entre os tecidos e órgãos do abdome) através de 
uma punção percutânea ou uma pequena incisão 
cirúrgica através da parede abdominal sob 
condições estéreis. 
A paracentese pode ser classificada como 
diagnóstica (para determinar a etiologia da 
ascite) ou evacuadora (para aliviar a sobrecarga 
cardíaca pulmonar). Este procedimento poderá 
ser realizado com auxílio de ultrassonografia. 
 
PARACENTESE – FINALIDADES 
• Promover a saída do líquido peritoneal e 
posterior analise 
• Favorecer o diagnóstico, tais como 
perfuração de víscera oca ou hemorragia 
abdominal. 
• Realização de procedimentos como raios x, 
cirurgia ou diálise peritoneal. 
• Aliviar a ascite, melhorando a dispneia 
provocada pela pressão no diafragma, assim 
como a anorexia por pressão no estômago. 
 
Local de punção: abdome inferior, lateral ao 
musculo reto abdominal e inferior ao umbigo 
(para evitar punção da veia e artéria epigástrica 
inferior) 
 
 
 
• Amarelo citrino (claro) 
o Cirrose hepática sem complicações 
• Turvo infecções 
o Peritonite bacteriana espontânea ou 
secundaria 
• leitoso (quilosa) 
o neoplasia ou trauma do ducto 
pancreático 
• sanguinolento 
o punção traumática 
o neoplasia maligna 
o ascite cirrótica sanguinolenta 
o tuberculose (raro) 
o punção inadvertida do baço 
(esplenomegalia volumosa) 
• marronzado 
o síndrome ictérica 
o perfuração de vesícula biliar 
o ulcera duodenal 
 
 
FRATURA E AMPUTAÇÃO 
Ruptura total ou parcial da continuidade de 
um osso. 
• Fechada (simples): A pele não foi perfurada 
pelas extremidades ósseas. 
• Aberta (exposta): o osso se quebra, 
atravessando a pele, ou existe uma ferida 
associada que se estende desde o osso 
fraturado até a pele 
 
TIPOS DE FRATURA 
• Transversa: é quando a fratura segue uma 
linha reta partindo o osso. 
• Oblíqua: é quando a fratura segue uma linha 
diagonal 
• Espiral: é quando a fratura segue uma linha 
que vai ao redor e atravessando osso. 
Normalmente é causada por uma torção no 
membro. 
• Cominutiva: é uma fratura que ocorre em 
mais de um lugar do osso, de diferentes 
maneiras. 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DE FRATURAS 
• Deformidade 
• Sensibilidade 
• Edema 
• Alteração de coloração 
• impotência funcional 
• fragmentos expostos 
 
 
 
 
 
 
Quais são as complicações que podem ocorrer 
nos casos de fraturas ósseas? 
• A imobilização de um membro fraturado 
motiva uma perda mineral do osso e, se for 
nos membros inferiores, há uma tendência 
à formação de trombos. 
• Uma das sequelas mais frequentes das 
fraturas é a consolidação viciosa, em que 
o osso cicatriza numa posição anatômica 
incorreta. 
 
 
Quais são as complicações que podem ocorrer 
nos casos de fratura óssea? 
• Fraturas expostas podem levar a uma 
infecção óssea: baixa irrigação sanguínea e 
escassez de células vivas nos ossos. 
• Na pseudoartrose os topos de fratura não se 
juntam após um determinado período de 
tempo -> correção cirúrgica 
• Algum tempo depois de uma fratura pode 
ocorrer necrose (morte de parte do osso), se 
ocorrer interrupção dos vasos sanguíneos 
que levam sangue a essa parte do osso. 
 
 
AMPUTAÇÕES 
• É a retirada, geralmente cirúrgica, total ou 
parcial, com objetivo de aliviar sintomas, 
melhorar a função e principalmente propiciar 
qualidade de vida. 
• 70% das amputações são por DM 
• Amputação de pé, transtibial, transfemoral; 
desarticulação do joelho, do quadril e 
hemipelvectomia. 
 
 
HISTÓRICO 
• Qual motivo da imobilidade? 
• Dor, paralisia, paresia ou parestesia? 
• Entorse, luxação ou fratura? 
• Durante a mudança de posição, transferência 
e atividade de deambulação o enfermeiro 
avalia a habilidade do paciente 
• Se há hipotensão ortostática, palidez, 
náuseas, taquicardia e fadiga. 
 
Se o paciente não é capaz de deambular 
avalia-se: 
• Equilíbrio 
• Transferência 
• Uso de dispositivos de ajuda/auxiliares de 
marcha (andadores, muletas, bengalas) 
 
As muletas são indicadas para conferir mais 
equilíbrios quando os indivíduos estão com a 
perna, pé ou joelho machucado, mas elas devem 
ser usadas corretamente para evitar dor nos 
punhos, ombro e costas. 
 
