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Adaptação, Lesão e Acúmulos Celulares ↳ O que acontece na célula quando ocorre um estímulo agressor/estressante • Uma vez que uma célula sofre agressão vai dar um determinado tipo de resposta, assim como as células vizinhas, e começa ter uma resposta a nível tecidual, conforme essas alterações vão ganhando maiores proporções começa a ver alterações a nível do órgão • Pode sinalizar para outras células • Apoptose (morte programada) • Fagocitose (resposta de combate) • Pode se condensar, diminuir a atividade e ficar no estado de latência (gastando menos energia para poder sobrevier aquele novo estado que mudou, não mais em equilíbrio) ↳ Ou seja, sempre que sai do estado de equilíbrio daquela célula ela tenta se adaptar ao novo estado (então se tiver um aumento da demanda de trabalho vai ser preciso mudar essa força/função para atender aquela demanda), mas caso não consiga, ela morre • Se não ocorrer nenhum dos dois, ela está em processo de lesão celular e (sofrendo muito estresse, porém não suficiente para ela morrer, e não conseguiu se adaptar tão bem) e começa a alterar o metabolismo dela (pois não consegue atender aquelas demandas) Ex: a maioria dos medicamentos precisa ser metabolizado para ser excretado e a maioria passa pelo fígado, e quem vai metabolizar isso no fígado são os hepatócitos. ↬ Então um paciente começou a usar um medicamento hepatotóxico, o tempo e a doze q ele vai usar influência no funcionamento do hepatócito, se for durante muito tempo essa mesma capacidade hepatotóxica vai ter uma consequência diferente de quando é usado uma doze pequena em um tempo pequeno pra quando ela é usada todo dia uma mesma dose. Vai chegar uma hora que o hepatócito vai tentar metabolizar aquilo, mas em um determinado momento ele começa a funcionar de maneira errada. ↳ Se o estímulo agressor permanecer, e é além do que essa célula tem capacidade de se adaptar, começa a sofrer lesão, que tem como consequência a alteração metabólica da célula (que normalmente aparece em forma de acúmulos ou depósitos na célula, ou seja, começa a acumular substâncias endógenas ou exógenas -água, gordura, glicose, lipídeos-), e são conhecidos como degenerações celulares ↳ Se o estímulo agressor supera a capacidade de adaptação da célula tanto em tempo ou porque é muito intenso a célula morre, pois não da tempo de se adaptar Obs: após o estímulo agressor, nem sempre a ordem será: tentar se adaptar e se não conseguir, sofre a lesão, pode ocorrer lesão diretamente dependendo do tipo e da intensidade desse estímulo agressor → Respostas Celulares ao Estresse e Estímulos Nocivos ↳ A partir da célula normal, ao sofrer um estímulo nocivo, gera uma lesão celular, e ao sofrer um estresse leva a sua adaptação, mas se ela for incapaz de se adaptar vai gerar também a lesão celular ↳ A partir da adaptação e lesão celular, dependendo do tipo de célula, do estado metabólico, do tipo de estímulo agressor, a célula consegue voltar a um estado de homeostasia(normalidade) ↳ Em que situação: • A célula está adaptada e o estímulo estressante foi retirado • Se a célula já sofreu lesão (tem alteração metabólica que não tem na adaptação celular-só muda seu estado e o seu funcionamento continua normal-) e for reversível, quer dizer que ela está com problema, porém não tão grave a ponto de ir para a morte celular (lesão irreversível) e o estímulo agressor é retirado, ela ainda consegue voltar ao seu estado de homeostasia. Mas se a lesão for muito grave a célula vai terminar morrendo ou por necrose ou apoptose → Adaptações do Crescimento e Diferenciação Celular ↳ São respostas estruturais e funcionais reversíveis às alterações fisiológicas ou a alguns estímulos patológicos, durante as quais um novo estado de equilíbrio, alterado, é alcançado, permitindo a sobrevivência e a atividade funcional da