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Módulo 6 - Vigilância em Saúde - Parte 2

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Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) 
A VSA tem como objeto os fatores ambientais de risco à saúde da população, o que significa 
antecipar e prever o processo de adoecimento por meio de ações de: 
 Inspeção 
 Controle 
 Monitoramento 
 Intervenção 
 Comunicação 
 
Nesse processo, a VSA articula-se com serviços e unidades de saúde da Rede de Atenção 
à Saúde do SUS (RAS-SUS) 
 Vigilância epidemiológica 
 Vigilância sanitária 
 Vigilância em saúde do trabalhador 
 Rede de laboratórios 
 Unidades de atenção básica 
 
A VSA contempla várias áreas, como observa-se na figura a seguir: 
 
 
A VSA é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e detecção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na 
saúde humana 
A VSA tem como finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores 
de risco ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde da população. 
Vigilância em 
Saúde 
Sanitária Epidemiológica Ambiental 
Saúde do 
trabalhador
Assim, essa vigilância acompanha a interação do indivíduo com o meio ambiente em que 
está inserido, com enfoque no espaço urbano e coletivo e as diversas formas de 
intervenção sobre este meio. 
Entende-se que essa relação da pessoa com o ambiente possa se dar de maneira 
harmônica e resultados positivos, ou de maneira nociva, resultando em doenças e agravos 
à saúde. 
 
 Atribuição VSA 
 
Coordenar, avaliar, planejar, acompanhar, inspecionar e supervisionar ações de vigilância 
referentes a fatores de riscos ambientais relacionados a doenças e agravos à saúde. 
A vigilância desses fatores de risco é realizada por meio dos programas nacionais, 
estruturados e organizados nos âmbitos nacional, estadual e municipal 
 
 Objetivos VSA 
 
Produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando a disponibilizar ao SUS 
instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de 
promoção da saúde. 
Além de prevenção e controle de doenças relacionadas ao meio ambiente; 
Também deve estabelecer os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações 
relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de competência; 
Identificar os riscos referentes aos fatores ambientais condicionantes e determinantes das 
doenças e agravos à saúde; 
Promover a proteção da saúde humana relacionadas ao controle e recuperação do meio 
ambiente; 
Conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento 
Visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e qualidade 
de vida. 
 
 Atuação da VSA 
 
A VSA é realizada por meio dos programas nacionais, que são estruturados e organizados 
nos âmbitos nacional, estadual e municipal. 
A VSA será implementada a partir da Coordenação Geral de Vigilância Ambiental (CGVAM) 
e suas duas coordenações: 
A coordenação de riscos biológicos tem enfoque nos vetores, hospedeiros e reservatórios 
de doenças, sendo esse o enfoque do seu estudo. Já a coordenação de fatores de risco 
não biológicos, se relaciona com qualidade da água, ar, solo, desastres e contaminantes 
ambientais. 
 
 
 
É atuação da VSA como um todo: 
 Contaminantes ambientais; 
 Qualidade da água para consumo humano; 
 Qualidade do ar; 
 Qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos e perigosos; 
 Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos 
 
 
 
Alterações no ambiente causam doenças e agravos, conforme observa-se no esquema a 
seguir: 
 
É papel da VSA controlar e prevenir essas doenças e agravos, sejam eles causados por 
fatores biológicos ou não biológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO no 5, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017 
É uma portaria ampla, trata da consolidação das normas sobre as ações e os serviços de 
saúde do Sistema Único de Saúde. 
No seu ANEXO XX trata do controle e da vigilância da qualidade da água para consumo 
humano e seu padrão de potabilidade. 
Ficam definidos os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para 
consumo humano e seu padrão de potabilidade. 
 
 PORTARIA No 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano 
(Vigiagua) 
Portaria de Consolidação PRC no 5/2017 MS 
Portaria no 2.914/2011MS 
Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para 
consumo humano e seu padrão de potabilidade. 
 
O vigiagua tem como objetivo desenvolver a vigilância da qualidade da água para consumo 
humano, de forma a garantir à população o acesso à água com qualidade compatível com 
o padrão estabelecido na legislação vigente. 
Atuando como parte integrante das ações de prevenção dos agravos transmitidos pela água 
e de promoção da saúde, previstas no SUS. 
A vigilância da qualidade da água de consumo humano tem como finalidade o mapeamento 
de áreas de risco em determinado território, utilizando a vigilância da qualidade da água 
consumida pela população 
O mapeamento é importante para avaliação da qualidade e quantidade de água consumida 
em determinadas áreas, 
Com vistas a assegurar a qualidade da água e evitar que as pessoas adoeçam pela 
presença de patógenos ou contaminantes presentes nas coleções hídricas. 
 
Estratégias e propósitos do Vigiágua: 
• Reduzir a morbimortalidade por doenças e agravos de transmissão hídrica, por meio de 
ações de vigilância sistemática da qualidade da água consumida pela população; 
• Orientar gestores das diversas formas de abastecimento de água quanto às medidas de 
manutenção e de controle da qualidade da água para consumo humano; 
• Avaliar e gerenciar o risco à saúde das condições sanitárias das diversas formas de 
abastecimento de água; 
• Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população, nos termos 
da legislação vigente (Padrões de potabilidade); 
• Informar à população sobre a qualidade da água e os riscos à saúde; 
• Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilização social; 
 
 
 
 
Resumindo... 
 
