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AIM6 Lara Parente BACILOS GRAM-NEGATIVOS PSEUDOMONAS AERUGINOSA FISIOLOGIA E ESTRUTURA ● Bastonetes gram-negativos; ● Dispostos em pares; ● Aeróbios obrigatórios; ● Presença de citocromo-oxidase (oxidase positiva) Característica que ajuda à diferenciá-las das Enterobacteriaceae (oxidase negativa); ● Algumas cepas apresentam cápsula polissacarídica mucoides Auxilia na fixação às superfícies, bem como proteção contra ação de antibióticos e a fagocitose; ● Algumas espécies produzem pigmentos difusíveis, os quais conferem aparência característica em cultura, simplificando a identificação: �Piocianina (azul); �Pioverdina (verde-amarelado); �Piorrubina(vermelho-amarronzado). PATOGÊNESE E IMUNIDADE FATORES DE VIRULÊNCIA: �ADESINAS ▪ Flagelos Utilizados na motilidade da bactéria. ▪ Pili Utilizada na motilidade da bactéria ▪ LPS Composição com o lipídeo A, que funciona como uma endotoxina. ▪ Alginato Além de formar a cápsula, protegendo da fagocitose e da ação dos antibióticos. �TOXINAS ♥ Exotoxina A (ETA): Importante fator de virulência; Interrompe a síntese das proteínas das células eucarióticas; Contribui para: o Dermatonecrose (queimaduras e feridas); o Danos corneanos (infecções oculares) o Danos teciduais (infecções pulmonares crônicas). ♥ Piacianina (Pigmento azul): Catalisa a produção de superóxido e peróxido de hidrogênio Liberação de IL-8 ↑ atração de neutrófilos para a região da infecção. Pioverdina (Pigmento verde-amarelado): o É um sideróforo Ligamento ao ferro o Regula a secreção de outros fatores de virulência (ex: ETA). �ENZIMAS ● Elastases Las A e Las B Degradam elastina ocasionando danos ao parênquima pulmonar e lesões hemorrágicas (Ectima gangrenoso) Degradam componentes do sistema complemento Favorece disseminação e dano tecidual; Inibir a quimiotaxia e a função dos neutrófilos Favorece disseminação e dano tecidual. ● Protease alcalina Destruição dos tecidos e disseminação de P. aeruginosa e interfere na resposta imune. ● Fosfolipase C É uma hemolisina que degrada a membrana dos eritrócitos e Rompe lipídeos ● Exoenzimas S e T Secretadas pelo sistema de secreção tipo III e provoca dano celular epitelial, propagação, invasão e necrose do tecido. AIM6 Lara Parente SISTEMA DE SECREÇÃO TIPO III RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS �Intrínseca Poros na membrana reduzem o fluxo de antibióticos do meio externo para o meio interno os antibióticos que mesmo assim conseguem entrar, são expulsos pelas Bombas de Efluxo; �Adquirida Através da transferência horizontal de genes (plasmídeos, outros elementos genéticos e mutações); �Adaptativa Após exposição a estímulos ambientais ou antibióticos(Ex: formação de biofilme, expressão de gene ampC) EPIDEMIOLOGIA ✔ Patógenos oportunistas; ✔ Habitat Solo, matéria orgânica deteriorada, vegetação, água, ambiente hospitalar, ambientes úmidos. (ubiquitários) ✔ Causa infecções em pacientes hospitalizados, pacientes imunocomprometidos e que sofrem trauma; ✔ Exigências nutricionais mínimas, favorecendo sua sobrevivência em diferentes ambientes; ✔ Tolera uma vasta gama de temperaturas (4ºC a 42ºC); ✔ Infecções por P. aeruginosa Comum em pacientes com neutropenia ou imunocomprometidos, com fibrose cística, com queimaduras ou que receberam antibióticos de amplo espectro. DOENÇAS CLÍNICAS INFECÇÕES PULMONARES ✔ Variam em gravidade ❖ Assintomática; ❖ Traqueobronquite (infecção benigna dos brônquios); ❖ Broncopneumonia necrotizante grave. ✔ Colonização observada em paciente com: ❖ Fibrose cística; ❖ Doenças