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PERÍCIA-E-AUDITORIA-AMBIENTAL-COMPULSÓRIA-1

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1 
 
 
PERÍCIA E AUDITORIA AMBIENTAL COMPULSÓRIA 
1 
 
 
 
Sumário 
 
FACUMINAS ............................................. Erro! Indicador não definido. 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 3 
2. PERÍCIA AMBIENTAL .................................................................... 6 
2.1. MEIO AMBIENTE ........................................................................ 7 
2.2. DEFINIÇÕES BÁSICAS SOBRE PERÍCIA AMBIENTAL E AS 
SUAS INOVAÇÕES NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ................................ 7 
2.2.1. DANO MATERIAL ..................................................................... 10 
2.2.2. LEIS DE CRIMES AMBIENTAIS ............................................... 13 
2.2.3. CRIMES AMBIENTAIS .............................................................. 13 
2.3. OS PROBLEMAS ENFRENTADOS NA PERÍCIA ..................... 16 
2.4. A PERÍCIA AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO NA SOLUÇÃO 
DE CRIMES AMBIENTAIS ............................................................................... 17 
3. AUDITORIA AMBIENTAL ............................................................. 19 
3.1. HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL ............................... 19 
3.2. CONCEITO E TIPOS DE AUDITORIA AMBIENTAL ................. 21 
3.3. AUDITORIA AMBIENTAL COMPULSÓRIA .............................. 24 
3.4. PRINCÍPIOS APLICADOS À AUDITORIA AMBIENTAL 
COMPULSÓRIA ............................................................................................... 25 
3.4.1. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO ................................................... 25 
3.4.2. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO ............................................... 28 
3.4.3. PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL ............................ 30 
3.4.4. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .......... 31 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 35 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O modelo atual de desenvolvimento econômico torna-se cada dia mais 
insustentável, comprometendo assim o equilíbrio ecológico do planeta e por sua 
vez a qualidade de vida de todos os seres humanos. Devido ao aumento do 
consumo, estimula-se o consumismo exacerbado, tornando-se insustentável a 
sobrevivência com qualidade dos seres humanos. 
A partir da década de 70, surgem as Auditorias e Perícias nos Estados 
Unidos e Inglaterra, sendo que hoje seu emprego é muito aplicado na América 
do Norte principalmente nos Estados Unidos e Canadá como ferramentas 
instrutivas preventivas ou corretivas. 
No Brasil somente após a criação da Lei nº 9.605/98 que trata sobre os 
crimes ambientais houve uma preocupação com sua aplicabilidade; com essa 
novidade a legislação ambiental brasileira passou então a contar com 
instrumento importantíssimo na preservação ambiental, através da 
responsabilização e aplicação de sanções sejam eles penais ou administrativas, 
aos causadores de tais danos sendo considerados agora, crimes ambientais. 
Com advento da Lei da Ação Civil Pública que foi editada em 1985 (Lei nº 
7.347, 24/07/85), os conflitos ambientais, foram levados a Juízo tanto em 
quantidade, tão quanto na sua complexidade. Com finalidade de guardar o 
ambiente e solucionar tais conflitos, por conseqüência, elevados custos ao meio 
ambiental e também ao meio social, demandado por muitos anos, com base em 
teorias, princípios, métodos considerados inovadores no campo do Direito 
Ambiental relacionado a questões ambientais. 
No Brasil somente após a criação da Lei nº 9.605/98, a sua aplicabilidade 
ainda é nova, porém, já fornecem subsídios necessários para que haja nas 
empresas, conscientização e aprimoramento para que evitem problemas 
relacionados, principalmente na geração de resíduos, uso de energia renováveis 
e no tratamento de efluentes. 
Com isso, a Perícia Ambiental tornou-se fundamental na sociedade atual, 
promovendo assim mudanças significativas devido à interferência do homem, 
4 
 
 
causando um desequilíbrio e desaparecimento de algumas espécies do 
ecossistema (ALMEIDA; OLIVEIRA; PANNO, 2003). 
Por ser uma especialidade relativamente nova, a Perícia Ambiental, no 
Brasil, vem sofrendo evolução ao decorrer dos anos, graças ao maior 
conhecimento da legislação ambiental e o próprio homem que tem contribuído 
em proteger e conservar o meio que vivemos. Sendo assim, podemos tratar 
como sendo uma atividade que necessita de profissionais com relevante 
interesse no campo social e com grande complexidade. Exige-se, portanto, uma 
prática multidisciplinar e com a atuação de profissionais devidamente 
qualificados nas questões voltadas ao meio ambiente, além do que os estudos 
e pesquisas devem ser permanentes. Nos fundamentos jurídicos, teóricos, 
técnicos e metodológicos. 
Os constantes desastres ambientais ocorridos durante as décadas de 
1980 e 1990 e a pressão da mídia fizeram a sociedade acordar e cobrar posturas 
responsáveis das empresas em relação ao meio ambiente. Em um primeiro 
momento, tais empresas foram reativas às tais mudanças. Porém, perceberam 
que uma postura ambiental mais responsável poderia trazer “ganhos efetivos 
para o negócio, tanto para melhor utilização de seus recursos como para o 
aumento das vendas” apesar do maior gasto associado (Lopes, 2008). 
Segundo Bartolomeo (1995), o aumento da importância dada pelas 
companhias às questões ambientais foi causado pelas fortes pressões exercidas 
pelos órgãos reguladores e pela população, forçando-as, assim, a melhorar o 
seu desempenho ambiental. 
Dessa forma, as organizações encontraram, na criação de um Sistema de 
Gestão Ambiental (SGA), o meio para conciliar as pressões advindas das 
diferentes partes interessadas ou afetadas no/pelo negócio e o atendimento às 
legislações, em seu sentido amplo, pertinentes ao tema (Cerqueira, 2012). 
Para isso, instrumentos de autorregulação como as certificações ISO 
(International Organization for Standardization) foram criados com o objetivo de 
padronizar a qualidade do SGA, além de evidenciar oportunidades de melhoria 
para o sistema (Lopes, 2008). 
5 
 
 
O colapso do sistema ambiental brasileiro, fruto das ações agressoras do 
homem à natureza e a dificuldade encontrada pela sociedade em reverter o atual 
quadro de destruição dos bens ambientais são fatores que levam, atualmente, o 
Estado a desenvolver ações ambientais que busquem interagir com as políticas 
econômico sociais. 
 É certo que a questão ambiental está estritamente relacionada aos fatores 
econômicos, tanto no que tange à crescente utilização dos recursos naturais 
(matéria prima e energia não-renovável) como em relação às causas 
econômicas geradoras da pobreza e da miséria. 
Observa-se que a auditoria ambiental é um importanteinstrumento que 
atua diretamente nessa inter-relação economia/meio ambiente. Por um lado 
auxilia as empresas no conhecimento do seu desempenho ambiental e cria 
ferramentas para que estas se adaptem a legislação aplicável e, por outro, é um 
importante mecanismo de informação ambiental à sociedade, vez que em alguns 
casos, como na auditoria ambiental compulsória, os dados coletados são 
divulgados e servem de controle da atividade ao Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2. PERÍCIA AMBIENTAL 
Com a atual aplicabilidade da perícia ambiental nas empresas brasileiras, 
traz benefícios na solução de conflitos nesse âmbito, buscando assim apresentar 
diferentes formas, com base na sua classificação, características principais, 
definições, vantagens e desvantagens para a preservação do meio ambiente. 
Com a apresentação de estudos e critérios necessários para a escolha mais 
adequada, havendo assim uma melhor gestão ambiental com uma proteção 
mais eficiente do meio ambiente. 
Para entender então como funciona uma perícia ambiental e sua 
importância no tocante para a resolução de questões que envolvam processos 
ambientais, é necessário realizar, uma revisão de leitura em alguns conceitos já 
conhecidos tais como meio ambiente, pericia ambiental, crimes ambientais, 
danos ambientais. É claro não podendo deixar de lado, as inovações que 
surgiram com advento do novo CPC (Código de Processo Civil, Criado pela lei 
nº 5.589, de 11 de janeiro de 1973 possui todas as normas relacionadas aos 
processos judiciais de origem civil. Ou aquelas fora da esfera penal, tributário, 
trabalhista e eleitoral e outros.) em 2015, no qual nos traz conceitos básicos 
sobre a perícia tais como suas atribuições, o papel do perito e seus assistentes 
quem pode ser perito e quais casos o trabalho do perito se faz necessário. 
Vamos também tratar sobre a Responsabilidade Ambiental na qual se encontra 
disposta no Art. 225 § 3º da CF/88 onde o infrator seja ele pessoa física ou 
jurídica do Direito Público ou Privado e caso seja considerado culpado, recairá 
sobre o sujeito as responsabilidades nas esferas Civil, Penal e Administrativa 
devido aos danos, assim causados. E por fim, destacar o papel do perito, como 
fundamental na resolução de questões relacionadas à degradação do meio 
ambiente, destacando assim sua atual importância nas empresas no Brasil. 
 
