Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Didática do Ensino Superior Lisiane Lucena Bezerra e Cristina Splenger Azambuja Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Diretora Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoras LISIANE LUCENA BEZERRA E CRISTINA SPLENGER AZAMBUJA Lisiane Lucena Bezerra Olá. Meu nome é Lisiane. Sou Licenciada em Ciências Agrárias, Mestre em Fitotecnia e Doutora em Agronomia/Fitotecnia, com experiência técnico-profissional na área de licenciatura de mais de 10 anos. Atualmente, leciono disciplinas na área de Educação em curso de licenciatura, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Cristina Splenger Azambuja Eu, meu nome é Cristina, possuo graduação em História - Licenciatura Plena pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos (2003) e Mestrado em Ciências Humanas (Estudos Históricos Latino- Americanos) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos (2006). Pós-graduação - Latu senso. Pedagogia Empresarial - Feevale (2011), Especialização em Educação a Distância, com ênfase na docência e na tutoria em EAD - PUC RS/2011. Bolsista PIBIC (2000/2002), CNPQ (2011), Projeto: Inserção de mestres e doutores na indústria para promoção da Inovação. Professora de pós graduação em Gestão de Pessoas, Professora tutora do CERFEaD, Instituto Federal de Santa Catarina, consultora externa da FIERGS nos programas de Inovacão e Consultoria para Educação de Qualidade, atuando na formação em gestão de equipes diretivas de escolas no estado do Rio Grande do Sul e no programa Educação para o mundo do trabalho. Coach pela Sociedade Latino-americana - SLAC- pessoal e consultora na área de Gestão de Pessoas pela Chabrol Consultoria e Treinamentos. Por isso, fomos convidadas pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco! AS AUTORAS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: ICONOGRÁFICOS INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova com- petência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Didática como ação pedagógica no ensino superior ...........................10 Didática e a ação pedagógica ........................................................................................... 13 Elementos do processo didático ................................................................ 20 O processo didático ................................................................................................................. 20 O processo de ensino .............................................................................................. 21 O processo de aprendizagem ...........................................................................24 O ensino-aprendizagem ........................................................................................27 Professor–aluno e a relação entre eles ......................................................28 A didática e as tendências pedagógicas ................................................. 30 Tendências pedagógicas liberais ....................................................................................33 Tendência tradicional ..............................................................................................34 Tendência renovada progressista ..................................................................34 Tendência renovada não diretiva .....................................................................35 Tendência tecnicista .................................................................................................35 Tendências pedagógicas progressistas .................................................................... 36 Tendência libertadora ............................................................................................................. 36 Tendência libertária ...................................................................................................................37 Tendência crítico-social dos conteúdos ................................................................... 38 A didática e o trabalho dos professores no ensino superior ............ 40 O trabalho docente ....................................................................................................................43 Didática do Ensino Superior 7 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL UNIDADE 04 UNIDADE 03 UNIDADE 02 UNIDADE 02 Didática do Ensino Superior8 Você conhece sobre a didática e o ensino, e como pode ser utilizada como ação pedagógica no ensino superior? E os elementos que compõem o processo didático? Então, a didática passou a ser considerada por Comenius e é considerada uma disciplina teórica que tem por objetivo o estudo da ação pedagógica na docência. O processo de ensino que está intrinsecamente ligado a utilização da didática no ensino superior é desenvolvido utilizando o ensino e instrução baseando-se tanto através da assimilação de conhecimentos como no acúmulo de experiências. Os principais elementos do processo didático são o ensino os conteúdos e a aprendizagem que ser articulados da melhor forma para alcançar os objetivos educacionais no ensino superior. As tendências pedagógicas brasileiras são classificadas em liberais ou progressistas, termos que denotam características que divergem entre si. E ainda, os docentes do ensino superior em grande maioria ainda sentem grande dificuldade em utilizar a didática por sua formação ser em campo diferente da didática, tornando-se um obstáculo para desenvolvimento de um ensino de qualidade INTRODUÇÃO Didática do Ensino Superior 9 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais, até o término desta etapa de estudos: 1. Entender a didática como atividade pedagógica no ensino superior; 2. Averiguar os componentes do processo didático; 3. Analisar as tendências pedagógicas e a didática; 4. Identificar na didática a tarefa dos professores no ensino superior. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Didática do Ensino Superior10 Didática como ação pedagógica no ensino superior INTRODUÇÃO: Ao finalizar este capítulo você será capaz de entender sobre a didática e sua ação pedagógica no ensino superior. Isto será de fundamental importância para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! O processo da educação que é realizado nas instituições ocorre através do ensino e instrução, que baseia-se tanto na assimilação de conhecimentos, como também no acúmulo de experiências de ações anteriores no desenvolver histórico social a qual ele faz parte. A pedagogia é um campo de conhecimento queinvestiga a natureza das finalidades da educação numa determinada sociedade, bem como os meios apropriados para a formação dos indivíduos, tendo em vista prepará-los para as tarefas da vida social. Uma vez que a prática educativa é o processo pelo qual são assimilados conhecimentos e experiências acumulados pela prática social da humanidade, cabe a Pedagogia assegurá-lo, orientando-o para finalidades sociais e políticas, e criando um conjunto de condições metodológicas e organizativas para viabilizá-lo. (LIB NEO J. C., Prática educativa, pedagógica e didática. In: Didática, 1994, p. 24) É real que os desafios enormes que são expostos à prática da docência no que se refere ao ensino superior estão relacionados às possibilidades que envolvem a articulação de duas ações didáticas envolvidas no contexto da sala de aula. Didática do Ensino Superior 11 Figura 1- Duas ações didáticas Fonte: O autor De forma que não é frequente o profissional que apresenta domínio sobre o conhecimento também apresentar boa capacidade para transpor em uma situação que envolve a aprendizagem. Com isso, entende-se que é difícil um professor conseguir realizar planejamento, gerenciamento e avaliações sobre situações didáticas que se mostrem eficientes para que a autonomia acadêmica se desenvolva, sem haver a compreensão dos próprios conteúdos envolvidos na área em que atua, que por sua vez serão utilizados para sua ação didática. A prática de ensino juntamente a didática forma um espaço multidimensional em que o professor deve ter a consciência de que uma boa relação junto ao aluno é importante, resultando no favorecimento para que se possa construir o conhecimento e adquirir os saberes expostos pelo docente dentro do cotidiano educacional. Com isso, se o docente tem a docência como a área em que atua, além das peculiaridades referentes aos campos de conhecimentos diferentes, a didática também faz parte do quadro de modo a ser conteúdo próprio pertencente a prática pedagógica da universidade. De acordo com (CAMILLONI, 2008), “ A didática é uma disciplina teórica que se ocupa a estudar a ação pedagógica”. Didática do Ensino Superior12 As discussões sobre didática no Brasil têm ocorrido com altos e baixos, de modo cíclico. A história brasileira recente assim o indica. O advento do escolanovismo a partir da década de 30 foi interrompido bruscamente pelo tecnicismo – teoria pedagógica instrumentalista – característico da ditadura militar e pela repressão dos debates divergentes. Vale observar que, apesar disso, o escolanovismo também já se apresentava com viés tecnicista. Com a anistia, as discussões foram retomadas no sentido de uma didática de base dialética, conectada com a realidade social ou com a situação sócio-histórica. Na década de 90, as políticas educacionais neoliberais entram em cena, assim como o imperativo de garantir o acesso universal