Apesar da bengala ser um instrumento de apoio 
extremamente simples, trata-se um apoio extra, 
que melhora o equilíbrio evitando a queda 
(ajustar a altura correta da bengala e usar a 
cordinha da bengala em volta do punho para 
evitar que ela caia no chão. 
 
Andadores melhoram a estabilidade em 
pacientes com fraqueza dos membros inferiores 
ou equilíbrio prejudicado. 
 
 
 
 
AULA 11 – BALANÇO HÍDRICO 
É o registro diário de líquidos infundidos e 
eliminados de um paciente. Este registro é 
realizado em papel padronizado que possui 
espaço também para outros parâmetros, como 
por exemplo, sinais vitais. 
 
Objetivo: Realizar rígido controle sobre infusões 
x eliminações para avaliação da evolução clínica 
do paciente. Por isto, a importância de um bom 
registro. Através do registro do balanço hídrico 
podemos observar juntamente com exames 
laboratoriais, o início de alguns 
problemas/patologias. 
 
Para facilitar a apuração nas 24 horas dos líquidos 
introduzidos como também dos eliminados, 
existe um formulário que é anexado ao 
prontuário do paciente chamado de folha de 
balanço hídrico. 
 
Compete ao enfermeiro, técnico e/ou auxiliar de 
enfermagem registrar todas as entradas e perdas 
líquidas do paciente e fazer o cálculo de balanço 
final. 
 
PACIENTES QUE NECESSITAM DE BH 
• Pacientes em uso de nutrição parenteral e 
enteral. 
• Pacientes grave de UTI. 
• Pacientes de pós-operatório de grandes 
cirurgias, principalmente dos sistemas 
geniturinário, digestivo e respiratório. 
• Pacientes portadores de enfermidades 
cardíacas, edemas, drenos, ascite, entre 
outras. 
• Pacientes com restrição hídrica. 
• Pacientes com queimaduras de grande 
extensão. 
 
CONTROLE HÍDRICO: COMO REALIZAR? 
 
 
 
 
• Entrada: medicações, soros, dieta/lavagem 
(oral, SNG, SNE, parenteral, Jejunostomia, 
gastrostomia), sangue e derivados 
infundidos. 
• Saída: diurese, resíduo gástrico/aspiração,êmese, drenos, Ileostomia, diarreia, fístula, 
febre, hemorragias, grandes queimados, 
metrorragias, fraldas, curativos, roupas de 
cama pesados. 
 
 
 
 
 
 
PERDAS INSENSIVEIS: Dificuldade contabilizar 
as perdas insensíveis (pele, metabolismo) pelo 
envolvimento de muitas pessoas (profissionais e 
familiares), falta de uniformidade na medição e 
caracterização de alguns conteúdos drenados; 
• PERDA INSENSÍVEL: perda de água em 
condições normais (600-800ml/dia). 
• O volume de líquido em mililitros equivale ao 
peso do líquido medido em gramas (1mL= 
1g). 
 
 
 
Perspiração: perda de água pela respiração e fala. 
 
CONSIDERAR COMO GANHO/ENTRADA: 
1. Dieta por SNG, SNE, ostomias. 
2. Ingestão de água, sucos, chás. 
3. Terapia medicamentosa: soros, 
medicações com diluição, sangue, NPP. 
 
CONSIDERAR COMO PERDA/SAÍDA: 
1. Eliminações vesico-intestinais – (diurese e 
fezes liquidas, semi liquidas) 
2. Vômitos, drenagens, secreções, sudorese. 
 
EQUILIBRIO HIDROELETROLÍTICO 
HIDRATAÇÃO NO PACIENTE CIRÚRGICO 
O registro exato do balanço, por vezes, não é fácil 
de obter por diversos fatores, dentre os quais: 
dificuldade em contabilizar as perdas insensíveis, 
envolvimento de muitas pessoas (enfermeiros, 
auxiliares e técnicos de enfermagem, pacientes e 
familiares) e falta de uniformidade na medição e 
caracterização de alguns conteúdos drenados. 
 
As fraldas, roupas de cama molhadas e curativos 
devem ser cuidadosamente pesados para 
verificar a quantidade de líquido perdido. 
Incluem-se também fezes líquidas, vômitos e 
outras perdas. O volume de liquido em mililitros 
equivale ao peso do líquido medido em gramas. 
Devem ser descritas as características e o numero 
de micções e dejeções para uma estimativa mais 
fidedigna. 
 