 
 
7 
 
 
2.1. MEIO AMBIENTE 
 A Lei 6.938/81 que trata da Política Nacional do Meio Ambiente define o 
conceito de meio-ambiente, como sendo um conjunto de condições sejam leis, 
influências, e interações física, química ou biológica, que permite abrigar e 
interagir todas as formas de vida, em suas formas (BRASIL, 1981). Pode-se 
então ter a seguinte definição sobre o meio ambiente como um conjunto de 
elementos naturais, artificiais e culturais que nos proporcionam um 
desenvolvimento de forma equilibrada em todas as formas de vidas existentes. 
 
 
2.2. DEFINIÇÕES BÁSICAS SOBRE PERÍCIA 
AMBIENTAL E AS SUAS INOVAÇÕES NO CÓDIGO 
DE PROCESSO CIVIL 
A Perícia trata-se de uma diligência na qual é realizada na maioria das 
vezes por peritos, com a finalidade de esclarecer, evidenciar ou elucidar fatos 
que geram dúvidas ou incertezas. Portanto, é uma investigação, com base em 
exames, verificando a verdade, ou fatos a serem esclarecidos, é necessário que 
haja pessoas altamente capacitadas e tenham uma habilidade profissional com 
reconhecida experiência quando na qual a matéria será abordada e idoneidade 
moral (SILVEIRA, 2006). Para ASSIS, (2011) a perícia pode acontecer em 
qualquer área quando houver alguma controvérsia ou a pendência, incluindo em 
situações empíricas. 
Já a perícia ambiental é um meio de prova utilizada em lides que envolvam 
questões ambientais, regulamentada e prevista no CPC, de acordo com as 
práticas forenses, mas sempre buscando atender as questões específicas que 
envolvam questões ambientais, onde o seu principal objeto é o dano ambiental 
ocorrido, ou ate mesmo um possível risco do mesmo ocorrer. 
Tabela 1: Quadro comparativo sobre as inovações do NCPC (Novo Código de 
Processo Civil. Houve uma reformulação do Código do Processo Civil passando a vigora 
a partir de 17 de março de 2016) 2015 e CPC 73. 
8 
 
 
NCPC 2015 CPC 73 
Art. 464. Considera como prova 
pericial, sendo um conjunto de 
exames necessários, como vistorias 
e avaliações. 
Art. 420. A prova pericial pode ser um 
exame, vistoria ou avaliação. 
§ 2º. Através de ofício ou 
requerimento das partes, cabe ao 
magistrado, à substituição da prova, 
para que possa determinar uma nova 
produção de prova mais simplificada, 
quando o ponto de divergência é 
menor complexidade. 
Não há uma correspondência no 
CPC de 1973 
§ 3º. Para o Magistrado a prova 
técnica simples, constituída por um 
especialista, sobre determinado 
ponto divergência que venha causar, 
ou que demande conhecimentos 
especiais. 
Não há uma correspondência no 
CPC de 1973 
§ 4º. Durante as arguições, o perito 
nomeado, deverá ter uma formação 
específica na área na qual se 
pretende discutir, podendo o perito, 
utilizar de recursos tecnológicos para 
que sejam assim esclarecidos os 
fatos. 
Não há uma correspondência no 
CPC de 1973 
§ 2º. Tendo conhecimento de sua 
nomeação, o mesmo terá um prazo 
de cinco dias: I – Para que possa 
propor seus honorários; II – Exibir 
seu currículo, com devida 
comprovação de suas habilidades 
Não há uma correspondência no 
CPC de 1973 
9 
 
 
específicas; III – Contatos, como e-
mail, no qual serão encaminhadas 
todas as intimações pessoais. 
§ 2º. Cabe ao perito e seus 
assistentes de cada uma das partes 
envolvidas, o seu acesso como 
também o devido acompanhamento 
em diligências e exames a serem 
realizados, com prévia antecedência 
mínima de cinco anos. 
Não há uma correspondência no 
CPC de 1973 
Art. 471. As partes estando em 
comum acordo, podem escolher o 
perito, devendo indicá-lo mediante a 
um requerimento, desde que: I – 
sejam completamente capazes; II – a 
lide possa ser discutida por auto 
composição. 
Não há uma correspondência no CPC 
de 1973 
Art. 473. O laudo pericial deve conter: 
I – Uma exposição dos objetos da 
perícia realizada; II – Uma análise 
técnica ou científica do perito; III – A 
indicação de um método utilizado, de 
forma clara e explicativa. IV – uma 
resposta conclusiva a todos os 
quesitos assim apresentados pelo juiz 
de forma com as partes e Ministério 
Público. 
Não há uma correspondência no CPC 
de 1973 
§ 1º. Em se tratando sobre a 
gratuidade em relação à justiça, cabe 
aos órgãos que competem cumprir 
Não há uma correspondência no CPC 
de 1973 
10 
 
 
conforme a determinação judicial com 
preferência, em prazo estabelecido. 
§ 2º. A prorrogação de prazo 
conforme descrito §1º deve-se 
requerida motivadamente. 
Não há uma correspondência no CPC 
de 1973 
Fonte:https://www.fasul.edu.br/projetos/app/webroot/files/controle_eventos/ce_producao
/20171003-171301_arquivo.pdf 
2.2.1. DANO MATERIAL 
O dano ambiental pode afetar tanto os interesses da coletividade quanto 
os efeitos na esfera individual. Podemos então definir como uma autorização de 
determinado indivíduo seja pessoa física ou pessoa jurídica a exigir a reparação 
do dano causado ao meio ambiente. 
Para MILARÉ (2009) o dano ambiental pode ser considerado uma lesão 
a todos os recursos ambientais que conhecemos interferindo em nossa 
qualidade de vida. 
O Dano pode ser denominado como patrimonial ou extrapatrimonial. 
Devemos ter, portanto uma concepção, que nem todo dano ecológico pode ser 
reparado, porque de modo geral são irreparáveis e infungíveis. É por essa e 
entre outras que devemos priorizar a prevenção de danos ambientais, porque 
por mais que haja a possibilidade deles serem quantificados os seus custos, 
dificilmente conseguiríamos restituí-los como era antes COLOMBO,(2006). 
Desde a Revolução Industrial, o homem vem desenvolvendo tecnologias 
e métodos cada vez mais degradantes ao meio ambiente, para satisfazer seu 
interesse econômico e financeiro. 
A maior parte dos Países têm se mobilizado em criar instrumentos que 
possam combater os danos ambientais. O protocolo de Kyoto é o mais conhecido 
deles, assinado pela maioria dos Países que compõe a ONU (Organização das 
Nações Unidas), em 1997, o qual previa uma redução de 5,2% na emissão de 
gases que provocam o efeito estufa até o ano de 2012, em relação aos níveis 
registrados em 1990 (KAKU, William Smith, 2002). 
11 
 
