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Regulação do Metabolismo 1 🛳 Regulação do Metabolismo Regulação Metabólica A via (glicolítica) metabólica da glicólise depende do contexto energético do corpo. Ela é regulada por três enzimas, quais são elas? E como cada uma atua? 1 Hexocinase: É uma regulação muito comum que acontece no músculo. Essa X vermelho da glicose-6-fosfato indica que ela atua como um inibidor da enzima) A medida que se acumula a glicose-6-fosfato ela age como um inibidor da Hexocinase. Isso faz com que o músculo não utilize glicose de forma desnecessária, ele só vai utilizar se realmente houver necessidade. Se tem acumulo naquela célula, a hexocinase para sua atividade e isso faz com que a glicose disponível possa ser utilizada por outra célula que necessita dela. Feedback negativo) Outra regulação que ocorre é no fígado. Com o aumento da glicose no hepatócito, há um sinal ativador (triângulo verde) que recruta a hexocinase IV para o citosol para que ela fosforile a glicose em glicose-6-fosfato. Na via glicolítica a glicose-6-fosfato é tranformada em frutose-6-fosfato, e o acumulo dessa molécula ativa o caminho inverso da hexocinase, fazendo com que ela volte para o núcleo, já que a glicose não precisa mais ser fosforilada para a via glicolítica. Mar 04, 2021 Regulação do Metabolismo 2 3 Fosfofrutocinase-1 Essa enzima é a que cataliza a terceira reação da via glicolítica, que é a conversão de frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato. A regulação dessa enzima (principal reguladora da via glicolítica) se dá pelo contexto energético geral. Se ocorre aumento de ATP livre, o que indica que as células não estão precisando de energia, não há necessidade de continuar sua produção, então o ATP age como inibidor da fosfofrutocinase-1. Da mesma forma, se o citrato começa a se acumular no ciclo de Krebs, isso é um sinal que o ritmo de produção está diminuído e a célula não precisa de tanta energia. Ele age como inibidor da fosfofrutocinase-1. Por outro lado, se começa aumentar os níveis de AMP e ADP (precursores do ATP, isso indica que o estoque energético é baixo, e funciona como sinalização para que a fosfofrutocinase-1 deve trabalhar mais, ou seja são ativadores dessa enzima. Assim como a frutose-2,6-bifosfato. Essa molécula é produzida como via alternativa, com fosforilação da frutose-6 fosfato (fosfofrutocinase-2 em frutose-2,6-bifosfato em vez da forma principal de frutose-1,6-bifosfato utilizada na via glicolítica. Ou seja, a frutose-6-fosfato não está sendo consumida na via glicolítica e está entrando numa via alternativa. O que indica para a fosfofrutocinase-1 que ela precisa trabalhar mais. 10 Piruvato-cinase: Regulação do Metabolismo 3 Na maioria dos tecidos a regulação se dá da seguinte forma: Elevadas concentrações de frutose-1,6-bifosfato F16BP indica que a piruvato- cinase precisa trabalhar mais, se está ocorrendo acumulo de substrato lá no início, alguma coisa está muito devagar nas etapas posteriores. Por sua vez, elevadas concentrações de ATP, acetil-CoA e ácidos graxos de cadeia longa, moléculas que indicam que a célula está suprida energeticamente, agem como inibidores da piruvato-cinase. Bem como a alanina (que relembrando, pode ser convertida em piruvato), que também é um inibidor dessa enzima. Outra forma de regulação, que acontece somente no fígado, é feita pelo hormônio glucagon (indica que tem pouca glicose no sangue). O glucagon é um hormônio que inativa a piruvato-cinase por meio da fosforilação dessa enzima, diminuindo assim a via glicolítica. Quais as condições fisiológicas nas quais acontecem a gliconeogênese? Jejum Exercício prolongado Dieta rica em proteínas Estresse Tendo em vista que a via glicolítica e a gliconeogênese são antagônicas e não podem ocorrer simultâneamente, como ocorre a regulação da gliconeogênese? Disponibilidade do substrato: É importante que se tenha os precursores para que a gliconeogênese aconteça. Liberação do glicerol: o lipídio vai ser mobilizado para esse processo quando ocorre a diminuição da insulina e o aumento do glucagon, já que nesse contexto se têm baixas concentrações de glicose no sangue e o fígado precisa repor essa glicose. Liberação do lactato: é liberado no músculo em exercício e pelas hemácias (já que ela não realizam respiração celular e não têm nem Regulação do Metabolismo 4 mitocôndria). Aminoácidos musculares: esses