à educação, recuperando novamente certo tecnicismo, agora literalmente conectado às novas tecnologias disponíveis. Essa oscilação pendular humanismo-tecnicismo parece persistir até o presente (...) (ZASLAVSKY, 2017, p. 73). De forma concisa a conceituação da ação pedagógica é tida como unidirecional e não através da interação. Ela não se assemelha a ação docente, mas sim a articulação efetiva no que se refere a ação docente ligada a ação discente, para que o entendimento seja obtido. Já a didática tem o foco direcionado para a reflexão, que possibilita a orientação referente ao entendimento em situação de assimetria que passa a existir entre o professor e os alunos (ZASLAVSKY, 2017). É perceptível no ensino superior, a existência de um distanciamento entre os docentes no que se refere a práticas inovadoras na pedagogia, persistindo no conservadorismo e autoritarismo, com isso fica evidente uma resistência, de certa forma natural, que métodos ultrapassados sejam abandonados, que por sua vez tem o papel em que o ensino aprendizagem tinha como base o processo em que as informações eram acumuladas. Nesse contexto, o ensino aprendizagem é resumido na simplificação referente ao ato de transmissão do saber por meio de aulas que tem o professor como centro. Com o passar do tempo na realização do ensino aprendizagem, o docente se responsabiliza por uma pedagogia no momento em que ele Didática do Ensino Superior 13 privilegia e seleciona procedimentos específicos para que seus objetivos relacionados aos alunos sejam alcançados. No momento em que o professor tem como objetivo a criação de condições que venham a possibilitar ao aluno a aprendizagem de conhecimento, a condução da disciplina passa a ser um desafio pedagógico. Nesse cenário, para ter êxito no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, o docente, além de ter conhecimento relacionado ao conteúdo específico, também apresenta a necessidade de ter em seu poder o conhecimento pedagógico, habilitando-o a trabalhar o conteúdo, favorecendo assim a aprendizagem do discente. Em outras palavras, o docente tem a necessidade de criar estratégias no intuito de transformação da matéria em condicionantes. Figura 2- Alguns condicionantes para transformação da matéria Fonte: As autoras Didática e a ação pedagógica O exercício da docência é um grande desafio, pois exige do profissional que a executa, características determinadas que são específicas e que não podem, em nenhuma condição, ter negligência sobre elas. Também há um envolvimento indispensável de um conjunto de capacidades técnicas, que por sua vez são substanciais para que a função de docente seja exercida, e que por sua vez devem ser: • Adquiridas; • Aperfeiçoadas; • Recriadas; • Atualizadas. Didática do Ensino Superior14 O ramo da pedagogia ou docência, tem a necessidade de que conhecimentos disciplinar, profissional e investigativo seja dominado no que se refere ao desenvolvimento do ensino-aprendizagem que por sua vez envolvem trabalhos de sujeitos cognoscentes sobre objeto cognoscível. Figura 3 – Trabalhos que envolvem sujeitos Fonte: As autoras Esses trabalhos são efetuados em contextos estabelecidos, com o objetivo acerca da formação humana. EXPLICANDO MELHOR: É exclusividade da Didática, a responsabilidade das fundamentações e teorizações sobre os procedimentos e conceitos ligados a relação existente entre docentes e discentes no que envolve o conhecimento em determinadas situações como o ensinar e aprender. Com isso, no que se refere a campo de produção de conhecimento relacionados ao ensino, a Didática ocasiona saberes que por sua vez são fundamentais tanto para a formação quanto para a prática da profissão docente, motivo pelo qual a Didática é tida como uma disciplina adotada nos cursos de licenciatura, tendo a responsabilidade de formação de docentes, se manifestando no ato do ensinamento (CRUZ, 2017). Para a prática da ação pedagógica há uma exigência complexa e variada relacionada a articulação de várias formalizações, como: Didática do Ensino Superior 15 • Científico-didática; • Pedagógicas; • Teórico-científicas. Existe a reivindicação desses conhecimentos, pois, na atividade da docência implica em vários fatores, a exemplo de: • Articulação de saberes diferentes na sua atuação de ensino; • A maneira que o docente Analisa e compreende as práticas educativas utilizadas por ele; • Sua atitude ao se deparar com o desconhecido ou inesperado. Ainda segundo o estudo realizado por (CRUZ, 2017). Ora, sendo a didática o domínio de conhecimento sobre o processo ensino-aprendizagem e sendo o ensino a ação que especifica a função docente, os saberes que o professor possui, mobiliza, transforma e recria, a partir de nova compreensão, para ensinar e fazer o aluno aprender é a didática em si. Nesse sentido, esse campo, mais do que aquilo que faz o professor para ensinar, representa também a própria base de fundamentosacerca do que ele reflete, analisa, compara, escolhe, decide, propõe, implementa, avalia e registra para ensinar, constituindo-se, portanto, em síntese da sua base de conhecimento profissional e expressão objetiva de seu raciocínio pedagógico (CRUZ, 2017, p. 677). SAIBA MAIS: Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento o artigo: ”Didática e docência no ensino superior (CRUZ, 2017)”. Acessível pelo link: https://bit.ly/3a6BGq3 Acesso em: (16/jul/2020). link: https://bit.ly/3a6BGq3 Didática do Ensino Superior16 Com isso, o estudo sobre a ação pedagógica no que se refere a relação entre teoria e prática dentro da sala de aula com os discentes do ensino superior é observada com extrema importância para investigar duas questões consideradas fundamentais: 1. Se algum tipo de atividade proporcionou a aproximação para novas vivências, como a realização de teatro, danças, construção de maquetes e brincadeiras, de forma que favoreceram a constituição de novos olhares relacionados a sociedade como também cultural, de forma que suas futuras práticas pedagógicas puderam ser redirecionadas. 2. Se os alunos mostraram mudanças qualitativas diante da proposta das atividades, no que se refere a organização, planejamento e reflexão teórica além da organização no decorrer das atividades, onde seu modo de pensar e agir foram influenciados e modificados, falando de outro modo, se a promoção dessas atividades teve resultados de humanização a nível de transformação pessoal dos alunos, sobre o curso e seu propósito social. É de fundamental importância a formação inicial de docentes, no que se refere ao desenvolvimento das ações pedagógicas humanizadoras, pois através dessa formação o campo educacional tem possibilidade de ser transformado. Com isso, o espaço prático referente a aprendizagem ligado à docência não pode se limitar exclusivamente ao estágio docente, ele precisa estar: • Necessita estar em sala de aula; • Estar mediando a relação entre teoria e prática para possibilitar a problematização de situações; • Na organização e planejamento de atividades. Dessa forma, (LIB NEO J. C., 2014) relata em seu trabalho que: Podemos, numa breve síntese, concluir que a questão sobre o “campo do didático” se resolve, em primeira instância, pelo Didática do Ensino Superior 17 papel do ensino em criar as condições para assegurar a relação do aluno com um saber (mediação, compartilhamento de significados), levando a uma mudança qualitativa nas relações com esse saber promovendo, assim, o desenvolvimento humano. A atividade de ensino que visa a organização das formas de relação com um saber é permeada pela atividade social coletiva e pela atividade de aprendizagem individual. Além disso, essas atividades se dão em contextos de práticas socioculturais, as quais atuam nas formas de aprendizagem e nos processos de subjetivação (LIB NEO J. C., 2014, p. 137). Ainda de acordo com o autor, a didática é tida como uma disciplina pedagógica, isso quer dizer que ela é considerada uma vertente da pedagogia juntamente com outras disciplinas que fazem parte da pedagogia. Figura 4- Outras disciplinas consideradas vertentes da pedagogia Fonte: As autoras Assim, constrói-se entre as disciplinas relacionadas a fundamentação teórica e as práticas de ensino uma ponte, onde é promovido uma reflexão envolvendo teoria no que se refere ao ensino-aprendizagem ocasionada pela teoria pedagógica como também outras ciências educacionais. Didática do Ensino Superior18 Dessa forma, a didática agrega características pertencentes ao processo de ensino aprendizagem além de sua relação com as peculiaridades epistemológicas das matérias de ensino de forma individual. Já as didáticas específicas, interligada com a didática básica, objetiva estudar as particularidades do processo de ensino referente a cada disciplina envolvendo os conteúdos, objetivos além dos métodos. Já ação pedagógica, refere-se a fracionamentos das disciplinas anteriores que por sua vez são necessários, em outras palavras, elas abrangem tanto o processo quanto o resultado da formação docente resultante dessas disciplinas além do currículo em sua totalidade. São apresentadas como momentos de experiências onde os futuros docentes constituem um contato mais literal no que se refere ao campo profissional do trabalho, significando dizer que existe um estreitamento direcionado a realidade escolar em suas diversas faces buscando a reflexão envolvendo essa mesma realidade resultando no enriquecimento intrinsecamente ligado a dimensão prática da teoria. A ação pedagógica deve ter sua organização desenvolvida em concordância tanto com a didática como também com as didáticas específicas, pois juntas elas constituem uma unidade. Além disso, é interessante que as demais disciplinas do currículo em sua totalidade tenham articulação junto às práticas de ensino. VOCÊ SABIA? Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento o artigo: ” Didática e a prática de ensino e a abordagem da diversidade sociocultural na escola”. (LIB NEO J. C., 2014) Acessível pelo link: https://bit.ly/3ij0C09 Acesso em: (19/ jul/2020). https://bit.ly/3ij0C09 Didática do Ensino Superior 19 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre a didática e seu papel no ensino superior, como também a sua relação com a ação pedagógica para a formação de profissionais, e o que elas de forma conjunta com as demais disciplinas que fazem parte do currículo realizam sobre os alunos, e a sua influência sobre a formação dos futuros profissionais docentes quando trabalhadas de forma eficiente. Didática do Ensino Superior20 Elementos do processo didático NOTA: Ao finalizar este capítulo você será capaz de averiguar os componentes do processo didático e seus elementos. Isto será de fundamental importância para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! O processo didático O processo didático, tem como centro a fundamental relação que existe entre o ensino e a aprendizagem, que são desenvolvidas sob orientação para haver confronto ativo do aluno para com a matéria, de forma que haja mediação docente. A principal função do docente é a validação da unidade didática que deve existir entre ensino e a aprendizagem, como resultado do processo de ensino. O ensino e a aprendizagem representam duas particularidades pertencentes a um mesmo processo. O docente realiza planejamento além de dirigir, e controlar o processo de ensino, com o objetivo de estímulo como também suscitar a atividade própria dos discentes no que se refere a aprendizagem. O processo didático se caracteriza na reciprocidade da ação que existe entre três componentes. Figura 5- Componentes do processo didático Fonte: As autoras Didática do Ensino Superior 21 No que se refere aos conteúdos, são correspondentes as disciplinas ou matérias onde os conhecimentos são sistematizados constituindo a base para que os objetivos se concretizem. Já a atividade docente no que se refere a seleção, organização e explicação dos conteúdos são considerados ensino, além de considerar a organização das atividades discentes para o estudo, incluindo os objetivos, formas de organização, métodos e meios que mais se adequam para o papel da aprendizagem do discente. Enquanto que a aprendizagem representa a atividade do discente relacionada a assimilação de habilidades e conhecimentos. Esses componentes atuam referenciados a objetivos que explicitam exigências pedagógicas e sociopolíticas determinadas, e também baseando-se em um conjunto de condiçõesreferentes a uma situação didática real. O processo de ensino O processo de ensino é de fundamental importância para que os discentes possam conseguir o progresso intelectual. Ele tem abrangência para que os conhecimentos tenham assimilação pelos alunos, porém outras tarefas estão inclusas. Para que a assimilação ativa seja assegurada, o docente deve adiantar algumas ações como: • Passar previamente os objetivos do ensino; • Fazer a explicação da matéria; • Estimular os alunos a exporem conhecimentos a qual já mostram domínio; • Incentivar os alunos para que o desejo de conhecer uma nova matéria apareça. Didática do Ensino Superior22 A matéria deve ser transformada em desenvolvimentos compreensivos e significativos, deve-se saber fazer a detecção do nível relacionado a capacidade cognoscitiva dos discentes, como também conhecer o emprego de métodos que apresentam maior eficácia para ensinar. Com isso, podemos dizer que o ensino é uma adequada combinação que existe entre a condução referente ao processo de ensino realizada pelo professor e como atividade voltada para a autonomia e a independência do aluno através da assimilação ativa. Ou seja, o processo de ensino é considerado uma atividade que consiste na mediação em que são dotadas as condições como também os meios para que os discentes tornem-se sujeitos ativos com competência para assimilar conhecimentos. O ensino consiste na resposta planejada às exigências naturais do processo de aprendizagem. Daí que mais importante é o professor acompanhar a aprendizagem do aluno do que se concentrar demasiadamente no assunto a ser ensinado, ou mesmo nas técnicas didáticas como tais. O ensino é visto como resultante de uma relação pessoal do professor com o aluno. O segredo do bom ensino é o entusiasmo pessoal do professor, que vem do seu amor a ciência e aos alunos. Esse entusiasmo pode e deve ser canalizado, mediante planejamento e metodologia adequados, sobretudo para o estímulo ao entusiasmo dos alunos pela realização, por iniciativa própria, dos esforços intelectuais e morais que a aprendizagem exige (SANTOS S. C., 2001, p. 70). Dessa forma, a aprendizagem que os discentes passam a adquirir no decorrer de sua formação, através do estudo das disciplinas, têm como consequência principal conquista, o progressivo melhoramento das suas funções intelectuais e os saberes. Diante disso, (LIB NEO J. C., 1994) relata em seu livro que o ensino apresenta três funções consideradas inseparáveis. Didática do Ensino Superior 23 Figura 6 – Funções do ensino Fonte: As autoras Ainda segundo o autor, a atividade do ensino está ligada de forma mais ampla a vida social, que pode ser chamada de prática social. De forma ampla, o ensino atua como mediador entre o indivíduo e a sociedade. Essa função de mediação tem o significado de explicitar os objetivos da formação acadêmica mediante as exigências relacionadas ao contexto social, cultural e político de uma sociedade que tem marcas devido aos antagonismos de interesses pertencentes aos grupos sociais, quanto ao entendimento de que ao se dominar habilidades e conhecimentos torna-se instrumento auxiliar para que as condições ligadas a origem social possam ser superadas, seja através da luta em coletividade para que a sociedade possa ser transformada, ou através da melhoria de sua condição de vida. • Os mecanismos de gestão; • A organização do ambiente; • As fontes de conhecimentos utilizadas; • O material didático; • O propósito unitário do grupo docente, entre outros. Além do que foi exposto, outros elementos situacionais ligados ao processo de ensino- aprendizagem condicionam a atividade do ensino, como: Didática do Ensino Superior24 SAIBA MAIS: Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento do capítulo de livro: “O processo do ensino na escola. In: Didática” (LIB NEO J. C., 1994) Acessível pelo link:https:// https://bit.ly/2EXdMBz Acesso em (18/jul/2020). O processo de aprendizagem Para que o processo de ensino seja conduzido faz-se necessário uma clara e segura compreensão no que se refere a aprendizagem, consistindo em: • A forma como que as pessoas aprendem; • A influência de condições externas e internas sobre ele. De forma geral, uma aprendizagem pode ser adquirida de qualquer atividade praticada pelo ser humano no ambiente em que vive. Ou seja, desde o nascimento é iniciada a aprendizagem, e esse processo perdura por toda a vida. O processo de aprendizagem pode se classificar em dois aspectos. Figura 7- Aspectos do processo de aprendizagem Fonte: As autoras Aprendizagem casual Na aprendizagem casual destaca-se a espontaneidade, surgindo de forma natural a partir da interação que ocorre entre as pessoas como também com o ambiente a qual fazem parte. Significando dizer que ela ocorre pela observação de acontecimentos e objetos, pela convivência https://bit.ly/2EXdMBz Didática do Ensino Superior 25 em sociedade, através de acesso a meios de comunicação, conversas, leituras, entre outros. Com isso, ocorre um acúmulo de experiências, conhecimentos são adquiridos, convicções e atitudes são formadas. Aprendizagem organizada Enquanto que a aprendizagem organizada é direcionada especificamente a aprender determinadas habilidades, conhecimentos e normas para conviver socialmente. Mesmo esse tipo de aprendizagem podendo ser realizada em diversos lugares, as condições específicas para que o conhecimento e habilidades sejam transmitidos e assimilados é realizado em ambiente escolar. Com isso, a organização intencional, sistemática e planejada das condições e finalidades da aprendizagem é tida como função particular do ensino. Dessa forma, para o autor (LIB NEO J. C., 1994): Isso significa que podemos aprender conhecimentos sistematizados(fatos, conceitos, princípios, métodos de conhecimento etc.); habilidades e hábitos intelectuais e sensório motores (observar um fato e extrair conclusões, destacar propriedades e relações das coisas, dominar procedimentos para resolver exercícios, escrever e ler, uso adequado dos sentidos, manipulação de objetos e instrumentos, etc.); atitudes e valores (por exemplo, perseverança e responsabilidade no estudo, modo científico de resolver problemas humanos, senso crítico frente aos objetivos de estudo e a realidade, espírito de camaradagem e solidariedade, convicções, valores humanos e sociais, interesse pelo conhecimento, modos de convivência social etc.) (LIB NEO J. C., 1994, p. 83). Os resultados estão inclusos tanto nos