 
Acerca deste problema, o referido Protocolo prevê, ainda, que os Países 
que não estão dispostos a reduzir a poluição podem adquirir crédito de carbono 
de outras Nações, constituindo-se uma fonte alternativa para aumentar as suas 
receitas e reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa. Exemplo: 
uma tonelada de CO2 (dióxido de carbono) equivale a um crédito de carbono, 
que pode ser negociado no mercado internacional, tal como qualquer ação de 
uma empresa. 
Por isso, compreende-se o grau de importância do trabalho e 
profissionalismo do perito ambiental, o qual deve fazer um levantamento 
minucioso, através de laudos técnicos acerca desses danos ao meio ambiente 
para embasar as ações do Estado na recuperação do recurso ambiental perdido. 
Os danos causados ao meio ambiente são variados e sua classificação 
compreende: 
 a) Quanto ao interesse envolvido e a sua reparalidade – dano ambiental 
privado ou reparalidade direta; 
b) Quanto à extensão dos bens protegidos: ecológico puro; 
c) Quanto aos interesses objetivados – interesse individual; 
d) Quando à extensão patrimonial. 
Todavia, o perito ambiental deve utilizar critérios para fazer um laudo 
com métodos simplificados, sendo seguido os critérios de impessoalidade, 
moralidade, simplicidade, eficiente, reconhecimento legal, transparência, 
estimativas dos danos que devem variar com os casos, o valor presente líquido 
que deve ser calculado apropriadamente e a estimativa do valor de uso e não-
uso não deve ser tendenciosas (TOCCHETTO, 2014). 
O dano ambiental é ecologicamente puro, reflexo, impessoal, residual, 
futuro, eventual, gradativo, tendo seu nexo causal amplo, nos seguintes termos: 
12 
 
 
“toda lesão intolerável causado por ação humana, seja culposa ou não, 
diretamente ao meio ambiente, classificado como macro bem de interesse da 
coletividade que tem uma concepção totalizante, e ao mesmo tempo 
indiretamente a terceiros tendo em vista os interesses próprios individualizados 
que refletem neste macro bem ambiental.” (LEITE, 2000, p 108) 
Acerca desse problema, chegamos ao impacto ambiental, causado 
através de danos ambientais, como poluição atmosférica que gera a chuva ácida, 
efeito estufa, entre outros problemas, que atinge pessoas, até efeitos 
transfronteiriços da poluição. 
O principal trabalho do perito ambiental é a avaliação dos impactos 
ambientais, iniciando-se pela identificação dos impactos, previsão e, por fim, a 
avaliação por meio dos AIA – Avaliação de Impactos Ambientais, EIA – Estudo 
do Impacto Ambiental e RIMA – Relatório de Impacto no Meio Ambiente, peças 
fundamentais para subsidiar uma defesa ou uma acusação. 
Ainda como motivador desse cenário, pode-se citar a resolução n° 01/86 
do CONAMA, o qual traz a definição legal para impacto ambiental: 
“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança 
e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota e a 
qualidade dos recursos ambientais.” 
Não se pode deixar de evidenciar que, sendo um desiquilíbrio causado 
pelo homem no meio ambiente, pode ser um impacto positivo o negativo. 
Pode-se citar que o impacto positivo consiste numa medida benéfica ao 
meio ambiente, como recuperação de rios e matas. O impacto negativo por sua 
vez, é uma quebra do equilíbrio que traz grandes prejuízos ao meio ambiente. 
Portanto, deverá o perito ambiental verificar qual o impacto ambiental 
causado e as consequências impactantes ao meio ambiente para tentar 
amenizar os efeitos. 
13 
 
 
2.2.2. LEIS DE CRIMES AMBIENTAIS 
A Lei 9.605/98 em sua matéria trata sobre crimes ambientais, dispondo 
ao longo do seu texto com sanções penais e administrativas, provenientes de 
condutas e atividades que lesam o meio ambiente, dando assim outras 
providências necessárias. Sendo considerada a primeira lei que realmente 
criminalizou condutas, nocivas ao meio ambiente antes tratado apenas como 
contraversões penais, de acordo com Artigo 26 da Lei 4771/65 também 
conhecida como Código Florestal. Devido à fraca rigidez ou ausência de 
punibilidade, a maioria dos crimes ambientais da época era tratada com certo 
descaso. Com penas baixas, que não ultrapassavam três meses a um ano 
muitas das vezes eram convertidas em multas. Realidade totalmente diferente a 
conduta atual do novo Código. Outro instrumento importante a meio ambiente foi 
a CF/88 em especial no seu artigo 225 § 3º no qual traz uma preocupação, com 
meio ambiente e trazendo a responsabilidade para aqueles que agridem o meio 
ambiente. 
2.2.3. CRIMES AMBIENTAIS 
De acordo com Sampaio (2010) podemos classificar os crimes ambientais em: 
 Crimes contra fauna; 
 Crimes contra flora; 
 A Poluição hídrica; 
 A Poluição sonora; 
 A Poluição do ar; 
 Contaminação do solo; 
 Crimes contra ordenamento urbano e patrimônio cultural. 
Podendo então definir que crimes contra fauna são aqueles que se 
enquadram no comércio ilegal, ou seja, na venda, na exposição de venda, na 
aquisição, na guarda e transporte para exportação de espécies estando vivas ou 
abatidas, ovos, filhotes, larvas sem que haja uma autorização ambiental ou em 
desacordo com mesma. Temos ainda, a danificação ou destruição dos seus 
ninhos, abrigo ou habita natural. Outro fato que de grande relevância é a 
introdução de espécies consideradas estrangeiras no Brasil sem a devida 
14 
 
 
autorização e estudo podendo assim causar impactos ambientais a 
determinadas espécies. 
Sobre os crimes contra a flora, pode-se destacar o desmatamento, que 
implica na diminuição da cobertura de vegetação, reduzindo o habitat para que 
os organismos silvestres possam viver e sobreviver perpetuando sua espécie. 
Outro grande problema a ser considerado é a destruição do verde devido às 
queimadas e os incêndios florestais. Em sua maioria ocorrem questões 
econômicas. Devido às proibições em lei de queimadas, muitos fazendeiros e 
produtores rurais provocam incêndios para ampliar suas áreas para agriculta e 
pecuária, abrindo assim, estradas em áreas sem estudo prévio. Um estudo 
realizado pelo Corpo de Bombeiros afirma que causa de muitos incêndios tem 
como princípio bitucas de cigarros que são arremessadas nas rodovias. 
Já a poluição sonora ao contrário do que pode parecer não é apenas um 
mero problema de desconforto acústico. Os ruídos, juntamente com sons 
desconfortáveis passaram a constituir como um dos principais problemas 
ambientais em grandes centros urbanos como também e cidades de médio 
porte, tornando assim uma preocupação de saúde pública. Os ruídos em 
excesso podem provocar perturbações de saúde mental à poluição sonora 
agredindo também ao meio ambiente, havendo assim uma perda na qualidade 
de vida, nas pessoas, sendo insuportáveis para os ouvidos humano ou 
prejudiciais ao repouso noturno. 
A poluição do ar tem como causa principal, a queima indiscriminada de 
campos e florestas e a fumaça do vapor e o gases que poluem devido à emissão 
de gases de poluentes, como óxido de enxofre, monóxido de carbono, fluoreto 
de hidrogênio, cloreto de hidrogênio e não podemos esquecer o dióxido de 
carbono. A poluçãodo ar também pode surgir por causas naturais como a 
erupção vulcão, na decomposição de vegetais e animais, na ação eólica da 
poeira que lançada no ar, pela ação biológica de microrganismos que vivem no 
solo, a formação do gás metano produzido nos pântanos, os aerossóis marinhos, 
incêndios com causas naturais provenientes de descargas elétricas. Devemos 
destacar também aquela poluição emitida pelas operações nas industriais. , 
como a queima de combustíveis fósseis, a incineração do lixo, a poeira de 
15 
 