aminoácidos que estão constituindo os músculos só vão ser recrutados quando houver diminuição da insulina e aumento do cortisol. Diminuição de massa magra) Aminoácidos: são utilizados quando ocorre uma dieta rica em proteínas e uma baixa glicose. Os moduladores enzimáticos são: A piruvato carboxilase: ativada por acetil-CoA Acetil-CoA esse proveninete da degradação de lipídeos) A frutose-1,6-bifosfatase: inibida por frutose-2,6-bifosfato e AMP (moléculas que ativam a via glicolítica, inibem a gliconeogênese) Quais os moduladores da (glicogênio fosforilase) degradação do glicogênio no músculo? E no fígado? No músculo, a liberação de Ca+2 indica a contração muscular e a adrenalina que é responsável pela luta/fuga. Ambos funcionam como moduladores. Já no fígado, quem são os responsáveis, são os hormônios insulina e glucagon. Como ocorre a regulação da glicogênio fosforilase? Essa é enzima responsável pela degradação do glicogênio. Ela é um modelo de regulação enzimática. Ela tanto sofre regulação por mecanismos alostéricos, quanto por regulação covalente. A forma covalente ocorre por meio da ação da adrenalina e do Ca+2, que indicam a contração do músculo e consequentemente a necessidade de degradação do glicogênio para obtenção de energia. Esses moduladores, por sua vez, ativam a fosforilase-cinase que tem como função adicionar um fosfato na fosforilase A e ativa-la. A regulação alostérica ocorre por meio do AMP, o qual indica que a célula tem pouca energia, e se ela tem pouco energia, precisa fazer a degradação do glicogênio. O AMP se liga na fosforilase B, promovendo a sua mudança de forma, e tornando ela ativa. Regulação do Metabolismo 5 Já no fígado, a principal forma de regulação é a covalente, por meio da adição de fosfato. O glucagon é um hormônio que diz que há pouca glicose no sangue, ou seja, precisa ocorrer a degradação de glicogênio no fígado. O glucagon ativa a fosforilase-cinase, que adiciona um fosfato à glicogênio fosforilase deixando ela na sua forma ativa. A glicose e a insulina agem como sinais indicando que não há necessidade de se produzir glicose por meio da degradação de glicogênio. Essas moléculas ativam a fosforilase-fosfatase que é responsável por retirar o fosfato da fosforilase e inativa-la, inibindo a degradação do glicogênio. Como é feita a regulação da síntese do glicogênio? Aquilo que ativa a degradação, vai inibir a síntese, já que os dois não podem acontecer ao mesmo tempo. Nesse caso, a adrenalina e o Ca+2 vão atuar inibindo a síntese do glicogênio (eles indicam que o músculo precisa trabalhar, ou se No fígado, ocorre o mesmo: o glucagon ativa a degradação e inibe a síntese, por ativar a cinase que adiciona o fosfato na sintase e que consequentemente fica inativa. A glicose e a insulina ativam a fosfatase, que retira o fosfato da sintase, deixando ela ativa para que ocorre a síntese de glico A glicose e a insulina ativam a fosfatase, que retira o fosfato da sintase, deixando ela ativa para que ocorre a síntese de glicogênio. Regulação do Metabolismo 6 E na regulação da via das pentoses, como ocorre? A regulação dessa via se dá por meio da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase (primeira enzima da fase oxidativa da via das pentoses). Aqui a inibição é feita pelo produto dessa via: se eu tenho muito NADPH, é sinal que a fase oxidativa da via das pentoses não precisa acontecer. Então o NADPH é um inibidor da glicose-6-fasfato desidrogenase. E na regulação do Ciclo de Krebs? Os inibidores (com x em vermelho) indicam a célula está bem supridaenergeticamente e não precisa do ciclo de Krebs para produzir mais energia, exemplos: o ATP, o NADH, ácidos graxos, succinil-CoA, etc. Por outro lado, se a célula está com elevadas concentrações de AMP, de NAD, Ca+2, isso é sinal de que a célula precisa de energia e moduladores vão ativar o ciclo de Krebs. Regulação do Metabolismo 7 Em qual contexto acontece a ß-oxidação (utilização de lipídios)? A mobilização dos ácidos graxos que estão como reserva no nosso corpo acontece em duas condições: Em jejum, onde os níveis de glicose diminuem e são sinalizados pelo glucagon, que diz que os lipídios armazenados precisam ser utilizados. Ou quando existe uma demanda energética alta, que pode ser sinalizado pelo aumento nos níveis de adrenalina e de noradrenalina. As necessidades celulares de energia ou a quantidade de Coenzima A mitocondrial também são dois