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Lesão celular

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LESÃO CELULAR, ACÚMULOS E DEPÓSITOS 
 
Esquema mostra os possíveis caminhos seguidos pela célula. 
Inicialmente, ela se encontra em 
homeostasia, mas a todo 
momento o nosso organismo 
está sofrendo estímulos nocivos 
ou até estresse de alguma 
forma, assim a célula que se 
encontra em seu estado normal 
(homeostase), através desses 
estímulos ela pode sofrer uma 
adaptação (dependendo da sua 
capacidade de se adaptar) ou 
podem até mesmo sofrer uma 
lesão. 
Essa lesão pode ser de forma 
leve e transitória sendo uma 
lesão reversível, onde a célula 
volta ao seu estado de 
homeostasia normal após 
cessar aquele estímulo nocivo. 
Ou esse estímulo pode ser de uma forma mais intensa e progressiva levando esta lesão a 
um estágio irreversível, a célula não volta ao seu estágio inicial. A lesão irreversível progride 
para morte celular, que pode ser através da necrose ou apoptose. 
 
Mecanismos de lesão celular 
 
Há vários mecanismos que geram a lesão celular, que depende sempre dessas variáveis: 
▪ Tipo de lesão (podemos entender como o agente etiológico), sua duração e gravidade 
▪ Tipo, estado e adaptabilidade da célula lesada (capacidade de adaptação da célula 
lesada e o estado de que se encontra de viabilidade) 
▪ Múltiplos mecanismos e alvos celulares (ocorrendo ao mesmo tempo) 
 
Este gráfico mostra a relação da duração 
do estímulo da lesão com efeito que ela 
provoca na célula. 
Ao mesmo tempo que vemos o declínio 
da função celular, vemos que aumenta 
as alterações bioquímicas, as alterações 
estruturais e as alterações morfológicas 
(microscópicas e macroscópicas). 
Então, chega um ponto de declínio dessa 
função celular que ela não retorna mais, 
que a lesão passa ser irreversível que se 
torna-se impossível a célula voltar o seu 
estágio inicial de homeostase. 
 
CÉLULA NORMAL 
(homeostasia) 
LESÃO 
REVERSÍVEL 
LESÃO 
CELULAR 
ADAPTAÇÃO 
LESÃO 
IRREVERSÍVEL 
NECROSE APOPTOSE 
Leve, 
transitória 
Estímulos 
nocivos 
Estresse 
Incapacidade 
de se adaptar 
Intensa, 
progressiva 
MORTE 
CELULAR 
Causas de lesão celular 
 
A principal causa de lesão celular, a mais frequente, é a hipóxia. 
Hipóxia é a privação do oxigênio, pode ser uma privação de oxigênio de forma total ou apenas 
parcial, a redução da respiração oxidativa aeróbica naquele tecido. 
A redução da capacidade de transporte de O2 no sangue pode ser causado por uma lesão 
isquêmica, uma isquemia causando essa redução do fluxo sanguíneo e que diminui a 
quantidade de oxigênio naquele tecido. Também pode ser provocada pela insuficiência 
cardiorrespiratória. 
 
Outros agentes também podem levar a lesão celular: agentes físicos, agente químicos e 
agentes infecciosos. 
 
As reações imunológicas também podem causar lesão celular, pois nosso corpo está 
respondendo o tempo todo os vários estímulos. Então a reação imune ao agente externo 
além de eliminar o agente agressor também pode lesionar células e tecidos. 
Também temos as reações lesivas aos antígenos endógenos, ou seja, o nosso corpo não 
reconhece nossas moléculas do próprio corpo como sendo próprios, eles reconhecem como 
se fossem antígenos, daí as causas das lesões autoimunes, das doenças autoimunes, é uma 
reação do nosso organismo contra componentes do nosso próprio corpo. 
 
Tem também os defeitos genéticos e os desequilíbrios nutricionais, tanto excesso quanto 
deficiência de determinados componentes/nutrientes causando assim lesão celular. 
 
