Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 JUNQUEIRA E CARNEIRO CAP 9 – SEMANA 1 E 2 Tecido Nervoso Anatomicamente o sistema nervoso é dividido em: - Sistema Nervoso Central SNC: formado pelo encéfalo, consti- tuintes neurais do sistema fotorreceptor e medula espinal; - Sistema Nervoso Periférico SNP: formado pelos nervos e gân- glios nervosos. O tecido nervoso possui dois componentes principais, neurônios e células da glia. - Substância Cinzenta: formada por corpos celulares dos neu- rônios, dendritos, a porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia; - Substância Branca: formada por axônios mielinizados, oligo- dendrócitos e outras células da glia. Os neurônios ou células nervosas são formados pelo corpo celular ou pericário, que contém o núcleo do qual partem prolon- gamentos. Quase todos os neurônios apresentam três componentes: - Dendritos: prolongamentos numerosos especializados na fun- ção de receber estímulos do meio ambiente, de células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios; - Corpo Celular ou Pericário: centro trófico da célula que tam- bém é capaz de receber estímulos; - Axônio: prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio a outras celu- las (nervosas, musculares, glandulares). O corpo celular pode ser esférico, piriforme ou anguloso; Os neurônios chamados células granulosas do cerebelo estão entre as menores células dos mamíferos. Classificação do neurônio pela sua morfologia: - Neurônios Bipolares: apresentam um dendrito e um axônio; - Neurônios Multipolares: apresentam mais de dois prolonga- mentos celulares; - Neurônios Pseudounipolares: próximo ao corpo celular apre- sentam um único prolongamento, porém se divide em dois, um ramo para periferia e outro para o SNC. Surgem na vida embrio- nária como bipolares. A maioria dos neurônios são multipolares. Os bipolares se em- contram nos gânglios coclear e vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Os pseudounipolares são encontrados nos gânglios es- pinais e gânglios cranianos. INTRODUÇÃO NEURÔNIOS Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 Os neurônios também são classificados quanto a sua função: - Neurônios Motores: controlam órgãos efetores, como fibras musculares e glândulas endócrinas e exócrinas; - Neurônios Sensoriais: recebem estímulos do meio ambiente e do próprio organismo; - Interneurônios: estabelecem conexões entre outros neurônios formando circuitos complexos. A substancia branca não possui pericários, apenas os prolonga- mentos dele. No SNP os pericários se encontram em gânglios e em alguns órgãos sensoriais, como a mucosa olfatória. O corpo celular ou pericário é a parte do neurônio que contém o núcleo e o citoplasma que o envolve. É um centro trófico e tem função de receptor e integrador. Na maioria dos neurônios o núcleo é esférico e pouco corado, tem cromossomos estendidos devido sua alta atividade sintética. O corpo celular dos neuronios é rico em reticulo endoplasmá- tico rugoso, que forma agregados de cisternas paralelas. Sua quantidade varia com o tipo e estado funcional do neurônio, sendo mais abundante nos maiores (neurônios motores). O conjunto de cisternas e ribossomos são vistas como manchas basofilas espalhadas pelo citoplasma, chamados corpúsculos de Nissl. O complexo de Golgi se localiza exclusivamente no pericário, sendo grupos de cisternas em torno do nucleo. As mitocondrias possuem quantidade moderada no pericario e grande quantidade no terminal axônico. Os neurofilamentos são filamentos intermediarios abundantes no pericario e nos prolongamentos, compostos de neurofibrilas. Em determinados locais os pericarios possuem granulos de melanina ou lipofuscina de cor parda que contem lipidios que se acumulam ao longo da idade. Os dendritos se tornam mais finos a medida que se ramificam, diferente dos axônios (fibra nervosa) que mantem seu diâmetro constante ao longo do seu comprimento. Os dendritos não apresentam CG. A maioria dos impulsos que chegam ao neurônio são recebidos por pequenas projeções dos dentritos, chamadas espinhas ou gê- mulas. As gêmulas são o primeiro local de processamento dos sinais que chegam no neuronio. Participam