fatores que dizem se a ß-oxidação vai acontecer ou não. Um outro tipo de controle é pela Carnitina Acil Transferase I (responsável pelo transporte de ácido graxo para dentro da mitocôndria): Ela é inibida pelo Malonil-CoA (molécula que sinaliza a síntese de ácidos graxos). Então se há muito Malonil-CoA, ou seja, muita produção de ácidos graxos, não existe necessidade de degradar esse ácido graxo para a produção de energia. Regulação da degradação de aminoácidos: Nós temos a regulação da reação de desaminação, mais especificamente da enzima glutamato desidrogenase. Ela é inibida por GTP (indica muita energia) e ativada por ADP (precisa-se de mais energia), ou seja a reação é regulada pelos níveis energéticos celulares. Regulação do Metabolismo 8 Já na síntese de lipídios, a regulação acontece pela Acetil-CoA carboxilase. Explique como ela age: Essa enzima é responsável pela conversão de Acetil-CoA em Malonil-CoA (substrato principal para a síntese de lipídeos. Ela é ativada por Citrato (precursor da produção de lipídio) e inibida por Palmitoil-CoA (produto principal da síntese de lipídeo), o que indica que aquela via pode diminuir a sua produção. Já a insulina age como ativador (indicando que tem muito substrato disponível e pode-se fazer reserva) enquanto o glucagon é responsável por inibir a Acetil-CoA carboxilase pelo motivo oposto. Integração Metabólica Quais os objetivos de se regular as vias metabólicas? Otimizar e disponibilizar os combustíveis e precursores metabólicos para cada órgão para que não ocorra desperdício. Como as vias metabólicas podem ser reguladas? Por meio de moduladores (substratos e produtos); Aumento da expressão de enzimas (por exemplo na hipóxia); Regulação hormonal - responsável pela manutenção da pressão sanguínea, pelo balanço de eletrólitos, controle da fome, digestão e distribuição de combustíveis. Quais os principais hormônios envolvidos na regulação do metabolismo? Insulina, glucagon, adrenalina, cortisol. Como a insulina exerce sua função? Regulação do Metabolismo 9 A insulina é um hormônio liberado pelo pâncreas, mediante aumento dos níveis de glicose. O efeito da insulina é favorecer a conversão do excesso de glicose em duas formas de armazenamento: glicogênio (fígado e músculo) e triacilgliceróis (tecido adiposo) Efeitos da insulina sobre a glicose sanguínea: Qual a função do glucagon? O glucagon (que indica pouca glicólise) estimula, com um efeito catabólico, a degradação do glicogênio, previne a glicólise e promove a gliconeogênese no fígado, além de promover a mobilização de ácidos graxos no tecido adiposo. Efeitos do glucagon sobre a glicose sanguínea: Qual a função da adrenalina? Qual a sua origem? Produzida pelas glândulas adrenais, e é produzida a partir de um aminoácido: Tirosina → LDopa → Dopamina → Noradrenalina → Adrenalina. A adrenalina sinaliza atividade iminente. Ela possui efeito na mobilização de combustíveis e inibe o armazenamento dos mesmos. Efeitos fisiológicos e metabólicos da adrenalina: preparação para ação: Regulação do Metabolismo 10 Qual a função do Cortisol? Qual a sua origem? Ele é produzido pelo córtex adrenal. É um hormônio derivado do colesterol, ou seja, lipídico, o que permite à ele atravessar à membrana plasmática com facilidade, entrando no núcleo e modulando a expressão gênica. O cortisol é liberado mediante uma grande variedade de agentes estressores: ansiedade, medo, dor, hemorragia, infecção, glicose sanguínea baixa. Favorece o suprimento de combustível. Integração metabólica entre os órgãos e tecidos Regulação do Metabolismo 11 Quais as possibilidades do fígado no metabolismo de carboidratos? ➊ A glicose-6-fosfato é desfosforilada pela glicose-6-fosfatase para gerar glicose livre (ver Figura 1530, exportada para repor a glicose sanguínea. A exportação é a via predominante quando o estoque de glicose-6-fosfato é limitado, porque a concentração da glicose no sangue deve ser mantida suficientemente alta 4 mM para fornecer energia adequada para o cérebro e outros tecidos. ➋ A glicose-6 -fosfato não imediatamente necessária para manter a glicemia é convertida em glicogênio hepático ou direcionada para um de vários outros destinos. Seguindo a glicólise e a reação da piruvato- desidrogenase, ➌ a acetil-CoA formada pode ser Regulação do Metabolismo 12 Quais as possibilidades do fígado no metabolismo de lipídeos? Os ácidos graxos componentes dos lipídeos que chegam