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Endocitose e Exocitose São mecanismos que a célula utiliza para captar do meio extracelular soluto, macromoléculas, partículas para o seu interior com o objetivo de, por exemplo, obter nutrientes, sais minerais, ou até mesmo, em caso de células do sistema imune, capitar elementos patógenos exógenos para sua destruição. E em contrapartida, existem mecanismos que as células se valem para expulsar componentes do meio intracelular e essa liberação de componentes pode ser por uma via secretória, onde tem a liberação de hormônios, por exemplo, na corrente sanguínea ou, simplesmente, a liberação de restos do produto da digestão. O mecanismo de captação é chamado de endocitose, enquanto o mecanismo de liberação, de secreção, é chamado de exocitose. Endocitose é um mecanismo que internaliza moléculas na célula A endocitose é o mecanismo de internalização moléculas para a célula, e esses componentes que são captados podem ser: macromoléculas, substâncias particuladas e, em casos especializados, em células do sistema imune (macrófago, neutrófilo), terá a captação de outra célula, por exemplo, fragmentos celulares de uma célula que acabou de morrer ou a internalização de um fagocito. A endocitose é dividida em fagocitose e pinocitose. Fagocitose - tem a formação de estruturas que são chamadas de pseudópodes, que são prolongamentos da membrana que tem como objetivo envolver a partícula que necessita ser fagocitada. Quando a estrutura for internalizada e separada do citosol por uma vesícula, essa estrutura é chamada de fagossomo. Pinocitose – são pequenas invaginações na membrana com o objetivo de captar fluidos e solutos, pequenas partículas. Isso é um processo constituinte da membrana, não existe uma via que deflagre a formação dessa pinocitose, mas é muito importante para a captação de uma série de macromoléculas presentes no meio extracelular. Células fagocíticas especializadas podem interagir grandes partículas Dentro das diferentes células presente no corpo, as mais importantes no sentido de fagocitose são as células do sistema imune, principalmente macrófagos e neutrófilos. Neutrófilos já é uma célula ativada, é uma célula que fica circulando pelo sistema circulatório/sanguíneo, e no momento que existe um processo inflamatório, uma lesão tecidual, esse neutrófilo deixa a circulação por diapedese - ele se adere ao epitélio do capilar, sai da circulação e vai em direção ao foco da inflamação, do dano tecidual. Macrófagos são ativados durante o processo inflamatório, eles são monócitos ainda na forma inativada, e aí, quando ele entra no tecido e esse tecido passa por um tipo de anomalia, esse monócitos se diferencia no macrófago. Ambos, macrófagos e neutrófilos, são conhecidos como fagócitos profissionais, tem a sua função proeminente em fagocitar células mortas, em fagocitar patógenos que adentraram ao organismo. Um fato importante é que esses macrófagos e neutrófilos precisam diferenciar uma célula saudável de uma célula morta, por exemplo, eles precisam identificar um patógeno dentro do organismo. Como se dá esse processo de reconhecimento? Três estratégias são empregadas por estas células para diferenciar uma célula morta de uma célula viva. - Por exemplo, uma célula viva apresenta uma membrana regular, lisa e uma célula que morreu não tem essa característica. Isso funciona como um mecanismo de identificação de célula em dano ou célula morta. - Um outro ponto importante é que a maioria das células, quase todas, apresenta o revestimento de carboidratos (dado por glicoproteínas, glicolipídios, proteoglicanos). Essa capa de carboidratos indica que aquela célula é saudável, células que estão morrendo, ou patógenos, não apresentam esta capa de carboidratos revestindo a estrutura. Isso serve como um sinal para o macrófago fagocitar aquela célula. - E, por fim, tem o próprio sistema imunológico produzindo anticorpos. No caso de patógenos, são produzidos anticorpos contra um antígeno específico, uma proteína específica, naquele patógeno. E esses anticorpos vão se ligar a essas estruturas do patógeno e vão sinalizar para macrófagos e neutrófilos fagocitar aquela estrutura, Além disso, o próprio sistema complemento também interage com anticorpos e, em conjunto, vão opsonizar este patógeno para destruição. Essas estratégias, que são empregados, impedem