da plasticidade dos neuro- nios, relacionadas a adaptaçao, memoria e aprendizado. Cada neurônios contem apenas um axônio, que é um cilindro de comprimento e diâmetro variaveis conforme o tipo de neuronio. Costumam ser mais longos que os dendritos da mesma celula. O axonio se origina do cone de implantação, uma estrutura pira- midal do corpo celular. Em toda sua extensão os axônios tem diâmetro constante e não se ramificam muito. Os axônios podem originar ramificações em ângulo reto, cha- madas colaterais, mais frenquente no SNC. O citoplasma do axônio, axoplasma, é pobre em organelas. Tem ausencia de REG e polirribossomos, indicando que o axônio é mantido pela atividade sintética do pericario. A porção final do axônio, telodendro, é muito ramificada. As sinapses são locais de contato entre neurônios ou entre neuronios e outras células efetoras (musculares e glandulares). CORPO CELULAR DENDRITOS AXÔNIOS Proteínas motoras responsáveis pelos fluxos axônicos prendem vesículas, organelas ou moléculas e transitam sobre os microtúbulos. Dineína (fluxo retrogrado) e Cinesina (fluxo anterógra- do), ambas são ATPases Os anestésicos locais atuam sobre os axônios, suas moléculas se ligam aos canais de Na inibindo o trans- porte desse íon e consequentemente o potencial de ação responsável pelo impulso nervoso. Bloqueiam-se os impulsos que seriam interpretados no cérebro como sensação de dor. Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 A funçao das sinapses é transformar um sinal elétrico (impulso nervoso) do neuronio pré-sináptico em um sinal quimico que atua na celula pós-sináptica. Neuromoduladores são mensageiros quimicos que não agem diretamente sobre as sinapses, mas modificam a sensibilidade neuronal aos estimulos sinapticos. A sinapse é constituida por: um terminal axônico (terminal pré- sináptico) que leva o sinal, uma região na superficie da outra cé- lula onde se gera um novo sinal (terminal pós-sináptico), e um espaço delgado entre os dois terminais (fenda pós-sináptica). Tipos de sinapses: - Axomática: sinapse de um axonio com o corpo celular; - Axodendrítica: sinapse com um dendrito; - Axoaxônica: sinapse entre dois axônios. A designação geral de neuróglia ou glia inclue vários tipos celu- lares encontrados no SNC ao lado dos neurônios. Em laminas coradas por HE as células da glia não se destacam, aparecendo apenas seus núcleos. Utiliza-se impregançao por prata ou ouro. Há cerca de 10 células da glia por neuronio e ocupam metade do volume do tecido. O tecido nervoso tem quantidade mínima de material extracelu- lar e as células da glia fornecem ambiente adequado aos neurô- nios, além de outras funçôes. OLIGODENDRÓCITOS E CÉLULAS DE SCHWANN O citoplasma do pericario e dos prolongamentos apresenta microtubulos como os encontrados em outros tipos de células. Os oligodendrócitos possuem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios produzindo a bainha de mielina, que serve como isolante elétrico para os neurônios do SNC. As células de Schwann tem a mesma função dos oligodendróci- tos, porém se localizam em volta dos axônios do SNP. Cada célula de Schwann forma mielina em torno de um segmento de um único axônio. ASTRÓCITOS Os astrócitos são células de forma estrelada com multiplos processos irradiando do corpo celular. Apresentam feixes de filamentos intermediarios constituidos de proteina fibrilar ácida daglia que reforçam a estrutura celular. Os astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e à pia-máter. Tipos de astrócitos: - Astrócitos Fibrosos: possuem prolongamentos menos nume- rosos e mais longos, se localizam na substância branca; - Astrócitos Protoplasmáticos: possuem meior número de pro- longamentos que são curtos e muito ramificados, se localizam na substância cinzenta. Possuem função de sustentação e participam do controle da composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios. Alguns astrócitos apresentam prolongamentos chamados pés vasculares, que se expandem sobre os capilares sanguíneos e transferem moléculas e íons do sangue para os neurônios. COMUNICAÇÃO SINÁPTICA CÉLULAS DA GLIA E ATIVIDADE NEURONAL Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 