 
 
 
 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 
 
Lei no 12.305, de 02 de agosto de 2010. 
O principal objetivo da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é a eliminação das 
formas de destinação e disposição final inadequada de resíduos sólidos e rejeitos. 
 
Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultantes de 
atividades humanas em sociedade que possa ser reutilizado e/ou reciclado e tenha valor 
econômico. 
 
Rejeito: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento 
e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não 
apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. 
É um descarte que não existe nenhuma possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem. 
 
OBJETIVOS DA PNRS 
• Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
• Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem 
como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; (Existe uma ORDEM DE 
PRIORIDADE na geração de resíduos, sendo o ideal a não geração deles. Porém, se forem 
gerados, devem ser reduzidos. Também deve-se buscar a reutilização e reciclagem. Por 
fim, os resíduos devem ser tratados na sua disposição final) 
• Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços; 
• Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de 
minimizar impactos ambientais; 
• Articulação entre as diferentes esferas do poder público e setor empresarial, com vistas à 
cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos; 
•Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos; 
•Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; 
•Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primase 
insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados; 
 
 
INSTRUMENTOS DO PNRS: 
1- Planos de resíduos sólidos (RS) 
2- Inventários e sistema declaratório anual de RS 
3- Coleta Seletiva 
4- Logística Reversa 
5- Cooperativas e associações de catadores 
6- Monitoramento e fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária 
7- Cooperação/Integração entre setor público e privado 
8- Educação ambiental 
9- Incentivos fiscais e financeiros 
10- Fundo nacional do meio ambiente 
11- Conselhos municipais de meio ambiente 
 
 
Os resíduos sólidos têm a seguinte classificação: 
 Quanto à ORIGEM: domiciliares, de limpeza urbana, saneamento básico, resíduos 
de serviços de saúde, industriais... 
 Quanto à PERICULOSIDADE: resíduos perigosos (inflamabilidade, corrosividade, 
reatividade, toxicidade, patogenicidade) e resíduos não perigosos. 
 
 
 
Quanto a COMPOSIÇÃO QUÍMICA: 
 
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) - São bioacumulativos (pesticidas, 
Policlorobifenilas - PCBs, dioxinas ) 
 
 
Quanto ao TIPO: 
ão , plástico, vidro, alumínio, metais... 
são recicláveis, ou recicláveis 
contaminados. 
 
PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
São Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 
Esses planos são elaborados para um horizonte de atuação de 20 anos, porém existe uma 
revisão a cada 4 anos (União e Estados); 
São elaborados com participação e controle social; 
É necessário tem um conteúdo mínimo definido na Lei, incluindo nesse conteúdo: 
 da situação com relação aos resíduos sólidos; 
 futuros; 
 
 
 
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) 
É um documento feito por empresas que identifica o tipo e a quantidade de resíduos sólidos 
gerados, e quais as práticas ambientalmente corretas adotadas pelas empresas para a 
segregação, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, destinação e disposição final 
Estão sujeitos à elaboração de PGRS os estabelecimentos que gerem: 
• Resíduos perigosos; 
• Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico 
• Resíduos industriais 
• Resíduos de serviços de saúde 
• As empresas de construção civil 
 
 RESPONSABILIDADES DOS GERADORES E DO PODER PÚBLICO 
É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser 
implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços 
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. 
Todos são responsáveis pelos resíduos gerados, de forma solidária 
 
A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por OBJETIVO: 
entes econômicos e sociais e os processos de 
gestão empresarial com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis; 
síduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia 
produtiva ou para outras cadeias produtivas; 
os, o desperdício de materiais, a poluição e os danos 
ambientais; 
sumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior 
sustentabilidade; 
 Incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental. 
 
LOGÍSTICA REVERSA: 
Trata-se do conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a 
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial 
 Melhorar fisicamente a gestão de resíduos 
 Aumentar Reciclagem/ Redução 
 Transferir responsabilidade/custo dos municípios as empresas 
 Alterna fluxos financeiros 
 Operacionaliza “poluidor-pagador”; 
 Aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais 
 Ampliar o uso de material reciclado substituindo recursos virgens; 
 
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno 
dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente os fabricantes, 
importadores, distribuidores e comerciantes de: 
 Agrotóxicos 
 Pilhas e baterias pneus; 
 Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
 Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; 
 Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
 
RESÍDUOS PERIGOSOS 
Resíduo perigoso é todo aquele que apresenta significativo risco à saúde pública ou à 
qualidade ambiental devido a certas características. Ele pode ser inflamável, corrosivo, 
reativo, tóxico, patogênico, cancerígeno, teratogênico. 
O funcionamento de empreendimento ou atividade que gere ou opere com resíduos 
perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes 
se o responsável comprovar: 
 
ssários ao gerenciamento desses resíduos. 
 
 
 
INSTRUMENTOS ECONÔMICOS 
Previsão de incentivo mediante instrumentos econômicos, tais como: 
de resíduos sólidos no processo produtivo; 
res impactos à saúde humana e à qualidade 
ambiental em seu ciclo de vida; 
 
 
esquisas voltadas para tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos 
sólidos; 
 
PROIBIÇÕES 
São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou 
rejeitos: 
 
Lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração; 
 não licenciados para 
essa finalidade; 
 
São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou rejeitos, as seguintes 
atividades: 
 
 
 
 
o. 
 
