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Aula 08- O NEOCOLONIALISMO DO SÉCULO XIX

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I
O NEOCOLONIALISMO DO SÉCULO XIX
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Definir imperialismo;
2- Relacionar argumentos para compreender as justificativas para a expansão territorial europeia;
3- Identificar os mecanismos de dominação dos povos submetidos ao neocolonialismo.
Introdução
Nesta aula, relacionaremos a Segunda Revolução Industrial e a busca por mercados consumidores e matéria-
prima que daria origem ao imperialismo. Estudaremos também de que forma a política imperialista contribuiu
para a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
1 Premissa
Nas aulas anteriores, vimos o processo de industrialização europeia e, a partir do século XIX, a industrialização
de países também fora da Europa.
Devemos ressaltar que a industrialização está vinculada ao desenvolvimento do capitalismo.
Muitos economistas defendem que o capitalismo passa por ciclos e que as crises seriam parte inerente ao
sistema. Dessa forma, observamos, ao longo de sua história, períodos de crise, das quais podemos citar como
exemplo a ocorrida em 1929 e, mais recentemente, em 2008.
As crises do século XX não foram as únicas
No século XIX, houve um período também conhecido como grande depressão iniciado em 1873.
Uma análise mais profunda mostra que as razões destas crises são bastante similares, por isso são entendidas
como parte do capitalismo em si.
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A produtividade possui um custo
Como o consumo não se expande no mesmo ritmo da produção, assim ocorre a crise de superprodução, ou seja,
mais bens são produzidos do que a capacidade do mercado de absorvê-los.
Nesta conjuntura, as fábricas passam a diminuir sua produtividade e, portanto, a demitir trabalhadores.
É o momento de (Essa retração passa uma imagem pessimista da economia, que perde confiabilidade.retração 
Menos investimentos são feitos, os empréstimos bancários passam a ser controlados e há uma redução do
credito disponível.).
Para evitar a falência, muitas empresas abaixam os preços de seus produtos, estimulando uma nova onda de
consumo, revitalizando a economia e dando início a um novo ciclo.
Cabe lembrar que a economia responde à chamada lei de oferta e demanda. Se há muitos produtos disponíveis,
seu preço cai; ao passo que a falta de mercadorias tende a aumentar os preços delas. Nenhum dos dois cenários é
favorável e é necessária a busca constante de um equilíbrio entre produtividade e consumo.
Saiba Mais
No caso do século XIX, as indústrias produziam a pleno vapor. As uniões de trabalhadores haviam conseguido
obter alguns direitos trabalhistas, além de garantir o aumento de salários. A crise de superprodução que se
seguiu eliminou do mercado as empresas menos competitivas e evidenciou a necessidade de expansão de
mercado consumidor para além das fronteiras dos países.
2 Formação dos monopólios
Como mecanismo de sobrevivência, formaram-se os grandes monopólios, onde poucas empresas dominavam
várias áreas dos setores produtivos.
Saiba mais
Em um primeiro momento, temos a expansão da produção.
A industrialização e a mecanização tornaram os produtos mais baratos, pois podiam ser
confeccionados em grande quantidade em um tempo menor. O desemprego tende a diminuir,
pois as indústrias absorvem parte da mão de obra. Estes trabalhadores constituem não só a
força de trabalho, mas também um mercado consumidor.
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Surgem os cartéis, onde empresas que seriam a princípio concorrentes estabelecem um preço único para seus
produtos, eliminando a concorrência daqueles que não participam do processo de cartelização e as holdings,
onde uma única empresa detém ações e participação em várias outras, monopolizando o mercando.
A busca por novas fontes de energia, matérias-primas e mercado consumidor dá origem a política imperialista,
que é a expansão dos países industrializados em direção aos que ainda não haviam passado por ,este processo1
notadamente os continentes asiático e africano.
1Sobre este momento, afirma Francisco Falcon: “Divide-se habitualmente essa expansão da
sociedade burguesa capitalista em duas etapas: antes e após 1870-1880, isto é, o período do
capitalismo liberal propriamente dito e o período do capitalismo monopolista, protecionista e
imperialista. Na realidade, é bastante difícil estabelecermos diferenças radicais entre as formas de
capitalismo existentes naquelas duas épocas e os processos de expansão colonial. Temos, na
verdade, um processo de continuada expansão colonialista, pontuada pelos constantes debates entre
partidários e opositores das políticas de expansão colonial, sobretudo, no parlamento e na imprensa
do Reino Unido. Tal expansão acelera-se ou marca passo em conexão, ao que tudo indica, pelas
oscilações conjunturais da economia capitalista, entre as quais corresponde um papel dos mais
importantes na chamada grande depressão do século XIX (entre 1873 e 1896). Outro fator a
considerar são os efeitos da entrada no cenário das disputas por colônias e mercados entre as
potências capitalistas de novas potências em franca expansão econômica, como Alemanha, Itália,
Bélgica, Estados Unidos e Japão.”