Os astrocitos participam das atividades dos neurônios, pois possuem receptores para norepinefrina e aminoácidos. Os astrocitos se comunicam por meio de junções comunicantes, formando uma rede onde informaçoes podem transitar de um local para outro, atingindo grandes distâncias dentro do SNC. CÉLULAS EPENDIMÁRIAS As células ependimárias são células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Em alguns locais, as células ependimárias são ciliadas, facili- tando a movimentação do liquido cefalorraquidiano (LCR). MICRÓGLIA As células da micróglia são pequenas e alongadas, com prolon- gamentos curtos e irregulares. Apresentam núcleos escuros e alongados. As células da micróglia são fagocitárias e derivam de precur- sores trazidos da medula óssea pelo sangue. Representam o sistema fagocitário mononuclear no SNC, participando da infla- mação e da sua reparação. Quando ativadas, retraem seus prolongamentos e assumem forma de macrófagos fagocitários e apresentadores de antíge- nos. A micróglia secreta citocinas reguladoras do processo imunitá- rio e remove restos celulares que surgem nas lesoes do SNC. Na substância cinzenta ocorrem as sinapses do SNC. Ela predo- mina na superficie do cerebro e do cerebelo, constituindo o cór- tex cerebral e o córtex cerebelar. A substância branca predomina nas partes mais centrais e nela se encontram grupos de neuronios formando ilhas de substancia cinzenta, chamadas núcleos. No córtex cerebral a substância cinzenta se organiza em 6 ca- madas diferentes pela forma e tamanho dos neurônios. Os neurônios de certas regiões do córtex cerebral recebem e processam impulsos aferentes/sensoriais e em outras regiões neurônios eferentes/motores geram impulsos que controlam os movimentos voluntários. O córtex cerebelar tem 3 camadas: - Camada molecular: mais externa, com células esparsas; - Camada central: contem as grandes células de Purkinje; - Camada granulosa: mais interna, formada por neurônios mui- to pequenos e organizados de modo compacto. As células de Purkinje são grandes, visiveis e seus dendritos são muito desenvolvidos e com aspecto de leque. Gliose: processo de hipertrofia ou hiperplasia dos astro- citos para preencher espaços deixados por neurônios do SNC mortos em decorrência de doenças ou acidentes. Na esclerose múltipla, as bainhas de mielina são des- truídas, causando distúrbios neurológicos. Os restos de mielina são removidos pela micróglia, que se torna morfologicamente semelhante a um macrófago. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Subst. branca Subst. cinzenta Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 O SNC está contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo, as meninges. As meninges são formadas por tres camadas, da mais externa a mais interna são: dura-máter, aracnoide e pia-máter. DURA-MÁTER A dura-máter é a meninge mais externa, constituida por tecido conjuntivo denso contínuo com o periósteo dos ossos da caixa craniana. A dura-máter que envolve a medula espinal é separada do peri- ósteo das vertebras formando entre os dois um espaço peridual, que contem veias de parede delgada, tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. A superfície interna e externa da dura-máter é revestida por epitélio simples pavimentoso de origem mesenquimatosa. ARACNOIDE A aracnoide apresenta duas partes, uma em contato com a dura máter sob forma de membrana, e outra constituida por traves que ligam a racnoide à pia-máter. As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espaço sub- aracnóideo, que contém LCR. Esse espaço se comunica com os ventriculos cerebrais, mas não com o espaço subdural. O espaço subaracnóideo, cheio de liquídos, é um colchão hi- draulico que protege o SNC contra traumatismos. A aracnoide é formada de tecido conjuntivo sem vasos san- guíneos. Superficies revestidas com o mesmo tipo de epitpelio que reveste a dura-máter: simples pavimentoso de origem me- senquimatosa. Em certos locais a aracnoide forma expansõs que perfuram a dura-máter provocando saliências em seios venosos e terminam como dilatações fechadas, as vilosidades da aracnoide, que tem função de transferir LCR para o sangue. PIA-MÁTER A pia-máter é muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, porem não fica em contato direto com células e fibras nervosas. Entre a pia-máter e os elementos nervosos há prolongamen- tos de astrócitos que se unem firmemente a face interna da pia- máter. A superficie externa da pia-máter é revestida por células acha- tadas originarias do mesenquima embrionário. Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio de túneis reevstidos por pia-máter, os espaços perivasculares. A pia-máter desaparece antes que os vasos se transformem em capilares. BARREIRA HEMATENCEFÁLICA A barreira hematencefálica é funcional, pois dificulta a passa- gem de determinadas substâncias do sangue para o tecido ner- voso. O principal componente estrutural são junções oclusivas entre as células endoteliais, que não são fenestradas e há raras vesí- culas de pinocitose. Pericitos: revestem e reparam vasos sanguíneos, porruem ati- vidade conratil = regulaçao do fluxo sanguineo. Os plexos coroides são dobras da pia-máter ricas em capilares fenetrados e dilatados que provocam saliências no interior dos ventrículos. São constituidos por tecido conjuntivo frouxo da pia-máter, re- vestido por epitélio simples, cúbico ou colunar baixo. Suas célu- las são transportadoras de íons. A parte da dura-máter em contato com a aracnoide é um local que em situações potológicas pode acumular san- gue externamente a aracnoide, num chamado espaço subdural, que não existe em condições normais. PLEXOS COROIDES E LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO MENINGES Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 A função dos plexos é secretar LCR, que ocupa as cavidades dos ventrículos, o canal central da medula, o espaço subaracnóideo e os espaços perivasculares. O LCR também é importante para o metabolismo do SNC e protege contra traumatismos. É um liquido claro, de pouca densidade e produzido de modo contínuo. O SNP é composto por nervos, gânglios e terminações nervosas. Os nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. As fibras nervosas são constituidas por um axônio e suas bai- nhas envoltorias. Todos o axônios do tecido nervoso adulto são envoltos por do- bras unicas ou multiplas formadas por uma células envoltórias.Células envoltórias: - SNP: célula de Schwann; - SNC: oligondendrócitos. Axônios pequenos são envoltos por apenas um dobra, consti- tuindo as fibras nervosas amielínicas. Nas fibras mielínicas e amielínicas, as porções de membrana da célula envoltória que se prendem internamente ao axõnio e externamente a superfície da célula envoltória, constituem os mesaxônios. FIBRAS MIELÍNICAS Nas fibras mielinicas do SNP, a membrana plasmatica da celula de Schwann se enrola em volta do axônio. A membrana enrolada se funde e forma a mielina. A mielina é um complexo lipoproteico branco, tem maior pro- porção de lipídios que as membranas celulares em geral. A bainha de mielina se interrompe em intervalos regulares formando os nódulos de Ranvier. O intevalo entre dois nódulos é chamado internódulo. A espessura da bainha de mielina é constante ao longo do axô- nio. Incisuras de Schmidt-Lantermann são áreas do citoplasma de células de Schwann que permaneceram durante o processo de enrolamento. FIBRAS AMIELÍNICAS No SNC e SNP há xônios amielinizados. As fibras amielínicas periféricas também são envolvidas por células de Schwann, mas não ocorre enrolamento. Uma única cé- lula de Schwann envolve várias fibras nervosas. Nas fibras amielínicas não há nódulos de Ranvier, pois a célula de Schwann forma uma bainha continua. No SNC há mais axônios amielinizados. No encéfalo e na medula espinal esses axônios ficam livres entre prolongamentos das cé- lulas da glia e outros elementos neurais. No SNP as fibras nervosas se agrupam em feixes originando os nervos. São brancos pela presença de mielina e colágeno. O tecido de sustentação dos nervos é constituído por uma ca- mada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso, chamado epineuro. Cada feixe é revestido por uma bainha com varias camadas de células achatadas e justapostas, o perineuro. As células se unem por junções oclusivas. Dentro da bainha