célula ↳ A célula pode se adaptar através do seu crescimento e a diferenciação celular ↳ Proliferação x Diferenciação celular: • Na primeira a célula está apenas se multiplicando, já na segunda a célula está se comprometendo com uma especialização/função dela Ex: a célula tronco é uma célula indiferenciada com capacidade de proliferação e a partir daí ela começa a se diferenciar • Quando as células sofrem um estímulo agressor ela pode se adaptar alterando o seu ritmo de proliferação ou alterando a forma de como ela vai se diferenciar ↳ Quando se fala em crescimento teremos esses tipos de adaptações: • Hiperplasia: aumento do número de células, ou seja, elas se multiplicam mais • Hipoplasia: seria o contrário, redução no número de células, algumas células do tecido passam a morrer e taxa de proliferação diminui ↳ Essas células também podem sofrer uma redução de tamanho: • Hipotrofia: Redução do tamanha da célula • Hipertrofia: Aumento do tamanho da célula e o epitélio continua com o mesmo número de células Obs: a atrofia contempla tanto a hipoplasia quanto à hipotrofia por conta dessa diminuição tanto no tamanho quanto na quantidade ↳ Essas células também podem realizar uma alteração em sua diferenciação: • Metaplasia: esse epitélio que inicialmente era cúbico e simples conforme essas células se proliferam, ao invés delas se diferenciarem em células cúbicas e simples, elas começam a se diferenciar em epitélio pavimentoso estratificado, ou seja a diferenciação/forma daquela célula mudou (para que ela fique mais resistente frente a esse novo meio ambiente que não está em equilíbrio) → Alteração na quantidade – Hiperplasia ↳ Aumento do número de células em um órgão ou tecido que vai resultar no aumento da massa do órgão ou desse tecido ↳ Pode ocorrer tanto de forma fisiológica como de forma patológica • Fisiológica: por meio do estímulo hormonal (crescimento dos seios durante a puberdade, ocorreu de forma “programada”) ou uma hiperplasia compensatória (cirurgia de transplante de fígado, por conta da sua grande capacidade de renovação as células se proliferam e proliferam até voltar ao peso original antes da cirurgia). - Também pode ocorrer em tecidos que sofreram alguma lesão e que as células se multiplicam muito fácil (epitérlio) Obs: no crescimento da mama também ocorre a hipertrofia, mas ocorre predominantemente por conta da hiperplasia • Patológica: ocorre principalmente quando tenho um excesso de fatores de crescimento e de estímulo para a célula proliferar Ex: psoríase, é uma doença autoimune, auto inflamatória e que faz/leva a uma inflamação no epitélio, e uma inflamação é uma agressão (quanto mais inflamado mais agredido está o tecido). Se ele está sendo agredido tem células morrendo e se tem muita célula morrendo esse epitélio vai ficando fininho, então o que as células fazem? Elas irão sinalizar para os fatores de crescimento (moléculas que se ligam a receptores de outras células) e induzem aquela célula a se dividir. - Então esse epitélio começa a se proliferar muito para ficar muito espesso para que aquela agressão não rompa essa Barreira de proteção (pele) ↳ A proliferação celular é controlada por sinais promovidos pelos fatores de crescimento e pela matriz extracelular, ou seja, o ciclo celular é altamente regulado • Tem vários grupos de proteínas (ciclinas e CDk’s) que “empurram” esse ciclo para frente (G1 -> S -> G2 -> N) e fazer com que essa célula saia para G0 ou continue no ciclo celular • Ao mesmo tempo que tem essas proteínas que induzem a proliferação celular, também tem diversas proteínas que inibem essa proliferação ↳ E esse ciclo celular é regulado principalmente pelo balanço entres esses 4 genes reguladores: • Proto-oncogenes: indutores da replicação celular. • Genes supressores de tumor: inibidores dareplicação • Genes de reparo do DNA: reparam danos ao DNA • Genes pró e anti