que macrófagos e neutrófilos fagocitem/destruam células que não deveriam ser destruídas. A fagocitose é um evento desencadeado por receptores de superfície Uma estratégia utilizada pelos fagócitos profissionais se dá através da produção de anticorpos por células do sistema imune, que vão otimizar essa capacidade de reconhecimento do patógeno. Apesar de neutrófilos e macrófagos serem células fagocíticas, eles apresentam diferentes capacidades de fagocitose. O neutrófilo tem capacidade de fagocitar até 30 bactérias antes de ser inativado e morrer. O macrófago tem uma capacidade muito maior de fagocitose, pode fagocitar até 100 partículas/bactérias. Independente disso ambos podem ser ativados, ter a sua capacidade fagocítica ativada, via o reconhecimento de anticorpos, que são produzidos por linfócitos e esses anticorpos se ligam a receptores presentes na membrana do patógeno. Esse anticorpo é produzido a partir de um antígeno, uma proteína, presente na membrana do patógeno. Esse anticorpo se liga via cauda Fc ao receptor presente no macrófago/neutrófilo, enquanto a estrutura em V (Fab) desse anticorpo vai se ligar ao antígeno presente no patógeno. Nesse processo de reconhecimento de macrófago/neutrófilo com patógeno ligado a anticorpo, isso desencadeia uma cascata de sinalização celular que culmina em modificações do citoesqueleto que, neste caso, é a formação dos falsos pés (pseudópodos) para levar a fagocitose desse patógeno. A formação desse pseudópodos depende dos filamentos de actina, depende da despolimerização dos filamentos de actina e polimerização, para estender a membrana em direção a bactéria. Esse processo de despolimerização e polimerização depende das proteínas G monoméricas, aqui temos a Rho, que é uma proteína G monomérica desencadeando esse processo de polimerização do filamento de actina para formar o pseudópodo. Essa formação depende do PI(4,5)P2 (fosfatidil de inositol 4, 5 bifosfato) para formar o pseudópodo. Mas para fechar o pseudópodo em volta da bactéria, esse fosfolipídio precisa ser fosforilado, e quem desencadeia essa fosforilação é a PI3-cinase, que também pode ser ativada pelas GTPases monoméricas. No momento que esse componente é fosforilado, forma PI(3,4,5)P3 (fosfatidil de inositol 3,4,5 trifosfato) e esta modificação induz o fechamento do pseudópodo em volta do patógeno. Aí tem a formação de um fagossomo que, ao ser internalizado, vai se associar com o lisossomos para induzir a destruição desse patógeno. A célula então vai captar todos os nutrientes necessários que podem ser utilizados (aminoácidos, ácidos graxos, carboidratos) e o que sobra vai ser excretado/secretado da célula por uma via de exocitose. Apoptose requer uma fagocitose organizada Vale lembrar a questão crucial da fosfatidilserina em células que estão sofrendo apoptose. Uma célula normal apresenta a fosfatidilserina (fosfolipídio de membrana) presente exclusivamente no folheto interno, essa fosfatidilserina apresenta uma carga resultante negativa. No momento que a célula entra num processo de apoptose, esses fosfolipídios, que antes estavam no folheto interno, são translocados para o folheto externo, deixa o folheto interno numa célula saudável e vão para o folheto externo no momento que essa célula entra em processo de apoptose. A translocação de um fosfolipídio, de uma camada para outra, é um evento energeticamente desfavorável, por si só isso demoraria para acontecerjá que a cabeça do fosfolipídios é hidrofílica e o interior da bicamada lipídica é hidrofóbico devido as longas caudas de hidrocarbonetos. Esse processo de translocação é catalisada por enzimas específicas, pode ter uma flopase ou uma flip-flopase, desencadeando esse movimento dos fosfolipídios. No momento que a fosfatidilserina passa a ser localizada no folheto externo, a carga negativa da fosfatidilserina funciona como um sinal que indica para o fagócito profissional que aquela célula está morrendo e precisa ser fagocitada. E aí tem a projeção dos pseudópodos via remodelagem dos filamentos de actina, e englobamento dessa célula que tá morrendo para que o conteúdo dela não extravase para células vizinhas que estão saudáveis, porque dentro desta célula que tá morrendo eu tenho uma série de sinais que estão sendo liberados, via mitocôndria por exemplo, que são indutores de morte. Se esses sinais extravasam da célula, podem