 
 
onal de Resíduos Sólidos (PNRS): faz a cooperação entre poder público, 
setor empresarial e sociedade (faz de forma integrativa). 
 reutilizável e reciclável, bem econômico e de valor social, gerador 
de trabalho e renda e promotor de cidadania. 
 
-pagador e protetor-recebedor (conceitos inseridos dentro da política nacional de 
resíduos sólidos) 
 
 
Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) 
 
 
A Resolução – RDC n° 222/2018 da ANVISA regulamenta os requisitos de Boas Práticas 
de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde 
A nova resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de saúde (RSS) cujas 
atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS, sejam eles públicos e 
privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e 
pesquisa. 
Resumindo... 
 
 
 Definição de RSS (Resíduos de Serviços de Saúde): 
São todos aqueles resultantes de atividades exercidas nos serviços relacionados com 
atendimento à saúde humana e animal, e que por suas características, necessitam de 
processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua 
disposição final. 
 
 São geradores de RSS 
Todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com atenção à saúde humana ou 
animal 
 
 
 
 
 
 Drogarias e farmácias 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS) 
 
É um conjunto de procedimentos que contempla a geração, segregação, 
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final 
desses resíduos. 
O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos 
físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos 
Todo serviço gerador deve dispor de um PGRSS 
Os estabelecimentos da área de saúde devem elaborar o plano devido aos riscos à saúde 
pública e ao meio ambiente 
 
No PGRSS, o gerador de RSS deve: 
 
 
 
plar os procedimentos locais definidos pelo processo de logística reversa para os 
diversos RSS 
 
 
 
 
 
Alguns pontos das etapas de manejo: 
 
 Segregação, acondicionamento e identificação 
Os RSS devem ser segregados no momento de sua geração 
Devem ser respeitados os limites de peso de cada saco 
Proibido o esvaziamento ou reaproveitamento dos sacos 
Os sacos para acondicionamento de RSS do grupo A devem ser substituídos ao atingirem 
o limite de 2/3 
 
 Coleta e transporte interno 
O transporte interno dos RSS deve ser realizado atendendo a rota e a horários previamente 
definidos, em coletor identificado 
O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de material liso, rígido, 
lavável, impermeável, provido de tampa articulada aopróprio corpo do equipamento, cantos 
e bordas arredondados. 
 
 Armazenamento interno, temporário e externo 
No armazenamento temporário e externo de RSS é obrigatório manter os sacos 
acondicionados dentro de coletores com a tampa fechada. 
Ser provido de pisos e paredes revestidos de material resistente, lavável e impermeável; 
Estar identificado como "ABRIGO TEMPORÁRIO DE RESÍDUOS" 
 
 Destinação 
Os RSS que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico podem ser 
encaminhados para reciclagem, recuperação, reutilização, compostagem, aproveitamento 
energético ou logística reversa. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS RSS: 
 
 
 
C → substâncias radioativas; 
 
-cortantes. 
 
 
GRUPO A 
Subgrupo A1 
-organismos 
pesquisa ou atenção à saúde de indivíduos 
ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica 
 
 
Devem ser submetidos a tratamento, utilizando processos que vierem a ser validados para 
a obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana. 
 
Subgrupo A2 
 
ra da unidade geradora, desde que ocorra nas 
dependências do serviço 
 
Subgrupo A3 
 
 
licenciada pelo órgão ambiental competente. 
 
Subgrupo A4 
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes classe de risco 4 
cirurgia plástica 
líquidos corpóreos na forma livre. 
ecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos 
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de 
confirmação diagnóstica. 
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de 
microrganismos. 
Devem ser acondicionados em saco branco leitoso e encaminhados para a disposição final 
ambientalmente adequado 
 
Subgrupo A5 
ra príons 
ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta infectividade 
para príons. 
Os RSS do Subgrupo A5 devem ser encaminhados para tratamento por incineração 
 
 
GRUPO B 
 
 
 
 
 
dores). 
 
O gerenciamento do Grupo B deve observar a periculosidade das substâncias presentes, 
decorrentes das características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. 
 
 
GRUPO C 
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de 
dispensa especificados em norma da CNEN 
Enquadra-se rejeito radioativo: 
 
análise clínica 
 
Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com o radionuclídeo ou natureza 
da radiação, estado físico, concentração e taxa de exposição 
 
GRUPO D 
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio 
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Incluindo: 
 
 
odas e jardins 
Quando não encaminhados para reutilização, recuperação, reciclagem, compostagem, 
logística reversa ou aproveitamento energético, devem ser classificados como rejeitos. 
 
GRUPO E 
 
ear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, lancetas; 
tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas, utensílios de vidro 
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) 
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes identificados, rígidos, 
providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento 
 
 
 
 
No plano de gerenciamento dos grupos de resíduos de serviços de saúde, há um tópico 
dedicado a segurança operacional. 
 
 Segurança Ocupacional 
O serviço/a empresa deve garantir que os trabalhadores sejam avaliados periodicamente 
em relação à saúde ocupacional, mantendo registros desta avaliação 
O serviço deve manter um programa de educação continuada para os trabalhadores e todos 
os envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos 
 
 
 
 
 
Resumindo... 
 