 
demolição civil, a queima de produtos químicos voláteis, e os gases emitidos 
pelos equipamentos de refrigeração (ASSUNÇÃO, 2004). 
A Poluição do solo e subsolo pode acontecer pela deposição, disposição, 
descarga, infiltração ou enterramento no solo ou no subsolo de produtos 
poluentes, Farias et al. (2010) destaca que a infiltração de um liquido produzida 
em lixões ou aterros sanitários chamado de “chorume”. Também pode ocorrer 
contaminação no solo por insumos agrícolas que normalmente são utilizados 
para correção do solo, como também os fertilizantes e agrotóxicos foliares. Há 
também contaminação decorrente de solventes, tintas e metais pesados 
produzidos pelas indústrias. Também existe um líquido muito comum que 
normalmente é encontrado em lugares próximos aos cemitérios denominado de 
necrochorume líquido que os cadáveres produzem. Outra espécie de 
contaminação do solo acontece pelo derramamento de combustíveis e óleos 
lubrificantes em postos de combustíveis; vazamentos provenientes de desastres 
ambientais e ate mesmo no transporte de produtos químicos. Outro tipo de 
contaminação, essa muita comum nos lares da maioria dos domicílios é da urina 
e fezes de devido a falta de tratamento de rede de esgoto. 
Os principais tipos de poluição são classificados em quatro tipos: 
 Poluição natural; 
 Poluição causada por esgotos domésticos; 
 Poluição causada por efluentes industriais; 
 Poluição causada por drenagem de áreas agrícolas e urbanas; 
 A poluição natural é causada pela própria ação das águas da chuva e a 
falta de conscientização das pessoas que na maioria lançam resíduos sólidos 
em bueiros ou ate mesmo nas margens de rios lagos causando assim o acumulo 
de partículas orgânicas e inorgânicas de solo, resíduos de animais silvestres 
mortos, folhas e galhos de arvores entre outros. 
A poluição de esgotos domésticos é produzida por esgotos não tratados, 
alterando assim as características da água que acabam retornando a rios lagos 
e lagoas. 
16 
 
 
 Já a poluição produzida por efluentes industriais também chamadas de 
efluentes podem ser considerados um dos que mais prejudicam a natureza, pois 
quando não recebem tratamentos adequados para que possam retornar a 
natureza, esses resíduos em elevadas concentrações podem causar problemas 
sérios a saúde humana como câncer entre outros. A água nesses lugares é 
imprópria ao consumo e ao banho. Alguns desses produtos podem causar 
transformações à vida aquática onde são lançados em alguns casos podendo 
causar em alguns casos a mutação dos seres aquáticos. 
A poluição causada por drenagem de áreas agrícolas e urbanas na qual 
os materiais acumulados em valas e bueiros são arrastados pelas águas pelas 
águas da chuva e enxurradas constituindo uma grande fonte de poluição enorme 
assemelha-se com poluição natural. O deflúvio superficial agrícola depende das 
praticas utilizadas nas culturas. 
Segundo Martins Junior (2010) pode-se destacar os crimes contra 
ordenamento urbano e patrimônio cultural, como exemplo, as edificações em 
área de APP (Área de Proteção Permanente) configurando assim uma infração 
praticada nos centros urbanos. Outro fato também muito comum é o 
parcelamento ou desmembramento de áreas que se enquadram em Zonas de 
Preservação Ambiental (ZPA) infringindo a lei 6.766/79 que diz que somente será 
admitido determinado parcelamento no solo para zoneamento urbano para a 
urbanização. 
2.3. OS PROBLEMAS ENFRENTADOS NA PERÍCIA 
A decisão de preservar, ou não, meio ambiente, estimula conflitos de 
interesses e acaba gerando um custo a sociedade que acaba por arcar e, 
podendo ser justificado pela determinação do valor econômico dos recursos em 
questão. Daí a necessidade de tal discussão para que haja a valoração do meio 
ambiente aplicando assim diversas metodologias, como também trazem 
controvérsias geradas pelo tema. Ao longo do trabalho pode-se verificar que 
valor de um recurso ambiental não se dá apenas por uma simples expressão 
matemática ou apenas números ou cifras, estando ali implícitas inúmeras 
questões que ao longo procuramos abordar. 
17 
 
 
A perícia ambiental é uma importante especialidade na área de perícia, 
porém muito nova no Brasil, contudo há se destacar uma evolução considerável 
nos últimos anos, com melhor aprimoramento da legislação ambiental, visando 
assim à proteção de diversas divisões nas quais compõem o bem jurídico “meio 
ambiente”. 
A perícia ambiental é uma atividade, de cunho social, com natureza bem 
complexa, tendo na sua fase de estruturação a necessidade de certa prática 
associada a uma equipe multidisciplinar, com profissionais especializados e 
legalmente habilitados aos seus conselhos profissionais. As perícias ambientais 
procuram sempre atender às demandas que decorrem a respeito de questões 
ambientais, onde seu principal objetivo é o dano ambiental ocorrido ou que por 
ventura possa ocorrer. Podemos ainda ter uma concepção que a maioria dos 
danos ambientais pode causar efeitos irreversíveis, e as ações de cunho 
ambiental devem seguir o caminho baseado nos princípios da Prevenção, da 
Precaução e do Não Retrocesso. 
Por se tratar de uma matéria extremamente complexa na qual envolvem 
o dono e aos interesses da coletividade. 
2.4. A PERÍCIA AMBIENTAL COMO INSTRUMENTO NA 
SOLUÇÃO DE CRIMES AMBIENTAIS 
Segundo Nunes (1994) a Perícia é realizada por um técnico, ou pessoa 
que comprove e tenha idoneidade, para verificar e esclarecer um fato ou estado 
que acabando sendo objeto de legítimo para concretizar uma prova ou oferecer 
a Justiça ou poder de julgar. De acordo com a norma técnica NBR (Norma 
Brasileira Regulamentar) 14653-1: 2011 podemos definir a perícia como sendo 
uma atividade de cunho técnica realizada por profissional qualificado de forma 
específica, tais como: Administradores, Bacharéis em Direito, Biólogos, Gestores 
Ambientais, Contadores entre outros, que possam averiguar e esclarecer fatos 
ou até verificar o estado de um bem, apurando as causas que motivaram a 
alcançar determinado evento, avaliando seus bens, custos, seus frutos ou 
direitos. 
A atividade perícia no campo ambiental é coordenada pelo Novo Código 
de Processo Civil, assim como as demais modalidades de perícia que são 
18 
 
 
submetidas à prática forense. A perícia surgiu da necessidade de uma demanda, 
que se iniciou pelas ou por uma das partes interessadas em busca de provas, 
atos e fatos que são levantados para então fundamentar a um possível direito a 
ser pleiteado. A perícia também pode surgir a partir da necessidade do juiz, para 
que haja um conhecimento esclarecer de atos e fatos ALMEIDA, (2011, p.21). 
Observe agora algumas peculiaridades sobre a perícia ambiental. Destaca-se 
entre elas a principal que é de um laudo ambiental e um laudo técnico. Ao 
primeiro momento apresentam a mesma finalidade, porem há uma diferença 
entre Laudo Pericial e Laudo Técnico. É sobre a competência legal para sua 
realização, ou seja, por mais que ambas tenham fundamento técnico e são 
realizadas por profissionais habilitados, há uma diferença na competência legal 
para sua realização. O laudo pericial apresenta algumas divergências básicas 
em sua aplicação, o responsável pela sua realização e responsável pela sua 
condução desenvolvimento dos seus trabalhos é pessoa uma designada pela lei, 
ou seja, peritos oficiais, ou nomeadas pelojuiz para atuar perito nomeado. Já o 
laudo técnico é um documento que resulta também de uma analise técnica por 
uma pessoa que apesar de não ter conhecimento técnico sobre o assunto, não 
tem a competência legal para atuar como perito seja ele oficial ou nomeado. 
 Para Abunahman (2006) existem três espécies de “provas específicas”: 
- Exame: é uma inspeção mais superficial, pois analisa as coisas, pessoas ou 
documentos, para verificação de fatos que possam surgir ou até mesmo 
circunstâncias ao interesse do litígio; 
- Vistoria: é considerada sendo a mesma inspeção, porem realizada sobre bens 
e imóveis; 
 - Avaliação (ou Arbitramento): que consiste na apuração de valores, em espécie, 
de coisas, direitos e obrigações em litígio. 
Observa-se que os papeis do perito e assistente técnico. Durante toda a 
execução da perícia é indispensável à presença de algumas pessoas que são 
fundamentais para sua elaboração. O perito após ser escolhido pelo magistrado, 
os seus assistentes técnicos serão escolhidos pelas partes no processo. Alguns 
procedimentos que ocorrem durante uma perícia ambiental. Primeiro passo 
consiste na leitura completa e criteriosa dos autos. Nesse momento que o perito 
19 
 