apoptóticos: indutores e inibidores da apoptose Obs: É diferente do câncer, onde eles estão mutados, e o crescimento/hiperplasia é descontrolada ↳ A maioria das formas de hiperplasia patológica é causada pela ação excessiva ou inapropriada (local errado ou hora errada) de hormônios ou fatores de crescimento sobre suas células alvo Obs: Displasia -uma alteração tanto da proliferação quanto na diferenciação → Alteração do tamanho – Hipertrofia ↳ É um aumento do tamanho das células que resulta em um aumento do tamanho do órgão. É o resultado do aumento de produção das proteínas celulares (a célula antes tinha 10 proteínas e agora tem 100000, ou seja, terá que aumentar de tamanho para comportar essas proteínas) (não tem multiplicação celular). ↳ Quais situações levam à hipertrofia / estímulos: • Principalmente o aumento da demanda funcional ou por estimulação de hormônios e fatores de crescimento (ex de célula que realiza isso: músculo, já que não tem tanta capacidade de se proliferar) ↳ Para que a hipertrofia aconteça, é necessário algumas condições: • Fornecimento de O2 e de nutrientes adequados (se a célula está produzindo muitas proteínas o metabolismo dela está muito alto, e todas essas funções precisam de ATP, ir para ter a AT P é preciso oxigênio) • Inervação preservada para células dependentes de estimulação nervosa • Organelas e sistema enzimáticos íntegros ↳ Resultado: • Se atende a todas essas condições, pode ocorrer a hipertrofia fisiológica ou a hipertrofia patológica • Fisiológica: fenômenos programados (ex: crescimento do útero na gestação) • Patológica: fenômeno não programado (ex: fisiculturismo, coração grande) ↳ Independente de ser uma hipertrofia fisiológica ou patológica, terá o aumento do tecido ou daquele órgão, se aumenta o tecido aumenta o tamanho, porém arquitetura e forma do tecido ou órgão continua o mesmo ↳ A hipertrofias é um crescimento controlado, mas não quer dizer que o aumento do tamanho da célula não gere nenhuma consequência para o organismo. A função dessa célula vai alterar, se essa célula está aumentada de tamanho em um órgão de cavidade (preciso que passe o sangue) a função do órgão irá alterar Obs: a hipertrofia de um órgão pode gerar a atrofia de outros órgãos - prova- pois quando um órgão vai aumentando, aumentando ele pode começar a comprimir a circulação sanguínea de outros órgãos, ou nervos, diminuindo a demanda do órgão/tecido adjacente (uma hipertrofia patológica pode gerar uma hipotrofia patológica num tecido adjacente) → Alteração do tamanho – hipotrofia ↳ Consiste em redução quantitativa dos componentes estruturais e das funções celulares resultando em diminuição do volume das células e dos órgãos atingidos (redução da demanda) ↳ Mecanismos geral: diminuição da síntese proteica e do aumento da degradação das proteínas nas células ↳ Hipotrofia fisiológica: • ex – redução do útero após o parto, desaparecimento de estruturas embrionárias ↳ Hipotrofia patológica: • Perda da estimulação endócrina (lesionou alguma glândula e não produzo mais aquele determinado hormônio e começa involuir determinados órgãos) • Compressão: exemplo da hipertrofia que pode gerar a hipotrofia, crescimento de tumor que começa a comprimir nervos e circulação sanguínea daquele tecido • Atrofia por perda da inervação: acontece normalmente quando o indivíduo sofre alguma lesão (na medula por exemplo, ai perde o movimento das pernas e depois de um tempo começa a perder musculatura) • Desuso: pacientes que ficaram muito tempo acamados sem se locomover (quando fica por muito tempo, pode se tornar permanente), quando faz o uso do gesso para fraturas • Diminuição do suprimento sanguíneo (atrofia senil) • Nutrição inadequada: se não tem nutriente não é possível produzir proteínas, com isso diminui a síntese proteica ↳ Na hipotrofia além da diminuição da síntese proteica e aumento da degradação