RSS: o que são, quais grupos o compõe 
Grupo A: são aqueles com presença de gentes biológicos e que podem apresentar risco 
de infecção. 
Grupo B: são aqueles que contêm substâncias químicas. 
Grupo C: são os rejeitos radioativos. 
Grupo D: são aqueles classificados como resíduos comuns, exemplos, material de 
escritórios, resíduo orgânico e etc. 
nsílios de vidros quebrados. 
 
 
destinação correta para o lixo. 
Contempla a geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, 
transporte, tratamento e destinação final 
Vigilância em Saúde do Trabalhador 
Evelyn Cristine da Silva 
O conteúdo abordado está dividido em duas etapas: 
1. Conceituação e competências 
2. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora 
Legislação de referência: Portaria nº 1.823/2012 – MS 
Introdução: 
Cerca de 45% da população mundial e cerca de 58% da população acima de 
10 anos de idade faz parte da força de trabalho. 
O trabalho desta população sustenta a base econômica e material das 
sociedades que por outro lado são dependentes da sua capacidade de 
trabalho. 
Desta forma, a saúde do trabalhador e a saúde ocupacional são pré-requisitos 
cruciais para a produtividade e são de suma importância para o 
desenvolvimento socioeconômico e sustentável. 
De acordo com a OMS, os maiores desafios para a saúde do trabalhador 
atualmente e no futuro são os problemas de saúde ocupacional ligados com: 
 Novas tecnologias de informação e automação, 
 Novas substâncias químicas e energias físicas, 
 Riscos de saúde associados a novas biotecnologias, 
 Transferência de tecnologias perigosas, 
 Envelhecimento da população trabalhadora, 
 Problemas especiais dos grupos vulneráveis (doenças crônicas e 
deficientes físicos), dentro outros aspectos. 
Definição de Saúde do Trabalhador 
Segundo a Lei 8.080/90- Saúde do trabalhador no SUS: 
Conjunto de atividades que se destina, através das ações de Vigilância 
Epidemiológica e Sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores 
submetidos aos riscos e agravos das condições de trabalho. 
Conceito Saúde do trabalhador: 
Campo do saber que visa compreender as relações entre o trabalho e o 
processo saúde/doença. Considera a saúde e a doença como processos 
dinâmicos, estreitamente articulados com os modos de desenvolvimento 
produtivo, ou seja, a saúde e a doença acontecem de forma integrada e estão 
associadas ao trabalho executado pelo homem. Parte do princípio de que a 
forma de inserção do homem nos espaços de trabalho contribui para formas 
específicas de adoecer. O fundamento de suas ações em saúde do trabalhador 
é a articulação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. 
A atenção integral à saúde do trabalhador estará articulada a varias esferas 
(federal estadual e municipal) por meio da vigilância epidemiológica, vigilância 
sanitária, promoção e proteção de saúde, assistência disponibilizada pelo SUS 
e vigilância ambiental. 
 Integração 
 Articulação 
 Transdiciplinaridade 
 Interdisciplinaridade 
 Ampliar o olhar para além do processo laboral e considerar os 
reflexos do trabalho e das condições de vida dos indivíduos e de 
suas famílias 
 Resolutividade 
 Responsabilização 
 Acolhimento 
 Integralidade 
Conceito e Competências: 
Lei nº 8.080, de 19/9/90 – Lei Orgânica da Saúde, Art. 6º Estão incluídas ainda 
no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): Inciso I - a execução 
de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de 
saúde do trabalhador; d) de assistência terapêutica integral, inclusive 
farmacêutica. 
Segundo a Lei 8.080/90- Saúde do trabalhador no SUS: Conjunto de atividades 
que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância 
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa 
à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos 
riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
*dica da palestrante: conceitos são importantes, pois em muitas provas 
são cobrados de forma íntegra. 
Política Nacional de Saúde do Trabalhador 
PORTARIA Nº 1.823, DE 23 DE AGOSTO DE 2012, institui a PolíticaNacional 
de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. 
Sintetizando: A portaria promove ações de promoção, vigilância, diagnóstico, 
tratamento, recuperação e reabilitação da saúde - Relembrando a história 
natural da doença, a saúde do trabalhador vai atuar em várias esferas, como, 
por exemplo, na atenção primária com a promoção da saúde, na prevenção 
secundária com o diagnóstico precoce, na prevenção terciária, além de atuar 
na recuperação do trabalhador-; Promoção da saúde e de ambientes e 
processos de trabalho saudáveis; Garantia da integralidade na atenção à 
saúde do trabalhador; Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; 
Controle social e apoio a pesquisas. 
Estrutura da PORTARIA nº 1.823/2012: 
 Finalidade 
 Princípios e diretrizes 
 Objetivos 
 Estratégias 
 Responsabilidades 
 Avaliação e monitoramento 
 Financiamento 
 Anexo - I - Elementos informativos da Política 
FINALIDADE: 
Definir os princípios, as diretrizes e as estratégias a serem observados nas três 
esferas de gestão do SUS – federal, estadual e municipal, para o 
desenvolvimento das ações de atenção integral à Saúde do Trabalhador, com 
ênfase na vigilância, visando a promoção e a proteção da saúde dos 
trabalhadores e redução da morbimortalidade decorrente dos modelos de 
desenvolvimento e dos processos produtivos. 
É importante lembrar que a atenção à saúde do trabalhador deve ser 
INTEGRAL, observando as condições de trabalho e renda, apoio 
familiar/suporte social, percepções sobre saúde-doença, suas 
crenças/espiritualidade, condições física e orgânica, desejos e expectativas, 
saberes e cultura. Observar todos estes aspectos para a formulação de uma 
atenção integral à saúde do trabalhador. 
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES: 
 I - universalidade; II - integralidade; III - participação da comunidade, dos 
trabalhadores e do controle social; IV - descentralização; V - hierarquização; VI 
- equidade; VII - precaução. 
OBJETIVOS: 
Fortalecer a Vigilância em Saúde do Trabalhador e a integração com os demais 
componentes da Vigilância em Saúde (ambiental, sanitária, epidemiológica e 
saúde dos trabalhadores); 
Promover a saúde e ambientes e processos de trabalho saudáveis; 
Garantir a integralidade na atenção à saúde do trabalhador; 
Ampliar o entendimento de que a Saúde do Trabalhador deve ser concebida 
como uma ação transversal, devendo a relação saúde-trabalho ser identificada 
em todos os pontos e instâncias da rede de atenção; 
Incorporar a categoria trabalho como determinante do processo saúde-doença 
dos indivíduos e da coletividade; 
Assegurar que a identificação da situação do trabalho dos usuários seja 
considerada nas ações e serviços de saúde do SUS; 
Assegurar a qualidade da atenção à saúde do trabalhador usuário do SUS. 
ESTRATÉGIAS: 
Integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador junto aos demais 
componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em 
Saúde; 
Análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores; 
Estruturação da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador 
(RENAST) no contexto da Rede de Atenção à Saúde: O RENAST tem como 
objetivo disseminar ações de saúde do trabalhador, articuladas às demais 
redes do Sistema Único de Saúde, SUS. 
Fortalecimento e ampliação da articulação intersetorial; 
Estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social; 
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos; 
Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
RESPONSABILIDADES: 
São responsabilidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Município: 
I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso às ações e 
aos serviços de saúde do trabalhador; 
II - orientar e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de saúde do 
trabalhador; 
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde do trabalhador; 
IV - assegurar a oferta regional das ações e dos serviços de saúde do 
trabalhador; 
V - estabelecer e garantir a articulação sistemática entre os diversos setores 
responsáveis pelas políticas públicas; 
VI - desenvolver estratégias para identificar situações que resultem em 
risco ou produção de agravos à saúde. 
Gestores do SUS: 
À direção nacional do SUS 
À direção estadual do SUS 
Aos gestores municipais de saúde 
Das Atribuições dos CEREST e das Equipes Técnicas 
*dica da palestrante: leitura minuciosa desta parte da portaria. 
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO: 
As metas e os indicadores devem estar contidos nos instrumentos de gestão 
definidos pelo sistema de planejamento do SUS: a avaliação se dá através de- 
I - Planos de Saúde; II - Programações Anuais de Saúde; III - Relatórios Anuais 
de Gestão. 
O planejamento estratégico deve contemplar ações, metas e indicadores de 
promoção, vigilância e atenção em saúde do trabalhador, nos moldes de uma 
atuação permanentemente articulada e sistêmica. 
FINANCIAMENTO: 
Além dos recursos dos fundos nacionais, estaduais e municipais de saúde, fica 
facultado aos gestores de saúde utilizar outras fontes de financiamento, como: 
I - ressarcimento ao SUS, pelos planos de saúde privados, dos valores gastos 
nos serviços prestados aos seus segurados; 
II - repasse de recursos advindos de contribuições para a seguridade social; 
III - criação de fundos especiais; 
IV - parcerias com organismos nacionais e internacionais para financiamento 
de projetos especiais. 
Contato: evelyn.cristine@unesp.br 
Vigilância de Zoonoses 
 