 
tem a consciência do processo. Com isso possibilita o profissional estruturar 
todas as suas ações que serão realizadas no processo, a fim de obter um melhor 
embasamento as suas decisões enquanto perito, ainda no mesmo 
procedimento, o perito deve identificar, os seus Assistentes Técnicos e por sua 
vez das partes para então solicitar as informações necessárias tais como: 
documentos, como também para marcar data e hora da vistoria ao local a ser 
analisado. O próximo passo é buscar instrumentos legais (urbanística/ambiental/ 
específica) como também informações a respeito da temática da pericia e 
conseqüentemente enquadrar ou não a atividade ou o dano decorrente da 
mesma dentro de padrões legais. Logo após é realizada uma visitação do local 
para tomada de informações por meio de fotos, relatos de funcionários pessoas 
que moram próximo ao local. Nesse momento, o perito reúne todos os materiais 
das fases anteriores e começando assim redigir, reproduzir os anexos e montar 
assim o laudo final para entrega a juiz que solicitou a pericia. Com a elaboração 
final do laudo pericial dá-se por meio de uma a leitura e análise dos fatos: 
Documentos técnicos disponíveis, Interpretação cartográfica, topográfica, 
aerofotogramétrica e imagens de satélite Cruzamento dos resultados de campo, 
laboratório e escritório. Por fim procede-se a redação, digitação, reprodução dos 
anexos e montagem do laudo. 
 
3. AUDITORIA AMBIENTAL 
3.1. HISTÓRICO DA AUDITORIA AMBIENTAL 
A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70 
com o objetivo principal de verificar o cumprimento da legislação. Ela era vista 
pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta de gerenciamento 
utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas provocados por 
suas operações. Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um 
meio de minimizar os custos envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e 
reivindicações. 
 “A grande maioria da literatura sobre auditoria ambiental aponta os 
Estados Unidos como o país pioneiro no seu desenvolvimento. Apesar de haver 
20 
 
 
alguma controvérsia na literatura norte-americana a respeito do início dos 
primeiros programas de auditoria ambiental, alguns trabalhos indicam que a 
auditoria ambiental já estava sendo praticada voluntariamente naquele país por 
alguma grande corporação no início e meados da década de 70.” (SALES, 2001, 
p. 25) 
 Na Europa ocidental as primeiras iniciativas das empresas realizarem a 
auditoria ambiental tiveram início na década de 80 pelas filiais de grandes 
corporações norte-americanas. A Holanda, no ano de 1985, foi o primeiro país 
europeu que realizou alguns projetos experimentais de implantação da auditoria 
ambiental; a seguir outros países como Reino Unido, Alemanha, Escandinávia 
adotaram esse mesmo procedimento. 
Em 1989, o escritório para o Meio Ambiente e Indústria do Programa do 
Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (UN Environmental 
Programme/Industry and Environment Office – UNEP/IEO) promoveu em Paris 
uma conferência para discutir o conceito e a prática da auditoria ambiental. No 
final do encontro foi publicado um relatório contendo os resumos das principais 
discussões. Dentre os temas levantados, destacou-se a importância da defesa 
da voluntariedade da auditoria ambiental, sob os seguintes argumentos: (i) 
auditoria ambiental compulsória poderia perturbar o relacionamento entre 
auditores e auditados, e informações importantes seriam omitidas; (ii) auditoria 
ambiental vai além da adequação a leis e regulamentos, e desta forma envolve 
informações estratégicas sobre as operações das empresas; (iii) a 
regulamentação da auditoria ambiental poderia inibir o seu desenvolvimento. 
(SALES, 2001, pp. 36-37) 
 Após a Conferência, o Reino Unido e a França foram os primeiros 
Estados europeus que criaram normas de sistema de gestão ambiental; a BS 
7750 (BSI, 1994) e a NF X30-200, respectivamente. Posteriormente, outros 
países como, por exemplo, a Espanha, também adotaram suas normas de 
gestão ambiental e auditoria ambiental. 
 Em que pese a importância das iniciativas anteriormente mencionadas, o 
marco fundamental em relação às auditorias ambientais na Europa foi o 
Regulamento da Comunidade Econômica Européia - CEE no 1.836/93, que 
21 
 
 
entrou em vigor no dias 10 de abril de 1995. Ele trata do sistema de gestão e 
auditoria ambiental da União Européia (Environmental Management and Auditing 
Scheme - Emas) e possui como objetivo principal fomentar a evolução do 
desempenho ambiental das companhias industriais e fornecer informações 
ambientais ao público. 
O EMAS é um programa de adesão voluntário, porém, uma vez adotado 
pela empresa o cumprimento de todas suas provisões torna-se obrigatório, sob 
pena da empresa transgressora sofrer sanções legais e administrativas por parte 
dos estados membros e, também, na prática sofrer barreiras não tarifárias para 
a comercialização de produtos da comunidade Européia. (SALES, 201, p. 40) 
 A auditoria ambiental ainda é incipiente no Brasil e foi implantada de 
acordo com os padrões estabelecidos na maior parte do mundo. Os primeiros 
programas de auditoria foram iniciados no final da década de 80 e início da 
década de 90 por empresas multinacionais de grande porte. Após esse período, 
alguns estados, que posteriormente serão mencionados, tiveram a iniciativa de 
legislar a matéria a fim de determinar a obrigatoriedade da realização da 
auditoria ambiental por alguns setores econômicos. 
3.2. CONCEITO E TIPOS DE AUDITORIA AMBIENTAL 
As auditorias ambientais variam de acordo com as técnicas e 
metodologias adotadas em função do escopo definido pela empresa auditada. 
Cada setor econômico, mais especificamente cada empresa, elege os critérios 
e os objetivos a serem alcançados com a auditoria, conforme sua política 
ambiental e suas características econômicas. Dessa forma, não é possível 
estabelecer um conceito estanque, e sim construí-lo de forma genérica a fim de 
abranger todas as modalidades de auditorias ambientais. É nesse sentido que 
os principais conceitos de auditoria ambiental são encontrados na doutrina, 
como se observa no seguinte conceito elaborado por Rodrigo Sales: 
 Auditoria ambiental pode ser genericamente definida como o 
procedimento sistemático através do qual uma organização avalia suas práticas 
e operações que oferecem riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, 
para averiguar sua adequação a critérios preestabelecidos, usualmente 
requisitos legais normas técnicas e/ou políticas, práticas e procedimentos 
22 
 
 
desenvolvidos ou adotados pela própria empresa ou pela indústria a qualpertence. (SALES, 2002, p. 25) 
Fundamentando-se nesse pensamento é possível constatar que as 
auditorias ambientais podem ser consideradas como verdadeiros instrumentos 
de controle ambiental. Sua principal função é identificar e documentar quais são 
as práticas positivas e negativas das empresas em relação ao meio ambiente, 
dando enfoque aos possíveis e atuais impactos ambientais ocasionados pela 
atividade econômica. Esses dados coletados na auditoria, posteriormente, 
servirão de embasamento para propor uma nova política ambiental compatível 
com os princípios ambientais. (GRIZZI, 2004, p.159) 
Apesar de não haver um único conceito de auditoria ambiental, e 
tampouco inexistir um consenso sobre a delimitação do seu conteúdo é possível 
estabelecer uma classificação das suas principais aplicações: 
 a) Auditoria privada utilizada como instrumento de uso interno das 
empresas; denominadas auditorias internas. (sistema de gestão ambiental). 
b) Auditoria privada utilizada como instrumento de uso externo por 
terceiros interessados no desempenho ou nas condições ambientais das 
empresas e propriedades, tais como: investidores, compradores, instituições 
financeiras ou de seguros e a comunidade afetada por determinado 
empreendimento ou atividade. São as chamadas auditorias externas. A auditoria 
externa é realizada, necessariamente, por auditores independentes externos à 
organização, sendo seus resultados avaliados por terceiros, como organização 
de certificação. (sistema de gestão ambiental). 
 c) Auditoria pública utilizada como instrumento de ações de controle pelo 
poder público. Essa categoria é realizada pelas empresas, mas são conduzidas 
e determinadas por órgãos públicos que estabelecem os critérios e forma de sua 
execução. Esclarece Rodrigo Sales: 
 “Uma das principais aplicações da auditoria ambiental é o seu uso como 
instrumento de controle ambiental, ou seja, como uma medida utilizada pelas 
autoridades ambientais no cumprimento de suas políticas e obrigações legais de 
fomento, fiscalização e implementação de normas e políticas ambientais que um 
23 
 