de proteínas, ocorre também a autofagia, ou seja, quando a célula começa a comer a si própria isso acontece porque tem uma alteração do metabolismo que pode ser que tenha menor chegada de nutriente e oxigênio ela começa a degradar o seu constituinte para produzir energia. • A autofagia gera corpos residuais para a célula, que são os grânulos de lipofucsina (acúmulo de pigmento que a gente observa em relação a essas alterações metabólicas que a gente vê na célula) também chamado do pigmento do desgaste. → Alteração na quantidade – hipoplasia ↳ Hipoplasia é diminuição da população celular de um tecido, de um órgão ou de parte do corpo • Tem a diminuição da proliferação e o aumento da morte celular, então, aquela quantidade de células naquele tecido, ela reduz de tamanho, e se ela reduz de tamanho, o órgão vai diminuir de tamanho também assim como na hipotrofia só que aqui eu tenho realmente uma menor quantidade de células ↳ Pode ocorrer de forma patológica ou fisiológica • Fisiológica: involução do Timo • Patológica: Hipoplasia da medula óssea por agentes tóxicos ou infecções (anemia aplásica) - Hipoplasia de órgãos linfoides na AIDS - Destruição de linfócitos por corticoides → Adaptação na Diferenciação - Metaplasia ↳ É uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesênquima) é substituído por outro tipo celular -adaptação da diferenciação celular- ↳ Feito pelas células tronco adultas que residem em alguns ninchos ↳ A metaplasia não resulta de uma alteração no fenótipo de um tipo celular já diferenciado; ao contrário, ela é o resultado de uma reprogramação de células-tronco que sabidamente existem nos tecidos normais ou de células mesenquimais indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. Ex: tem algumas células que são colunares e passam a serem pavimentoso estratificado. Esse tecido está sofrendo algum tipo de agressão, essa lesão faz com que as células comecem a produzir fatores de crescimento diferente, vai influenciar essa célula tronco a se diferenciar e proliferar em um tecido diferente do anterior ↳ Pode fazer com que o órgão perca a sua função (ex: fumo, pois começa a irritar o brônquio e as células ciliadas vão ter as suas células troco reprogramadas, deixando de ser célula colunar ciliada e agora o brônquio está revestido ficando mais resistente, e então não sofrerá mais a lesão que sofria antes porém a função do órgão ficou perdida- que será patológico) ↳ Reprogramação da célula tronco (não é como se a celular já colunar virasse estratigrafia pavimentoso) ↳ Como ocorre essa reprogramação da célula tronco? • Tem uma capacidade de auto renovação e replicação assimétrica das células. tronco - Ela se prolifera e produz suas células filhas, uma das células filhas permanece com as características de célula tronco, se divide e assim permanece, mantendo a população de células tronco adultas no nosso tecido, a outra célula filha vai pegar o caminho da diferenciação celular sendo diferente de todas as células que se proliferam • É justamente nessa replicação assimétrica que a metaplasia ocorre, essa célula que pega a via de diferenciação passa a sofrer uma influência de diferentes tipos de fatores de crescimento (por isso que muda do colunar para o estratificado por exemplo), e passa a ser reprogramada a partir dos estímulos que ela está recebendo • Metaplasia Escamo-Colunar : ocorre no colo do útero Obs: é um “solo” fértil para carcinogênese pois meche com a diferenciação celular → Lesões celulares ↳ Causas: • Privação de oxigênio (hipóxia= quando reduz a quantidade de oxigênio) ou anóxia (ausência total de oxigênio) • Agentes físicos (pequeno corte, algum acidente, trauma mecânico,trauma químico -radiação-) • Agentes químicos • Drogas Citotóxicas • Agentes Infecciosos (vírus, bactéria, parasito, fungos) • Reações imunológicas • Danos genéticos (alguma mutação herdada, e essa