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As 4 tendências na busca por talentos para 2020

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Estudante: Valquiria Severino Sotero Rodrigues  
Se você acha que contratar bons talentos já é difícil hoje, imagine como será em alguns anos. Novos empregos estão surgindo, as fontes de talentos se restringindo e a competição ficando mais intensa. A única maneira de manter-se à frente desses desafios é conhecer as tendências que estão redefinindo o recrutamento e adotá-las.
Ao longo doa anos temos acompanhado as mudanças dentro das empresas em relação ao seu bem mais precioso que pode fazer a diferença nesse mundo tão competitivo e de constantes mudanças, o fator humano.
Vamos destacar somente visões das empresas desde o ano de 2018 até agora 2020, pois ao longo dos anos, desde a antiguidade as relações empresas empregados vem sofrendo transformações, sendo que hoje o modelo de que só um lado ganha é considerado um modelo obsoleto de relações dentro das organizações, apesar de algumas empresas ainda utilizarem modelos arcaicos de contratação de novos talentos.
Em 2018 as 4 tendências eram:
· Diversidade: o novo mindset global
· Ferramentas de avaliação de candidatos: novas formas de identificar profissionais de melhor desempenho
· Dados: o novo superpoder das empresas
· Inteligência artificial: sua arma secreta
Onde foi implantado novas técnicas de entrevistas, a partir de tecnologias de inteligência artificial, parâmetros de escolha que privilegiem a diversidade e uso do Big Data para filtrar candidatos mais alinhados àquilo que a empresa deseja e precisa.
Já em 2019 as 4 tendências mudaram alguns conceitos, mas sempre buscando inovações e trilhando a ideia que no mundo corporativo os dois lados ganham.
· Competências interpessoais: por que valorizar as competências humanas e como avaliá-las
· Flexibilidade no trabalho: a importância de redefinir “quando” e “onde” se realiza o trabalho e como superar desafios comuns
· Políticas antiassédio: mais ações para acabar com o assédio sexual no ambiente de trabalho
· Transparência salarial: o compartilhamento de informações sobre salários para mais eficiência e igualdade
Agora em 2020 as tendências mostram o quanto as empresas do mundo inteiro estão se adaptando a cada vez mais as novas tendências.
Não faltam cenários sobre o futuro do trabalho e suas implicações para as pessoas, empresas e sociedades. Os avanços tecnológicos, as políticas governamentais e as expectativas dos funcionários estão redefinindo o que conhecemos como trabalho, enquanto o ritmo de mudança continua a se acelerar. À medida que a inteligência artificial (IA) e a automação se misturam à vida cotidiana, as oportunidades em torno da forma como vivemos e trabalhamos são consideráveis. Mas como podemos nos manter na dianteira? Em uma era marcada pela interseção entre a inteligência artificial e a inteligência humana, tornou-se ainda mais crucial que nos concentremos em construir um futuro justo, produtivo e sustentável para todos.
Gradativamente, essa relação torna-se mais transparente, baseada em confiança e recíproca, a dinâmica empregado-empregador está mudando, e em 2020 essa relação traz quatro novas tendências.
1 – Trabalhando para o empregado
As empresas também estão começando a trabalhar para seus empregados. De acordo com 94% dos profissionais entrevistados para a produção do relatório, a experiência do colaborador lidera o grupo de tendências para talentos em 2020.
Como efeito disso, o estudo mostra que 77% das empresas têm apostado de forma massiva nesse esforço para melhorar sua retenção. Isso significa dizer que o RH tem trabalhado de maneira intensa para adequar a marca empregadora da organização para atender às expectativas dos colaboradores.
Para isso, a gestão de pessoas tem ido além das rotinas de coleta de feedback para entender de fato o que os funcionários observam, sentem e com o que interagem no trabalho. E, a partir disso, estabelecer uma colaboração capaz de criar experiências que funcionem para todos os envolvidos.
Esse esforço acerca da experiência do colaborador não é em vão. Dados do relatório mostram que 77% dos gestores de talentos entrevistados registraram aumento de retenção, 71% constataram melhora na produtividade e pelo menos 29% foram capazes de atrair mais candidatos.
2 – Pessoas são informação
De acordo com o estudo, embora a tecnologia de People Analytics traga a promessa de revolucionar o recrutamento há algum tempo, poucas empresas vinham colhendo os resultados dessa solução até aqui.