 Definição de zoonoses: 
A definição clássica de zoonoses: doenças que são transmitidas de animais para humanos, 
ou de humanos para os animais. 
Há duas definições da OMS: 
• Doenças e infecções em que possa existir relação homem-animal e vice-versa, seja 
diretamente ou através do meio ambiente incluindo portadores, reservatórios e 
vetores (OMS, 1965) 
• Doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e 
seres humanos (OMS, 2016) 
As zoonoses são enfermidades compartilhadas pelo homem e pelos animais. Essa é uma 
definição em amplo sentido, prevendo a interação do homem com os animais e a relação 
destes com o meio ambiente 
O termo Zoonoses introduzido pelo médico alemão patologista Rudolph Virchow (1821–
1905), incluía todas as doenças infecciosas sob o conceito de “Medicina Comparada” 
Mais de 200 zoonoses são conhecidas, causando morbidade e mortalidade principalmente 
em grupos demográficos vulneráveis (crianças, idosos e trabalhadores ligados às áreas da 
saúde pública e veterinária e trabalhadores do campo). 
 
Fatores de risco relacionada as zoonoses: 
 Aumento de demanda por alimentos (origem animal); 
 Urbanização – animais de estimação; 
 Globalização (transportes) – vetores e reservatórios; 
 Condições socioeconômicas (educação, sanitarismo, comportamento, cultural); 
 Atividades econômicas de maior exposição a riscos; 
 Muito comum em países tropicais (possuem fauna diversificada e condições 
climáticas que favorecem os patógenos) 
 
Fatores que favorecem o surgimento de zoonoses: 
• Alterações climáticas 
• Extinção da fauna 
• Desmatamento 
• Aumento da exploração dos recursos naturais 
Interferências no ambiente levam a maior exposição do homem a patógenos que 
ficariam restritos na natureza (como no caso da Hantavirose, onde os roedores se 
deslocaram para centros urbanos após alterações em seu meio). 
 