aos hepatócitos também têm vários destinos. ➊ Alguns são convertidos em lipídeos hepáticos. ➋ Na maior parte das vezes, os ácidos graxos são o principal combustível oxidativo no fígado. Ácidos graxos livres podem ser ativados e oxidados para gerar acetil-CoA e NADH. ➌ A acetil-CoA é posteriormente oxidada no ciclo do ácido cítrico, e ➍ as oxidações no ciclo promovem a síntese de ATP por fosforilação oxidativa. ➎ O excesso de acetil-CoA, não requerido pelo fígado, é convertido em acetoacetato e b-hidroxibutirato; esses corpos cetônicos circulam pelo sangue para outros tecidos, para serem usados como combustível para o ciclo do ácido cítrico. Os corpos cetônicos, ao contrário dos ácidos graxos, podem atravessar a barreira sangue-cérebro, fornecendo ao cérebro uma fonte de acetil- CoA para oxidação geradora de energia. Os corpos cetônicos podem suprir uma fração significativa da energia em alguns tecidos extra-hepáticos – até um terço no coração, e em torno de 60 a 70% no cérebro durante jejum prolongado. ➏ Uma parte da acetil-CoA derivada dos ácidos graxos (e da glicose) é usada na biossíntese de colesterol, que é necessário para síntese de membranas. O colesterol também é o precursor de todos os hormônios esteroides e dos sais biliares, essenciais para a digestão e a absorção de lipídeos. Os outros dois destinos metabólicos dos lipídeos envolvem mecanismos especializados para o transporte de lipídeos insolúveis pelo sangue. ➐ Os ácidos graxos são convertidos em fosfolipídeos e TAG de lipoproteínas plasmáticas, que transportam os lipídeos para o tecido adiposo para serem armazenados. ➑ Alguns ácidos graxos livres são ligados à albumina sérica e transportados para o coração e para os músculos esqueléticos, que os captam e oxidam como um importante combustível. A albumina é a proteína plasmática mais abundante; uma molécula pode transportar até 10 moléculas de ácidos graxos livres. Regulação do Metabolismo 13 Quais as possibilidades do fígado no metabolismo de aminoácidos? Os aminoácidos que chegam ao fígado seguem várias vias metabólicas importantes Figura 2313. ➊ São precursores para a síntese proteica, processo discutido no Capítulo 27. O fígado repõe constantemente suas proteínas, que têm uma taxa de renovação relativamente alta (meia- -vida média de horas a dias), sendo também o local de biossíntese da maioria das proteínas plasmáticas. ➋ Alternativamente, os aminoácidos passam via corrente sanguínea para outros órgãos, onde são usados na síntese das proteínas teciduais. ➌ Outros aminoácidos são precursores na biossíntese de nucleotídeos, hormônios e outros compostos nitrogenadosno fígado e em outros tecidos. Os aminoácidos não utilizados como precursores biossintéticos são transaminados ou desaminados e degradados para gerar piruvato e intermediários do ciclo do ácido cítrico, com vários destinos; a amônia liberada é convertida em ureia, um produto de excreção. ➎ O piruvato pode ser convertido em glicose e glicogênio pela gliconeogênese, ou ➏ pode ser convertido em acetil-CoA, que tem vários destinos possíveis: ➐ oxidação via ciclo do ácido cítrico e ➑ fosforilação oxidativa para produzir ATP, ou ➒ conversão em lipídeos para armazenamento. ➓ Os intermediários do ciclo do ácido cítrico podem ser desviados para a síntese de glicose pela gliconeogênese. Regulação do Metabolismo 14 Qual a diferença entre Tecido Adiposo Branco e Marro? O Tecido Adiposo Branco é responsável pelo armazenamento de energia na forma de lipídeos (lipases). É também um tecido metabolicamente ativo: faz a via glicolítica, a síntese de lipídeos, a degradação de lipídeos. Já o Tecido Adiposo Marrom é responsável pela produção de calor. É possível perceber na imagem que o marrom possui muitas mitocôndrias e armazena lipídeo em menor quantidade. Regulação do Metabolismo 15 Quais as características metabólicas do músculo? O metabolismo das células da musculatura esquelética – miócitos – é especializado na geração de ATP como fonte imediata de energia para a contração. Além disso, o músculo esquelético está adaptado para realizar trabalho mecânico de forma intermitente, de acordo com a demanda. Às vezes, o músculo esquelético precisa trabalhar na sua capacidade máxima por um tempo curto (explosão de atividade intensa), como em corridas de 100 metros; outras vezes, é necessário um esforço mais longo, como em maratonas ou trabalhos físicos mais prolongados. Há