Este esquema mostra uma visão geral de como ocorre uma lesão celular. 
A célula apresenta homeostase e, através de algum estímulo, começa a sofrer a lesão. 
Inicialmente se consegue ver a tumefação, o aumento desse volume celular, o aumento de 
suas organelas. Começa a haver formação de bolhas na sua membrana e, com isso, a 
cromatina, numa tentativa de proteger o material genético, começa a aglomerar no interior do 
núcleo. Mas, cessando o estímulo, a célula começa a se recuperar voltando ao normal. A 
tumefação vai se refazendo e a célula vai voltando ao seu tamanho normal, ao seu estado 
normal de homeostasia. São lesões reversíveis. 
 
A imagem A mostra os túbulos 
renais normais e a B uma lesão 
isquêmica reversível, está 
faltando o fluxo de oxigênio nesse 
local (túbulos renais) e as células 
começam a ficar desorganizadas. 
Comparando as duas figuras dá 
para ver a desorganização 
estrutural da célula na figura B. 
Com a lesão isquêmica começa a 
ter as alterações metabólicas, as 
alterações bioquímicas e 
estruturais causando alterações morfológicas, então vemos alterações na forma dessa célula. 
 
Neste corte histológico podemos ver células entumecidas bem na região central do epitélio 
(que é toda essa faixa mais 
arroxeada). Na sua periferia 
vemos as células mais densas, 
mais compactadas e núcleos 
mais próximos e nessa área mais 
central (onde estão as setas) 
vemos as células mais 
entumecidas, mais pálidas e 
mais edemaciadas. É uma lesão 
celular que, após cessar o 
estímulo, a célula vai voltar ao 
normal. 
 
 
Como as células estão entumecidas a 
diferença das células dessa periferia (mais 
arroxeadas) que estão mais próximas e 
bem mais unidas, e nessa região central, as 
células estão bem mais expandidas. Sinal 
de lesão reversível. 
 
 
 
 
Degeneração e acúmulo 
 
Degenerações e acúmulo são lesões reversíveis secundárias às alterações bioquímicas, ou 
seja, elas acontecem a partir de alterações bioquímicas que resultam numa retenção anormal 
de substâncias tanto endógenas ou exógenas no interior dessas células. 
 
Acúmulos 
▪ Transitórios ou permanentes, intracelular e/ou extracelular 
▪ Constituintes normalmente sintetizados por células normais, ou seja, se dão por 
substâncias que são sintetizadas por células normais no nosso organismo. 
Acúmulo de água, lipídios, proteínas, carboidratos, pigmentos. Todas essas substâncias são 
produzidas, normalmente, pelo nosso corpo que, através de algum distúrbio, elas podem se 
acumular. 
 
Depósitos 
▪ Substâncias inexistentes habitualmente nas células ou matriz celular, não são 
produzidas normalmente pelo organismo. Então podemos dividi-las em: 
Endógenas: produtos da síntese metabólica anormal ou pigmentos (síntese que vem do 
próprio organismo) 
Exógenas: minerais, pigmentos, produtos de agentes infecciosos (fonte externa) 
 
Todo acúmulo pode gerar uma lesão que chamamos de degeneração. 
▪ Água → Degeneração hidrópica 
▪ Lipídio → Degeneração gordurosa ou esteatose ou lipidose 
▪ Proteína → Degeneração hialina 
▪ Muco → Degeneração mucóide ou mucopolissacaridose 
▪ Carboidrato → Degeneração glicogênica 
 
Mecanismos de acúmulos intracelulares 
 
1. Uma célula normal, mas apresenta o metabolismo anormal para o metabolismo da gordura, 
isso pode acontecer no fígado. Podendo ser alguma alteração enzimática, algum problema 
no transporte dessa enzima que metaboliza a gordura e não vai acontecer esse metabolismo, 
essa gordura não vai ser degradada então ela vai ficar acumulada no interior dessa célula. 
2. Uma mutação proteica, uma proteína que não exerce o seu papel quebrando alguma etapa 
do metabolismo gerando anomalias, gerando acúmulo desses materiais na célula. 
 