O ciclo natural é o ENZOÓTICO, que ocorre entre os animais. O ambiente modificado 
leva ao ciclo EPIZOÓTICO, como exemplo nos ambientes de produção, com muitos 
animais diferentes convivendo de forma muito próxima. Já no centro urbano ocorre o 
ciclo EPIDÊMICO, com a interface entre humanos e animais. 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DAS ZOONOSES 
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal: 
• 60% dos patógenos humanos são zoonóticos 
• 75% das doenças humanas emergentes do último século são de origem animal• 80%dos patógenos possíveis de utilização em bioterrorismo são de origem animal OIE, 
2011 
Os animais desempenham um papel vital na manutenção de agentes infecciosos na 
natureza 
 
Mas foi nas últimas décadas depois que surgiram doenças na interface animal-humana com 
importante repercussão em saúde pública e na economia. Eventos importantes: 
• Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE ou “Vaca louca”); 
• Ebola; 
• Influenza Aviária 
• SARS-CoV-2 
 
SARS – CoV - 2 
 
Como muitos dos primeiros casos de COVID-19 foram associados ao mercado Huanan em 
Wuhan é possível que uma fonte animal estivesse presente neste local. 
Dada a semelhança do SARS-CoV-2 com os coronavírus do tipo SARS-CoV de morcego, 
é provável que os morcegos sirvam como hospedeiros reservatórios 
Como esse vírus passou das populações animais para o homem ainda não foi determinado 
Pesquisas adicionais são necessárias para entender a patogenicidade do vírus, 
especialmente em animais de companhia, modos de transmissão, período de incubação, 
período contagioso e potencial zoonótico. 
 
Referências interessantes sobre SARS CoV 2: 
• Konda et al. Potential Zoonotic Origins of SARS-CoV-2 and Insights for Preventing Future 
Pandemics Through One Health Approach. https://doi.org/10.7759/cureus.8932 
• Zhou, P. et al. Nature A pneumonia outbreak associated with a new coronavirus of 
probable bat origin. https://doi.org/10.1038/s41586-020- 2012-7 (2020). 
• Wu, F. et al. Nature A new coronavirus associated with human respiratory disease in 
China. https://doi.org/10.1038/s41586-020-2008- 3 (2020). 
• Andersen, KG et al. The proximal origin of SARS-CoV-2. https://doi.org/10.1038/s41591-
020-0820-9 (2020). 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ZOONOSES 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ZOONOSES SEGUNDO O SENTIDO DA TRANSMISSÃO: 
 
• ANTROPOZOONOSES: 
https://doi.org/10.1038/s41586-020-
https://doi.org/10.1038/s41586-020-2008-
Agentes de doenças que são perpetuados pela transmissão entre animais porém que 
podem eventualmente acometer seres humanos, ou seja, o agente se mantém entre os 
animais, podendo ser transmitido ao homem. 
Ex.: Raiva, Leptospirose (ratazana tem sua urina contaminada com leptospira, podendo 
dessa forma acometer o ser humano que entre em contato com essa urina), Leishmaniose 
 
 ZOOANTROPONOSES: 
Agentes de doenças que são perpetuados pela transmissão entre seres humanos porém 
que podem eventualmente acometer animais. 
É a doença que passa do homem para os animais 
O agente se mantém na espécie humana podendo ser transmitido para os animais 
Ex.: Tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) 
 
 ANFIXENOSES: 
 Agentes de doenças que se transmitem com igual intensidade entre animais, entre os seres 
humanos e também entre seres humanos e animais. 
É a doença que passa tanto do homem para os animais quanto dos animais para o homem 
(tanto humanos como animais são reservatórios) 
Pode ocorrer naturalmente em humanos e animais 
Ex.: Salmonelose 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ZOONOSES SEGUNDO OS CICLOS DE MANUTENÇÃO DO 
AGENTE ETIOLÓGICO: 
 
• ZOONOSE DIRETA: 
O agente não se altera ao passar de um hospedeiro para o outro 
Contato, veiculação ou vetor mecânico 
 Antroponoses: ser humano é o único reservatório, suscetível e hospedeiro. São exemplos as DST's, o 
sarampo, febre tifóide e coqueluche. 
Antropozoonoses: entre animais 
Zooantroponoses: entre humanos 
Anfixenoses: ambos 
 
Transmissão de um hospedeiro vertebrado infectado a um hospedeiro vertebrado 
susceptível 
Ex.: Leptospirose, Raiva, Brucelose, Ebola. 
 