 
dos principais objetivos desse tipo de auditoria consiste na fiscalização e 
implementação das normas ambientais por meio do controle, promovido pelas 
autoridades ambientais, do cumprimento das políticas ambientais e obrigações 
legais das empresas. As formas possíveis dessa aplicação são variadas e se 
estendem desde atividades de cunho informativo e educacional destinadas a 
esclarecer e fomentar a adoção de auditoria até medidas de controle que impõe 
a sua adoção compulsória, passando por medidas de incentivos indireto” 
(SALES, 2001, p. 101) 
No Brasil, alguns estados, como o Paraná e o Rio de Janeiro, adotam 
esse tipo de auditoria. 
 Apesar da importância das três formas de aplicação da auditoria 
ambiental, o presente documento apenas abordará especificamente sobre a 
terceira, apontando os aspectos positivos e negativos da sua obrigatoriedade. 
Outros tipos de perícias ambientais: 
 
Figura 1: Auditorias ambientais. 
 
Fonte: https://gepsolucoesambientais.com.br/primeiros-passos-de-uma-
auditoria-ambiental/ 
24 
 
 
3.3. AUDITORIA AMBIENTAL COMPULSÓRIA 
A auditoria ambiental tem sido considerada em muitos países como uma 
atividade eminentemente voluntária, por exemplo, nos Estados Unidos, no 
Canadá, nos países Comunidade Européia. Seguindo o oposto da tendência 
mundial, no Brasil cresce o número de iniciativas legislativas que objetivam 
tornar a auditoria ambiental obrigatória para alguns setores industriais e 
empresariais, que desenvolvem atividades potencialmente poluidoras e que 
acarretam riscos ao meio ambiente; a chamada auditoria ambiental compulsória. 
 A auditoria ambiental compulsória, é uma atividade de política ambiental 
e enquadra-se na categoria de auditoria pública utilizada como instrumento de 
ações de controle pelo poder público, enquanto as demais integram o sistema 
de gestão ambiental. 
Uma de suas principais características é a imposição da sua execução, 
independente da vontade da unidade auditada. Ademais, destaca-se que as 
diretrizes e a sua obrigatoriedade são determinadas por lei. 
No Brasil havia dois projetos de Lei em trâmite no Congresso Nacional 
que visavam estabelecer a obrigatoriedade da auditoria ambiental para diversos 
setores industriais, mas no ano de 1999 foram arquivados. 
Entretanto, desde 2003, está em tramitação no Congresso Nacional um 
outro Projeto de Lei nº 1254/03, do deputado César Medeiros (PT-MG), que 
dispõe sobre as auditorias ambientais e a contabilidade dos passivos e ativos 
ambientais. O projeto é uma emenda à Lei 6938/81, que dispõe sobre a Política 
Nacional do Meio Ambiente, e tem como escopo estipular o conceito de auditoria 
ambiental, assim como definir ativos e passivos ambientais e colocar a auditoria 
como um dos instrumentos da política nacional do meio ambiente. Estabelece 
ainda a obrigatoriedade de empresas ou entidades quanto à realização de 
auditorias ambientais para avaliar o cumprimento de suas obrigações relativas à 
gestão ambiental segura. 
Ocorre que atualmente o projeto encontra-se parado em razão da forte 
pressão do setor econômico que não concorda em assumir os custos da 
auditoria. 
25 
 
 
Apesar dos impasses relacionados à compulsoriedade da auditoria 
ambiental, em virtude da resolução do CONAMA 265/00, o setor industrial 
petrolífero e às demais empresas com atividades na área de petróleo e derivado 
são obrigados realizar a auditoria ambiental, isto devido aos graves acidentes 
que já ocorreram no exercício dessas atividades. 
Ademais, alguns Estados brasileiros optaram por criar leis no sentido de 
tornar a auditoria ambiental obrigatória para alguns setores industriais. Tais 
iniciativas legislativas iniciaram-se em 1991 pelo Estado do Rio de Janeiro, 
seguidos por Minas Gerias em 1992, Espírito Santo em 1993, Mato Grosso em 
1995, São Paulo em 1997 e, recentemente, no ano de 2002, no Estado do 
Paraná. Além dos Estados, destacam-se alguns municípios que também 
adotaram as auditorias ambientais compulsórias: Municípios de Santos – SP 
(1991), de São Sebastião – SP, Vitória – ES (1993), de Maceió – AL (1996, e de 
Bauru – SP 1999). 
3.4. PRINCÍPIOS APLICADOS À AUDITORIA 
AMBIENTAL COMPULSÓRIA 
 
3.4.1. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO 
O princípio da prevenção é baseado nas premissas que incluem a 
irreversibilidade dos danos ambientais, vulnerabilidade do meio ambiente, as 
limitações da ciência em prever os efeitos dos danos ambientais e a 
disponibilidade de alternativas sobre processos e produtos menos poluentes. 
Provocado o dano ao meio ambiente, nem sempre será possível encontrar 
soluções técnicas para restabelecer a área afetada. Dessa forma é primordial o 
fomento de medidas preventivas eficientes que evitem a ocorrência de danos 
ambientais, mesmo no caso de haver apenas um simples risco de danos graves 
e irreversíveis ao meio ambiente. 
Ana Luci Esteves Grizzi traça alguns comentário sobre o Princípio da 
Prevenção: 
26 
 
 
 “O princípio da Prevenção, um dos princípios basilares do Direito 
Ambiental, enuncia que os danos ambientais conhecidos que podem ser 
ocasionados por determinada atividade econômica devem ser prevenidos. Isto 
porque, com a ocorrência do dano ambiental, e a conseqüente necessidade de 
recuperação da área degradada, dificilmente o meio ambiente é recuperado 
integralmente e devolvido ao se status qua ante (os danos ambientais, em sua 
maioria, irreversíveis e/ou irrecuperáveis)”. (GRIZZI 204, p.158) 
É importante destacar que a prevenção garante a efetividade e a eficiência 
da proteção ambiental. Há nítidas vantagens em prevenir, destaca-se, entre elas, 
a eliminação dos gastos elevados da reparação ambiental e a prevenção de 
situações de irreparabilidade e irreversibilidade da degradação ambiental. 
Sobre a importância da aplicação doprincípio da prevenção, preceitua 
Celso Antônio Pacheco Fiorillo: 
 “Diante da impotência do sistema jurídico, incapaz de restabelecer, em 
igualdade de condições, uma situação idêntica à anterior, adota-se princípio da 
prevenção do dano ao meio ambiente como sustentáculo do direito ambiental, 
consubstanciando-se como seu objetivo fundamental. A prevenção e a 
preservação devem ser concretizadas por meio de uma consciência ecológica, 
a qual deve ser desenvolvida através de uma política de educação ambiental. 
Além disso, a efetiva prevenção do dano deve-se também ao papel exercido pelo 
Estado na punição correta do poluidor, pois, dessa forma, ela passa a ser um 
estimulante negativo contra a prática de agressões ao meio ambiente”. 
(FIORILLO, 2.002, p. 36-37) 
Destaca-se que a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, consagrou o princípio 
da prevenção no artigo 15 da declaração de princípios, nos seguintes termos: 
“Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá 
ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. 
Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza 
científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas 
economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. (ONU, 
declaração de Princípios, 1992) 
27 
 