também uma reserva de fosfato no músculo para a síntese de ATP, e se encontra na forma de fosfocreatina, que mediante uma atividade intensa de explosão, transfere esse fosfato para sintetizar ATP. Para forma-la ocorre a forforilação da creatina pelo ATP (quando o músculo está bem suprido de ATP, por meio da enzima creatina-cinase. Regulação do Metabolismo 16 Metabolismo da glicose no cérebro: Regulação do Metabolismo 17 O que acontece com os diferentes tipos celulares em cada contexto fisiológico? Após uma refeição: O estado bem-alimentado! Glicose, ácidos graxos e aminoácidos entram no fígado. A insulina estimula a captação de glicose pelos tecidos. Parte da glicose será utilizada pelo cérebro. Parte da glicose irá para o tecido adiposo e parte irá para o músculo. No fígado: síntese de ácidos graxos, via das pentoses fosfato. O excesso de aminoácidos será convertido em Piruvato e Acetil-CoA para gerar ácidos graxos (fígado). As gorduras ingeridas irão para o fígado (produz VLDL, músculo e tecido adiposo. O estado bem-alimentado: o fígado lipogênico. Imediatamente após uma refeição rica em calorias, a glicose, os ácidos graxos e os aminoácidos entram no fígado. A insulina, liberada em resposta à alta concentração sanguínea de glicose, estimula a captação do açúcar pelos tecidos. Parte da glicose é exportada para o cérebro para suas necessidades energéticas e parte para os tecidos adiposo e muscular. No fígado, o excesso de glicose é oxidado a acetil-CoA, que é usada na síntese de ácidos graxos que são exportados como triacilgliceróis, em VLDL, para os tecidos adiposo e muscular. O NADPH necessário para a síntese de lipídeos é obtido pela oxidação da glicose na via das pentoses-fosfato. O excesso de aminoácidos é convertido em piruvato e acetil-CoA, também usados para a síntese de lipídeos. As gorduras da dieta se deslocam na forma de quilomicra, via sistema linfático, do intestino para o músculo e o tecido adiposo. Regulação do Metabolismo 18 Algumas horas após uma refeição: O estado de jejum! Gliconeogênese no fígado: a partir de aminoácidos de proteínas hepáticas e musculares e do glicerol. O fígado utiliza ácidos graxos como fonte de energia. O excesso de Acetil-CoA da ß-oxidação gera corpos cetônicos. O estado de jejum: o fígado glicogênico. Após algumas horas sem alimento, o fígado torna-se a principal fonte de glicose para o cérebro. O glicogênio hepático é degradado, e a glicose-1-fosfato produzida é convertida em glicose-6-fosfato e, a seguir, em glicose livre, que é liberada para a corrente sanguínea. Os aminoácidos procedentes da degradação das proteínas no fígado e no músculo e o glicerol oriundo da degradação dos TAGs no tecido adiposo são utilizados para a gliconeogênese. O fígado usa os ácidos graxos como seu combustível principal, e o excesso de acetil-CoA é convertido em corpos cetônicos exportados para outros tecidos; o cérebro é particularmente dependente deste combustível quando há deficiência de fornecimento de glicose (ver Figura 2321. As setas azuis mostram a trajetória da glicose; as setas alaranjadas, a dos lipídeos; e as setas roxas, a dos aminoácidos.) Regulação do Metabolismo 19 O jejum prolongado e o diabete melito não controlado! Sem o carboidrato, o fígado faz gliconeogênese a partir dos aminoácidos. Utilização dos ácidos graxos para produção de corpos cetônicos. Metabolismo energético no fígado durante jejum prolongado ou no diabetes melito não controlado. As etapas numeradas estão descritas no texto. Após a depleção dos estoques de carboidratos (glicogênio), a gliconeogênese no fígado torna-se a principal fonte de glicose para o cérebro (setas verdes). A NH3 da desaminação dos aminoácidos é convertida em ureia e excretada (setas verdes). Os aminoácidos glicogênicos provenientes da degradação das proteínas (setas roxas) fornecem substratos para a gliconeogênese, e a glicose é exportada para o cérebro. Os ácidos graxos são importados do tecido adiposo para o fígado e são oxidados a acetil-CoA (setas cor de laranja), o material de partida para a formação dos corpos cetônicos no fígado exportados para o cérebro para servirem como a fonte principal de energia (setas vermelhas). Quando a concentração dos corpos cetônicos no sangue excede a capacidade do rim de reabsorver as cetonas, estes compostos começam a aparecer na urina. Regulação do Metabolismo 20
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