• CICLOZOONOSE: 
Quando o agente sofre alterações morfológicas e precisa passar por mais de um 
hospedeiro para completar o ciclo 
Participação de mais de uma espécie de hospedeiro vertebrado na cadeia de 
transmissão 
Ex.: Hidatiose (cão – ovino, home é hospedeiro acidental) 
Há uma subclassificação dentro das ciclozoonoses: 
1) Euzoonoses: Ciclozoonose onde o homem é um dos hospedeiros obrigatórios do agente 
Participação de um vertebrado e o ser humano na cadeia de transmissão 
Ex.: Teníase-cisticercose 
2) Parazoonoses: Ciclozoonose onde o homem é um hospedeiro acidental 
A ausência do ser humano não impede o fechamento do ciclo 
Ex.: Hidatiose (cão – ovino, precisa de 2 hospedeiros vertebrados) 
 
• METAZOONOSES: 
Hospedeiro invertebrado é essencial para ciclo biológico do agente 
Quando o agente passa parte do seu desenvolvimento em um invertebrado e parte em um 
vertebrado 
Ex.: Febre maculosa (carrapato), Febre Amerela (mosquito), leishmaniose (mosquito palha) 
 
• SAPROZOONOSES: 
Hospedeiro vertebrado e um elemento não pertencente ao reino animal (solo, matéria 
orgânica, água) 
Quando o agente precisa desenvolver parte do seu ciclo no ambiente 
Ex.: Larva migrans visceral (Toxocara canis), toxoplasmose 
 
 
VIGILÂNCIA, MONITORAMENTO E 
PREVENÇÃO DE ZOONOSES 
 
Referência Técnica: Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses: normas 
técnicas e operacionais (2016). 
 
Vigilância de Zoonoses prega que para qualquer grupo de zoonoses deve-se desenvolver 
Ações – Atividades - Estratégias de vigilância - Prevenção e controle de zoonoses; 
buscando atuar e intervir, direta ou indiretamente, sobre as populações de animais alvo, de 
modo a refletir em benefício direto à saúde da população humana. 
 
Essa vigilância de zoonoses deve ser precedidas por estudos epidemiológicos, que contem 
com: 
• Levantamento do contexto de impacto na saúde pública 
• Avaliação da magnitude do problema a ser solucionado 
• Transcendência 
• Potencial de disseminação da zoonose 
• Gravidade da zoonose 
• Severidade da zoonose 
• Vulnerabilidade da população exposta 
Considerando a população exposta, a espécie animal envolvida, a área afetada (alvo), em 
tempo determinado. 
 
A vigilância de zoonoses deve desenvolver e executar ações, atividades e estratégias 
dependendo do contexto epidemiológico, também de prevenção, em seu território de 
atuação. Está relacionada com a vigilância epidemiológica/Sanitária/Ambiental do 
município. 
Deve-se ter como dados: 
• Quais as características ambientais? 
• Quais animais presentes? 
• Quais zoonoses notificadas? 
• Ciclo epidemiológico? 
• Presença de vetores 
• Hospedeiros? Reservatórios? 
 
A vigilância de zoonoses atua de forma diferenciada, possuindo ações especificas para 
grupos específicos de zoonoses. Subdividem-se em três grupos, sendo: 
 
• Zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da 
Saúde (MS). (Leptospirose, Hantavirose, Doença de Chagas, Febre Amarela, Febre 
Maculosa) 
• Zoonoses de relevância regional ou local. (Toxoplasmose, esporotricose) 
• Zoonoses emergentes ou reemergentes. (Doenças exóticas ou aquelas reapareceram) 
 
Existem duas formas de vigilância a serem realizadas nesses grupos: Ativa e Passiva. 
 
• VIGILÂNCIA ATIVA 
 
• Para zoonoses monitoradas por programas nacionais de vigilância e controle do 
Ministério da Saúde: 
As ações caracterizam-se por serem executadas de forma permanente a fim de subsidiar 
os programas de controle existentes (já há manuais, normas técnicas, leis ou normativas 
existentes e estabelecidos). 
Para o desenvolvimento e a execução das ações de vigilância ativa, devem-se seguir as 
normas técnicas vigentes dos programas nacionais de vigilância e controle do Ministério da 
Saúde. 
• Para zoonoses de relevância regional ou local; zoonoses emergentes e reemergentes: 
A vigilância ocorre por meio do desenvolvimento e execução sistemática de medidas que 
visem: Identificar, oportuna e precocemente, a introdução ou a reintrodução de uma 
zoonose, a fim de que a área de vigilância de zoonoses local possa intervir com ações de 
controle. Ocorre a busca de casos no município. Pode-se fazer dinâmica de porta a porta 
para notificação de zoonose em surto. 
 
A Vigilância Ativa, como um todo, faz: 
a) Articulação com a área de vigilância epidemiológicaRealiza a atualização quanto à ocorrência de casos humanos no território de atuação ou 
em áreas circunvizinhas (interface entre municípios próximos). 
b) Monitoramento constante e sistemático das populações de animais do território de 
atuação. 
c) Estruturação da rotina de identificação de informações sobre a incidência e a prevalência 
de zoonose na área alvo. 
d) Articulação sistemática com serviços e instituições públicas e privadas 
Atuar junto com instituições que trabalham com animais ou amostras biológicas de animais, 
em locais como consultórios, clínicas e hospitais veterinários, pet shops, órgãos ambientais, 
órgãos da agricultura, laboratórios e universidades. 
De modo que se identifique oportuna e precocemente a introdução de uma zoonose em 
uma determinada área ou seu risco iminente. 
e) Desenvolvimento de inquéritos epidemiológicos que envolvam determinadas populações 
de animais. 
 