objetivos, quanto nos conteúdos de ensino. São estabelecidos no processo de ensino, os objetivos, os métodos e os conteúdos, porém a assimilação dos mesmos é resultado da atividade mental dos discentes. Didática do Ensino Superior26 A aprendizagem e o processo de assimilação ativa De acordo com (LIB NEO J. C., 1994), entende-se por assimilação ativa ou também apropriação de habilidades e conhecimentos ocorrendo através do processo de algumas características. Figura 8- Características para que ocorra assimilação ativa Fonte: As autoras Essas características são desenvolvidas através dos meios motivacionais, atitudinais e intelectuais do próprio discente, baseando-se na orientação e direcionamento do professor. Ele é visto como um dos principais conceitos relacionados a teoria instrucional como também do ensino. Esse processo nos possibilita o entendimento que o ato de aprender é o mesmo que o ato de conhecimento em que fazemos a assimilação de relações do mundo, fatos e fenômenos, da sociedade e da natureza, por meio do estudo. Dessa forma, pode-se fomentar que a aprendizagem constitui-se como uma relação cognitiva existente entre o sujeito e os objetos que fornecem o conhecimento. Havendo assim uma ação do sujeito no que se refere aos objetos de conhecimentopara que possa ocorrer assimilação; concomitantemente o sujeito tem influência das propriedades do objeto, de forma que suas estruturas mentais podem ser modificadas e enriquecidas. Didática do Ensino Superior 27 É através desse processo que os conhecimentos como também as formas de atuação pelo qual amplificamos a compreensão da realidade para possibilitar uma transformação, visando os interesses sociais e humanos. Em síntese, temos nas situações didáticas fatores externos e internos mutuamente relacionados. O professor propõe objetivos e conteúdos, tendo em conta características dos alunos e da sua prática de vida. Os alunos, por sua vez, dispõem em seu organismo físico-psicológico de meios internos de assimilação ativa, meios esses que constituem o conjunto de suas capacidades cognoscitivas, tais como: percepção, motivação, compreensão, memória, atenção, atitudes, conhecimentos já disponíveis (LIB NEO J. C., 1994, p. 84). Ainda segundo o autor, pode-se concluir que nenhum discente apresenta capacidades cognoscitivas prontas e acabadas desde seu nascimento. Essas capacidades se desenvolvem durante a vida, em especial, no desenvolvimento do processo de ensino, de forma que podem ser adquiridas no processo onde os conhecimentos são assimilados. O ensino-aprendizagem Resumidamente falando pode-se dizer que a relação que está entre o ensino e a aprendizagem não é uma ação mecânica, não representa uma transmissão simplificada onde o professor ensina para um discente que apenas aprende. E sim, uma relação com reciprocidade onde são destaques o papel que o professor tem de dirigente, e a atividade dos discentes. Dessa forma, podemos compreender que o ensino tem alguns objetivos. Didática do Ensino Superior28 Figura 9- Objetivos do ensino Fonte: As autoras O ensino, como já visto anteriormente, apresenta um caráter com iminência pedagógica, isso quer dizer que seu caráter tem o papel de direcionar de maneira definida para o processo que é realizado na instituição de ensino. Professor–aluno e a relação entre eles O processo educativo vai ser orientado pela interação existente entre o docente e o discente. De acordo com que essa interação se comporte, a aprendizagem adquirida pelo aluno pode ser menos ou mais favorecida como também ter uma orientação que o possibilite seguir para diferentes direções. O comportamento tomado pelo docente dentro da sala de aula ganha destaque, pois é considerado um fator de grande importância para ocorrer o processo de aprendizagem e que por outro lado a relação existente entre aluno e professor pode ter uma atuação de delimitação entre a aprendizagem e a facilitação. Diante disso, observa-se que o processo didático contribui de modo fundamental e preciso na ajuda e resolução de contradições que estão entre o ensino e a aprendizagem, como também identificar as dificuldades enfrentadas pelos discentes para que eles possam progredir intelectualmente. SAIBA MAIS: Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento do artigo: ” O processo de ensino-aprendizagem e a relação professor-aluno: aplicação dos “sete princípios para a boa prática na educação do ensino superior””. (SANTOS S. C., 2001) Acessível pelo link: https://bit.ly/3ij88YV Acesso em: (20/jul/2020). https://bit.ly/3ij88YV Didática do Ensino Superior 29 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre os elementos que fazem parte do processo didático, como o detalhamento desses elementos, como os conteúdos, a aprendizagem e o ensino, como também a relação existente entre o ensino-aprendizagem, podemos observar como cada um dos elementos atuam no processo didático, além da importância da interação entre professor- aluno e o fundamental papel do professor no ambiente educacional. Didática do Ensino Superior30 A didática e as tendências pedagógicas INTRODUÇÃO: Ao finalizar este capítulo você será capaz de analisar as tendências pedagógicas e a didática. Isto será de fundamental importância para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A educação pode ser entendida a partir da ação de seus diversos agentes e, por consequência, pode exprimir a concepção que se tem a seu respeito. Dessa forma, torna-se fundamental compreender como o docente pode construir suas práticas de educação e Ensino Superior, isto é, como planejar ações pedagógicas a partir de uma tendência contemporânea. Ainda que a didática tenha a preocupação com a forma de ensinar, considerando os métodos e as técnicas de ensino, é importante pensar a respeito de seu fundamento, considerando suas raízes e os fatores que interferem na sua aplicação. Assim, (PRANDI, 2009) indaga sobre qual a tendência do processo didático pedagógico no ensino superior na atualidade. Pressupõe-se que o trabalho docente constitui o exercício profissional do professor e este é o seu primeiro compromisso com a sociedade, haja vista que sua principal tarefa é preparar os acadêmicos para se tornarem cidadãos ativos e participantes na família, no trabalho, nas associações de classe, na vida cultural e política. É uma atividade fundamentalmente social, porque contribui para a formação cultural e científica do povo, tarefa indispensável para outras conquistas democráticas. O desafio é educar as pessoas, proporcionando-lhes um desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que adquiram condições para enfrentar as exigências do mundo contemporâneo. (PRANDI, 2009, p. 138). Didática do Ensino Superior 31 Diante da concepção pedagógica de cada instituição é que são definidos os objetivos, os conteúdos, as estratégias e as metodologias de ensino-aprendizagem, além da avaliação. Portanto, é necessário determinar as tendências pedagógicas, uma vez que as mesmas orientam o trabalho do educador ajudando a buscar resposta para as seguintes indagações: Figura 10- Indagações para determinar as tendências pedagógicas Fonte: A autora A busca pela qualidade do ensino tem sido uma inquietação constante e a avaliação realizada no intuito de mensurar o desempenho dos estudantes faz com que as instituições, principalmente de ensino superior, procurem adaptar seus currículos, seus métodos de ensino e seus recursos pedagógicos. No entanto, diante de tal situação compete um estudo das tendências pedagógicas e suas características. Assim, as tendências pedagógicas podem ser ditas como resultantes das ações e pensamentos lançados nas instituições. Para (FERREIRA L. S., 2006) entende-se por tendência toda e qualquer orientação de cunho filosófico e pedagógico que determina padrões e ações educativas, ainda que esteja desprovida de uma reflexão e de uma intencionalidade mais concreta. Uma tendência pedagógica é, na verdade, uma inclinação por pensamentos e comportamentos pedagógicos lidos na história da educação ou mesmo em outras práticas pedagógicas hodiernas. (FERREIRA L. S., 2006, p. 2). Didática do Ensino Superior32 É preciso deixar claro as categorias que orientam a prática ou estudo em educação, pois determinar estas categorias remete o autor a categorizações e apegos por certas linhas de pensamento. São estas linhas que definirão os rumos a serem seguidos, representando assim a forma como se pensa a educação. Conforme (FERREIRA L. S., 2006), partindo-se do pressuposto que toda a ação educativa provoca essencialmente uma intencionalidade, pois é uma ação política, é necessário para, a partir daí, movimentar-se, e isso só acontece após ter-se o entendimento destas racionalidades. Vale lembrar que esse processo importante destacar que este processo só aconteceno coletivo, referenda-se e consubstancia-se no grupo de professores, momento e espaço propício para a necessária reflexão e para a distinção entre as diferentes possibilidades orientadoras do fazer educativo. Vale destacar que, enquanto sujeito histórico, cultural, o professor se faz a partir das ideias e dos valores predominantes em cada época. Assim, o professor parece caminhar muito vagarosamente e com dificuldade para incorporar as mudanças sociais. Atualmente, o que tem se observado nas instituições de ensino, sobretudo superior, é a tendência de o professor manter-se cativo aos conhecimentos que construiu durante toda sua “vida de