Contudo, o mercado estaria chegando a um ponto onde a informação está cada vez mais acessível a todos, fazendo com que a capacidade de entender e capitalizar essa informação vinda das pessoas se torne uma habilidade fundamental à gestão de pessoas.
O crescimento de 242% no número de profissionais de RH especializados na análise de dados nos últimos cinco anos, como constatou o levantamento, é prova disso. Mesmo assim, 55% dos gestores de talentos entrevistados afirmam que ainda precisam de ajuda para colocar em prática o controle de informações baseado em People Analytics.
Em boa medida, o Analytics oferece à organização a capacidade de antecipar o futuro para planejar a força de trabalho, reduzir vieses de recrutamento e promoção, prever o sucesso de candidatos e até mesmo identificar riscos de fuga de talentos para aplicar estratégias de retenção.
3 – Reconhecer o talento interno é parte do recrutamento
Enquanto buscam meios de atrair novos talentos, é comum que as empresas deixem passar despercebidos profissionais de destaque que estão dentro de seus próprios quadros. Conforme mostra o relatório, o recrutamento interno ainda está intimamente ligado à proatividade do funcionário e essa relação precisa mudar.
Uma prova disso está no fato de que as empresas atentas ao potencial de sua força de trabalho atual têm 41% mais funcionários com longo tempo de casa do que aquelas com foco quase exclusivo em reforços externos.
Sendo assim, 73% dos entrevistados afirmam que o recrutamento interno tem se tornado cada vez mais importante para suas companhias e, desde 2015, essa prática cresceu 10% no mercado global.
O crescimento ainda é tímido diante dos benefícios que a prática pode gerar. De acordo com os dados apurados pelo LinkedIn, além de culminar em um aumento de 81% na retenção, o recrutamento interno pode ajudar a acelerar o tempo de performance de novos contratados em 69%, além de acelerar o processo de recrutamento em 63%.
Apesar disso, 45% dos funcionários ainda ficam sabendo de oportunidades abertas nas empresas em que trabalham apenas através de outros colaboradores. Mais do que isso, outras barreiras para o recrutamento interno são gestores que não querem perder seus talentos para outras áreas, o que esbarra ainda na falta de um número suficiente de candidatos internos qualificados e na dificuldade de diversificar a força de trabalho.
4 – O ponto de convergência multigeracional
Se por um lado novas gerações de profissionais estão chegando em número cada vez maior às empresas, por outro, o aumento da expectativa de vida e as novas regras para a aposentadoria estão fazendo com que trabalhadores experientes permaneçam ativos por mais tempo.
Esse cenário criou um ponto de convergência para uma força de trabalho multigeracional e se tornou responsabilidade das organizações fazer com que equipes compostas por profissionais de idades diversas sejam capazes de encontrar a melhor forma de colaborar e trocar conhecimento.
De acordo com os entrevistados, o desafio vale a pena. Para 89% dos gestores de talentos ouvidos, a composição de uma força de trabalho multigeracional está diretamente ligada ao sucesso da organização.
Não é para menos, afinal um quadro proporcional desenhado pelo relatório mostra que o mercado atualmente é formado por aproximadamente 10% de profissionais da Geração Z, 40% de Millennials, 33% da Geração X e cerca de 15% de Baby Boomers, provando a diversidade etária atual.
Em vista dessa pluralidade, é importante que a organização seja capaz de entender o que cada perfil busca extrair de sua relação com o trabalho. Como mostram os dados do LinkedIn,enquanto a Geração Z está interessada em treinamento e desenvolvimento, os trabalhadores na outra ponta do espectro de idade buscam propósito.
Destravando as tendências para talentos
Mais do que conhecer as tendências para talentos em 2020 é importante saber como agir para que elas tenham o efeito esperado. O relatório reforça que, embora a remuneração seja um ponto importante na experiência do colaborador, pontos como a simplificação de processos administrativos, uma gestão aberta, tecnologias intuitivas, oportunidades de treinamento, uma cultura organizacional inspiradora e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal são igualmente relevantes.
Diante disso, saber fazer o uso dos dados colhidos através de soluções de People Analytics, permitir e encorajar o crescimento dos colaboradores e ser capaz de capitalizar os potenciais de diferentes faixas etárias é crucial.
Por fim, o relatório reforça que os esforços relacionados às tendências para talentos em 2020 devem girar em torno do tema da empatia. Isso porque a organização precisa entender cada talento com uma profundidade jamais vista antes para poder redesenhar seus modelos de recrutamento, atração e retenção. Segundo o estudo, isso só é possível colocando o indivíduo em primeiro lugar.

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