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Educação em tempos de pandemia

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UNIS – GRUPO EDUCACIONAL UNIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WISLEY CHRISTOPHER SOUZA PÁDUA 
 
EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA – COVID 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Varginha-MG 
2020 
EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA – COVID 19 
 
INTRODUÇÃO 
 
Em tempos de devastadores impactos socioeconômicos causados pela pandemia 
da COVID-19, as medidas e recomendações expressas pela Organização Mundial de 
Saúde impulsionam a população a novos hábitos, expondo a fragilidade da vida e a 
importância da seguridade de direitos diante a lógica do sistema vigente. 
 
Uma doença que acomete a todos, agravante junto aos grupos de risco e que exige 
cuidados redobrados aos mais frágeis, parece ter o potencial para evidenciar a 
irracionalidade de um modelo socioeconômico excludente e a insensatez da exploração 
desenfreada de recursos humanos e naturais. 
 
Porém, seguindo a lógica imperante no mundo empresarial, logo a crise passa a 
ser anunciada como oportunidade de negócio para grupos privados com interesse no 
campo educacional. Assim, o que poderia ser um momento de convivência humanitária, 
fortalecimento do setor público e de seus profissionais logo é anunciado como 
oportunidade de negócio. 
 
No campo educacional, ao invés de promover reflexões sobre formas mais 
inclusivas e sustentáveis de organização das comunidades escolares, aparecem vorazes 
investidores interessados em abocanhar parcelas do mercado educacional, promovendo o 
uso das novas tecnologias, metodologias ativas, gamificação e um amplo leque de 
soluções para a educação de crianças e jovens em tempos de pandemia. 
 
O reducionismo coloca na ordem do dia o debate sobre ser, ou não, favorável a 
EAD, como se a complexidade da questão fosse tão somente definir a melhor modalidade 
educacional para milhões de crianças e jovens que não somente no atual momento, mas 
cotidianamente têm negado o direito a uma educação de qualidade social efetivamente 
promotora de cidadania ativa. 
 
2 QUATRO PILARES FUNDAMENTAIS PARA UMA EDUCAÇÃO AO LONGO 
DE TODA A VIDA 
 
Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento da educação baseados no 
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século 
XXI, coordenada por Jacques Delors. 
O ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente sobre o domínio do 
aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a fazer. Estas aprendizagens, 
direcionadas para a aquisição de instrumentos de compreensão, raciocínio e execução, 
não podem ser consideradas completas sem os outros dois domínios da aprendizagem, 
muito mais complicados de explorar, devido ao seu caráter subjetivo e dependente da 
própria entidade educadora. 
Um dos maiores desafios para a educação será a transmissão, de forma maciça e 
eficaz, da informação e da comunicação adaptadas à civilização cognitiva (pois estas são 
as bases das competências do futuro). Simultaneamente, compete ao ensino encontrar e 
ressaltar as referências que impeçam as pessoas de ficarem ilhadas pelo número de 
informações, mais ou menos efêmeras, que invadem os espaços públicos e privados. 
Assim como, orientar os educandos para projetos de desenvolvimento individuais e 
coletivos. 
Proceder-se-á de seguida a uma breve dissertação sobre cada tipo de 
aprendizagem "deloriana". 
 
2.1 Aprender a conhecer 
 
Este pilar refere-se à aquisição dos “instrumentos do conhecimento”. 
Deve ser encarada como um meio e uma finalidade da vida humana (já que a 
educação deve ser pensada e planejada para ocorrer em todas as fases da vida). 
Simultaneamente ela visa não tanto à aquisição de um repertório de sabores codificados, 
mas antes, os domínios dos próprios instrumentos do conhecimento. É um meio, porque 
pretende que cada um aprenda a compreender o mundo que o cerca, pelo menos na 
medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente. Finalidade, porque seu 
fundamento é o prazer de compreender, de conhecer, de descobrir. 
Pretende-se despertar em cada aluno a sede de conhecimento, a capacidade de 
aprender cada vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos intelectuais 
e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões e o seu próprio 
pensamento crítico. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/UNESCO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jacques_Delors
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino
 
2.2 Aprender a fazer 
 
O processo técnico modifica, inevitavelmente, as qualificações exigidas pelos 
novos processos de produção. As tarefas puramente físicas são substituídas por tarefas de 
produção mais intelectuais ou mentais, como o comando de máquinas, a sua manutenção 
e sua vigilância, ou por tarefas de concepção, de estudo e de organização, à medida que 
as máquinas também se tornam “inteligentes”, e que o trabalho se “desmaterializa”. 
Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerenciar e 
de resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes. E essa tendência torna-se 
mais forte devido ao desenvolvimento do setor de serviços. 
Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas. Combinando 
uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de trabalhar em 
profundidade um pequeno número de matérias. O que também significa: aprender a 
aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda 
a vida. 
 