aluno” e incluindo-se aí o período do curso de formação. (PRANDI, 2009, p. 140) A classificação e descrição das tendências pedagógicas brasileiras podem servir como ponto de partida para uma análise mais crítica do trabalho docente que possibilitará ao professor refletir sobre sua postura em sala de aula e ajudá-lo a compreender sobre como o conhecimento teórico concernente à sua prática, poderá nortear e redirecionar sua função educativa. Conforme (LIB NEO J. C., 1990) as tendências pedagógicas brasileiras podem ser classificadas em Liberais ou Progressistas, termos que denotam características que divergem entre si. Didática do Ensino Superior 33 Figura 11- Tendências pedagógicas brasileiras Fonte: As autoras Fonte: As autoras O que se pode afirmar que essas duas vertentes têm em comum é o fato de que tanto a corrente liberal como a progressista, semelhantemente, sofreram forte influência de acontecimentos e eventos históricos, políticos e socioculturais que ocorreram no Brasil e no mundo. Tendências pedagógicas liberais As tendências liberais visam a reprodução dos modelos sociais atentando para as necessidades do mercado capitalista, com a finalidade de formar trabalhadores que ocupem as vagas pré-definidas pelo mercado. Essas se apoiam em quatro outras tendências, sendo elas: • Tradicional, centrada no externo; • Renovada progressista, ou seja, renovação por métodos ativos de aprendizagem; • Renovada não diretiva, que traz a ideia da autonomia e livre-iniciativa do educando no processo educativo. Figura 12- Tendência pedagógica liberal Didática do Ensino Superior34 Tendência tradicional Na Pedagogia Tradicional conforme (LIB NEO J. C., 1990, p. 64), “a Didática é uma disciplina normativa, um conjunto de princípios e regras que regulam o ensino. A atividade de ensinar é centrada no professor que expõe e interpreta a matéria.” Essa tendência é centrada no externo, a escola tem como papel o preparo intelectual e moral dos alunos e o mesmo assumir seu papel na sociedade. Os conteúdos são repassados aos alunos como verdades absolutas, uma vez que o conhecimento e os valores sociais são acumulados ao longo do tempo. O método utilizado é através da lógica e sequência da matéria. Na relação professor-aluno prevalece a autoridade do professor que estabelece atitude receptiva do aluno. Para Libâneo (1990), em decorrência desse modelo educativo, o processo de ensino-aprendizagem desenvolvia-se de forma passiva e mecânica. Tendência renovada progressista A escola tem como papel se adaptar às necessidades individuais ao meio social. Os conteúdos são postos através das experiências vivenciadas pelos alunos diante as situações problemas. Os métodos são através de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. Na relação professor-aluno, o professor auxilia o aluno no seu livre desenvolvimento. A aprendizagem é fundamentada através da motivação e estímulos de problemas. Essa tendência pretendia preparar o aluno para a vida, buscando o aprendizado por meio de descobertas, colocando o educando no centro do processo de ensino-aprendizagem. Essa vertente defende o conceito da cultura como desenvolvimento das habilidades individuais, preconizando uma educação que enfoque a autoeducação (o educando como sujeito do conhecimento). (OLIVEIRA, 2017, p. 18). Didática do Ensino Superior 35 Tendência renovada não diretiva Nessa tendência a escola tem como papel a formação de atitudes. Os conteúdos são baseados na busca do conhecimento pelos próprios alunos. O método é baseado na facilitação da aprendizagem. Na relação professor-aluno tem-se a educação centralizada no aluno e o professor é quem garantirá um relacionamento de respeito. Conforme (OLIVEIRA, 2017) nessa tendência, cujo enfoque centra-se mais ainda na figura do educando, preocupando-se mais com seus aspectos psicológicos do que intelectuais. Permeada por objetivos voltados para a autorrealização e para as relações interpessoais, com suas bases nas teorias do psicólogo norte-americano Carl Rogers (1973), para quem a descoberta por si mesmo seria o aspecto mais relevante do processo de ensino-aprendizagem. (OLIVEIRA, 2017, p. 19). Tendência tecnicista Essa tendência modela o comportamento humano por meio de técnicas específicas. Os conteúdos são informações sistemáticas com uma sequência lógica e psicológica. Os métodos são as técnicas e os procedimentos de informações, tanto para a transmissão, como para a recepção. A relação professor-aluno é objetiva através da transmissão de informação pelo professor, e fixação de informações pelo aluno. Nessa tendência, a aprendizagem baseia-se no desempenho. Para Luckesi (2005) e Aranha (1996) apud (OLIVEIRA, 2017), nesse modelo de ensino o professor atua como uma espécie de “ponte” entre o aluno e a ciência, assumindo uma postura de mero transmissor de conhecimento e cumpridor de ordens técnicas. Didática do Ensino Superior36 Tendências pedagógicas progressistas A Pedagogia Progressista se manifesta em três tendências: • Libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire; • Libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; • Crítico-Social dos Conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. Figura 13 – Tendência pedagógica progressista Fonte: A autora Tendência libertadora Essa tendência apresenta características que se opõem ao modelo liberal de ensino e incentiva a participação ativa do educando no contexto político-social no qual está inserido. De acordo com Aranha (1996) apud (OLIVEIRA, 2017) e baseada na obra do educador Paulo Freire, a tendência progressista libertadora ganhou forma na década de 60 através do desenvolvimento de um processo de alfabetização com jovens e adultos que freire desenvolveu a partir do contexto social desses alunos, oriundos da periferia do recife. Aranha (1996) apud (OLIVEIRA, 2017, p. 26). Didática do Ensino Superior 37 Ainda, essa tendência não atua em escolas, no entanto tende a levar os professores e os alunos a atingirem uma condição de consciência da realidade na qual vivem, buscando uma transformação social. Nessa tendência, os conteúdos são temas geradores. Assim, pretendia ter aplicabilidade de seus princípios nas escolas públicas oficiais. Caberia a escola, nesse caso, o papel de transformadora da realidade social local, dos conteúdos na forma de temas geradores, que são elencados do contexto social e do cotidiano dos alunos (LIB NEO, 1994) apud (TARTARI, 2013, p. 38). O método é através de grupos de discussão. A relação professor- aluno é de igual para igual, horizontalmente. A aprendizagem é através da resolução da situação problema. Tendência libertária Nessa tendência, a escola tem o papel de transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. Com relação aos conteúdos, as matérias são colocadas, mas não exigidas. O método é através da vivência grupal na forma de autogestão. A relação professor- aluno é não diretiva, onde o professor é orientador e os alunos são livres. A aprendizagem acontece de forma informal e a através de formações coletivas. Ainda, pode-sedestacar que nessa tendência a escola tornou- se responsável por formar grupos de discussões com temática político-sociais, tais como: assembleias associações, eleições e outros movimentos sociais semelhantes, onde o educando poderá utilizar o conhecimento desenvolvido na instituição escolar para manutenção destes movimentos sociais. (Aranha, 1996) apud (OLIVEIRA, 2017, p. 23). Didática do Ensino Superior38 Tendência crítico-social dos conteúdos A tendência crítico-social dos conteúdos preocupa-se com uma educação voltada para a transformação social e formação de consciência do educando. Surgiu no Brasil no final da década de 70 e início dos anos 80, tendo como principal expoente o educador Dermeval Saviani. No cenário educacional brasileiro alguns dos principais autores que dissertam sobre essa tendência são: Dermerval Saviani, José Carlos Libâneo, Maria Lúcia de Arruda Aranha, entre outros que defendem a ideia de que trabalhar com desenvolvimento dos conteúdos escolares é algo imprescindível para a formação plena do indivíduo, todavia, esses conteúdos não devem ser apresentados de forma aleatória e tradicional, devem ser vivos, significativos e associados as realidades sociais. (OLIVEIRA, 2017, p. 34). Nessa tendência, a escola tem como papel a difusão dos conteúdos. Os conteúdos são culturais universais, agrupados pela humanidade diante da realidade social. O método surge de uma relação gerida da experiência do aluno afrontada com o saber sistematizado. Na relação professor-aluno, tem-se o papel do aluno como participador e do professor como mediador entre o saber e o aluno. A aprendizagem é baseada nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos. SAIBA MAIS: Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento o artigo: Tendências Pedagógicas e Didática no Ensino Superior: Um Estudo de Caso no Curso de Pedagogia da Faculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus. (REBÊLO & SILVA, 2016) Acessível pelo link: https://bit.ly/3a4AKSS Acesso em: (18/jul/2020).] https://bit.ly/3a4AKSS Didática do Ensino Superior 39 RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre as tendências liberais e a progressistas. As tendências liberais são apoiadas pelas tendências: tradicional, renovada progressista, renovada não diretiva, e tecnicista. As tendências progressistas se manifestam em três tendências: libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. Didática do Ensino Superior40 A didática e o trabalho dos professores no ensino superior INTRODUÇÃO: Ao finalizar este capítulo você será capaz de identificar na didática a tarefa dos professores no ensino superior. Isto será de fundamental importância para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A didática no ensino superior A preparação docente no ensino superior tem como função colocá- lo consciente sobre a complexidade e problemática relacionadas ao ensinar como também de: • Formar profissionais; • Formar no ensino superior; • Formar professores; • Formar pesquisadores. Com isso surge um questionamento. • Qual a função da didática na Educação? Diante dessa pergunta, para a autora com (Barbosa, 2011): O papel da didática na formação de professores não está, para muitos, adequadamente definido, o que gera indefinição de seu próprio conteúdo. Alguns estudiosos têm a sensação de que, ao tentar superar uma visão meramente instrumental da didática, esta se limita a suplementar conhecimentos de filosofia, sociologia, psicologia, passando a ser “invadida” por diferentes campos do conhecimento e perdendo especificidade própria. Outros consideram que a didática deve ser entendida como um elemento articulado dos Didática do Ensino Superior 41 conhecimentos produzidos pelas disciplinas de Fundamentos da Educação e Prática Pedagógica (Barbosa, 2011, p. 12). Ainda segundo a autora a didática apresenta o objetivo de “como fazer” referindo-se a prática pedagógica, que por sua vez só possui sentido no momento em que se articula a “por que fazer” e “para que fazer”. Dessa forma, o ensino da didática no ensino superior, tem seu princípio baseado em uma visão total sobre o processo de ensino- aprendizagem, como também apresentando um cenário multidimensional referente a prática pedagógica, que por sua vez devem ter compreensão e serem trabalhadas de forma articulada. Figura 14- Dimensões da didática sobre a Prática pedagógica Fonte: A autora Seguindo essa linha, as competências política e técnica do docente se interpenetram e se exigem de forma mútua, não sendo possível ocorrer dissociação entre elas, assim a área técnica que faz parte da prática pedagógica tem necessidade de ser pensada baseando-se no projeto político-social a qual tem função de orientação. Com isso, é necessário o reconhecimento do papel relevante que a didática ocupa como disciplina, de forma a promover situações reais relacionadas ao ensino-aprendizagem, não podendo ser diminuída se Didática do Ensino Superior42 limitando a função de planejar o ensino ou desenvolver técnicas para ensinar dentro do ambiente educativo. Ela não apresenta uma função normativa, instrumental ou prescritiva, além disso, ela se apresenta como uma disciplina e um estudo que tem como proposta a criação de condições para o ensino-aprendizagem estando incluída nos contextos com especificidades sociais, existindo a compreensão sobre o ensino de que ele é uma prática social, com capacidade de promoção e inclusão social como também a emancipação política e humana dos indivíduos. E a importância da disciplina Didática. Ao estudar o ensino como fenômeno complexo e prática social, a didática busca compreender o ensino em situação, suas funções sociais, suas implicações mais amplas; realizar ação autorreflexiva como componente do fenômeno que estuda, (porque é parte integrante da trama do ensinar); assim, a didática, como parte do evento ensino, ajuda a criar respostas novas assumindo ao mesmo tempo um caráter explicativo, compreensivo e projetivo, sobre a natureza do ensino, seus problemas e suas causas, suas consequências, suas possibilidades e seus limites na construção do humano (PIMENTA, 2012, p. 59). Ainda segundo a autora, os docentes são profissionais que tem sua formação para mediar de modo crítico-reflexivo no que se refere ao aluno-conhecimento por meio de seu trabalho específico que por sua vez é o ensino em determinada situação. SAIBA MAIS: Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento no artigo: ” O protagonismo da didática nos cursos de licenciatura: a didática como campo disciplinar” (PIMENTA, 2012). Acessível pelo link: https://bit.ly/2DJUE9P Acesso em: (22/jul/2020) https://bit.ly/2DJUE9P Didática do Ensino Superior 43 Deve ser destacado que a questão ligada a didática no intuito de fundamentação das práticas da docência no ensino superior é preocupante há muito tempo, pelo fato de que os docentes, em grande quantidade, não tiveram sua formação na docência, são profissionais de áreas diferentes que, tornaram-se professores devido a especialidade na área em que se formaram. Eles adquiriram os saberes da área, e que em sua grande maioria tem os saberes que foram adquiridos pela experiência, porém, em sua maioria, não tem disposição dos conhecimentos pedagógicos ou didáticos. Ela nos chama a realizar uma reflexão ligada a nossa atitude mediante a realidade. A meditar sobre o que significa o ato de ensinar, de forma concreta,dadas as circunstâncias. Ela nos direciona a refletir sobre aquele que vai receber nossos ensinamentos, de forma ativa ou passivamente, porém é esse sujeito, o discente, que tem como dever referenciar as práticas a serem adotadas pelo docente como também a linha de teoria que iremos fazer seleção, o artifício que deveremos realizar ou não nas práticas. O discente está diante de nós e a Didática nos traz o conhecimento de observar esse sujeito e refletir sobre as suas necessidades e fazer uma organização do ensino partindo-se dessa observação. O trabalho docente O trabalho docente na universidade é um tema de grande importância em diversos países. No Brasil, a formação docente para o Ensino Superior não apresenta regulação sob uma forma específica de curso como ocorre para a Educação Básica. De forma geral, no país, a Lei de Diretrizes e Bases aceita que o profissional tenha sua preparação nos cursos de pós-graduação. Grande parte dos docentes compreende o trabalho de docência como “aplicar” a matéria definida pelo programa, e de forma geral em adesão ao livro didático. Assim pode-se entender que grande parte dos docentes no Ensino Superior não tem sua formação direcionada à docência, e por isso, entendem que a formação didática não tem Didática do Ensino Superior44 importância para a realização de sua atividade profissional, com isso o ensino limita-se a dominar conteúdos, e em grande parte dos casos, os modelos de professores a qual foram alunos na época de estudantes são reproduzidos. Figura 15- Professor universitário em sala de aula Fonte: Pixabay Ao observar minuciosamente a prática, revela-se que a ausência de conhecimentos provindos do ramo das ciências sociais e humanas, tem exposto o docente do ensino superior a dificuldades frequentes ligadas ao desenvolvimento e compreensão de sua profissão, que por sua vez exige do profissional o domínio de habilidades e saberes diferentes. Esses docentes têm em si vivências como também uma trajetória referente a sua especialização na área específica de conhecimento, porém o que podemos perceber nas instituições do ensino superior é o desconhecimento no campo científico relacionado ao processo de ensino-aprendizagem, e esse fato proporcionará dificuldades na sua forma de interpretar os fenômenos que existem no decorrer de todo o processo a qual lhes competem ao entrar em sala de aula. A aula deve ser estruturada com reflexão sobre o entendimento que buscamos realizar no nosso estudo, no que se refere ao processo de ensino como: trabalho conjunto e ativo entre os docentes e discentes Didática do Ensino Superior 45 tendo o professor como orientador, objetivando com isso que os alunos assimilem de forma sólida e consciente os hábitos, conhecimentos e habilidades, através desse mesmo processo, para que suas capacidades intelectuais se desenvolvam. As aulas são estruturadas utilizando algumas etapas relacionadas aos momentos do processo de ensino. Figura 16- Etapas para estruturação de uma aula Fonte: A autora O trabalho da docência é uma atividade com planejamento consciente e intencional buscando o alcance dos objetivos referentes a aprendizagem, por esse motivo há a necessidade de ser: • Ordenado; • Estruturado. Enquanto que a Didática, que é a disciplina responsável por estudar o ensino e suas instruções, fica com a função de extração em variados campos no que se refere ao conhecimento humano, conhecimento e habilidades essas que tem o papel de construção do saber. A forma como é estruturado o trabalho da docência tem uma estreita ligação com a metodologia específica referente as matérias, no entanto não há identificação com ela. Considero que as práticas docentes universitárias precisam se utilizar dos fundamentos de métodos ativos, na perspectiva de uma didática crítica, mesmo sabendo que tais métodos, por exigirem a participação efetiva dos alunos no processo de Didática do Ensino Superior46 ensino-aprendizagem, podem criar novas contradições nas aulas, na medida em que não se deva abrir mão da qualidade do processo de ensino, que deve se pautar pelo rigor do conhecimento; pela capacidade de lidar com problemas complexos; pela capacidade de raciocinar criticamente, de argumentar frente a problemas postos, além de atitudes de autoconfiança; autodisciplina; capacidade de agir na urgência etc. Reitero que se deve fugir da prática sem a ciência, o que seria um mero empirismo, o que não é a perspectiva