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1 Ester Ratti ATM 25 Bacilos Gram Negativos Grupo muito amplo de bactérias Características metabólicas diversas FORMAS VARIADAS (forma biofilme) Figura 1-Pseudomonas aeruginosa – bastonetes retos Figura 2-Klebsiella BACILOS PLEOMÓRFICOS: formato não tão bem definido Figura 3-Haemophilus influenzae BASTONETES CURVOS Figura 4-Campylobacter spp BASTONETES CURTOS Figura 5-Acinetobacter spp Figura 6- Neisseria (coco gram neg- não faz parte desse grupo, pode confuncdir) 2 Ester Ratti ATM 25 BACILOS GRAM NEGATIVOS ENTEROBACTÉRIAS OU FERMENTADORES • Família Enterobacteriaceae (Enterobacterales) • Mais de 40 gêneros e centenas de espécies • Mais isolados com frequência em amostras biológicas • Infecções variadas NÃO FERMENTADORES OU NÃO ENTEROBACTÉRIAS • Grupo complexo e amplo • oportunistas • fatores de risco: imunossupressão, implantes Principal diferença: capacidade de fermentar a glicose Outro critério: produção da citocromo oxidase, essa informação mostra que algumas bactérias que não se encaixam nem em um grupo nem no outro A FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE • Todos fermentam a glicose • Não produzem citocromo oxidase • Anaeróbios facultativos • Exigências nutricionais simples (cultivo fácil) • Resistência a sais biliares (as vezes usam sais biliares para cultivar elas seletivamente) • Não esporulados (só bacilos gram positivos esporulam) • Alguns são móveis (presença de flagelos peritríqueos) • Alguns cápsula (Klebsiella, Escherichia e Enterobacter) • Bactérias ubiquitárias (podem estar em vários ambientes, como solo, agua...) • Fazem parte da microbiota normal: podem gerar infecções oportunistas • Patógenos intestinais: Salmonella typhi, Shigella e Yersínia pestis (normalmente não colonizam/ fazem parte da microbiota normal), mas podem) • Microrganismos comensais que se tornam patogênicos quando adquirem genes de virulências a partir de plasmídios ou bacteriófagos (E.coli assoc. a gastroenterite) • Disseminação endógena: pode envolver praticamente todos os locais do corpo • Causam 35% bacteremias, 70% infecções urinárias e infecções intestinais ESTRUTURA LIPOPOLISSACARÍDEO (LPS): principal antígeno da parede celular Polissacarídeo somático O • classificação dentro de uma cepa Polissacarídentro central • classificação como membro Enterobacteriaceae Lipídeo A atividade endotoxina Cápsula – antígeno K ou Vi (salmonella) Flagelo – antígeno H 3 Ester Ratti ATM 25 PATOGENIA Porque causam doenças: FATORES DE VIRULÊNCIA: Endotoxina: manifestações sistêmicas do LPS liberado na lise Cápsula – proteção da fagocitose Toxinas (exo) ➢ LT (termolábil) (Escherichia coli) ➢ ST (termoestável) ➢ Shiga Resistência sérica (efeito bactericida do soro) e a antimicrobianos (enzimas contra antibióticos podem estar codificadas nos plasmídeos) IDENTIFICAÇÃO Métodos culturais (fenotípicos) Métodos genotípicos MICROSCOPIA Chega no máximo na morfologia Gram: bastonetes ou cocobacilos – não diferencia EXAME CULTURAL Crescimento em meios não seletivos e seletivos (sais biliares – ágar Mac Conkey) Morfologia colonial: Identificação presuntiva de alguns gêneros/espécies • Proteus em Agar-sangue= véu • Serratia = pigmento vermelho • E. coli = colônia seca (lactose positvo) 4 Ester Ratti ATM 25 • Klebsiella (Enterobacter) = mucóide E.coli Klebsiella Serratia Proteus PROVAS BIOQUÍMICAS Convencionais: identificação das principais bactérias (gêneros) • Utilização da glicose e lactose (TSI) • Utilização de citrato (Citrato de Simmons) • Motilidade (SIM) • Produção de indol (SIM) • Produção de H2S (SIM, TSI, Lia) • Descarboxilação da lisina (Lia) • Produção de urease (Christensen) Semi-automatizados”: kits Automação MÉTODOS IMUNOLÓGICOS A classificação sorológica se baseia nos 3 principais Ag: • Polissacarídeos O somáticos • Ag K capsulares • Proteínas flagelares H Os Ag são detectados por reação de aglutinação com Ac específicos. O Ac agregado a partículas de látex é colocado com a bactéria (Ag) em lâmina e se detecta reação por aglutinação MÉTODOS MOLECULARES Diagnóstico a nível de DNA • PCR • Sondas genéticas 5 Ester Ratti ATM 25 ENTEROBACTERIACEA DE IMPORTÂNCIA MEDICA ESCHERICHIA COLI Ampla variedade de fatores de virulência: adesinas, exotoxinas, fímbrias Infecções variadas - trato urinário (80%, a bactéria vem do TGI), septicemia e meningite (RN e lactentes, vem da mãe) Gastroenterite: microbiota normal TI, infecção por cepas específicas Endógena maioria (exceção meningite neonatal e gastroenterite) GASTROENTERITE • EPEC: enteropatogênica • ETEC: enterotoxigênica • EAEC: entero-agregativa • EHEC: entero-hemorrágica • EIEC: enteroinvasiva EPEC: enteropatogênica - Primeira E. coli associada a doença diarreica - Principal causa de diarréia infantil países pobres (rara em crianças maiores e adultos) - diarréia aquosa, pode levar a desidratação - adere à célula epitelial do intestino delgado com posterior destruição das microvilosidades - transmissão pessoa-pessoa ETEC: enterotoxigênica - Adquirida pelo consumo água e alimentos contaminados - a diarréia secretória se desenvolve após 1-2 dias de incubação e persiste 3-4 dias. Produz toxina LT e ST (mesmas toxinas da coléra). EAEC: entero-agregativa - Auto-aglutinação das bactérias mediada pela fímbria de aderência. - Estimula formação de muco. Diarréia aquosa persistente e desidratação em lactentes EIEC: enteroinvasora - mais comum em crianças - invadem e destroem o epitélio produzindo diarréia aquosa. O processo pode progredir até ulceração do cólon. - Vários genes mediados por plasmídeo medeiam a invasão. 6 Ester Ratti ATM 25 EHEC: entero-hemorrágica. - Mais comuns nos países desenvolvidos - Necessita pequeno inóculo (100 bacilos) - Expressam a toxina Shiga (bacteriófagos) - Síndrome urêmica hemolítica E coli O157 – surto em 2006 (espinafre) E coli O104 – surto norte da Alemanha 2011(feno) ESBL – betalactamase espectro ampliado (resistência, degrada antibióticos betalactamicos) TRATO URINÁRIO Origem – TGI que colonizam a uretra e ascendem Cepas possuem adesinas MENINGITES 75% possuem antigeno K (capsular) Origem - infecções TU e TGI KLEBSIELLA K. pneumoniae , K. oxytoca Cápsula – responsável aspecto mucoide colônias Via respiratória e fezes 5 % indivíduos sadios Pneumonia – comunitária e hospitalar ITU, Bacteremia Surtos de cepas multiresitentes – ESBL e KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase, degrada antibióticos carbapenemicos, hoje em dia vários já produzem essa enzima) K. granulomatis – granuloma inguinal (donovanose): confusão com sífilis ENTEROBACTER Gênero composto de 12 espécies: E. aerogenes (trocou de gênero, foi para Klebsiella aerogenes), E. cloacae, E. agglomerans Infecção urinária Sepse em pacientes hospitalizados Grupo CESP - Citrobacter, Enterobacter (Klebsiella aerogenes), Serratia, Providencia, Proteus (+vulgaris), Morganella, Hafnia ➢ Esse grupo podia se tornar durante o tratamento resistentes a antibióticos SERRATIA MARCESCENS S. marcescens (mais comum) Infecções Hospitalares ➢ Pneumonia, bacteremia ➢ Multiresistentes Grupo CESP - Citrobacter, Enterobacter (Klebsiella aerogenes), Serratia, Providencia, Proteus (+vulgaris), Morganella, Hafnia PROTEUS, MORGANELLA E PROVIDENCIA PROTEUS - P. mirabilis, P. vulgaris Infecções quando deixam o Trato intestinal: IU, bacteremia Produção de urease favorece cálculospós ITU (Klebsiella) 7 Ester Ratti ATM 25 MORGANELLA - Morganella morganii PROVIDENCIA - P. rettgeri Essas duas ultimas: ➢ Microbiota intestinal, IU ➢ Grupo CESP - Citrobacter, Enterobacter (Klebsiella aerogenes), Serratia, Providencia, Proteus (+vulgaris), Morganella, Hafnia CITROBACTER / EDWARDSIELLA Citrobacter - C. freundii, C. diversus - Infecções hospitalares: IU e sepse Edwardsiella tarda e Hafnia - Oportunistas - Grupo CESP - Citrobacter, Enterobacter (Klebsiella aerogenes), Serratia, Providencia, Proteus (+vulgaris), Morganella, Hafnia YERSINIA Gênero constituído por 10 espécies Capacidade de resistir a destruição fagocítica. (muito vitulentas) Y. pestis – altamente virulento, doença sistêmica – peste (negra/ bubônica) Y. enterocolitica e Y. pseudotuberculosis – patógenos entéricos Todas as espécies tem plasmídios com genes de virulência, Y. pestis possui genes adicionais que auxiliam a disseminação. Infecções zoonóticas : peste urbana (ratos) e peste silvestre(esquilos, coelhos, gatos domésticos). As pulgas dos ratos se tornam infectadas e transmitem para outro roedor ou ser humano). A peste foi uma das doenças mais devastadoras na história (Egito 541 d.C.; Europa 1320 – 30 % população; esporádica). SHIGELLA’ Shigella (biogrupos da Escherichia coli)- S. flexneri, S. sonnei, S. boydii e S. dysenteriae Infecções intestinais de alto contágio (dores abdominais, febre e diarreia com pus, sangue e muco nas fezes) Humanos - único reservatório São transmitidas pessoa-pessoa (oro-fecal), pessoa com mãos contaminadas e menos comum água ou alimentos. PATOGENIA Shigella penetra na célula epitelial -> Multiplica- se dentro da célula -> Invasão das células epiteliais vizinhas -> Abscesso é formado à medida que as células do epitélio intestinal são mortas pela infecção Doença pediátrica – 60% em crianças menos 10 anos Inóculo pequeno – 100 a 200 bactérias Toxinas ➢ Endotoxina: LPS provoca irritação da parede intestinal. ➢ Exotoxina de Shigella dysenteriae (Shiga) SALMONELLA Antígenos O, H (flagelo) e K (capsulares Vi associados a invasão, faz com que a bactéria não 8 Ester Ratti ATM 25 seja destruída dentro do macrófago, podendo atingir outros locais) Espécies principais: ➢ S. typhi ➢ S. choleraesuis ➢ S. enteritidis Coloniza todos animais e homem Transmissão - ingestão alimentos contaminados e orofecal Fontes mais comuns – aves domésticas, ovos e laticinios colonização assintomática - portadores Gastroenterite ➢ forma mais comum ➢ náusea, vômito e diarreia sem sangue Septicemia ➢ Salmonella Typhi, Parathyphi e Choleraesuis – geralmente bacteremia Febre tifoide ➢ doença febril ➢ bactéria atravessa a célula intestinais e são engolfadas pelos macrófagos, se multiplicam e são transportadas para fígado, baço e medula óssea Epidemiologia, Prevenção e Controle Portadores: Após infecção 3% dos pacientes continuam a abrigar Salmonella por mais de 1 ano (vesícula biliar, são resistentes aos sais) Fontes de infecção: Água e alimentos contaminados (aves, ovos e laticínios). S. typhi e S. paratyphi são patógenos humanos estritos: pessoa-pessoa Cozimento total das aves domésticas carnes e ovos infectados para evitar Portadores não devem trabalhar em manipulação de alimentos. (história Maria Tifoide) As 4 próximas não fazem parte nem de um grupo nem de outro, são exceções FAMÍLIA VIBRIONACEAE GÊNERO VIBRIO – BACILOS CURVOS FERMENTADOR, MAS OXIDASE POSITIVA = EXCESSÃO V.cholerae é subdividido com base em seus Ag O O1 e O139 são os causadores de epidemias (toxina colérica) Habitat: ambientes marinhos (agua salgada), águas com moluscos (cuidar ao ingerir cru) Disseminação: água ou alimentos (mas condições sanitárias) Dose infectante alta – sensíveis aos ácidos estomacais ➢ Normal 10^8 ➢ acloridria ou hipocloridria 10^3 – 10^5 Fatores de virulência ➢ Flagelo, fimbrias, pili, cápsula (algumas) ➢ LPS ➢ Exotoxinas (bacteriófago) ➢ Toxina colérica LT (semelhante da E.coli) • Intensa diarréia aquosa com muco. Até 1 litro/hora • Morte por perda de eletrólitos e líquidos (desidratação) ➢ Diagnóstico pela cultura de fezes na fase inicial da doença 9 Ester Ratti ATM 