FALCON, Francisco José Calazans. Os impérios na época do imperialismo. In: TEIXEIRA, Francisco
Carlos, MUNHOZ, Sidney, CABRAL, Ricardo. Os impérios na História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p.
192
De forma geral, o neocolonialismo se deu através da formação de colônias e protetorados. As colônias estavam
submetidas diretamente ao Estado e possuíam um governador geral, que as administrava em nome da
metrópole. Os protetorados dispunham de mais autonomia, pois podiam ser geridos por um governo local, mas
sob a atenta supervisão metropolitana.
As consequências do imperialismo foram devastadoras. Grande parte dos problemas atuais da África teve sua
origem na política colonial e, anos depois, no estabelecimento de fronteiras arbitrárias durante a descolonização.
Além disso, houve um intenso processo de ocidentalização cultural, com a adoção e a imposição de hábitos e
costumes europeus, o que fez ruir uma série de tradições locais, que acabariam por cair em desuso.
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As metrópoles escoavam para suas colônias boa parte de seus produtos industrializados, minando o
desenvolvimento das indústrias locais e condenando estes países a permanecerem agroexportadores.
A expansão imperialista não foi de forma alguma pacífica e provocou diversos conflitos na Ásia e na África, fruto
da (E assunto de nossa próxima aula.) europeia.resistência dos povos à dominação
Saiba Mais
O caso norte-americano é peculiar e foge às regras estabelecidas pelos europeus, embora tenha, de fato, ocupado
algumas regiões, como o Havaí – que até então não era um estado norte-americano, tendo sido anexado
definitivamente como Estado apenas no século XX – e as Filipinas -, o imperialismo norte-americano recorreu à
via diplomática, embasada no poderio militar.
Isso tudo quer dizer que a industrialização dos Estados Unidos transformara aquele país não só na maior
potência industrial do continente, mas na que possuía o mais poderoso exército, não só em recursos como em
contingente.
Essa supremacia levou a política do Big Stick, levada a cabo pelo presidente Theodore Roosevelt, que
governou no início do século X.
Figura 1 - Theodore Roosevelt
O que foi o Big Stick?
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O Big Stick pode ser considerado como parte da Doutrina Monroe, cujo corolário era: América para os
americanos. No caso do Big Stick, a filosofia era: fale macio e tenha nas mãos um porrete.
Essa política levou a intervenção em diversos países latino-americanos, que por sua vez eram instados a dirigir
sua economia e sua política de acordo com os interesses estrangeiros.
Atenção
Cabe lembrar que os países latinos tiveram uma industrialização tardia e dependiam ainda, na sua maioria, do
mercado externo. Na virada do século XIX e XX, estes países agrários não podiam fazer frente ao poderio
econômico e bélico norte-americano, que logo se tornou o parceiro privilegiado dos países latinos,em cujas
políticas interferia livremente.
Na charge vemos os princípios do imperialismo norte-americano, onde o exército garante a expansão da
indústria do ponto de vista econômico e cultural.
Papel das indústrias norte-americanas na expansão imperialista
Na América, os costumes se tornaram parte irreversível das culturas locais. Desde a adoção dos hábitos de vestir
como tênis e jeans, até os hábitos alimentares, que culminaram na chamada indústria de fast food.
Progressivamente, a dependência se tornou cada vez mais intensa com a concessão de empréstimos, que
aumentava a dívida externa dos países latinos e deixava-os vulneráveis às pressões norte-americanas.
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Neste sentido, as indústrias norte-americanas foram uma ferramenta indispensável para a expansão
imperialista.
Na cultura, coube ao cinema o papel de divulgador dos costumes e valores.
3 Cuba e a Emenda Platt
Como exemplo da política imperialista americana, podemos citar o caso cubano.
Após sua independência da Espanha, Cuba desenvolveu intensas relações econômicas com os Estados Unidos.
Para garantir sua hegemonia sobre a ilha, foi instituída a Emenda Platt, um dispositivo constitucional que dava
aos Estados Unidos plenos poderes para intervir política e militarmente na ilha.
A Emenda Platt, símbolo do domínio americano, foi um dos mais poderosos argumentos que reuniria em torno
de si diversos revolucionários e cujas demandas e reinvindicações tomariam forma sob a Revolução Cubana, na
década de 50 do século XX.
Somente após a Segunda Guerra Mundial, com as economias europeias arrasadas pelo conflito, que a
configuração mundial mudaria e os países da Ásia e da África se tornariam novamente independentes.
Atenção
No caso do imperialismo americano, à exceção de Cuba que rompe relações diplomáticas após a revolução, a
influência se manteve por todo o continente e, embora a economia atual seja globalizada, os Estados Unidos
permanecem como parceiros privilegiados dos países latinos.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Os conflitos imperialistas;
• A guerra dos Cipaios;
• As guerras do ópio
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu as justificativas utilizadas para a política expansionista;
• Analisou o custo do imperialismo para os países dominados;
• Comparou o imperialismo na América e na Europa.
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	Olá!
	1 Premissa
	2 Formação dos monopólios
	3 Cuba e a Emenda Platt
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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