do ensino na universidade. Realço também a necessidade de formar jovens capazes de pensar com autonomia e produzir ideias próprias, com rigor e criatividade (FRANCO M. A., 2013, p. 163). De forma geral, para (LIB NEO J. C., 1994) o trabalho docente tem sua estruturação intrinsecamente ligada com as metodologias específicas das matérias, no entanto não há identificação com ela. Dependendo de vários fatores pode se indicar que existem cinco momentos referentes à metodologia do ensino que se articulam entre si. Figura 17 - Momentos da metodologia do ensino Fonte: A autora Orientação dos objetivos do ensino- aprendizagem no início Nesse momento inicial, o docente busca promover o incentivo nos discentes para estudarem a matéria, expondo para eles os objetivos que devem seguir e os resultados que se pretende obter. Os alunos que são estimulados a ter a vontade de ter domínio sobre um conhecimento novo, alcançando assim novos progressos. Didática do Ensino Superior 47 Transmissão/assimilação de nova matéria Em segundo momento, quando a atividade mental e a atenção dos alunos são provocadas, torna-se a ocasião ideal para que os discentes se familiarizem com o conteúdo que vai ser estudado por eles. Essa fase tem por objetivo a formação de ideias claras pelos alunos, referente ao assunto, de forma que seja juntado por eles os elementos necessários para a compreensão. Nesse momento, é de grande importância haver uma ligação permanente com os conhecimentos que os alunos já trazem, de forma que as experiências de sua vida se aproximam dos conteúdos pois, é através do exercício do pensamento, sob a orientação do docente, que os discentes progridem a respeito de formação de conceitos como também suas capacidades cognoscitivas se desenvolvem. Aprimoramento e consolidação dos conhecimentos hábitos e habilidades A assimilação dos conhecimentos já vai acontecendo durante o processo onde a matéria é percebida e compreendida. Porém, para se tornarem instrumentos que auxiliam a atividade mental e o pensamento independente, faz-se necessário seu aprimoramento e consolidação. Que por sua vez é principalmente obtido através dos exercícios e quando as matérias são recordadas, onde os conhecimentos e as habilidades são aplicados e assim os objetivos estabelecidos no ensino são alcançados. Aplicação dos conhecimentos, habilidades e hábitos A aplicação dessas três ações realizada através das revisões, exercícios atividades realizadas em casa como também outras atividades práticas não são suficientes para evidenciar que os conteúdos foram assimilados de forma sólida. A confirmação do processo de ensino ocorre quando os discentes de modo independente, tem a possibilidade de utilização desses conhecimentos em diferente situação que foi trabalhada anteriormente. A Verificação e avaliação das habilidades e conhecimentos A avaliação e verificação dos resultados provenientes da aprendizagem são realizados no decorrer de todo o processo de ensino, tanto na etapa inicial de orientação, ou quando a matéria nova é tratada, como também quando os conteúdos são consolidados e aplicados, Didática do Ensino Superior48 o docente de forma contínua colhe informações e avalia os alunos e o progresso mental deles. O docente no ensino superior deve ter sob o seu controle de maneira sistemática, a práxis dos objetivos ligados à aprendizagem no decorrer do processo de ensino. SAIBA MAIS:Você quer se aprofundar mais nesse tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento no artigo: “Didática: uma esperança para as dificuldades pedagógicas do ensino superior?” (FRANCO M. A., 2013). Acessível pelo link: https://bit.ly/2XG7DAh Acesso em: (22/ jul/2020). RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre a Didática como instrumento utilizado no trabalho docente no ensino superior, sobre as características gerais da maioria dos docentes no nível superior no que se refere a falta de utilização da Didática resultante de sua formação específica. Observamos também o objetivo da Didática frente ao melhoramento da desenvoltura dos professores de ensino superior para maior assimilação de conteúdos pelo discente. Vimos também as etapas fundamentais para o desenvolvimento de uma metodologia de ensino que se articulam entre si buscando fornecer aos alunos o melhor caminho para o desenvolvimento intelectual. https://bit.ly/2XG7DAh Didática do Ensino Superior 49 REFERÊNCIAS ALMEIDA, D. P., ALMEIDA, R. P., & CAETANO, M. M. (2009). Considerações sobre as literaturas africanas de expressão portuguesa. São Gonçalo, RJ. Acesso em 08 de mai de 2020, disponível em https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/ viewFile/6289/4492 ALMEIDA, D. P., ALMEIDA, R. P., & CAETANO, M. M. (2009). Considerações sobre as literaturas Africanas de expressão portuguesa. SOLETRAS, 50-61. Acesso em 09 de abr de 2020, disponível em https:// www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/article/view/6289/4492 Barbosa, J. R. (2011). Didático do Ensino Superior. Curitiba: IESDE. Acesso em 22 de jul de 2020, disponível em http://arquivostp. s3.amazonaws.com/qcursos/livro/LIVRO_didatica_do_ensino_superior. pdf BARROS, M. N., & GONÇALVES, T. V. (2004). A escola como espaço de formação continuada de professores: o caso da Escola Cidade de Emaús em Belém/Pa. Dissertação mestrado, Universidade Federal do Pará, NPADC. Acesso em 10 de jul de 2020, disponível em http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/1765/1/Dissertacao_ EscolaFormacaoContinuada.pdf BERTOLIN, J. C., & MARCHI, A. C. (2010). Instrumentos para avaliar disciplinas na modalidade semipresencial: uma proposta baseada em sistema de indicadores. Avaliação, 131-146. Acesso em 19 de mar de 2020, disponível em http://www.scielo.br/pdf/aval/v15n3/07 BIRMINGHAM, D. (2009). The decolonization os Africa. BRASIL. (1996). LEI n° 9.394. Acesso em 11 de abr de 2020, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm BRASIL. (1996). Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Acesso em 19 de mar de 2020, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394. htm#:~:text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20bases%20da%20 Didática do Ensino Superior50 educa%C3%A7%C3%A3o%20nacional.&text=Art.,civil%20e%20nas%20 manifesta%C3%A7%C3%B5es%20culturais. BRASIL. (2005). Decreto n. 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Acesso em 20 de mar de 2020, disponível em https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/ decreto-5622-19-dezembro-2005-539654-publicacaooriginal-39018-pe. html BRASIL. (s.d.). LEI Nº 9.394. Acesso em 11 de abr de 2020, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm BRASIL. Lei nº 13.005, d. 2. (2014). Plano Nacional da Educação [2014-2024]. Plano Nacional da Educação [2014-2024]. Brasília. CAETANO, M. J. (2007). Itinerários africanos: do colonial ao pós- colonialnas liteaturas africanas de língua portuguesa. Revista da História e Estudos Culturais, 1-12. Acesso em 08 de mai de 2020 CAMILLONI, A. R. (2008). El saber didactico. Buenos Aires: Paidós. Acesso em 16 de jul de 2020, disponível em http://www.bibliopsi.org/ docs/carreras/profesorado/did/el%20saber%20didactico%20Camilioni. pdf CAMPELLO, T., GENTILLI, P., RODRIGUES, M., & HOEWELL, G. R. (2018). Faces da desigualdade no Braisl: um olhar sobre os que ficam para traz. Revista Saúde em debate, 54-66. Acesso em 09 de mar de 2020, disponível em http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v42nspe3/0103- 1104-sdeb-42-spe03-0054.pdf CHABAL, P. (1994). Vozes moçambicanas: literatura e nacionalidade. Lisboa: Veja. COELHO, V. R., BET, S., & SANTOS, V. d. (2017). Disciplinas semipresenciais como metodologia de ensino e aprendizagem na percepção da gestão. Revista Pedagógica, 302-316. Acesso em 18 de mar de 2020, disponível em file:///C:/Users/danil/Downloads/Dialnet-Di sciplinasSemipresenciaisComoMetodologiaDeEnsinoE-6129464.pdf Didática do Ensino Superior 51 CRUZ, G. B. (2017). Didática e docência no ensino superior. Revista Brasileira de estudos pedagógicos, 672-689. Acesso em 16 de jul de 2020, disponível em https://www.scielo.br/pdf/rbeped/v98n250/2176-6681- rbeped-98-250-672.pdf D’ÁVILA, C. M. (2014). Que papel tem a didática geral e as didáticas específicas na construção da identidade profissional docente? Fortaleza: EdUECE. Acesso em 09 de jul de 2020, disponível em http:// www.uece.br/endipe2014/ebooks/livro4/7.%20DID%C3%81TICA%20 E%20SUBJETIVIDADE%20NA%20CONSTRU%C3%87%C3%83O%20DA%20 IDENTIDADE%20DO%20PROFESSOR.pdf DUBAR, C. (2006). A crise das identidades: a interpretaçãod e uma mutação. Edições e afrontamentos. Acesso em 09 de jul de 2020 ELIAS, N. (1993). Oprocesso Civilizador. Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro. FERNANDES, G. P. (2016). O desafio de (Re)significar a prática docente na EJA. Natal: Realize. Acesso em 15 de mar de 2020, disponível em http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/ TRABALHO_EV056_MD1_SA12_ID988_17082016201932.pdf FERREIRA, L. S. (2006). EDUCAÇÃO, PARADIGMAS E TENDÊNCIAS: POR UMA PRÁTICA EDUCATIVA ALICERÇADA NA REFLEXÃO. -Revista Iberoamericana de Educación, 1-10. Acesso em 21 de jul de 2020 FERREIRA, M. (1989). O discurso no percurso africano I. Lisboa: Plátano. FERREIRA, M. (1995). A aventura moderna do português em África. Discursos, 139-153. Acesso em 10 de abr de 2020, disponível em https:// repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/4333/1/Manuel%20Ferreira. pdf FILHO, M. S., & GHEDIN, E. L. (24 a 25 de janeiro de 2018). Formação de professores e construção da identidade profissional docente. Portugal. Acesso em 09 de jul de 2020, disponível em file:///C:/Users/ danil/Downloads/11502-42453-1-PB%20(1).pdf Didática do Ensino Superior52 FRANCO, G., & VALE, L. (s.d.). A Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações. TecHoje. Acesso em 04 de Jul de 2017, disponível em http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/ detalhe_artigo/1004 FRANCO, M. A. (2013). Didática: uma esperança para as dificuldades pedagógicas do ensino superior? Práxis Educacional, 147-166. Acesso em 22 de jul de 2020, disponível em http://professor.pucgoias.edu.br/ SiteDocente/admin/arquivosUpload/5146/material/Didatica%20M.%20 Amelia.pdf FREITAS, E. N., OLIVEIRA, M. S., & DUARTE, D. R. (23 a 26 de ago de 2016). A importância da didática na formação de professores na educação superior. Cuiabá, Brasil. Acesso em 06 de jul de 2020, disponível em https://www.ufmt.br/endipe2016/downloads/233_9922_36110.pdf GALINDO, W. C. (2004). A construção da identidade profissional docente. Psicologia, ciência e p´rofissão, 14-23. Acesso em 09 de jul de 2020, disponível em https://www.scielo.br/pdf/pcp/v24n2/v24n2a03.pdf GARCIA, A. V., & HILLESHEIM, J. (2017). Pobreza e desigualdades educacionais: uma análise com base nos Planos Nacionais de Educação e nos Planos Plurianuais Federais. Educar em Revista, 131-147. Acesso em 08 de mar de 2020, disponível em http://www.scielo.br/pdf/er/ nspe.2/0104-4060-er-02-00131.pdfGARCIA, A. V., & HILLESHEIM, J. (2017). Pobreza e desigualdades educacionais:uma análise com base nos Planos Nacionais de Educação e nos Planos Plurianuais Federais. Educar em Revista, 131-147. Acesso em 08 de mar de 2020 GARCIA, R. C. (2003). Iniquidade social no Brasil: uma aproximação e uma tentativa de dimensionamento. Brasília. Acesso em 10 de mar de 2020, disponível em http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/ PDFs/TDs/td_0971.pdf GIDDENS, A. (1991). As consequencias da modernidade. Acesso em 09 de mar de 2020, disponível em http://www.afoiceeomartelo.com. Didática do Ensino Superior 53 br/posfsa/Autores/Giddens,%20Anthony/ANTHONY%20GIDDENS%20 -%20As%20Consequencias%20da%20Modernidade.pdf JÚNIOR, C. P. (2004). Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense. Acesso em 09 de mar de 2020, disponível em https:// www.companhiadasletras.com.br/trechos/13152.pdf Kaczorowski, J. (2017). Identidades culturais: reinvenção e resistência. In: Pós-colonialismo e literatura: questões identitárias nos países africanos de língua oficial portuguesa. UNIFAP. Acesso em 08 de mai de 2020, disponível em https://www2.unifap.br/editora/files/2014/12/ ebook_pos_colonialismo_e_literatura_unifap.pdf LEMOS, M. E. (2001). Proposta curricular. In: Salto para o futuro- Educação de jovens e adultos. Brasília. Acesso em 17 de mar de 2020, disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ me002698.pdf LIB NEO, J. C. (1990). Didatica. Cortez Editora. Acesso em 16 de jul de 2020, disponível em https://www.professorrenato.com/attachments/ article/161/Didatica%20Jose-carlos-libaneo_obra.pdf LIB NEO, J. C. (1994). Prática educativa, pedagógica e didática. In: Didática. São Paulo: Cortez. Acesso em 07 de jul de 2020, disponível em https://www.professorrenato.com/attachments/article/161/Didatica%20 Jose-carlos-libaneo_obra.pdf LIB NEO, J. C. (2014). Didática e práticas de ensino e a abordagem da diversidade sociocultural na escola. EdUECE. Acesso em 19 de jul de 2020, disponível em http://www.uece.br/endipe2014/ebooks/ livro4/10.%20DID%C3%81TICA%20E%20PR%C3%81TICAS%20DE%20 ENSINO%20E%20A%20ABORDAGEM%20DA%20DIVERSIDADE%20 SOCIOCULTURAL%20NA%20ESCOLA.pdf MACHADO, N. S., & MACHADO, D. P. (28-31 de agosto de 2017). Modalidade semipresencial no ensino Superior: a tecnologia, a docência e a dicência. Curitiba, PR, Brasil. Acesso em 18 de mar de 2020, disponível em https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25260_13152.pdf Didática do Ensino Superior54 MARCON, F. (2011). Os Romances de Pepetela e a Imaginação da Nação em Angola. História Revista, 31-51. Acesso em 07 de mai de 2020 MEC, M. d. (2002). Proposta curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série. Brasília. Acesso em 28 de fev de 2020, disponível em http://portal.mec. gov.br/secad/arquivos/pdf/eja_livro_01.pdf MEC, M. d. (2007). Caderno Metodológico para o Professor. Acesso em 07 de mar de 2020 Ministério da Educação, M. (2001). SWalto para o futuro. Educação de jovens e adultos. Brasília. Acesso em 17 de mar de 2020, disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002698.pdf MIZUKAMI, M. d. (1986). Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: Pedagógica e universitária LTDA. Acesso em 06 de jul de 2020, disponível em https://www.docdroid.net/MrZCc0F/maria-das-gracas- nicoletti-mizukami-ensino-as-abordagens-do-processo-pdf NASCIMENTO, C. M. (2019). A literatura Africana de expressão portuguesa e a construção da identidade afro-brasileira. Revista Isat, 1-10. Acesso em 11 de abr de 2020, disponível em https://www. revistadoisat.com.br/numero11/1%20Carolina_Literatura_Africana.pdf NASCIMENTO, M. M. (2001). Rousseau: da servidão a liberdade in Os clássicos da Política. São Paulo: Ática. Acesso em 09 de mar de 2020, disponível em http://afoiceeomartelo.com.br/posfsa/Autores/ Rousseau,%20Jean-Jacques/classicos%20da%20politica%20rousseau%20 -%20Da%20servid%C3%A3o%20%C3%A0%20liberdade.pdf OLIVEIRA, F. M. (dez de 2017). Tendências Pedagógicas Progressistas Brasileiras: Concepções e Práticas. Dissertação. Acesso em 18 de jul de 2020, disponível em https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/10743/1/ DM_FernandaOliveira_2017.pdf PAIVA, R. d., & SILVA, S. L. (2015). A importância da didática no processo de ensino e aprendizagem: a prática do professor em foco. Revista Ensino interdisciplinar, 109-118. Acesso em 05 de jul de 2020, Didática do Ensino Superior 55 disponível em http://www.gerson.110mb.com/index_arquivos/Didatica. pdf. PEREIRA, A. S., PARREIRA, F. J., SILVEIRA, S. R., & BERTAGNOLLI, S. d. (2017). Metodologia da aprendizagem em EaD. Santa Maria. Acesso em 19 de mar de 2020, disponível em https://nte.ufsm.br/images/ identidade_visual/Metodologiaaprendizagem.pdf PEREIRA, M. P., SILVA, n. F., LIMA, F. W., & MOREIRA, K. (2017). Pós- colonialismo e literatura: questões identitárias nos países africanos de língua oficial portuguesa. UNIFAP. Acesso em 05 de mai de 2020, disponível em https://www2.unifap.br/editora/files/2014/12/ebook_pos_ colonialismo_e_literatura_unifap.pdf PETERM, B., & LUCKMAN, T. (1976). A construção Social da realidade - tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes. Acesso em 10 de mar de 2020, disponível em https://cristianorodriguesdotcom.files. wordpress.com/2013/06/bergerluckman.pdf PIMENTA, S. G. (23 a 26 de jul de 2012). O protagonismo da didática nos cursos de licenciatura: a didática como campo disciplinar. XVI ENDIPE. Campinas, Brasil. Acesso em 22 de jul de 2020, disponível em http://endipe.pro.br/ebooks-2012/0042m.pdf PRANDI, L. R. (jul/set de 2009). Tendências do processo didático- pedagógico no Ensino Superior na contemporaneidade. 17(3), 137-142. Acesso em 20 de jul de 2020 PROENÇA, M. G., & TENO, N. A. (2011). Algumas aproximações: Compreendendo o conceito de identidade. Educação e Fronteiras On- line, 132-145. Acesso em 09 de jul de 2020, disponível em file:///C:/Users/ danil/Downloads/1521-4230-1-PB.pdf REBÊLO, T. G., & SILVA, W. C. (2016). Tendências Pedagógicas e Didática no Ensino Superior: Um Estudo de Caso no Curso de Pedagogia daFaculdade Salesiana Dom Bosco de Manaus. Areté -Revista Amazônica de Ensino de Ciências, 9, 32-40. Acesso em 18 de jul de 2020 RESCHLINSKI, M. D., & SCHWERTNER, S. F. (2018). Andragogia na educação profissional. Acesso em 15 de mar de 2020, disponível em https:// Didática do Ensino Superior56 www.univates.br/bdu/bitstream/10737/2020/1/2017MileneRechlinski. pdf ROCHA, K. C., & MARTINS, R. E. (2014). Experiências da prática docente do professor de geografia na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA) dentro do projeto de Educação Comunitária Integrar. Experiências da prática docente do professor de geografia na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA) dentro do projeto de Educação Comunitária Integrar, 1-21. Florianópolis, SC, Brasil. Acesso em 15 de mar de 2020, disponível em https://anaisenpegsul.paginas.ufsc.br/ files/2014/11/KLEICER-CARDOSO-ROCHA-e-ROSA-ELISABETE-MILITZ- WYPYCZYNSKI-MARTINS.pdf RODRIGUES, I. M. (2019). História, identidade e cooperação: a África na comunidade dos países de língua portuguesa. Cadernos de aulas do LEA, 103-115. Acesso em 09 de abr de 2020, disponível em file:///C:/Users/ danil/Downloads/2477-Texto%20do%20artigo-10748-1-10-20191218%20 (2).pdf RODRIGUES, I. M. (2019). História, identidade e cooperação: A África na comunidade dos países de língua portuguesa. Cadernos de aulas do LEA, 103-115. Acesso em 09 de abr de 2020, disponível em file:///C:/Users/ danil/Downloads/2477-Texto%20do%20artigo-10748-1-10-20191218%20(1). pdf RONDÔNIA, S. D. (2013). Educação para jovens e adultos- EJA: Ensino Fundamental e Ensino Médio. Acesso em 06 de mar de 2020, disponível em http://www.seduc.ro.gov.br/curriculo/wp-content/ uploads/2013/02/EJA.pdf SANTOS, R. S., ANDRADE, K. S.,
Compartilhar