 
No sistema jurídico brasileiro, é possível encontrar a presença desse 
princípio na Constituição Federal de 1988, quando esta, no artigo 2257 opta por 
garantir a defesa e a preservação do meio ambiente não só para as presentes, 
mas também para as futuras gerações. Nesta linha de raciocínio, percebe-se a 
clara intenção do legislador em promover medidas preventivas a fim de garantir 
a qualidade do meio ambiente no futuro. 
 Ademais, esse mesmo artigo, no §1º8 , confere ao poder público a tarefa 
de exigir um instrumento preventivo para avaliação dos efeitos da eventual 
instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, qual seja: o estudo prévio de impacto ambiental. 
O Estudo de Impacto Ambiental, classificado pela autora Ana Luci Esteves 
Grizzi (GRIZZI, 2004, p. 159) como uma espécie de auditoria ambiental, tem 
fundamento no princípio da prevenção. 
José Afonso da Silva, igualmente, enfatiza a existência do caráter 
preventivo no Estudo de Impacto Ambiental: 
 “O estudo de impacto tem por objeto avaliar as proporções das possíveis 
alterações que um empreendimento, público ou privado, pode ocasionar ao meio 
ambiente. Trata-se de um meio de atuação preventiva, que visa evitar as 
conseqüências danosas, sobre o ambiente, de um projeto de obras, de 
urbanização ou de qualquer atividade”. (SILVA, 1997, 196-197) 
A auditoria ambiental compulsória, da mesma forma, pauta-se no princípio 
da prevenção, pois ela tem escopo de verificar a viabilidade e continuidade das 
atividades econômicas, bem como analisar se há passivos ambientais. Dessa 
forma, torna-se instrumento indispensável à concretização do princípio da 
prevenção, pois oferece às companhias ambientalmente impactantes e a 
coletividade informações confiável para cessar, prevenir e corrigir de forma 
continua danos ambientais causados por suas atividades. 
Neste sentido, ensina Sales: 
“Em síntese, de forma geral, a auditoria ambiental, em conjunto com 
outras ferramentas gerenciais, também tem sido identificada como um 
instrumento para prevenir danos ambientais e mostrar ao público e às 
28 
 
 
autoridades uma imagem positiva sobre a postura da companhia relativamente 
a suas responsabilidades ambientais”. (SALES 2002, p. 30) 
 Portanto, em prol da prevenção é fundamental que a prática da auditoria 
ambiental, inclusive a compulsória, seja incentivada para evitar o agravamento 
da poluição ambiental, tendo em vista ser mais eficiente a aplicação dos 
instrumentos preventivos ao invés da adoção de mecanismos puramente 
repressivos. 
3.4.2. PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO 
É fundamental para que se promova a prevenção de danos ao meio 
ambiente estabelecer mecanismos de cooperação entre os setores público e 
privado. Para tanto, é mister que o estado crie condições adequadas para que a 
iniciativa privada colabore com a questão ambiental e desenvolva alternativas 
mais adequadas e racionais quanto à utilização dos recursos naturais, sem, no 
entanto, inviabilizar sua atividade econômica. 
Não faz sentido atribuir a solução dos problemas sociais, principalmente 
aqueles relacionados ao meio ambiente, exclusivamente ao Estado, como 
também não é viável deixar que o próprio mercado resolva os problemas 
econômicos ou interfiram indiscriminadamente nas questões sociais. 
O princípio da cooperação é aquele que leva em consideração a idéia de 
atuação da sociedade em cooperação com o Estado na escolha de prioridades 
ambientais, através da participação de diferentes grupos sociais por meio da 
informação, formulação e execução de políticas ambientais. 
“(...) traduz a conjugação de esforços e participação nos processos 
decisórios, o que, em termos normativos, se apresenta sob forma de instrumento 
que promovam a informação e a participação dos cidadãos e organizações, 
como pressuposto à efetiva cooperação entre os diferentes setores da sociedade 
nacional e internacional”. (BESSA, 2006, p.70) 
 O artigo 225 da Constituição Federal, que assegura o direito integracional 
a um ambiente equilibrado como forma de garantir a sadia qualidade de vida e a 
dignidade da pessoa humana, deixa claro que a responsabilidade pela 
29 
 
 
conservação do meio ambiente é solidária e compartilhada pelos poderes 
públicos e pela coletividade em geral. 
Assim, extrai-se desse artigo constitucional o princípio da cooperação, 
que determina que o poder público e a coletividade desenvolvam atividades 
conjuntas em defesa ao meio ambiente. 
Em que pese a importância da colaboração dos setores publico e privado, 
deve-se destacar que o Estado, além de desenvolver atividades de controle, 
deve promover medidas que visem estimular e incentivar a mudança de 
comportamento das empresas privadas, para que estas, gradativamente, 
transformem os seus setores produtivos e implantem programas de gestão 
sustentável dos recursos naturais. 
 É evidente que na prática o setor produtivo de uma hora para outra não 
conseguirá mudar drasticamente seu comportamento em relação ao meio 
ambiente; exige-se para essas mudanças tempo e capital. Assim, além de 
desestimular, o Estado e a sociedade, por meio do consumo consciente, devem 
incentivar o setor produtivo no processo de eliminar os produtos e mecanismos 
de produção que agridem o meio ambiente, bem como estimular a implantação 
das auditorias ambientais. 
A autora Consuelo Yatsuda (2005, p.540), em análise ao artigo 170 inciso 
VI, enfatiza que a legislação brasileira possui um perfil protetivo-repressivo, visto 
que se preocupa mais em desfavorecer as ações nocivas do que favorecer as 
ações vantajosas. No entanto, é nítida a superioridade, em termos de eficácia 
prática, do controle ativo, que, contrariamente, busca favorecer as ações 
vantajosas mais do que desfavorecer as ações nocivas. 
 Há, no entanto, no Brasil, algumas previsões legislativas que estimulam 
a prevenção. Por exemplo, a lei número 6.938/1981 (Política Nacional do Meio 
Ambiente) prevê a perda e restrições dos incentivos fiscais e a perda ou 
suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos 
oficiais de créditos como espécie de sanção administrativa (artigo 14, II e III, art. 
9, V incentivo à produção e instalação de equipamentos e a criação de 
tecnologia, voltada para melhoria da qualidade ambiental). 
30 
 
 
O êxito e a efetividade da proteção ambiental dependem da 
implementação de políticas e ações que, ao invés de possuírem apenas caráter 
repressivoà poluição e à degradação ambiental, prestigiem, ao mesmo tempo, 
medidas de incentivos à prevenção baseadas em atrativos econômico-
financeiros. 
Por intermédio de incentivos financeiros, disponibilizados pelo governo às 
empresas, cria-se possibilidades de inversão da lógica de que o custo para 
colocar em prática a proteção ambiental é muito elevado. 
Ordenamento jurídico tradicional não pode mais estar pautado, 
unicamente, na idéia protetivo-repressivo, deve sofrer influência da técnica de 
estímulo de comportamento por meio da função promocional. Ou seja, 
estabelecer um controle ativo que busca favorecer as ações vantajosas, mais do 
que desfavorecer as ações nocivas. 
Há, hoje, no Brasil forte resistência do setor econômico em relação às 
auditorias ambientais compulsórias. Esse instrumento tornar-se-ia mais 
eficiente, e não seria foco de tanta discussão, se as leis que o instituíram tivesse 
estabelecido estímulos para sua realização. 
No atual cenário econômico, faz-se necessário influenciar o 
comportamento dos agentes poluidores por meio de prêmios e facilitações, a fim 
de estimular as práticas mais adequadas ao meio ambiente e alterar a 
consciência ecológica da sociedade. 
3.4.3. PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL 
O direito à informação é um dos principais direitos do cidadão, tanto que 
está previsto em nossa Constituição Federal, no art. 5º, que em seu inciso XXXIII, 
diz que "todos têm o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral", reafirmando no seu inciso 
XIV “que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional”. 
 A Liberdade de informação para José Afonso da Silva “compreende a 
procura, o acesso, o recebimento e a difusão de informações ou idéia, por 
31 
 