mutação em determinado gene vai alterar a função dessa proteína) • Desequilíbrios nutricionais (desnutrição ou ingestão de forma excessiva de alguns compostos como por exemplo glicose) → Mecanismos de Lesão Celular • A partir dessas causas é possível agrupa quais são os principais mecanismos de lesão celular • Queda da produção de ATP (depleção de ATP): ocorre principalmente por privação de oxigênio, isquemia (obstrução do vaso sanguíneo, não chega sangue e o oxigênio também não chega), e se não tem energia todas as funções que necessitam de ATP param de funcionar. - Primeira coisa que para de funcionar bomba de sódio e potássio (transporte ativo) - Se não tem ATP ocorre o deslocamento/destacamento dos ribossomos do retículo endoplasmático rugoso, ocorrendo então a não produção de proteínas - Se tem a privação de oxigênio não ocorre a fosforilação oxidativo, ou seja, não tem a produção de ATP - E com a baixa concentração de ATP começa a ter o mal funcionamento da bomba de sódio e potássio, e com isso a água por conta da osmose começa a entrar de forma passiva inchando a célula (célula tumefeita) - Por conta da queda do ATP, começa a ocorrer a glicólise anaeróbica, diminuindo as reservas de glicogênio e aumentando a produção do ácido lático, e com isso ocorre a diminuição do ph, tornando-o mais ácido e com isso ocorre a condensação da cromatina nuclear • Lesão na mitocôndria: quando tem dano na mitocôndria (queda de oxigênio, agente tóxico ou radioativo), a gente tem a depleção de ATP, também pode ocorrer o aumento de espécie reativa de oxigênio, gerando múltiplas anormalidade celulares promovendo a necrose - A mitocôndria pode ficar lesada quando se tenha diminuição dos sinais de sobrevivência (fator de crescimento), fazendo com que ela morra ou quando tem um dano grave no DNA e proteínas, e começa a liberar algumas proteínas apoptóticas • Entrada de Ca2+: devido a depleção de ATP que leva ao mal funcionamento da bomba de sódio e potássio, ocorrendo um grande influxo de cálcio e com isso a água por conta da osmose começa a entrar de forma passiva inchando a célula (célula tumefeita) - Também ocorre esse influxo de cálcio quando tem algum dano na mitocôndria - Quando ocorre o aumento de cálcio no citosol, começa a ativar ou inativar diversas enzimas, e como isso ocorre? Com a ligação de íons bivalentes nessa enzima, ou seja, os íons do cálcio (2+) se ligam nessa enzima (2-) e ativa essa enzima, mais quando tem esse aumento de cálcio no citosol, vai ocorrer uma ativação de enzimas de forma errada - Começa a ativar fosfolipase (degradam lipídios, ou seja, fará lesão na membrana), começa a ativar proteases que irão quebrar proteínas de membrana e do citoesqueleto, começam a ativar endonucleases, enzimas que degradam DNA, começa a ativar ATPase (quebra ATP) - Com o aumento do cálcio intracelular, aumenta a permeabilidade da membrana • Aumento de ERO (espécie reativa de oxigênio): um aumento exponencial, e os nossos mecanismos antioxidantes não são eficientes para aquela quantidade, gerando uma lesão na mitocôndria - ERO: é um oxigênio instável (com menos um elétron), então para se estabilizar ele precisa roubar elétrons de qualquer outra molécula a qual ficará instável, podendo gerar uma peroxidação lipídica (lipídios da membrana- deixa um lipídio desestabilizado e a membrana começa a sofrer alteração-). Pode reagir com proteínas e desestabilizá- las, perdendo a sua função, e sendo encaminhada para degradação, caso não seja encaminhada ela irá acumular no retículo endoplasmático e com isso ocorre a liberação de cálcio para o citosol (do retículo endoplasmático). Pode reagir com DNA desestabilizando-o, e gerando mutações • Lesão das membranas: os locais mais importantes de danos à membrana durante a lesão celular são as membranas mitocondriais, plasmáticas e dos lisossomos - Quando ocorre uma lesão na