Necessidade de aporte – média diária de 
ingesta hídrica para um adulto 
 
FONTES DE 
LÍQUIDOS 
QUANTIDADE DE 
LIQUIDO/ML 
Água livre/ingerida 1.200 – 1.500 
Água em alimentos 
ingeridos 
700 – 1.000 
Água endógena (oxidação) 200 – 400 
total: 2.100 – 2.900 ml 
FUNÇÃO RENAL – BALANÇO HÍDRICO 
A eliminação de água é efetuada principalmente 
pelos rins, porém também é perdida através do 
trato intestinal, pele e metabolismo. 
A evaporação insensível através da pele e do trato 
respiratório resulta em perda significante de 
líquido. 
Tanto a ingestão líquida quanto as perdas 
líquidas variam de individuo para individuo de 
modo que nenhum padrão absoluto pode ser 
estabelecido 
entrada saída
resultado 
de 24 hrs
1g = 1ml 
1Kg = 1 litro 
 
ANÚRIA < 100ml/24h 
OLIGÚRIA < 400ml/24h 
POLIÚRIA >2.500 ml/24h 
 
PARTICULARIDADES DO BALANÇO 
HÍDRICO 
Em casos de SNE deve ser anotado o volume 
administrado, incluindo em caso de ser 
desprezado parte desse volume o valor entre 
parêntesis. 
• Exemplo: 200 (-50ml) -> estavam prescritos 
200ml, foi infundidos 150ml e desprezados 
50ml 
Todo paciente em BH deverá ser pesado em 
JEJUM (mesmo horário, mesma vestimenta, 
esvaziamento vesical e intestinal) 
• Anotar a administração de dieta enteral 
separadamente no campo especifico (SNE) 
• Diurese: desprezar o volume urinário de 
acordo com o intervalo estabelecido pela 
rotina (padrões assistenciais mínimos) 
• Registrar volume das perdas, caso esteja 
usando fraldas PESÁ-LAS descontando seu 
peso (120gr) 
 
DOCUMENTAÇÃO DO BALANÇO HÍDRICO 
• Preencher com o mesmo padrão de anotação 
• Anotar em espaços em BRANCO outras 
formas de perdas como: Ileostomia, 
gastrostomia, colostomias, etc... (poderá ser 
regra anotar com caneta VERMELHA ou de 
outra COR) 
• Os horários para realização dos lançamentos 
no BH na folha de controle horário de sinais 
vitais, ou conforme protocolo da instituição. 
 
COMO DEVE SER FEITO O REGISTRO NA 
FOLHA DE BALANÇO HÍDRICO 
Identificar o paciente. Data (dia em que o 
balanço foi realizado), hora (momento em que 
foram registrados os dados do balanço). Deve-se 
anotar no momento em que se realizou o ganho 
ou perda. 
Procedimento: 
1. Todo liquido deve ser medido antes de se 
oferecer ao cliente e o volume registrado no 
impresso de controle hídrico, na coluna 
correspondente a líquidos ingeridos, com os 
respectivos horários. 
• Fechar o balanço parcial obedecendo os 
horários padrões 6/12/18h e nas 24 horas, 
sob a responsabilidade do enfermeiro 
noturno. 
• Encerrar o BH as 6 horas fazendo a soma de 
cada item separado (VO, soro, diurese, etc...), 
o balanço hídrico final será o total de líquidos 
administrados subtraídos do total de líquidos 
dos eliminados. 
• O fechamento do BH poderá ser feito pela 
equipe do noturno ou da manhã, conforme 
rotina estabelecida, PORÉM sempre 
considerando o total até as 06 horas. 
 
RESULTADOS DO BALANÇO HÍDRICO 
• NEGATIVO: déficit de liquido 
• POSITIVO: retenção de liquido (mais 
elevados de PVC e PAM) 
 
DIVERSOS ESTUDOS ASSOCIAM BALANÇOS 
HÍDRICOS MAIS POSITIVOS COM PIORES 
DESFECHOS: 
• Cérebro: alterações cognitivas, delirium 
• Miocárdio: alteração de contratilidade, 
disfunção diastólica, distúrbios de condução 
• Pulmões: alterações de trocas gasosas, 
redução de complacência, aumento do 
trabalho respiratório. 
• Fígado: função sintética comprometida e 
colestase 
• Rins: redução do fluxo plasmático renal e da 
taxa de filtração glomerular, retenção 
hidrossalina 
• Intestinos: má absorção de íleo, culminando 
com síndrome de compartimento abdominal 
• Tecidos periféricos: drenagem linfática 
comprometida, alterações da 
microcirculação, má cicatrização de feridas, 
infecção de parede e úlceras de pressão. 
CONSIDERAR AVALIAÇÃO BALANÇO 
HÍDRICO 
• Peso 
• Turgor da pele, tensão do globo ocular, 
umidade da mucosa bucal 
• Edemas 
• Pressão arterial 
• Pressão venosa central (PVC) 
• Ausculta pulmonar 
• Exames laboratoriais: avaliar hematócrito, 
níveis plasmáticos de eletrólito.

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