• VIGILÂNCIA PASSIVA 
 
Caracteriza-se por viabilizar meios para a identificação oportuna e precoce de uma situação 
de risco real (iminente) relacionada a zoonoses ou de ocorrência de zoonoses na área em 
questão. 
É baseada na notificação de doenças pelo profissional de saúde. Cada nível de saúde envia 
informação de forma rotineira e periódica sobre os eventos sujeitos à vigilância 
A vigilância passiva tem a vantagem de ser fácil, de baixo custo e é mais sustentável no 
tempo (após notificação e confirmação, há a vigilância passiva). 
Existe a disponibilidade de avaliação de um animal de relevância para a saúde pública por 
meio da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) que pode realizar essa avaliação (ex: 
analisar animal que mordeu um ser humano, ou seja, após agravo (mordedura) há a 
vigilância do animal) 
Deve existir um canal de comunicação com a população para informações sobre animais 
de relevância para a saúde pública para que a população notifique a área de vigilância de 
zoonoses, quando diante de um animal suspeito de zoonose de relevância para a saúde 
pública. 
A vigilância passiva deve fazer uma integração e articulação com serviços e instituições 
públicos e privados 
 
PREVENÇÃO DE ZOONOSES 
 
As ações de prevenção de zoonoses caracterizam-se por serem executadas de forma 
temporária ou permanente, dependendo do contexto epidemiológico, atuando por meio de 
ações, atividades e estratégias de educação em saúde, manejo ambiental e vacinação 
animal 
 
Deve-se considerar o contexto epidemiológico das zoonoses na área em questão, para 
definir as ações de prevenção que serão estratégicas e prioritárias 
 
• Educação em saúde: 
Devem-se desenvolver atividades de educação em saúde na comunidade como um todo, 
visando à prevenção de zoonoses. É necessário priorizar as localidades mais vulneráveis, 
atuando em escolas e outros locais em que se possa atingir o público-alvo, de forma intensa 
e mais abrangente 
Pode-se utilizar de meios de comunicação, como rádio, TV, correspondência e internet. 
 
• Manejo ambiental: 
Realizado somente quando possível e necessário (diferenciando-se das ações de correção 
do ambiente, sendo esta uma atribuição legal dos órgãos de Meio Ambiente) 
Para controlar ou, quando viável, eliminar vetores e roedores. 
Deve-se incentivar, orientar e educar a população na realização do manejo ambiental, 
realizando-as, quando necessário. 
 
• Vacinação animal: 
Deve-se realizar campanhas de vacinação antirrábica de cães e gatos, de acordo com o 
preconizado para cada região (não é obrigatório). Atua-se conforme o contexto 
epidemiológico da raiva na área, local 
 
CONTROLE DE ZOONOSES 
 
Uma vez constatada a situação real de risco de transmissão de zoonose (risco iminente) 
ou a introdução de zoonose de relevância para a saúde pública no território local, deve-se 
iniciar: 
• Ações de desenvolvimento e execução do controle da doença 
• Medidas aplicadas direta e indiretamente sobre a população animal alvo 
• Interromper o ciclo de transmissão da(s) zoonose(s) alvo. 
 
As ações, as atividades e as estratégias de controle de zoonoses subdividem-se em três 
tipos: Controle do risco iminente de transmissão de zoonose; Controle da zoonose incidente 
e Controle da zoonose prevalente 
 
• Controle do risco iminente de transmissão de zoonose: 
Quando constatada a situação real de risco (risco iminente) de transmissão de zoonose em 
uma determinada área, relacionado a uma população animal alvo, deve-se: 
Proceder às medidas de controle cabíveis 
Manutenção das medidas de vigilância 
Intensificação das medidas de prevenção 
Esse controle se caracteriza pelo desenvolvimento de ações, atividades e estratégias que 
visem a redução ou da eliminação do risco iminente de transmissão da zoonose para a 
população humana. 
Ex: Após diagnóstico laboratorial de raiva em morcegos, fazer campanha de vacinação 
contra raiva em cães e gatos. 
 
• Controle da zoonose incidente: 
Uma vez instalado o ciclo de transmissão de determinada zoonose em certa área, em que 
uma população animal esteja relacionada 
Deve-se proceder às medidas de controle para a redução ou a eliminação, do número de 
casos humanos da doença 
Intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão. 
Controle da zoonose incidente 
Ex: após caso de febre amarela, fazer controle vetorial na área urbana, inserir estratégia de 
vacinação (Campanhas de Intensificação, Vacinação por equipes móveis, Vacinação de 
bloqueio), monitorar a sanidade de primatas. 
 
• Controle da zoonose prevalente: 
Diante de uma zoonose prevalente na área-alvo, em que uma população animal esteja 
relacionada à transmissão dela, devem-se: 
Manter as medidas de vigilância, ativa e passiva, e de prevenção 
Proceder às medidas de controle para a redução ou eliminação do número de casos 
humanos da doença, intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão. 
Se a zoonose reincidir com frequência na área-alvo, é necessário rever as medidas 
adotadas, na tentativa de alcançar sua eliminação. 
 
 
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 
Após e durante a aplicação das medidas de controle da zoonose alvo, deve-se monitorar e 
avaliar sua efetividade. Dependendo do resultado da avaliação, é preciso continuar com as 
medidas de controle, até o alcance do objetivo (reduzir ou eliminar, quando possível, a 
doença ou o risco iminente). As medidas de vigilância são permanentes.

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