Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Indicadores de Saúde MortalidadeMORTALIDADE →Pode ser entendida como um caso particular do conceito de incidência, quando o evento de interesse é a morte, e não o adoecimento →Pode ser medida através de taxas/coeficientes →Indicadores de mortalidade: quocientes entre frequências absolutas de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer →Geral: todos os indivíduos da população encontram-se expostos ao risco de morrer →Específico: categorizados segundo o critério escolhido (sexo, idade, estado civil, causa, lugar,…)PRINCIPAIS FONTES DE DADOS SOBRE MORTALIDADE →Estatísticas constantes de anuários, relatórios e outras publicações: · Internacional: ONU, OMS, OPS, Unicef, Banco MundialERROS NAS D.O · Nacional: anuários do Ministério da Saúde e do IBGE →Declaração de óbito, registros e livros de autópsias, prontuários e estatísticas hospitalares, registros especiais de doenças, inquéritos, recenseamentos demográficos, registros diversos, repartições de Polícia e Departamento de Trânsito…DECLARAÇÃO DE ÓBITO →Objetivo: compatibilizar os dados consolidados em nível nacional, permitindo a comparabilidade dos mesmos em toda a nação de forma mais racional →Fluxo: Declaração de óbito → Cartório→ Certidão de óbito →Responsabilidade: médico →Bom revelador: · Estado geral de saúde das coletividades · Doenças transmissiveis: Condição de saneamento · Eficiência dos serviços de prevenção e controle MORTALIDADE POR CAUSAS ESPECÍFICAS →As causas da morte, a serem registradas no atestado de óbito, são: · Todas aquelas doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou contribuíram para ela · As circunstâncias do acidente ou da violência que produziu essas lesõesMORTALIDADE POR CAUSAS BÁSICAS · Doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte · As circunstâncias da lesão ou acidente que produziu a lesão fatalMORTE NATURAL (Doença) →Óbito cuja causa básica é uma doença ou estado mórbidoMORTE NÃO-NATURAL (Causa externa) →Óbito que decorre de lesão provocada por violência (homicídio, suicídio, acidente ou morte suspeita) qualquer que tenha sido o tempo entre o evento lesivo e a morte propriamente · Preenchimento da declaração · O diagnóstico médico das causas do óbito · A codificação das causas do óbito · A classificação das causas do óbitoTAXA DE MORTALIDADE GERAL →Taxa bruta ou global da mortalidade →Corresponde ao risco de morrer por qualquer causa em uma dada população, num intervalo definido de tempo →OBS: Adota-se como aproximação da população sob risco a existente na metade do período (1º Julho), supondo-se que os óbitos ocorreram uniformemente durante o ano → Não introduz distorções apreciáveis nos resultados →Uso: avaliação do estado sanitário de áreas determinadas, associadas a outros coeficientes e índices →Propicia a possibilidade de se avaliar comparativamente o nível de saúde de localidades diferentes Exemplo: Em 2000, foram registrados 946.686 óbitos em todo o Brasil e, em 1º de julho deste mesmo ano, a população brasileira era constituída por 169.799.170 habitantes. Qual a taxa de MG? R. 946.686/ 169.799.170 habitantes X 100mil = 557,5 óbitos por 100 mil hab.TAXA DE MORTALIDADE POR SEXO MORTALIDADE POR FAIXA ETÁRIA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL →A mortalidade infantil mede o risco de um nascido vivo morrer no seu primeiro ano de vida →Interpretação da taxa de mortalidade infantil: Mortalidade infantil* Interpretação 50 ou mais Alta 20 – 49 Média abaixo de 20 Baixa * Número de óbitos, por 1.000 nascidos vivos Obs.: todo óbito, na infância, é uma morte prematura.FATORES PARA A QUEDA DA TMI →As afecções originadas no período perinatal (principalmente transtornos respiratórios e cardíacos específicos do período neonatal) e as malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (mais frequentes os transtornos relacionados à duração de gestação e crescimento fetal).PERÍODO NEONATAL →Infantil precoce: 4 primeiras semanas de vida →Morbimortalidade: agressões sofridas durante a vida intre-uterina e condições de parto →Causas de óbitos (endógenas): anomalias congênitas e afecções perinatais →A mortalidade neonatal mede o risco de uma criança nascida viva morrer nos primeiros 28 dias de vida →Subdivisão em períodos: · Neonatal precoce: 1ª semana de vida · Morbimortalidade: ligadas à gestação e ao parto · Neonatal tardio: as 3 semanas de vida seguintes · Morbimortalidade: ligadas à gestação e ao parto EXEMPLOS DE INTERVENÇÕES →Medidas de alto custo: · Melhoria dos serviços de saúde = MI (neonatal precoce). →Alta efetividade e baixo custo = MI (neonatal tardio). · Sais para rehidratação oral (diarreia) · Vacinação PERÍODO PÓS-NEONATAL →Infantil tardio →Referente ao período restante do primeiro ano →Morbimortalidade: natureza ambiental e social →Causas de óbito (exógenas): gastrointerites, infecções respiratórias, doenças imunioreviníveis →A proporção de óbitos neonatais em relação aos pós-neonatais, serve como indicador indireto das condições sanitárias de uma região →Quando elevados, aponta para falhas nos sistemas de proteção e promoção da saúde infantilTAXA DE NATIMORTALIDADE →Mortalidade fetal →Natimortos ou nascidos mortos = perdas fetais →Concepto: peso → 500g e cerca de 25cm Problemas: · As definições de natimorto diferem consoante às épocas e aos países · A não precisão da determinação da idade gestacional · Elevado sub-registro do óbito fetalCOEFICIENTE DE MORTALIDADE PERINATAL TAXA DE MORTALIDADE POR CAUSAS ESPECÍFICAS →Risco de morrer por doença ou agravo numa dada população, durante um intervalo definido de tempo →Taxa de mortalidade por determinada doença: →Uso: utilizados para estimular a importância da afecção na comunidade e para comparações geográficas ou temporaisRAZÃO, TAXA OU COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA →A morte materna é uma perda evitável →Altas taxas de mortalidade materna refletem o baixo nível das condições de saúde da mulher →A morte materna: · É óbito ocorrido durante a gestação ou até 42 dias após o término da mesma. · Independe da duração ou da localização da gravidez · É causada por qualquer fator relacionado ao agravo pelo estado gravídico ou por medidas tomadas em relação a este TAXA DE LETALIDADE →Letalidade: · É uma medida da mortalidade restrita aos indivíduos que apresentam um determinado problema de saúde · Expressa a frequência de óbitos por uma doença ou problema de saúde · É uma forma de expressão da gravidade do processo →Usos: avaliar a gravidade de uma doença, considerando as variáveis idade, sexo e condições socioeconômicas da região onde ocorre. →A referência ao tempo é importante para a interpretação da letalidade, particularmente nas doenças crônicas Ex.: Raiva Humana = letalidade (extrema) = 1,0 (100%) Escabiose = letalidade zero. →Problema: · Dificuldade na obtenção do nº de doentes, especialmente quando se refere às afecções de pouca gravidade · Para as doenças graves, ou que exigem hospitalização, como as meningites, a taxa de letalidade é bastante exata, nos locais onde haja fácil acesso da população aos serviços de saúde.´RELAÇÃO ENTRE LETALIDADE, MORTALIDADE E INCIDÊNCIA →A magnitude da mortalidade por uma doença ou problema de saúde determinado, em uma dada população, é função da sua incidência e da letalidade M = L x I →As condições para sua aplicação exigem estabilidade de incidência da doença Doença altamente letal, porém rara Incidência elevada e letalidade baixa baixa mortalidad Incidencia baixa e letalidade baixa →Elevada mortalidade = Incidência e letalidade são elevadasEXERCÍCIOS LETALIDADE 1.Entre 40 crianças internadas por Covid-19, em um grande hospital, quatro faleceram na sequência do episódio. R. L = 4 / 40 x 100 = 10% 2. Quadro. Número anual de óbitos, de doentes e população exposta. ___________________________________ Eventos No. Absolutos ____________________________________ Óbitos/ano 10 Doentes/ano 200 População exposta1000 R. L = 10/200 x 100 = 5%
Compartilhar