 
qualquer meio, e sem dependência de censura, respondendo cada qual pelo 
abuso que cometer” (SILVA, 1993, p. 223). 
O princípio da informação ambiental parte dos pilares mestres do Direito 
Ambiental, pois constitui um elemento-chave no modelo de desenvolvimento 
sustentável. Esse princípio somado ao princípio da cooperação instrumentaliza 
o exercício da parceria entre os setores público e privado na defesa do meio 
ambiente. 
Como exemplos da projeção desse princípio cita-se: o selo ambiental; o 
EIA/RIMA; o relatório de qualidade ambiental; a obrigatoriedade de publicação 
do pedido de licenciamento; e, dentre esses, destaca-se a auditoria ambiental e 
a auditoria ambiental compulsória. 
As auditorias ambientais, principalmente as compulsórias, têm um papel 
crucial no processo de divulgação de informações ambientais, pois 
disponibilizam dados do setor econômico que apontam os danos, ou possíveis 
danos, ao meio ambiente. 
Dessa forma, considerando o cenário atual de ausência, quase absoluta, 
de fiscalização pelos órgãos competentes e, portanto, da ineficácia das normas 
ambientais, é indispensável a tarefa das empresas em cooperar, prestando 
informações ambientais à sociedade. 
3.4.4. PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL 
 O conceito de desenvolvimento sustentável foi apresentado, em 1987, 
como resultado da Assembléia Geral das Nações Unidas no relatório “Our 
common future” Nosso futuro Comum, conhecido como Relatório Brundtland, 
nos seguintes termos: “A humanidade tem a capacidade de atingir o 
desenvolvimento sustentável, ou seja, de atender às necessidades do presente 
sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender as próprias 
necessidades.” 
O objetivo do conceito estabelecido seria propor mudanças nas relações 
econômicas, político-sociais, culturais e ecológicas. Porém, até hoje, há enorme 
dificuldade de estabelecer uma única interpretação sobre esse conceito, existem 
32 
 
 
várias correntes defendendo diversos posicionamentos; dentre elas, destacam-
se duas correntes de interpretação. A primeira corrente seria a chamada 
Economia Ambiental, e a segunda seria conhecida como a Economia Ecológica. 
A primeira considera que os recursos naturais (como fonte de insumos e 
como capacidade de assimilação de impactos dos ecossistemas) não 
representam, a longo prazo, um limite absoluto à expansão da economia, pois 
esta dificuldade pode ser indefinidamente superada pelo progresso da 
tecnologia. 
A interpretação proposta neste artigo, será baseada na segunda corrente, 
que da mesma forma que a primeira, acredita que o progresso científico e 
tecnológico é fundamental para aumentar a eficiência da utilização dos recursos 
naturais em geral (renováveis e não renováveis), entretanto, discorda em relação 
à capacidade de superação indefinida dos limites ambientais. A questão central 
para esta corrente de análise é fazer que o desenvolvimento seja encarado não 
como sinônimo de crescimento e sim como a forma de alcançar práticas 
econômicas mais sustentáveis capaz de superar os limites ambientais e a 
escassez dos recurso naturais. 
Neste contexto, a auditória ambiental torna-se uma importante ferramenta 
estratégica para as empresas promoverem o desenvolvimento sustentável, pois 
durante o processo de auditória é possível avaliar a eficiência dos sistemas de 
gestão, o desempenho ambiental da atividade e se existe passivos ambientais, 
para em um segundo momento corrigir as imperfeições dos processos de 
produção. 
Por meio dessas informações pode-se elaborar um planejamento de 
gestão ambiental atrelado ao desenvolvimento da empresa de forma mais 
sustentada visando ao aumento da rentabilidade, e ao mesmo tempo, 
respeitando as normas ambientais por meio da inclusão de técnicas de produção 
mais limpa. 
 
33 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Segundo Campos (2009), a Auditoria pode ser definida como “Processo 
sistemático, que deve ser sempre documentado e que visa avaliar evidências, 
com intuito de concluir se tais evidências constituem-se conformidades ou não 
conformidades em relação ao padrão adotado como referência”. 
Já a Perícia Ambiental recebe a seguinte definição: “Exame realizado por 
técnico, ou pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para 
verificar e esclarecer um fato, ou estado ou a estimação da coisa que é objeto 
de litígio ou processo, que com um deles tenha relação ou dependência, a fim 
de concretizar uma prova ou oferecer o elemento que necessita a justiça para 
poder julgar” (Cunha e Guerra, 2000). 
Portanto, a primeira diferença que podemos citar é quanto à finalidade. 
Enquanto a Auditoria é realizada quando se deseja verificar se os processos e/ou 
procedimentos de uma certa empresa estão adequados e cumprindo padrões 
determinado, ou seja na auditoria verifica-se a existência de conformidades ou 
não conformidades, a Perícia visa a identificação das causas e causadores de 
determinado fato. 
Outra diferença que fica evidenciada nas definições apresentadas é 
quanto à obrigatoriedade. As auditorias não são obrigatórias, são feitas 
normalmente por empresas ou corporações de forma voluntária. Em algumas 
situações podem ser usadas como uma ferramenta de gestão para melhorar seu 
desempenho ambiental ou seu Sistema de Gestão Ambiental. Existem vários 
tipos diferentes de auditorias ambientais. As perícias são obrigatórias e 
normalmente estão atreladas a alguma ação judicial, a algum litígio, a alguma 
disputa. 
Em relação a habilitação do profissional que irá executar o trabalho. Já 
vimos que no caso dos peritos, exige-se nível universitário completo e certidão 
do órgão profissional em que estiverem inscritos (CREA, CRB, etc.). Para tornar-
se um auditor, faz-se necessário a realização de cursos, comprovação de 
34 
 
 
conhecimentos e habilidades, mas não é necessário curso superior. Os cursos 
recomendados para você se capacitar como Auditor Ambiental são 
normalmente: Leitura e Interpretação da NBR ISO 14.001 e da NBR ISO 19.011. 
As documentações de ambastambém são realizadas de forma 
diferenciada. As auditorias são documentadas por meio de Relatórios de 
Auditoria. Não há modelo pré-definido (a não ser que o cliente exija). A língua 
também é definida pelo cliente (contratante). Os auditores costumam usar 
instrumentos como: questionários, checklists, protocolos de legislação. Mas 
nenhum instrumento é obrigatório. São comuns o uso de fotos para auxiliar na 
explicação das não conformidades. Já as perícias são documentadas por meio 
de um Laudo Pericial, que normalmente é redigido de forma a responder aos 
quesitos formulados pelo magistrado e seguem um padrão de acordo com o 
Novo Código Processual Civil (CITAR ARTIGO). 
Existe protocolos de recusa do trabalho ou serviço? Neste quesito, as 
auditorias não exigem formalidades. Até porque o auditor é um profissional 
contratado e pago para realizar a auditoria. Por outro lado, nas perícias as 
recusas precisam ser bem justificadas e feitas de forma a ficar registrada. 
Quem é o responsável para contratar os serviços de cada serviço? O 
cliente das auditorias pode ser a própria empresa ou uma empresa interessada 
em conhecer as não conformidades e passivos de outra empresa (um fornecedor 
ou uma empresa a ser comprada, por exemplo). As perícias são solicitadas tanto 
por um juiz, um promotor de justiça ou até mesmo uma das partes interessada 
em uma disputa. 
Embora haja diferenças, destacamos que tanto as Auditorias, quanto as 
Perícias Ambientais são importantes instrumentos de avaliação. De formas 
distintas, mas com algumas semelhanças, cumprem um importante papel social, 
tanto no âmbito judicial quanto não judicial. Apesar da evolução que já houve, 
são instrumentos que precisam ser mais divulgados, sobretudo nos cursos de 
formação técnica, superior e de pós graduação. 
35 
 
 
 
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