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FACULDADES INTEGRADAS MARIA THEREZA CURSO DE PSICOLOGIA LUIZA PEREZ PARANHOS NADYNE DOS SANTOS SILVA YASMIM DINIZ SALES RESENHA CRÍTICA: FENOMENOLOGIA E PSICOLOGIA EXPERIMENTAL NO INÍCIO DO SÉCULO XX Niterói 2021 FACULDADES INTEGRADAS MARIA THEREZA CURSO DE PSICOLOGIA LUIZA PEREZ PARANHOS NADYNE DOS SANTOS SILVA YASMIM DINIZ SALES RESENHA CRÍTICA: FENOMENOLOGIA E PSICOLOGIA EXPERIMENTAL NO INÍCIO DO SÉCULO XX Resenha crítica produzida para a obtenção de aprovação da primeira avaliação da disciplina de Processos Psicológicos Básicos I, do curso de Psicologia, das Faculdades Integradas Maria Thereza, ministrada pela professora Bárbara Penteado Cabral. Niterói 2021 RESENHA CRÍTICA DA OBRA: DE CASTRO, Thiago Gomes; GOMES, William Barbosa. Fenomenologia e Psicologia Experimental no Início do Século XX. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, Vol. 31, n. 3, pp. 403-410, jul/set. 2015. RESUMO O presente trabalho visa fazer um estudo teórico em formato de resenha crítica referente ao texto Fenomenologia e Psicologia experimental no início do século XX, escrito por Thiago Castro e William Gomes e relacioná-lo com conteúdos estudados em sala de aula e conteúdos pesquisados em outros artigos complementares. Objetivando mostrar como a fenomenologia experimental é essencial para as ciências contemporâneas. Palavras-chave: Fenomenologia. Psicologia experimental. Psicologia. Ciências Contemporâneas. SUMÁRIO Introdução..…..…....…………………………………………….………………………………….1 Fenomenologia e Psicologia Experimental no início do séc. XX………………...…………...2 Resenha Crítica……………………………..…....…....………....……………….………………3 Considerações Finais..…....…..…....…....……………………………………………………….5 Referências Bibliográficas..…..…....…....…..………….………………………………………..6 INTRODUÇÃO O presente trabalho objetiva analisar acerca da fenomenologia através de um estudo teórico em formato de resenha crítica referente ao artigo “Fenomenologia e Psicologia experimental no início do século XX”, cujo os autores Thiago Castro e William Gomes, trazem de forma muito objetiva e elucidativa acerca da fenomenologia e a forma como cada autor e filósofo a reconhece e desenvolve. Assim, o nosso objetivo com esta resenha é demonstrar e discorrer criticamente a respeito do referido tema. A princípio é abordado a forma como alguns estudiosos vislumbram a fenomenologia e sua aplicação na psicologia experimental, falaremos sobretudo sobre Edmund Husserl e Max Wertheimer e o denominado fenômeno Phi, ponto em que achamos interessante e colocamos em destaque. No segundo momento, abordaremos criticamente sobre os conteúdos que achamos de maior relevância no texto. Onde explicaremos o que é a fenomenologia e a análise do ponto de vista de Husserl que foi quem desenvolveu este método e adquiriu muitos adeptos na filosofia, psicologia e demais áreas de conhecimento. Também serão traçadas considerações a respeito desta teoria e sua relação com a psicologia experimental. 1 FENOMENOLOGIA E PSICOLOGIA EXPERIMENTAL NO INÍCIO DO SÉCULO XX O artigo é organizado em seções e discorre sobre o contexto histórico de afirmação dos métodos experimentais na psicologia, a fenomenologia. Durante o desenvolvimento do texto é exposto o ponto de vista de vários autores e como eles usaram e aprimoraram a fenomenologia em seus estudos. Alguns deles possuem pontos em comum em suas ideias, porém outros discordam e inovam, como é o caso de Husserl (2015, pág. 404) que não concordava com a tradução equivocada da sua fenomenologia, pensada enquanto fundação epistemológica, para uma fenomenologia experimental praticada como recurso metodológico pelos psicólogos alemães. Um dos conceitos mencionados no texto é o trabalho de Max Wertheimer, sobre a aparência do movimento, denominado fenômeno phi. Segundo Wertheimer (1912 apud DE CASTRO e GOMES, 2015, pág. 408) “o fenômeno Phi é apenas um processo, uma transição, é um evento dinâmico não estático na natureza e não pode ser derivado dos conteúdos ópticos usuais”. O experimento demonstrado por ele (2015, pág. 408) era uma exposição disposta em intervalos de sequenciamentos controlados de dois estímulos estáticos e isolados que produziam a sensação de movimento como se eles fossem apenas um colocado em movimento. Dessa forma, a ilusão depende do balanço temporal entre a apresentação do primeiro e do segundo estímulo. O fenômeno Phi, segundo Wertheimer (1912): “[…] indica a hegemonia da experiência global do sujeito na percepção do movimento: primeiro o indivíduo vê o movimento, e não um objeto que primeiro está em um lugar e depois em outro. O que rege a sensação de movimento é a dinâmica de transição e ritmo entre elementos semelhantes, mas não necessariamente idênticos”. (DE CASTRO e GOMES, 2015, pág. 408) O experimento deste fenômeno, “indica uma fenomenologia experimental pela ênfase na experiência descritiva dos participantes diante dos estímulos.” (2015, pág. 408) No caso de Wertheimer, a fenomenologia experimental é uma descoberta precisamente metodológica, e não uma orientação pelos argumentos da filosofia fenomenológica. Esse experimento feito por Wertheimer se deu destaque pois ele mostrou um interesse na experiência perceptiva sem aplicar opiniões psicológicas para confirmar hipóteses fisiológicas e também não utilizou linguagem fisiológica para escorar-se nos achados de fenomenologia experimental. 