levar a morte células vizinhas saudáveis que não estão em processo de apoptose. Por isso é tão importante esse mecanismo de sinalização, para impedir que essa célula que está morrendo induza, de maneira errônea, a morte de células saudáveis. A pinocitose ocorre através de fossas revestidas por clatrina Que é um evento mediado por sinalização celular, a pinocitose ocorre de maneira constitutiva. O que é isso? Independente de sinais, uma célula que sofre pinocitose, sofre de maneira constante, sem nenhum tipo de regulação. E, basicamente todas as células do corpo realizam pinocitose, obviamente em taxas diferentes, mas todas elas constantemente estão captando fluídos, pequenos de solutos do meio extracelular. O macrófago ingere 25% do próprio volume em fluídos a cada hora. Fibroblastos, por sua vez, endocitam numa relação mais baixa, 1% por minuto. Mas o macrófago e fibroblastos não modificam a área de superfície de membrana, não modificam seu volume, porque ao mesmo tempo que há essa pinocitose, que há esse ganho de membranas e fluídos, ao mesmo tempo também existe uma perda por exocitose. Desta forma a exocitose contra a balança esse ganho de vesículas de volume por pinocitose, porque se não houvesse esse balanço, a célula poderia ganhar muito volume e perder membrana. A pinocitose ocorre através de vesículas revestidas de clatrina. No momento que ela se torna carregada de fluidos e pequenos solutos, ela se desprende da membrana e, no momento que se desprende, rapidamente a cobertura de clatrina é perdida, todo processo de estruturação dessa vesícula é pedido devido aquelas modificações que ocorrem nos fosfolipídios de inositol presente na membrana que, à medida que são modificados, alteram a afinidade de proteínas adaptadoras para membrana. Estima-se que até 2500 vesículas revestidas de clatrina deixam a membrana de um fibroblasto a cada minuto. Então é muito intenso esse processo de pinocitose que ocorrem nessas células e muito importante para a própria fisiologia celular. Fossas revestidas de caveolinas também são responsáveis pela pinocitose Além das próprias vesículas revestidas de clatrina presente na superfície de células, uma outra estrutura também é responsável por induzir pinocitose, e nesse caso tem invaginações que são revestidas por uma outra proteína chamada de caveolina. E as caveolinas, ou cavéolas, se originam de regiões onde a fluidez da membrana é reduzida (balsas lipídicas). Estas balsas lipídicas é uma região da membrana cuja espessura é maior quando comparada ao entorno, as regiões fora da balsa, porque esta balsa apresenta fosfolipídios com cadeias muito longas e algumas saturadas, isso contribui para redução da fluidez da membrana nessa balsa lipídica, além da presença obviamente do próprio colesterol que está reduzindo também a fluidez da membrana. Essas balsas lipídicas também apresentam proteínas que estão ancoradas a elas por essa alça de GPI (glicosilfosfatidilinositol). E nessa estrutura tem a proteína caveolina, que se conecta a membrana por uma alça hidrofóbica e se liga por alça hidrofílica a uma outra caveolina, formando então a estrutura revestida que gera essa invaginação, essa cavéolas, que é facilmente visível ao microscópio eletrônico de transmissão. A partir de mecanismos, também intracelulares dependente de dinamina, ocorre a ruptura desta vesícula recoberta de caveolina para o citosol da célula. Essa cavéola é um sítio de sinalização celular por ser uma região com baixa fluidez. As células importam moléculas por mecanismos dependentes de receptor Foi visto até o momento, uma endocitose dependente da formação de pseudópodos via fagocitose, uma endocitose de fluídos e pequenas partículas via pinocitose, e agora veremos uma endocitose dependente de receptor, também é uma via constitutiva, mas a partícula que está sendo captada depende da ligação dessa partícula com seu respectivo receptor. Isso acontece na importação de LDL, que é uma lipoproteína (uma estrutura vesicular circulante na circulação sanguínea responsável pelo transporte de lipídios) tem diferentes lipoproteínas, HDL, LDL, VLDL, IDL, e no exemplo, que é dependente desses mecanismos de endocitose via receptor, tem LDL (lipoproteína de densidade leve), essa lipoproteína é uma vesícula formada por apolipoproteínas (estruturas proteicas), fosfolipídios e colesterol. Dentro dela existe