pulmonares crônicas; ❖ Neutropenia. INFECÇÕES PRIMÁRIAS DA PELE E DE TECIDOS MOLES INFECÇÕES EM FERIDAS DE QUEIMADURAS; FOLICULITE: ❖ Imersão em água contaminada; ❖ Com acne; ❖ Após depilação. INFECÇÕES NAS UNHAS. INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO ✔ Em pacientes com sonda vesical de demora de longo prazo; ✔ O uso de antibióticos seleciona bactérias (ex: Pseudomonas). INFECÇÕES DE OUVIDO ✔ Otite externa Fator de risco: piscina também conhecida como “ouvido de nadador” ✔ Otite externa maligna Em diabéticos e idosos; ✔ Otite média crônica. INFECÇÕES OCULARES AIM6 Lara Parente ✔ Ocorrem após trauma inicial da córnea; ✔ Seguida pela exposição a P. aeruginosa em água contaminada. ✔ Úlcera de córnea. BACTEREMIA ✔ Quando a bactéria sai do seu ponto de origem e migra para outras regiões. ✔ Origem Infecções do trato respiratório inferior, urinário, da pele e dos tecidos moles (infecções de queimaduras) ✔ Ectima gangrenoso (lesões de pele): �Vistas em uma minoria de pacientes �Vesículas eritematosas hemorráginas necróticas ulceradas. ENDOCARDITE ✔ É incomum ✔ Observada em usuários de drogas intravenosas; ✔ Infecção por materiais contaminados com os microrganismos da água. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL MICROSCOPIA: ❖ Bacilos gram-negativos ❖ Finos ❖ Isolado ou aos pares CULTURA EM MEIO NÃO SELETIVO: ❖ Ágar-sangue (colônias verde-acinzentadas); ❖ Ágar MacConkey; ❖ Incubação aeróbica. IDENTIFICAÇÃO: ❖ Oxidase positiva ❖ Colônias planas com borda espalhada ❖ Β-hemólise ❖ Pigmentação verde produção de pigmentos azul (Piocianina) e verde-amarelo (Pioverdina); ❖ Odor Doce semelhante a uva. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ✔ Terapia antimicrobiana: (GRANDES CHANCES DE SEREM INEFICAZES) ❖ Bactérias são resistentes a maioria dos antibióticos; ❖ Pacientes imunossuprimidos não favorecem a atividade do antibiótico. ✔ Prática de controle: ❖ Prevenção da contaminação de equipamentos estéreis; ❖ Evitar a contaminação de pacientes pela equipe médica ✔ Uso inadequado de antibióticos de amplo espectro deve ser evitado. HAEMOPHILUS INFLUENZAE FISIOLOGIA E ESTRUTURA ✔ Bacilos gram-negativos; PLEOMÓRFICO �Pode variar o seu formato de acordo com o ambiente. Por exemplo: AIM6 Lara Parente a) Cocobacilos escarro de paciente com pneumonia; b) Bacilos finos criança com meningite. ✔ Presente nas membranas mucosas de humanos, principalmente no trato respiratório; ✔ Crescimento necessita de nutrientes: �Hemina (fator X); �NAD (fator V); �Ágar sangue aquecido ágar chocolate. PAREDE CELULAR �LPS com atividade de endotoxina; MEMBRANA EXTERNA �proteínas cepas-específicas e espécies-específicas; CÁPSULA POLISSACARÍDICA (NEM TODAS POSSUEM); ✔ As que possuem cápsula, subdividem-se em seis sorotipos capsulares antigênicos (A-F); SOROTIPO B �Causava a maior parte das doenças graves e invasivas (meningite e septicemia). Mas já a vacina contra o sorotipo B. ⇒ Atualmente, as linhagens não-encapsuladas são as responsáveis pela maioria das doenças PATOGÊNESE E IMUNIDADE ESPÉCIES NÃO ENCAPSULADAS: ❖ Colonizam o trato respiratório superior nos primeiros meses de vida; ❖ Espalham localmente e causam otite média, sinusite, bronquite e pneumonia. ESPÉCIES ENCAPSULADAS (SOROTIPO B): ❖ Incomum no trato respiratório inferior; ❖ Adquire-se de outras pessoas contaminadas. ❖ Causa doenças em crianças não vacinadas (ex: meningite, epiglote, celulite). ✔ Pili e adesinas colonização da orofaringe; ✔ Componentes da parede celular (ex: LPS) comprometem a função ciliar, podendo gerar danos do epitélio das