25 • náuseas e vômitos; • cólicas abdominais; • diarréia abundante, esbranquiçada como água de arroz, • perda de até um litro de água por hora; • Câimbras • Acidose metabólica Taxa mortalidade- 60% não tratados e menos 1% imediatamente tratados FAMÍLIA AEROMONADACEAE GÊNERO AEROMONAS Fermentador , mas produz oxidase São ubiquitários – mais comum: água doce e salobra Doença diarreica (diarreia aquosa aguda com sangue e leucócitos ou doença crônica com diarreia intermitente) Infecções em feridas – exposição água contaminada Doenças sistêmicas oportunistas (imunocomprometidos) Meses mais quentes Fatores de virulência: endotoxina, hemolisina, toxinas LT e ST – papel ainda não conhecido Diarreia autolimitada Tratamento com Antibiótico- diarreia crônica, infecções em feridas ou doença sistêmica Resistentes a Penicilina e muitas cefalosporinas e eritromicina Maioria das cepas sensíveis a Gentamicina, Amicacina e Sulfametoxazol-trimetropim HAEMOPHILUS INFLUENZAE Fermentadores mas oxidase positivos Bastonetes Gram negativos pequenos amantes do sangue Cápsula Habitante TRS Vacina desde 1987 meningite, epiglotite, pneumonia, otite, sinusite Morfologia celular característica: pleomorfismo HAEMOPLILLUS DUCREYI Também não faz parte nem de m grupo nem do outro Cancróide ou cancro mole Doença sexualmente transmitida Desenvolvimento de pápula macia com base eritematosa, seguida de ulceração dolorosa. BACILOS GRAM NEGATIVOS NÃO FERMENTADORES (EM RELAÇÃO A GLICOSE) OU NÃO ENTEROBACTÉRIAS Grupo de bactérias muito distintas Característica comum: incapacidade de utilizar carboidratos (glicose) em rota fermentativa (alguns conseguem por via oxidativa) CARACTERÍSTICAS BDN-NF • “Muitos produzem a citocromo oxidase • BGN longos e finos ou cocobacilos • Maioria oxidase + 10 Ester Ratti ATM 25 • Resistência a antibióticos • 15% das bactérias GN isoladas • Septicemia, meningite, doenças respiratórias, feridas • Fatores de risco - imunosupressão - trauma - implantes Espécies mais frequentes P. aeruginosa PSEUDOMONAS 2 mil espécies Ubíquos: água (cresce até em água oxigenada), solo, ambiente hospitalar (reservatórios úmidos) Portadores sadios – incomum colonização persistente Poucas exigências nutricionais (consegue se multiplicar até na agua destilada) Infecções oportunistas: pulmonares, urinárias, otite, ocular, ferida (queimadura) Produção de pigmentos: • piocianina – azul • pioverdina – verde-amarelado • piorrubina – vermelho-castanho tem cheiro característico P. aeruginosa FATORES DE VIRULÊNCIA: • Adesinas: flagelo, pili, LPS, cápsula (da aspecto mucoide) • Biofilme – protege de antibióticos e mecanismo de defesa do hospedeiro • Toxinas e enzimas: 1. exotoxina A - inibem síntese proteica (dermonecrose em queimaduras, lesões córnea, danos teciduais infecções pulmonares) 2. exotoxina S/T – disseminação bacteriana, invasão tecido e necrose 3. protease alcalina/fosfolipase C - destruição tissular e disseminação 4. Elastase: destruição tecidos com elastina 5. Piocianina: catalisa peróxido de hidrogênio 6. Pioverdina: sideróforo (liga ao Fe), regula pr odução fatores de virulência Resistência a antibióticos (podem sofrer mutações durante o tratamento) • Produção de enzimas • Mutações de porinas e beta-lactamases Infecções pulmonares • Colonização na fibrose cística Infecções da pele e tecidos moles • Queimaduras:superficie umida • Foliculite: acne, após depilação, unhas (exposição frequente agua) ITU • Cateter urinário de longa permanência Infecções auriculares • Otite externa (otite do nadador) 11 Ester Ratti ATM 25 Infecções oculares • Ulceras de córnea • Infecções por Lentes de contato Bacteremia e endocardite BURKHOLDERIA Ambientes úmidos Infecções oportunistas - hospitalar B. cepacia: baixa virulência • fibrose cistica (são segregado entre colonizados por ela e não colonizados, colonização