uma grande quantidade de lipídios e, no caso do LDL, de ésteres de colesterol (colesterol no estado extremamente hidrofóbico). Essa partícula de LDL precisa ser captada por células que utilizam como matéria-prima o colesterol, então tem células esterotogênicas que vão sintetizar hormônios, por exemplo, ou células hepáticas que vão captar esse LDL para utilizar o colesterol na síntese de ácidos biliares. Para que essas células utilizem esse LDL, elas necessitam do receptor de LDL que vai induzir então uma endocitose mediada por receptor. O receptor de LDL apresenta um sítio de ligação para partículas de LDL no meio extracelular e, no meio intracelular, existe um sítio de ligação para proteínas adaptadores, que também se conectam a clatrina para formar fossa revestida de clatrina. No momento que existe um carregamento abundante de LDL, a fossa ela se desprende da membrana formando a vesícula revestida de clatrina. Esse revestimento é perdido e o LDL vai ser utilizado para as vias necessárias biossintéticas. Entretanto, o receptor é novamente inserido na membrana por uma vida de reciclagem. Essa Imagem mostra que a estrutura presente na partícula de LDL, que é reconhecida pelo receptor, é a apoproteína B-100. Então a apoproteína B-100 se liga o receptor, toda a estrutura é internalizada. Internamente tem a separação do LDL do seu receptor, que entra numa via de reciclagem, para ser novamente colocada na membrana. O LDL vai ser entregue para os lisossomos para ser degradado e liberar o colesterol. O colesterol então, pode entrar na síntese de hormônios ou na síntese de ácidos biliares. Excesso de colesterol inibe a síntese de colesterol, já que nós temos capacidade de sintetizar colesterol, e esse excesso estimula também a estocagem do colesterol como inibe a síntese do próprio LDL. Existem mecanismos regulatórios onde o próprio colesterol vai inibir a síntese do receptor de LDL. E existem indivíduos que apresentam receptores defectivos, ou seja, receptores não funcionais, o receptor desse indivíduo pode, por exemplo, não reconhecer a partícula de LDL, ou o receptor pode não se ligar as proteínas adaptadoras. Existem casos que o indivíduo não expressa o receptor e, por consequência, esses indivíduos apresentam altos níveis de LDL na circulação sanguínea e apresentam grandes chances de desenvolver algum tipo de problema cardiovascular, placas de aterosclerose por exemplo, que vão dificultar o fluxosanguíneo. Pode ter uma placa de aterosclerose que vai se romper e cair num pequeno vaso, no coração pode levar um infarto, no cérebro pode levar um derrame, enfim, é extremamente danoso, indivíduos que sofrem dessas anomalias normalmente morrem cedo devido a esses problemas cardiovasculares. Esses indivíduos se valem de alguns medicamentos para combater excesso do colesterol como, por exemplo, os fármacos da classe das estatinas, sinvastatina é um componente que inibe a síntese de colesterol interna, então se inibe a síntese de colesterol, ao reduzir os níveis de colesterol, a célula passa novamente a sintetizar LDL, aumentando os níveis do receptor de LDL na membrana, e quanto mais receptores de LDL na membrana maior é a chance de captar partículas de LDL da circulação, o que diminui o risco de desenvolver problemas cardiovasculares. Os materiais endocitados que não são retirados dos endossomos terminam nos lisossomos O material que não é levado para reciclagem, que foi um endocitados, ele termina nos lisossomos. Inicialmente essas vesículas que são endocitadas por pinocitose, via clatrina ou caveolina, vão parar no chamado endossomo inicial. E desse endossomo inicial, esse componente é enviado para o endossomo tardio, que já apresentam uma acidez alta, o que leva o início da degradação dos componentes. Que termina quando eles formam os lisossomos, que é um ambiente extremamente ácido. Os restos serão eliminados por exocitose. Destinos das proteínas receptoras transmembrana que foram endocitadas O receptor que foi endocitado junto com a estrutura de interesse, tem alguns destinos: - Esse receptor pode ser colocado novamente na membrana pelo mecanismo de reciclagem; - Entretanto, esse mesmo receptor que foi internalizado pode ser colocado na membrana, mas num local diferente de onde foi retirado, esse mecanismo é chamado de transcitose. Essa transcitose se dá pela inserção desse receptor numa