vias respiratórias; ✔ Cápsula polissacarídica antigafocítica ribose, ribitol e fosfato são PRP (polirribitol fosfato) principal fator de virulência H. influenzae tipo B. ✔ Proteases para imunoglobulina IgA1 facilitam a colonização das mucosas interferindo na imunidade humoral. MECANISMO DE PATOGÊNESE (PASSO A PASSO) o Inalação de aerossóis de H. influenzae tipo B o Colonização da nasofaringe fatores de virulência que facilitam a aderência: Pili e adesinas, e proteases para IgA1. o LPS da bactéria compromete a função ciliar ocasionando lesão do epitélio respiratório. o Bactérias podem passar através das células epiteliais e endoteliais, alcançando a corrente sanguínea. o Caso na corrente sanguínea não tenham anticorpos específicos (adquiridos através da vacinação ou por infecções prévias), haverá bacteremia com disseminação para meninges e outros focos. EPIDEMIOLOGIA ✔ Colonizam as membranas mucosas do trato respiratório. ✔ Infecções por H. influenzaetipo B ocorre em crianças que não são imunes e em idosos com imunidade reduzida. AIM6 Lara Parente ✔ Disseminação de pessoa para pessoa. DOENÇAS CLÍNICAS MENINGITE ✔ H. influenzae tipo B causa mais comum de meningite pediátrica antes da vacina. ✔ Doença em pacientes não imunes: ❖ Disseminação de H. influenzae da nasofaringe. ❖ Clinicamente não se diferencia de outras meningites bacterianas ✔ Apresentação inicial: 1 a 3 dias de história de doença no trato respiratório superior suave. ✔ Posteriormente: aparecimento dos sinais e sintomas da meningite. EPIGLOTITE ✔ Celulite e inchaço dos tecidos supraglóticos (epiglote); ✔ Mais comum em crianças; ✔ Sinais e sintomas: ❖ Faringite, febre e dificuldade de respiração obstrução de vias aéreas morte. CELULITE ✔ Doença pediátrica; ✔ Diminuição após vacinação; ✔ Febre e celulite com manchas azul-avermelhadas em bochechas ou áreas periorbital. ARTRITE ✔ É muito incomum; ✔ Doença ocorre em crianças mais velhas e adultos; ✔ Afeta pacientes imunocomprometidos com articulações previamente danificadas. OTITE, SINUSITE E DOENÇAS DO TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR ✔ Ocasionadas principalmente por H. influenzae não encapsulada. ✔ Colonizam pacientes que tem doença pulmonar crônica (Fibrose Cística); ✔ Associação a exacerbação de bronquite e pneumonia. DIAGNÓSTICO ✔ Coleta e transporte de amostra de acordo com o local em que ocorre a infecção: ❖ Sinusite e Otite aspiração direta com agulha; ❖ Pneumonia aspiração do escarro das vias respiratórias inferiores; ❖ Meningite sangue e LCR; ❖ Epiglotite, Sinusite e Artrite sangue (hemocultura). ✔ Microscopia: ❖ Bacilos gram-negativos ❖ Variando em forma: cocobacilos a alongados. ✔ Detecção de antígeno: ❖ H. influenzae tipo B detecção do antígeno capsular TRP ✔ Cultura: ❖ Ágar-chocolate colônias lisas, opacas após 24h ❖ Ágar-sangue cresce em torno de colônias de S. aureus (satelitismo), pois este degrada fatores que iriam inibir o crescimento da H. influenzae. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE ✔ Antibioticoterapia ❖ Pacientes com infecções graves (meningite e epiglotite) cefalosporinas de amplo espectro; ❖ Pacientes com infecções menos graves (sinusite e otites) amoxicilina, azitromicina, doxiciclina ou fluoroquinolona. ✔ Prevenção de infecção por H. influenzae tipo B (APENAS): AIM6 Lara Parente ❖ Imunização ativa com PRP capsular purificado ❖ Crianças: 2 a 3 doses antes dos 6 meses de idade reforço dos 12 aos 15 meses. ✔ Controle: ❖ Quimioprofilaxia rifampicina eliminar a transmissão: crianças com alto risco para a doença e menores de 2 anos em