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HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA EM MINAS GERIAS E NO MUNDO Alice Santana Pereira- Fisioterapia Turma 85 O surgimento da Fisioterapia no Brasil teve influência da família Real em 1808, em que, suas comarcas trouxeram médicos das mais diversas áreas para servi-los, o que contribuiu para o surgimento das primeiras escolas médicas. A partir do século XIX, os recursos fisioterapêuticos faziam parte da terapêutica médica, em que, entre 1833 e 1879, houve registros da utilização de serviços de eletricidade médica e também do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até hoje, denominado de “Casas das Duchas”. Assim, médicos passaram a se preocupar não apenas com a estabilidade clínica, mas também com a reabilitação. A partir da Segunda Guerra Mundial, houve um aprimoramento da parte médica para esses conhecimentos, que se expandiu para os paramédicos. Em 1951, foi realizado em São Paulo, na USP, o primeiro curso no Brasil para a formação de técnicos em Fisioterapia, com duração de um ano em período integral, ministrado por médicos. No entanto, a atuação fisioterapêutica era entendida como uma assistência, apenas reabilitadora. Porém, em 1950, o Brasil foi atingido com uma grande incidência de poliomielite, que resultou em grande quantidade de indivíduos com sequelas motoras. Tudo isso, possibilitou o fortalecimento da Fisioterapia e sua expansão, a partir da criação da Associação Beneficente de Reabilitação (ABBR) no Rio de Janeiro em 1954 que, dois anos depois ministra o curso de Técnico em Reabilitação, especializado em funções como, ligar e deligar aparelhos e reproduzir mecanicamente as técnicas. Já em 1963, a partir do parecer nº 388/63 do Conselho Federal de Educação foi determinada as competências da Fisioterapia que consistia em auxiliares de médicos, com funções de caráter terapêutico sob orientação e responsabilidade do médico, o que limitou a expansão da profissão. Desse modo, os primeiros técnicos em Fisioterapia não possuíam conhecimentos necessários para o diagnóstico, o funcionamento normal e patológico da avaliação do corpo humano. Posteriormente, inicia-se a organização dos técnicos pela Fundação do INAR (Instituto Nacional de Reabilitação) e em 1964, o INAR altera-se para o Instituto de Reabilitação (IR), criando os cursos superiores de Fisioterapia, registrado pelo MEC, portaria Ministerial de nº 511/64 que estabelece o currículo mínimo do curso superior de Fisioterapia, tendo duração de três anos. A partir do Decreto Lei 938/69, houve o reconhecimento profissional do fisioterapeuta, porém, dando ênfase na reabilitação e também como ramo de trabalho e não como ciência, outro documento legal que também se baseia nesses mesmos critérios é a Lei 6.316, de 17 de dezembro de 1975 que originou o Sistema COFFITO-CREFITOS, conselhos Federais e Regionais de Fisioterapia. Só então com Código de Ética Profissional nº 10 do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional que o fisioterapeuta consegue seu amplo reconhecimento profissional, não se restringindo apenas na reabilitação, mas também na promoção de saúde. A história da fisioterapia em Minas Gerais inicia na década de 40, com as termas mineiras, as quais dispunham de pessoas com experiência em massagem e hidroterapia, que migraram para Belo Horizonte, afim de expandir essas técnicas. A partir disso, em 1950, a área de reabilitação passa a ser liderada por um grupo de ortopedistas estrangeiros com especialização em reabilitação pós-guerra e tinha como objetivo a recuperação de lesões traumáticas. Devido ao surto de poliomielite e ao aumento de casos de tuberculose óssea, o Hospital da Baleia cria em 1952 um serviço direcionado ao atendimento dessas patologias, introduzido pelo professor Mata Machado. A partir disso, houve a necessidade do atendimento voltado para área da reabilitação, principalmente por parte dos médicos ortopedistas, no entanto, ainda não havia pessoas com essa especialização. Assim, as madres enfermeiras da Congregação Franciscana Missionária de Maria foram treinadas e orientadas pelos ortopedistas para aprender a lidar com estes pacientes. Este modelo de reabilitação teve reconhecimento estatal que concebeu o Hospital Arapiara -especializado no atendimento aos portadores de deficiência física – que proporcionou o desenvolvimento da reabilitação e do processo de profissionalização da fisioterapia no Estado de Minas.