 
Degeneração hidrópica 
 
Degeneração hidrópica é o acúmulo de água no interior da célula, no citoplasma. 
→ Aqui vemos um aumento de volume 
celular e do citoplasma pálido. A célula fica 
mais pálida, mais entumecida, mais 
inchada. Então ela está cheia de água. 
Geralmente acontece por um desequilíbrio 
na bomba hidroeletrolítica (lembrando da 
ação da bomba sódio-potássio que faz 
esse transporte de íons pela membrana da 
célula). Alguma alteração nessa bomba 
eletrolítica causa esse distúrbio e acontece o acúmulo de água dentro da célula. 
Isso é muito fácil de acontecer por qualquer trauma nessa membrana celular, porque as 
bombas se localizam na membrana celular, então qualqueralteração na membrana celular 
pode causar esse distúrbio. 
No epitélio bucal isso é muito fácil de acontecer pela mastigação, pela fala, pela ação dos 
alimentos é um tecido que está em constante trauma, então essa degeneração é muito 
comum de acontecer. E, cessando o estímulo, o tecido volta ao normal. 
 
Degeneração hialina 
 
Degeneração hialina é por acúmulo de proteínas. 
→ Aqui tem gotículas de reabsorção nos 
túbulos renais proximais, a célula mostra 
várias gotículas se acumulando no 
interior das células. São, geralmente, 
pacientes onde tem uma produção 
aumentada de proteína, principalmente 
excesso de proteína na urina, onde 
vemos em pacientes diabéticos. Então, 
com paciente que tem proteinúria, 
geralmente as proteínas ficam 
acumuladas no interior das células, 
principalmente nos túbulos renais. 
 
 
Proteínas 
A proteína se acumula na região intracelular através dessas gotículas, podem formar 
corpúsculos de Mallory ou corpúsculos de Russel. 
Os corpúsculos de Mallory ficam no citoesqueleto da célula, formam pequenos corpúsculos, 
pequenas gotículas no citoesqueleto espalhadas por toda célula. 
O corpúsculo de Russell é mais específico quando essa proteína se acumula no interior de 
um plasmócito, que são imunoglobulinas. O plasmócito que produz um excesso de 
imunoglobulina e não libera, ficando esse acúmulo dentro dele. Na imagem, veja um 
plasmócito bem cheinho bem gordinho, em volta os outros normais, e esse marcado pela seta 
está com acúmulo de gotículas de urina. 
 
 
→ Um corte histológico mostrando essas 
áreas mais densas e rosadas, mostrando a 
degeneração hialina com acúmulo de proteína 
no citoesqueleto. Corpúsculos de Mallory. 
 
 
Corte histológico mostrando os corpúsculos de  
Russel. Dois plasmócitos bem entumecidos, 
completamente preenchidos por proteínas, bem 
rosados. 
 
 
 
 
→ As proteínas também podem se acumular no 
meio extracelular, formando esses corpúsculos 
amiláceos, eles se acumulam na matriz 
extracelular. 
 
 
 
 
 
 
Neste corte histológico, também  
mostra o acúmulo entremeando as 
células, também na matriz. 
 
 
 
 
 
 
Degeneração gordurosa (esteatose) 
 
Degeneração gordurosa, também chamada de esteatose, onde a gordura vai substituir as 
células normais. 
 
 
 
→ Onde tem as áreas 
circulares brancas, chamadas 
de área negativa, na verdade 
estaria preenchida por gordura. 
Só que durante o preparo da 
lâmina a gordura se desfaz e 
fica apenas um espaço que ela 
preenchia. 
 