2 RESENHA CRÍTICA A fenomenologia surgiu na filosofia como uma ciência sobre a experiência que a consciência tem do mundo, a relação entre a consciência do saber humano e o mundo exterior a ela. Portanto, seu principal objetivo é investigar e descrever os fenômenos enquanto experiência consciente. O fenômeno nunca é encerrado em si mesmo, sempre existe um contexto relacional, tudo dispõe uma aparição, que é capaz ser observável de algum modo. Ele designa o modo como algo é perceptível para a pessoa. Dessa forma, é evidenciado que podem ser entendidos como fenomenológicos, todo o conhecimento que se inicia e evidencia com os fenômenos das coisas. A fenomenologia objetivava a reformulação da filosofia e ficou conhecida através do filósofo e matemático Edmund Husserl. Husserl acreditava que era necessário reinstituir a filosofia, usando a fenomenologia como método, mas sem que isso representasse a ciência proposta pelo positivismo. Além dele outros filósofos como Descartes, Hume e Kant tentaram identificar os estados de percepção, nossa capacidade de pensar e imaginar, então eles já estavam praticando fenomenologia, ou seja, esse conceito já vem de muito tempo. Husserl acreditava que apenas a partir da forma como manifesta-se para a consciência humana é que o mundo poderia ser percebido, sendo a consciência a responsável por dar sentido às coisas e que não existe um mundo e nem uma consciência em si, fazem parte de um só. Essas ideias serviram de ajuda inicial para inovar e aumentar os pensamentos da psicologia experimental, porém Husserl não concordou com a utilização da sua fenomenologia praticada como fenomenologia experimental por recursos estruturados pelos psicólogos da época, pois ele acreditava que era necessário que a filosofia tivesse um olhar voltado para a investigação sobre as limitações e as possibilidades do conhecimento científico, assim, distanciando da psicologia e das ciências, que segundo Husserl, faz uma análise dos fatos observáveis mas não estuda as condições que caminham para essa observação. 3 Outros cientistas também começaram a incrementar a fenomenologia em seus estudos mas com pontos de vistas diferentes, como por exemplo os cientistas Carl Stumpf e Georg Elias Müller. Stumpf levou a fenomenologia ao uso científico, diferentede Hurssel, ele faz parte de uma fenomenologia mais híbrida, desatando da versão clássica da filosofia como ciência de rigor indicada por Hurssel. Já Georg Elias Müller, seguiu o sentido fenomenológico da fenomenologia como psicologia descritiva, associado a mudança dos princípios da fenomenologia de Husserl. Contudo, Hurssel não aprovava o uso da fenomenologia conforme Müller. Dessa forma, o que Husserl acreditava e é de fato, muito pertinente, é que apenas com a interpretação consciente os fenômenos possuíam sentido. Assim, cabendo ao filósofo interpretar os fenômenos conformem forem surgindo, pois a consciência sobre determinadas questões varia conforme o contexto que está inserida. Há sempre uma relação, sempre há um objeto para uma consciência, não se produzindo conhecimento sem um ato intencional de consciência, fazendo com que a consciência seja encarregada por dar significado as coisas. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conforme podemos observar no presente estudo, é possível concluir que a fenomenologia é um método filosófico que tem como principal objetivo o de investigar e descrever os fenômenos enquanto experiência consciente e é usado em diversas áreas do conhecimento, sobretudo na psicologia. Podem ser depreendidos como fenomenológicos todo o conhecimento que tenha como ponto de partida os fenômenos das coisas. Foi possível compreender que a fenomenologia do ponto de vista de Husserl é aquela a qual acredita que consciência é algo pensado e que a fenomenologia é a expressão da própria consciência e sujeito e objeto acabam por se tornar um só. E é a consciência a dirigente por dar sentido aos fenômenos. Assim, apenas a partir de como a consciência humana se percebe é que pode ser compreendido o mundo. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DE CASTRO, Thiago Gomes; GOMES, William Barbosa. Fenomenologia e Psicologia Experimental no Início do Século XX. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, Vol. 31, n. 3, pp. 403-410, jul/set. 2015. MENEZES, Pedro. Fenomenologia: Filosofia de Edmund Husserl – Filosofia. Toda Matéria, 2021. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/fenomenologia/. Acesso em: 18 Abril 2021. DE CASTRO, Thiago Gomes. Percepção e autoconsciência: modelos experimentais na naturalização da fenomenologia. Lume – UFRGS, Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/80073/000901951.pdf?sequence=1. Acesso em: 17 Abril 2021. [s.n] Fenomenologia. NAMU, 2021. Disponível em: https://namu.com.br/portal/o-que-e/fenomenologia/. Acesso em: 17 Abril 2021. 6
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