região distinta da que ele foi retirado; - Tem alguns receptores que podem ir para uma via de degradação. As proteínas específicas são removidas dos endossomos iniciais e devolvidas para a membrana plasmática A via de reciclagem de receptor LDL. O LDL é internalizado via o seu receptor no complexo revestido de clatrina, ocorre a perda do revestimento e ele levado para o endossomo inicial, e daqui ocorre a separação do LDL do seu receptor, que é levado então para a membrana novamente, numa via de reciclagem, em quanto que o LDL vai ser destruído em lisossomos. Isso também acontece no transporte de ferro. O ferro é um íon extremamente importante para uma série de questões fisiológicas, a própria transferência de elétrons da cadeia transportadora de elétrons é rica em ferro, muitas enzimas apresentam ferro, o transporte de transporte de oxigênio já que é hemoglobina do grupamento M apresenta ferro, então ferro é importante e esse ferro precisa ser captado pelas células. Só que o ferro ele não é transportado livremente pelo sangue, ele é transportado ligado a uma proteína chamada de transferrina. A transferrina, ligada ao ferro, é endocitada, via vesículas revestidas de clatrina, por um receptor que está presente nessa fossa revestida de clatrina. No momento que a vesícula é formada e perde-se o revestimento, essa estrutura é enviada até o endossomo. Dentro do endossomo tem um pH mais ácido quando comparado ao pH da vesícula. Esse pH ácido induz a dissociação do ferro da transferrina. No momento que esse ferro deixa a transferrina, ela passa a se chamar apotransferrina e, o complexo apotransferrina e receptor continua unido. E toda a estrutura elevada para uma via de reciclagem, para ser novamente colocado na membrana. Como pH do fluido extracelular é mais básico isso induz a dissociação da apotransferrina do receptor, para que ela possa novamente se ligar um ferro e iniciar todo o ciclo de endocitose. A transcitose transfere macromoléculas através de camadas de células epiteliais O processo de transcitose é relacionado com a transferência de um receptor de uma região celular para uma outra região, para uma região oposta. Isso acontece, por exemplo, na captação de anticorpos provenientes do leite materno. O anticorpo, ao chegar no intestino, se liga receptores de Fc localizados na parte apical do enterócito. O complexo receptor- anticorpo é internalizado e direcionado para o endossomo inicial. Do endossomo inicial, esse complexo é direcionado por um endossomo intermediário chamado de endossomo de reciclagem. E, do endossomo de reciclagem, parte vesículas contendo complexo receptor-anticorpo que são destinados então para a região basolateral. Quando esse complexo chega, por apresentar um pH básico, diferente do lúmen do intestino, que vem do estômago, e por essa forma tem um pH mais ácido, esse anticorpo é liberado no interstício e depois cai na corrente sanguínea. Constantemente existem vias de reciclagem mandando vesículas novamente para região apical, justamente para não alterar a superfície celular. Já que a superfície está perdendo a vesícula, é preciso ter uma via secretória de exocitose, que joga esses componentes novamente para membrana. Existem endossomos de reciclagem especializados. Como que acontece na sinalização da insulina. A insulina é um hormônio liberado pelas células beta-pancreáticas, que tem como finalidade aumentar a captação de glicose por células especializadas, como adipócitos e células musculares. Esse aumento da capacidade de captação de glicose ocorre porque quando a insulina se liga ao seu receptor ela ativa uma via de sinalização que leva um aumento da expressão de transportadores de glicose na membrana. Esses transportadores se encontram estocados nos endossomos de reciclagem. No momento que o sinal é deflagrado, vesículas contendo esses transportadores são colocadas na membrana, aumentando a quantidade dos transportadores de glicose na membrana, aumentando a sua captação. No momento que o sinal da insulina é perdido, esses transportadores são retirados da membrana novamente ficando com a quantidade inicial. Isso então mostra a importância da transcitose, a importância desses endossomos de reciclagem, em diferentes contextos celulares, demonstrando o quanto endocitose e exocitose são importantes para célula.
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