perineural estao os axônios envoltos pela bai- nha da célula de Schwann, com sua lamina basal e um envoltório consituido por fibras reticulares sintetizadas pelas células de Schwann, o endoneuro. Os nervos estabelecem comunicação entre centros nervosos e órgaos efetores (musculos e glândulas). A maioria dos nervos são mistos, nervos aferentes e eferentes, fibras mielinizadas e amie- linizadas. Os gânglios nervosos são acumulos de neuronios localizados fora do SNC. Na maioria, os gânglios são esféricos, protegidos por capsulas conjuntivas e associados a nervos. Glanglios intramurais são poucos ganglios que se reduzem a pequenos grupos de células nervosas situadas no interior de de- terminados órgãos, principlamente do trato digestivo. Há dois tipos de gânglios pela direção do impulso nervoso: - Gânglios sensoriais, aferentes; - Gânglios do sistema nervoso autônomo, eferentes. GÂNGLIOS SENSORIAIS Hidrocefalia é um distúrbio causado pela obstrução do fluxo de LCR. Pode ser causada pela diminuição da absorção do LCR pelas vilosidades aracnoideas, ou pode haver produção excessiva, resultado de neoplasma/câncer do plexo coroide, nesse caso há dilatação dos ventrículos do encéfalo pelo acúmulo de LCR. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO FIBRAS NERVOSAS NERVOS GÂNGLIOS Gabriely Pansera – Medicina UCPel Histologia – P1 Os gânglios sensoriais recebem fibras aferentes que levam im- pulsos nervosos para o SNC. Um estroma de tecido conjuntivo envolve neuronios que forma capsulas que envolvem os ganglios. Há dois tipos: - Gânglios cranianos: associados a nervos cranianos; - Gânglios espinais: se localizam nas raizes dorsais dos nervos espinais. Os gânglios espinais são aglomerados de grandes corpos neu- ronais, com muitos corpos de Nissl e circundados por células da glia, as células satélites. Neuronios e gânglios cranianos e espinais são pseudounipola- res. O gânglio do nervo acústico é o único ganglio craniano de cé- lulas bipolares. GÂNGLIOS SO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Os gânglios do sistema nervoso autônomo tem formações bul- bosas ao longo dos nervos e se localizam no interior de deter- minados órgãos formando gânglios intramurais. Pequeno numero de pericarios e ausencia de capsula. Esses gângios são multipolares e em cortes histológicos tem aspecto estrelado. A camada de células satélite que envolve os neuronios desses gânglios é incompleta, sendo raras nos intramurais. O SNA se relaciona com o controle da musculatura lisa, modu- lação do ritmo cardíaco e secreção de algumas glândulas. As funções do SNA sofrem influência da atividade do SNC, o conceito autonomo é funcional. É formado por aglomerados de células nervosas localizadas no SNC. O SNA é uma rede de dois neuronios. O primeiro neuronio de cadeia autonoma se localina no SNC e seu axônio entra em conexão sinaptica com o segundo neuronio que se localiza em um gânglios do SNA ou no interior de algum órgão. O mediador químico nas sinapses das células pré-ganglionares é a acetilcolina (fibras colinérgicas). O mediador quimico das fibras pós-ganglionares é a norepine- frina (fibras adrenérgicas). O SNA é formado por duas partes distintas funcionalmente e anatomicamente: SNA simpático e SNA parassimpático. Os nucleos nervosos do simpatico se localizam nas porçoes torácica e lombar da medula espinal e seus axônios saem pelas raízes anteriores dos nervos espinais dessas regiões, por isso o sistema simpático também é chamado divisão toracolombar do sistema nervoso autônomo. Os nucleos nervosos do parassimpático se localizam no encé- falo e na porção sacral da medula espinal, e as fibras desses neu- rônios saem por quatro nervos cranianos (III, VII, IX e X) e pelo segundo, terceiro e quarto nervos espinhais sacrais, sendo tam- bém chamado divisão craniossacral do sistema autônomo. O 2º neuronio do parassimpático se localiza perto de órgão efe- tores. O mediador químico pré e pós-ganglionar do parassim- pático é acetilcolina. A maioria dos órgão inervados pelo SNA recebem fibras simpá- ticas e parassimpáticas. Quando um tem ação excitatória, o outro tem inibitória e vice versa. SISTEMA NERVOSO AUTONÔMO
Compartilhar