 
 
 
Lipídios 
Esteatose: acúmulo intracelular dos triglicerídeos. Principalmente nos órgãos: fígado, coração 
e músculo esquelético. 
Etiopatogenia: toxinas, desnutrição, diabetes e obesidade. 
O fígado, na verdade, é mais atingido. Geralmente por toxinas vindo de alimentos, a 
desnutrição também (falta de nutrientes) e em pacientes com diabetes e obesidade essa 
gordura se acumula no fígado. 
 
→ Visão macroscópica de um fígado com esteatose. Nota-se 
a coloração bem amarelada do fígado, então já é a coloração 
da gordura acumulada nesta peça. Então, aspecto 
macroscópico do fígado: bem amarelado. 
 
 
→ Lóbulo hepático normal, com hepatócitos formando vários 
glóbulos com a sua estrutura normal, sua morfologia normal. 
Hepatócitos bem rosados. 
 
 
 
 
→ Lóbulo hepático já sendo substituído por células gordurosas. 
O acúmulo de gordura nos hepatócitos. Todas essas áreas 
circulares esbranquiçadas, são áreas negativas onde eram 
preenchidas por gorduras. 
 
 
 
 
 
Degeneração glicogênica 
 
A degeneração glicogênica que é o 
acúmulo de glicogênio nas células 
(intracelulares). Também encontrado 
no rim, no fígado e no pâncreas de 
pacientes diabéticos. 
Pacientes diabéticos costumam 
apresentar vários desses acúmulos. 
 
 
Carboidratos 
São alterações encontradas em indivíduos com 
anormalidades no metabolismo da glicose ou do glicogênio, 
principalmente em indivíduos diabéticos. 
As glicogenoses se acumulam no fígado, rim e coração. 
 
→ Mostrando, no rim, esse acúmulo mais rosado no 
glicogênio e em todo o núcleo. 
 
 
 
→ Micrografia eletrônica que mostra o G, mostra o acúmulo do glicogênio 
no núcleo da célula. Como ele se acumula, a quantidade de glicogênio 
empurrando todo o material genético para a periferia. 
 
 
 
Muco 
 
O muco pode se acumular tanto intracelular como extracelular. 
Quando ele se acumula no interior da célula, altera a morfologia dessa 
célula causando anéis de sinete (alteração denominada de células em 
anel de sinete). A célula fica mais arredondada com núcleozinho na 
ponta, parecendo um anel. 
Quando o muco se acumula no exterior da célula, na matriz 
extracelular, ele vai empurrando as células para o lado. 
→ Aqui parece que as células estão 
borradas, estão esgarçadas, o núcleo 
se acumula nesse interior formando espaços negativos, 
abrindo espaço entre as células. Então, entre as células ali 
no tecido, fica essas áreas esbranquiçadas que é o acúmulo 
de muco na parte extracelular, é um extravasamento desse 
muco (denominado de fenômeno de extravasamento de 
muco). 
 
 
Pigmentações 
 
As pigmentações são outros tipos de substâncias que se acumulam no nosso organismo. É 
um processo de formação, acúmulo ou depósito, que pode ser normal ou patológico, desses 
pigmentos no organismo. Tem pigmentos endógenos e pigmentos exógenos. 
Endógenos: melanina, hemossiderina e lipofuscina. 
Exógenos: carbono e tatuagem. 
 
Melanina 
É o pigmento que todos tem, um mais outro menos, e dependendo dessa quantidade que tem 
de melanina no organismo que vai ter a tonalidade da pele, dos pelos e cabelos. 
A melanina é produzida pelo 
melanócito. 
Melanócito é uma célula que fica na 
camada basal da derme e produz 
esses grânulos de melanina, 
dependendo do grau de produção. 
Eles são ativados pela luz solar, 
tanto que quando pegamos sol 
nossa pele muda pigmentação. 
Então possuem prolongamentos 
que, através desses 
prolongamentos, os grânulos vão se 
deslocando e sendo transferido para os queratinócitos normais, para os queratinócitos 
absorverem a melanina que vão dar a tonalidade a nossa pele. Então a melanina não é 
produzida em todas as células da pele, são produzidas pelos melanócitos e são transferidas 
através dos prolongamentos dos melanócitos para os outros queratinócitos do epitélio. 
 