família ou em creche. BORDETELLA PERTUSSIS FISIOLOGIA E ESTRUTURA ✔ Cocobacilos gram-negativos ✔ Aeróbios estritos ✔ Espécies causadoras de doenças em humanos: o B. pertussis coqueluche o B. papapertussis coqueluche de forma mais branda; o B. bronchiseptica o B. holmessi PATOGÊNESE E IMUNIDADE ✔ Infecção por B. pertussis requer: ❖ Exposição ao organismo; ❖ Fixação as células epiteliais ciliadas do sistema respiratório paralisação; ▪ Proteínas adesinas: ● Pertactina ● Hemaglutinina filamentosa ● Fímbrias. ❖ Proliferação bacteriana; ❖ Produção de danos localmente nos tecidos; ❖ Toxicidade sistêmica invasão e disseminação para outras regiões. ✔ Dano tecidual local: ❖ Toxina dermonecrótica Ocasiona quadro de isquemia ❖ Citotoxina traqueal ▪ Inibe o movimento dos cílios ciliostase ▪ Inibe a ação do DNA da célula infectada, não conseguindo mais se replicar. ✔ Toxina pertussis ❖ Responsável pela toxicidade sistêmica ❖ Inativa a proteína Giα que controla a atividade da adenilato ciclase ↑ AMPc ↑ secreções respiratórias e secreção de muco (estágio paraxístico da coqueluche). EPIDEMIOLOGIA ✔ Pertussis ou coqueluche doença exclusivamente humana; ✔ Endêmica em todo o mundo ✔ Vacina implementada em 1949; ✔ Estimativa de 16 milhões de infecções e 200.000 mortes por ano; ✔ Infecção inalação de aerossóis infecciosos. DOENÇA CLÍNICA COQUELUCHE ✔ Doença do trato respiratório ✔ Adquirida através da inalação de aerossóis contendo a bactéria; ✔ Através de suas adesinas fixa-se nas células ciliadas do trato respiratório e irá se proliferar ocasionando a produção de toxinas. ✔ Incubação: 7 a 10 dias sem sintomas, porém de proliferação bacteriana ✔ Apresentação clássica 3 fases: AIM6 Lara Parente CATARRAL ▪ 1 a 2 semanas ▪ Sinais e sintomas rinorreia, mal-estar, febre, espirros, anorexia ▪ Fase onde ocorre o pico de bactérias ▪ Fase de maior risco de contato PAROXÍSTICA ▪ Fase mais grave, com grande quantidade de bactérias no corpo do paciente; ▪ 2 a 4 semanas ▪ Sintomas tosse repetitiva com ruídos, vômitos e leucocitose; ▪ Células epiteliais ciliadas expulsas do trato respiratório pela tosse; ▪ Essa expulsão prejudica a eliminação do muco; ▪ Caracterizada pelos clássicos paroxismo de tosse convulsa. CONVALESCENÇA ▪ 3 a 4 semanas, ou mais ▪ Queda na quantidade de bactérias no corpo do paciente. ▪ Sintomas Tosse paroxística reduzida, desenvolvimento de complicações secundárias (pneumonia, convulsões, encefalopatia) DIAGNÓSTICO ✔ Espécime clínico aspirado da nasofaringe ✔ Cultura de Bordetella: o Suscetíveis a substâncias tóxicas e metabólitos dos meios laboratoriais comuns; o Requer meio suplementado (carvão vegetal, amido, sangue ou albumina). ✔ Teste de amplificação de ácido nucleico variedade de genes ✔ Teste de ELISA detectar anticorpos contra toxina pertussis, hemaglutinina filamentosa, Pertactina e fímbrias. TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE TRATAMENTO: o Uso de suporte durante as fases paroxística e de convalescença Uso de aerossol, respirador artificial, ingestão de líquidos. o Antibióticos Macrolídeos (eritromicina, azitromicina, Claritromicina) Eficazes na erradicação dos organismos. PREVENÇÃO: o 2 vacinas (crianças/adultos) tríplice bacteriana o Administração: ▪ Crianças: 2, 4 e 6 meses e entre os 15 a 18 meses, 5 doses (administração entre 4 a 6 anos) ▪ Adultos: entre 11 e 12 anos e depois entre 19 e 65 anos. MEDIDA PROFILÁTICA � Uso de azitromicina em caso de pessoas que nunca foram vacinadas e que entraram em contato com pessoas doentes.
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