tem prognóstico ruim no caso detransplantes) B. pseudomalei: melioidose • infecção cutânea supurativa • pulmonar (pode ser grave: pneumonia necrosante) STENOTROPHOMONAS MALTOPHILIA Infecções pacientes debilitados: bacteremia, pneumonia (alta incidência de complicações e morte) Resistência intrínseca aos carbapenens, beta- lactâmicos e aminoglicosídeos Tratamento de escolha STX ACINETOBACTER A. baumannii Cocobacilo Ubíquos Sobrevivem em superfícies úmidas (respiradores) e superfície seca (pele humana) Normal na orofaringe (podem proliferar durante internação) Patógenos oportunistas Frequente em UTI Infecções respiratórias, trato urinário, feridas e septicemia Resistentes a antibióticos (carbapenemicos) MORAXELLA (BRANHAMELLA)CATARRHALIS Diplococo Gram negativo/Bacilos Gram negativo não fermentador Aeróbico/oxidade positivo Não há consenso na nomenclatura Parte microbiota normal do trato respiratório. Causa broncopneumonia, sinusite, otite, endocardite e meningite. PASTEURELLA MULTOCIDA Pequenos coco-bacilos Gram negativos Normal orofaringe de animais – infecção por contato 12 Ester Ratti ATM 25 Infecções de feridas de mordida, doença pulmonar crônica, bacteremia, meningite BORDETELLA B. pertussis (tosse intensa) – responsável pela coqueluche cocobacilos disseminação pessoa-pessoa A vacinação (1949) diminuiu a morbidade e mortalidade Lesão tecidual e toxicidade sistêmica: toxina Diagnóstico clínico FRANCISELLA TULARENSIS Coco bacilo muito pequeno fracamente corável pelo gram Patógenos zoonóticos Tularemia (febre carrapato) Reservatórios: mamíferos silvestres e domésticos, coelhos, peixes Aquisição por picada de carrapato ou animais silvestres infectados; consumo de água, inalação ou carne Parasita intracelular (macrófagos) Cápsula Rara (América do Norte) BRUCELLA Bovinos, suinos e ovinos Brucelose humana: B. abortus, B. melitensis, B. suis e B. canis Crescimento lento (>7dias) Sintomas iniciais não específicos (febre ondulante), progride para envolvimento sistêmico (TGI, ossos, articulaçoes e ossos, articulações, TR) Não produz exotoxina e endotoxina menor toxicidade Bactéria fagocitada – sobrevive e são carregadas para baço, fígado, medula óssea, linfonodo e rins – pode haver formação granulona Incidência baixa pelo controle do reservatório animal – leite LEGIONELLA PNEUMOPHILA 1976 – Legião Americana na Filadélfia BGN delgados, pleomórficos, coram fracamente Capazes de se replicar em macrófagos Doença esporádica ou epidêmica Habitat: água Doença dos Legionários (pneumonia), Febre de Pontiac (semelhante a gripe) BACILOS ESPIRALADOS Campylobacter e Helicobater (o da imagem) 13 Ester Ratti ATM 25 CAMPYLOBACTER C. JEJUNI Kampylos = curvo Bacilos em forma de vírgula, móveis (flagelo) C. jejuni cresce melhor a 42 °C Infecção zoonótica: aves, bovinos e ovinos • Alimentos, leite ou água contaminada Dose infectante alta – leite reduz a dose infectante (acidez gástrica) Gastroenterite – ulceração de mucosa: dor abdominal Geralmente auto-limitada (> 1 semana) Associado com a Síndrome de Guillian-Barré (sorotipo O19) HELICOBACTER H. PYLORI Bacilos espiralados 1983 Gastrite, úlcera péptica e carcinoma gástrico Produção de urease na úlcera ( neutraliza pH gástrico, usada no diagnóstico laboratorial) Seres humanos são os principais reservatórios: disseminação pessoa-pessoa (fecal-oral) Fatores virulência – urease, mucinase, fosfolipases, citotoxina 70-90% da população é colonizada países em desenvolvimento 70-100% pacientes gastrite, ulcera estão infectados H pylori – responsável • 85% úlceras gástricas • 95% úlceras duodenais Colonização – fator de proteção ao refluxo gastroesofageano e adenocarcinoma do esôfago Eliminar em pacientes assintomáticos? (normalmente indica não tratar) É uma bactéria oportunista
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