membrana da mitocôndria, Vai lá para aqueles mecanismos do dano mitocondrial - Se lesa a membrana do lisossomo, vai estar liberando no citosol um monte de enzimas que vão degradar as proteínas de dentro da célula - O que pode levar à lesão na membrana: basicamente todos os mecanismos já vistos anteriormente • Proteínas anormalmente dobradas, lesão de DNA: a produção proteína está diretamente ligada a forma que a cromatina está arrumada ↳ A resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de agressão, sua duração e sua intensidade ↳ As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula ↳ A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários componentes celulares essenciais ↳ Curso temporal dos fenômenos da lesão celular • Esses mecanismos vistos são muito básicos para a sobrevivência de uma célula, e se persiste, a função celular vai caindo até chegar à um ponto onde essa lesão se torna irreversível. Se a função celular ainda está caindo, mas tem alguma coisa funcionando, essa célula ainda tem a Esperança de se esse estímulo agressor for retirado ela conseguir se recuperar e voltar a normalidade • Se não voltar à normalidade, aquele conjunto todo de desregulação vai fazer a função celular cair muito rápido (a parte vermelha pode ser mais estreita ou mais longa dependendo do estímulo) • Quando a função celular da célula cai, entramos na lesão celular irreversível, onde é possível ver as alterações da morte celular. No primeiro momento terá as alterações bioquímica (de azul, leva a morte celular), com o passar do tempo começa haver uma alteração nas estruturas (forma da célula), depois de mais um tempo é possível ver alterações a microscopia óptica e com mais tempo ainda é possível observar alterações morfológicas macroscópicas ↳ O que determina esse ponto de irreversibilidade? • Ainda é muito incerto, pois varia de acordo com a célula e a causa da lesão celular, mas já sabe-se que tem alguns componentes que são extremamente importantes para o funcionamento da célula (função mitocondrial, e a estabilidade das membranas) → Lesão Reversível x Irreversível ↳ Os principais marcos da lesão reversível: • Quando a gente consegue ver na célula uma redução da fosforilação oxidativa, com consequente depleção de ATP, gerando a lesão celular, ao mesmo tempo é possível ver tumefeita Céls. Tumefeita (B), Célula já morta (C) ↳ Os principais marcos da lesão Irreversível: • Quando há alterações profundas em sistema de membranas e atividade mitocondrial → Acúmulos e depósitos celulares ↳ Manifestação decorrente de um transtorno no metabolismo celular, que leva ao acúmulo de quantidades anormais de várias substâncias (podem ser endógenas ou exógenas) • Endógenas: produzido pela própria célula afetada e não consegue metabolizar ou produzido em outros locais e recebido pela célula que não consegue metabolizar -água, glicose, lipídio, cristais- • Exógenas: substâncias que vêm do ambiente e que a célula não tem maquinário para conseguir degradar, esse acúmulo vem sempre de um distúrbio metabólico, e as substâncias podem ser inofensivas (acumular na célula e não alterar nada) ou podem conferir diversos graus de lesão aquela célula. ↳ Onde se acumula: • Nas organelas, livre no citoplasma ou dentro do núcleo → Mecanismos básicos de como essas lesões vão levar a esses acúmulos ↳ Metabolismo anormal: • Começa a ter um problema no acondicionamento da substância e no transporte para poder liberar ela, ou tem de fato uma produção muitoaumentada dessa substância ↳ Defeito no dobramento e transporte de proteína: • Quando elas estão sendo produzidas tem a ligação de toda a cadeia polipeptídica, e elas precisam se dobrar para chegar na forma correta delas para realizar sua função. E se ela for dobrada de forma errada a proteína não irá realizar a sua função, e se isso ocorre, o problema que ela deveria resolver não será