2.3 Aprender a viver com os outros 
 
Nesse domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os 
educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. O campo consiste no conflito, ao 
preconceito, às rivalidades milenares ou diárias. 
A educação tem como missão transmitir conhecimentos sobre a diversidade da 
espécie humana, assim como, conscientizar as pessoas sobre as semelhanças e 
interdependências que existem entre todos os cidadãos do planeta. 
As diferenças e até mesmo os conflitos interindividuais tendem a reduzir-se 
quando os jovens trabalham em projetos inovadores (o desporto é um ótimo exemplo 
disso). Valorizando a coletividade em detrimento à individualidade. Tendo a alternativa 
da inserção de jovens em projetos de ajuda social. 
 
2.4 Aprender a ser 
 
Esse tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três. Considera-se que 
a educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do individuo “espírito e 
corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade”. 
O aprender a viver vem com os outros, fala-se aqui da educação de valores e 
atitudes, mas já não direcionados para a vida em sociedade em particular, mas 
concretamente para o desenvolvimento individual. 
Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e 
independentes, capazes de estabelecer relações interpessoais, de comunicarem e 
evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e proativa na sociedade. 
 
3 EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA – COVID 19 
 
Sabendo se tratar de um cargo que exige muita dedicação e responsabilidade, o 
gestor escolar precisa se manter informado sobre tudo o que pode afetar a escola, 
incluindo diversas situações voltadas para a saúde. Embora seja difícil prever, uma 
doença pode evoluir para um nível epidêmico ou até pandêmico, podendo causar muitas 
consequências em todos os setores da sociedade - inclusive nas instituições de ensino. 
Uma epidemia é um evento no qual uma doença está se espalhando ativamente 
em uma região específica. Por outro lado, o termo pandemia refere-se à expansão 
geográfica e é usado para descrever uma doença que aumenta acentuadamente e afeta 
uma área maior ou o mundo inteiro. 
As pandemias são geralmente classificadas como epidemias primeiro, antes da 
rápida disseminação para outras regiões. Como exemplo mais recente, tem-se o novo 
Coronavírus (COVID-19), que começou como uma epidemia na Chinae em questão de 
meses se tornou uma pandemia. 
 
3.1 Como uma pandemia pode afetar as escolas 
 
Em um primeiro momento, o gestor escolar precisa se manter atualizado a respeito 
da situação e, caso se torne uma crise, adotar as medidas recomendadas pelo governo e 
instituições de saúde. 
Em casos mais graves, pode ser necessária até mesmo a suspensão de aulas 
presenciais. Para isso, o gestor deve realizar um planejamento de ações que adeque sua 
escola ao cenário atual. 
A tecnologia garante muitas vantagens, todos sabem. Em épocas como pandemia, 
seus benefícios podem colaborar eficientemente. Com auxílio de um sistema de gestão 
escolar na nuvem, ganha-se a capacidade de acessar dados da instituição à partir de vários 
dispositivos e de qualquer lugar onde tenha conexão com a internet. Além disso, permite 
a troca de informações em tempo real e, caso preze a segurança dos dados realiza-se 
backups automáticos e recorrentes. 
Dessa forma, segue prestando os serviços necessários e minimizando os impactos 
financeiros que sempre acontecem após uma crise severa. 
 
