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AÇÃO DANO MATERIAL E MORAL

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Prática Civil I
Peça desenvolvida pelos alunos:
Luana Magna da Silva;
Leila Rodrigues da Cruz
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO/RJ
ALBERTO SANTOS, nacionalidade, estado civil (união estável), profissão, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, portador do RG nº XXXXXXXXXXXXX SSP/RJ, endereço eletrônico, residente e domiciliado à Rua ..., nº ..., bairro ..., Rio de Janeiro/RJ, CEP.: X.XXX-XXX, por intermédio de sua advogada subscrita, com endereço profissional à Rua ..., nº ..., bairro ..., Cidade/UF, CEP.: XXX.XXX-XXX, e endereço eletrônico ..., vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil – Lei 13.105/2015, ajuizar:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS
Em face de LINHAS AÉREAS EUROPA LTDA, inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.X XX /0001 - XX, localizada na Rua..., nº ..., bairro: ..., Cidade/UF, CEP.: XXX.XXX-XXX. Pelos motivos que passa a expor:
DOS FATOS
O AUTOR adquiriu da empresa LINHAS AÉREAS EUROPA LTDA, uma passagem aérea, para viajar para Portugal, no intuito de participar de um, curso de especialização pelo período de dois meses, pelo qual já havia pago a importância de R$ 10.000,00. Como no primeiro dia do curso haveria uma prova para avaliar os conhecimentos dos alunos, isso conforme contratualmente informado, o QUERELANTE comprou a referida passagem aérea para viajar com dois dias de antecedência, visto que, necessitava chegar ao seu destino com brevidade, para que fosse possível seu descanso antes da realização do exame, como também, para evitar atraso ou falta, visando também se preparar para a prova, visto que, a ausência à prova importaria em desistência do curso. 
É importante mencionar, que por falhas da RÉ, o voo foi cancelado, sendo que, o AUTOR, após seis horas de uma longa espera no aeroporto, sem qualquer assistência por parte da QUERELADA, foi encaminhado pela COMPANHIA AÉREA, a um hotel, sem lhe dar nenhuma explicação sobre o momento em que aconteceria seu embarque, que de fato só aconteceu com 48 horas de atraso, e por causa disso ALBERTO SANTOS chegou a Portugal atrasado, sendo que com isso, ficou impossibilitado de realizar a prova inicial.
DO DIREITO
É indiscutível a caracterização de relação de consumo entre as partes, apresentando-se a empresa RÉ como prestadora de serviços e, portanto, fornecedora nos termos do art. 3º do CDC, e o AUTOR como consumidor, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma legal. 
Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física
ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem
atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.
Podemos observar também que o “fornecedor de serviços, independentemente da existência de culpa, responde pela reparação dos danos causados aos consumidores”, sendo que neste caso o AUTOR, foi nitidamente prejudicado por conta do atraso absurdo de 48h (quarenta e oito horas) para o seu embarque, vislumbrando aqui a culpa Da RÉ. 
Conforme preceitua o art. 14, inc. III do CDC.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
III - a época em que foi fornecido.
No contexto da presente demanda, há possibilidades claras de inversão do ônus da prova, conforme preconiza o art. 6º inc. VIII do CDC
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
A demora excessiva para a prestação de serviços por parte da RÉ impossibilitou o autor, de realizar a prova inicial, o que foi fator decisivo para a sua eliminação no curso, provando-lhe um grande dano moral, pois ALBERTO SANTOS foi frustrado, tendo o seu sonho de realizar o curso e vendo seus planos, que foram planejados e organizados com antecedência, caírem por terra, caracterizando assim o DANO MORAL sofrido pelo QUERELANTE.
É importante informar, que o AUTOR, já havia pago o valor de R$10.000,00 para a realização do curso, já havia inclusive feito reserva em um hotel em Portugal, gastando assim quantias pecuniárias consideráveis, e por último adquirido com a ré uma passagem aérea com antecedência de dois dias para chegar ao seu destino tendo também mais um prejuízo financeiro, sendo caracterizado DANO MATERIAL. 
Diante disso, podemos ver que são nítidos os danos morais e matérias causados ao autor tendo culpa exclusiva da ré. Conforme consta no art 5º, inc V da CF.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Podemos ainda constatar no caso em tela, que a Empresa LINHAS AÉREAS EUROPA LTDA., causou ato ilícito no momento em que não cumpriu a prestação de serviço no prazo combinado com ALBERTO SANTOS, e devido a isto, o AUTOR teve um prejuízo financeiro considerável, como também, um dano psicológico irreparável, 
conforme preconiza no art. 186 do Código Civil
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Faz- se necessário ressaltar, que todo aquele que comete ato ilícito, fica obrigado por lei a repara-lo, conforme versa o art. 927, § único do CC. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem
DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a Vossa Excelência:
A) designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art.
do CPC/2015[6];
B) a citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inc
CPC/2015;
C) ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de condenar
pagamento indenizatório referente aos danos morais e materiais;
D) seja o réu condenado ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admiti especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a cauda o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais)
Termos em que,
Pede deferimento
Rio de Janeiro, 22 de março de 2021
Advogada 
OAB/MG

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