resolvido, acumulando aquela substância (ex: precisa jogar sódio pra fora mas ela foi dobrada de forma errada e não consegue fazer isso, ou seja, ocorrerá um acúmulo de sódio na célula, e o núcleo entende que com a alta concentração de sódio é preciso produzir mais proteínas para eliminá-los mas como elas estão sendo dobradas de forma errada vai gerar um acúmulo de proteínas mal dobradas na célula) ↳ Ausência da enzima: • Podem ser causas hereditárias ou transitórias, mas normalmente está ligado a causas genéticas, o indivíduo tem alguma mutação e não consegue produzir determinado tipo de enzima e com isso não consegue metabolizar determinado material endógeno e aquele substrato vai acumular dentro da célula ↳ Ingestão de materiais indigeríveis: • Ocorre normalmente com materiais exógenos, a gente recebe determinada partícula que o nosso corpo não tem uma enzima própria para metabolizar aquela particula (ex: não produzimos a enzima celulase então quando comemos verdura nós não conseguimos degradá-la, tatuagem) → Degeneração hidrópica/Tumefação ↳ Acúmulo de água na célula, característica da lesão celular reversível ↳ Principal consequência: perda do controle osmótico (entrada de água na célula) e aumento do volume celular. → Acúmulo de lipídios ↳ Cada doença gera o acúmulo de um tipo de lipídio (triglicerídeos, colesterol/ésteres de colesterol e fosfolipídeo) ↳ Esteatose hepática ou degeneração gordurosa - acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos ↳ Mais comum nas células do fígado (hepatócitos), podendo ainda acontecer no coração, músculo esquelético, rim ou outros órgãos. Pode ser causada por substâncias químicas (drogas, álcool e creolina (fenol), destruição proteica, diabetes mellitus, obesidade e anoxia. ↳ Acúmulo de colesterol: colesterol acumulado dentro de macrófagos - células espumosas- → Acúmulo de proteínas ↳ Os acúmulos intracelulares de proteína geralmente aparecem como gotículas, vacúolos, ou agregados arredondados e eosinófilos no citoplasma ↳ Acúmulo se dá por desequilíbrio entre produção e degradação das proteínas celulares, causando perda da homeostase. Geralmente formam corpúsculos no interior da célula. ↳ Degeneração Hialina: alteração dentro das células ou no espaço extracelular que confere uma aparência rosea, vítrea e homogênea → Acúmulo de glicogênio ↳ Anormalidade no metabolismo da glicose ou glicogênio (ex: diabetes; glicogenoses -distúrbio genético-) -diabetes- → Pigmentos • A gente também pode acumular substâncias que apresentam cor ↳ Podem ser exógenos ou endógenos (nosso próprio corpo produz substâncias que apresentam cor) • Exógeno: Antracose → acúmulo de moléculas de carbono (que a gente respira) no interior de fagócitos, principalmente os macrófagos (ficam pretos), devido à falta de maquinaria enzimática para degradar este tipo de molécula (pigmento inofensivo). A situação em que pode gerar problema é no caso da pneumoconiose dos trabalhadores do carvão, pois nos mineiros de carvão, os agregados de poeira de carvão podem induzir uma reação fibroblastica, ou até mesmo enfisema, causando doença pulmonar grave Tatuagem → os pigmentos inoculadores são fagocitados pelos macrófagos da derme. As nossas células não têm maquinaria enzimática para quebrar esse pigmento • Endógeno: Lipofuscina → pigmento insolúvel, também conhecido como lipocromo ou pigmento de desgaste. É composta de polímeros de lipídios e fosfolipídios formando complexos com proteínas. Não é nocivo, mas é um sinal denunciador de lesão por radicais livres e peroxidação lipídica Melanina → é uma proteína que garante a coloração da pele e evita danos da radiação ultravioleta ao nosso DNA. Hemossiderina→ é um pigmento granular ou cristalino, amarelo-ouro a marrom, derivado da hemoglobina, sendo uma das principais formas de armazenamento do ferro
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