4 CURIOSIDADES 
 
A diferença entre pandemia e epidemia é que a pandemia é uma epidemia em 
escala global, que se alastra pelos países, atingindo muitas nações, com o aumento de 
novos casos e dos óbitos causados pela doença. 
O coronavírus foi declarado pandemia. Algumas autoridades acham que a OMS 
demorou para elevar sua graduação, outras não veem qualquer mudança na ordem das 
coisas e, como já disse acima, para a pessoa infectada é indiferente se é uma coisa ou 
outra, o que ela quer é se livrar da doença o mais rapidamente possível. 
É verdade que a declaração da pandemia aparelha os governos com ferramentas 
que permitem ações mais fortes, no sentido de proteger a população, seja fechando as 
fronteiras ou tomando outra medida destinada a conter a propagação do vírus. 
Ganha proeminência no debate atual sobre a pandemia do COVID-19 a crítica à 
estratégia do isolamento social. Está se fundamenta, em essência, na ideia de que os 
impactos econômicos do isolamento são maiores do que os seus benefícios em termos de 
saúde pública. Argumenta-se que a eventual restrição de contato social deveria ser 
direcionada aos grupos de risco desta pandemia, qual seja, pessoas com mais de 60 anos 
de idade ou que sejam portadoras de doenças crônicas. Por decorrência, o resto da 
sociedade deveria retomar a normalidade o quanto antes a fim de reduzir os impactos 
econômicos desta nova forma de “parada súbita”. 
Os defensores do “retorno à normalidade” argumentam que os óbitos causados 
pelo COVID-19 como proporção do total da população são inferiores àquelas mortes 
derivadas de outras enfermidades ou processos sociais, como assassinatos e acidentes de 
trânsito. E, por imposição lógica, se a economia não costuma parar em função de tais 
problemas, não haveria de ser impedida por efeito de um vírus ainda menos letal. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Há tempo para atuar em um contexto de excepcionalidade, mas com vistas à 
manutenção da ordem e da paz social. A preservação da renda, particularmente das 
pessoas que dela mais necessitam, será vital para evitar um processo de contaminação na 
esfera econômica. Este se expressa no fato de que, sem renda, o consumo das famílias 
tende a desabar, pressionando ainda mais o caixa das empresas, que são forçadas a 
demitir, o que reduz a massa dos rendimentos do trabalho, gera nova pressão sobre as 
empresas e assim sucessivamente. Conforme os economistas já aprenderam – pelo menos 
desde a Grande Depressão dos anos 1930 – e estão adotando na prática agora, em tempos 
de depressão o gasto estatal para preservar a economia é questão de vida ou morte (e não 
uma opção ideológica). 
O isolamento social pode ajudar a reduzir a contaminação e, com isso, dar 
prioridade ao atendimento médico das pessoas que precisam trabalhar com vistas à 
preservação desta base mínima de atividades sociais. Ele é necessário exatamente para 
que a normalidade possa se reestabelecer o quanto antes. Os especialistas já demostraram 
duas realidades: as taxas de mortalidade são realmente baixas, mas o risco de 
contaminação é muito alto. Também está demonstrado que a imensa maioria dos 
infectados experimentará sintomas muito leves, parecidos com os da gripe comum. Este 
argumento, que é corrente pelos defensores da “normalidade já”, não pode obscurecer o 
fato de que, se as taxas são baixas, os números absolutos tendem a ser muito altos, com 
efeitos dramáticos sobre o sistema de saúde. Assim, os “normalistas” falam em retomada 
da ordem, mas semeiam uma profunda desorganização em potencial da sociedade. 
Em síntese, não praticar o isolamento social temporário pode produzir uma 
catástrofe social que, por decorrência, também será econômica. E não preservar as rendas 
de trabalhadores e empreendedores em um contexto de isolamento agravará ainda mais 
um quadro que já é suficientemente dramático. Serão três ou quatro meses nos quais só 
teremos uma certeza: não há espaço para se imaginar saídas meramente individuais. O 
COVID-19 está nos deixando uma mensagem dura, mas clara: ou construímos 
alternativas melhores em conjunto, ou pereceremos coletivamente. 
 
 
 
 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
NIKEL, Mateus. OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO – Jaques Delors (FICHAMENTO) 
in: http://blogdonikel.wordpress.com/2014/05/06/os-quatro-pilares-da-educacao-jaques-delors-
fichamento/ 
DELORS,Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da Comissão 
Internacional sobre Educação para o Século XXI. Editora Cortez, 7ª edição, 2012. 
 
http://blogdonikel.wordpress.com/2014/05/06/os-quatro-pilares-da-educacao-jaques-delors-fichamento/
http://blogdonikel.wordpress.com/2014/05/06/os-quatro-pilares-da-educacao-jaques-delors-fichamento/

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