→ Corte histológico para ver bem essa coloração 
mais acastanhada dentro do melanócito. Ele fica 
na camada basal e se vê o prolongamento do 
melanócito cheio de grânulos acastanhados, e 
esses grupos estão sendo transferidos para os 
outros queratinócitos. Se vê que os grânulos estão 
chegando as células mais superficiais e se 
espalhando por todo o epitélio. 
 
 
 
 
→ Corte histológico mostrando a camada bem 
marcada, bem delimitada, dessa coloração 
acastanhada, mostrando a produção de 
melanina pelos melanócitos e sendo transferida 
para as células mais superficiais. 
 
 
 
 
→ Produção anormal da melanina causando uma alteração 
patológica, é uma neoplasia maligna – melanoma, que é 
uma produção anormal de melanina. Na boca não se 
costuma ter essa produção de melanina, então é uma 
produção anormal causando uma neoplasia maligna. 
 
 
 
Hemossiderina 
É o excesso de ferro, que gera formação de grânulos de hemossiderina. Ela agrega com a 
ferritina e forma agregados de hemossiderina na célula. Na verdade, é quando ocorre uma 
hemorragia, as hemácias são extravasadas e há o excesso de ferro nesse local no organismo, 
e os macrófagos vão ser ativados para degradar aquela hemoglobina extravasada das 
hemácias do local que houve uma hemorragia e o ferro começa a ser convertido, começa a 
ser degradado em biliverdina (que dá a coloração esverdeada) e em bilirrubina (vermelhada) 
e quando incorporado pela ferritina ele dá origem a hemossiderina. 
 
→ Quando ocorre uma hemorragiadurante uma 
equimose (famoso roxo) vai mudando essa coloração 
através do processamento do ferro daquele local, então 
fica biliverdina (meio esverdeado), mais avermelhada, 
arroxeada, até ficar acastanhado (coloração da 
hemossiderina). 
 
 
 
→ Dentro da célula consegue ver essa coloração 
mais acastanhada. Quando se vê isso no corte 
histológico, já imagina que aquele local sofreu uma 
hemorragia, pode ter sido por um trauma, por um 
corte, onde houve extravasamento de sangue - 
hemácias extravasadas, e o ferro ficou no local e 
foi convertido em hemossiderina. 
 
 
 
 
 
→ Corte histológico mostrando a hemossiderina. 
Num caso de anemia hemolítica onde há o 
rompimento das hemácias. As hemácias se 
rompem e libera o ferro no tecido fazendo esses 
acúmulos, a hemossiderina. 
 
 
 
Lipofuscina 
É considerado um marcador biológico do 
envelhecimento celular, ou seja, ela se acumula 
a partir de restos de metabolismo de moléculas 
que não são degradadas pelas células e vão se 
acumulando no interior delas. Não tem a ver com 
o envelhecimento do indivíduo é o 
envelhecimento apenas da célula. A célula já 
está com seu metabolismo alterado, mais lento 
e muitas vezes não consegue metabolizar todas 
essas moléculas, não 
consegue degradá-
las e elas vão se 
acumulando no seu 
interior dando essa 
coloração, também birrefringente (acastanhadas) que ficam no 
interior da célula. 
 
→ Um corte de músculo esquelético com a lipofuscina acumulada 
no seu interior. 
 
 
Carbono 
O pigmento exógeno mais comum é o carbono, que temos 
no nosso meio ambiente eliminados pelas fábricas, 
automóveis, está em constante interação com a gente no ar 
que respiramos. Também tem os trabalhadores que 
trabalham nas minas de carvão. A sílica também, através 
desse mesmo processo. 
Quando inalamos essas substâncias elas vão direto para o 
nosso pulmão e se acumulam através desses pigmentos. 
 
 
→ Um pulmão, macroscopicamente vemos (a olho nu) essa 
pigmentação preta, enegrecida, por toda a peça, então esse 
pulmão está todo impregnado, todo pigmentado. 
 
 
→ Cortes histológicos mostrando também a pigmentação 
enegrecida dentro das 
células. Tanto as células de 
defesa que vão tentando 
fagocitar ou então o próprio 
tecido. E fica também na 
parte extracelular. 
 
 
→ Mais uma visão macroscópica. É chamado de 
antracose essa impregnação por carvão/carbono. 
 
→ Um corte 
histológico mostrando 
essa pigmentação 
enegrecida formando 
a antracose. 
 
 
 
Tatuagem 
É uma pigmentação voluntária. A tinta da tatuagem ela se 
acumula na derme. na segunda camada da pele, que é mais 
profunda. Se acumula tanto dentro das células de defesa, 
que vão tentar fagocitar esse pigmento que ele não 
reconhece como um componente do organismo, e vai ficar 
nas células acumuladas da derme. 
 
 
 
→ Muito parecido com o carbono/carvão, que não deixam de 
ser também pigmentos, elas ficam acumuladas nas células 
da derme. Dá para ver bem o pigmento enegrecido. 
 
 
 
 
→ Corte histológico mostrando uma célula. Se reparar bem, 
tem uma figura toda arroxeada com vários núcleos, aqui é 
uma célula gigante, uma célula de defesa fagocitária tentando 
fagocitar o máximo de pigmentos que ela consegue. Aqui a 
gente vê bastante pigmento enegrecido já no interior dessa 
célula gigante. 
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Atividade teste – aula 2 
 
1. Cite cinco causas possíveis de lesão celular. Escolha uma delas e descreva brevemente 
seu mecanismo de ação: 
 
Hipóxia, agentes infecciosos, reações imunológicas, desequilíbrios nutricionais e 
defeitos genéticos. 
A redução da respiração oxidativa aeróbica no tecido leva a privação de O2 que é a 
hipóxia. Isso pode ser causado por uma lesão isquêmica, causando a redução do fluxo 
sanguíneo que diminui a quantidade de oxigênio no tecido, e pode ser provocada pela 
insuficiência cardiorrespiratória. 
 
2. Diferencie ACÚMULO de DEPÓSITO: 
 
Enquanto acúmulo é somente de substâncias endógenas produzidas normalmente 
pelo organismo. Depósito pode ser de substâncias endógenas produzidas 
anormalmente pelo organismo ou substâncias exógenas, que vem de uma fonte 
externa. 
 
3. Cite os tipos de degenerações (acúmulos), relacionando-as com seus componentes: 
 
Degeneração hidrópica é o acúmulo de água; 
Degeneração hialina é o acúmulo de proteína; 
Degeneração glicogênica é o acúmulo de carboidrato; 
Esteatose é o acúmulo de lipídio; e 
Mucopolissacaridose é o acúmulo de muco. 
 
4. Escolha um pigmento endógeno e descreva brevemente seu mecanismo de acúmulo: 
 
Hemossiderina. 
Quando ocorre uma hemorragia, as hemácias são extravasadas e há o excesso de ferro 
nesse local no organismo, os macrófagos são, então, ativados para degradar aquela 
hemoglobina extravasada das hemácias e o ferro começa a ser degradado em 
biliverdina (que dá a coloração esverdeada) e em bilirrubina (coloração vermelhada) e, 
quando incorporado pela ferritina, dá origem a hemossiderina (coloração 
acastanhada). 
 
5. Em relação à Antracose, disserte sobre seu agente etiológico (etiopatogenia), aspectos 
morfológicos e consequências clínicas: 
 
Antracose é causada através da inalação e depósito de pequenas partículas de 
carbono. Um pulmão com antracose possui diversas manchas enegrecidas. Tal 
problema pode ser assintomático ou levar a problemas mais graves como: fibrose 
pulmonar, disfunção pulmonar e hipertensão pulmonar.

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