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Controle Cortical e do Tronco Cerebral da Função Motora

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Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/2020 
 
 Controle Cortical e do Tronco Cerebral da Função Motora 
- Centros inferiores enviam sinais de controle 
específicos para os músculos 
- Córtex tem que quase uma via direta para 
controle dos movimentos finos e com destreza 
das mãos e dos dedos 
CÓRTEX MOTOR E TRATO CORTICOESPINAL 
- Córtex motor no terço posterior dos lobos 
frontais é dividido em 3 subáreas: 
1) Córtex motor primário 
2) Área pré-motora 
3) Área motora suplementar 
CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO 
- Localizado na primeira convolução dos lobos 
frontais, anterior ao sulco central – Giro pré-
central 
- Homúnculo motor 
- Codifica a força e a direção do movimento 
ÁREA PRÉ-MOTORA 
- Anterior ao córtex motor primário, estende-se 
da fissura de Sylvius até a fissura longitudinal 
- Sinais gerados nessa área causam “padrões” 
muito mais complexos do que os padrões 
gerados no córtex motor primário 
- Primeiro forma uma imagem da ação a ser 
executada > está a frente da ação, programa as 
sequências 
- Envia sinais para o córtex motor primário 
- Apresenta os neurônios em espelho: ficam ativos 
quando uma pessoa executa uma ação ou 
observa outra pessoa executando a ação > 
aprender habilidades por imitação 
- Controle movimentos proximais que projetam o 
braço em direção a seu alvo 
ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR 
- Localizada principalmente na fissura 
longitudinal 
- Promove contrações bilaterais 
- Funciona juntamente com a área pré-motora 
- Movimentos de fixação, posição da cabeça e dos 
olhos 
- Base para o controle motor mais finos realizado 
pelo córtex motor primário e pela área pré-
motora 
- Programa sequências motoras e coordena 
movimentos bilaterais 
ALGUMAS ÁREAS ESPECIALIZADAS DO 
CONTROLE MOTOR ENCONTRADAS NO CÓRTEX 
MOTOR HUMANO 
Área de Broca (Área Motora da Fala) 
- Área da formação da palavra 
- Imediatamente antes do córtex motor primário 
e acima da fissura lateral cerebral 
- Lesão: paciente não consegue falar palavras 
completas e expressões vocais isoladas 
- Também está relacionada com a respiração 
Campo dos movimentos oculares “voluntários” 
- Acima da área de Broca 
- Lesão: impede o indivíduo de controlar 
voluntariamente o movimento dos olhos em 
diferentes direções > trava o olhar em objetos 
Área de rotação da cabeça 
Área para atividades manuais 
- Na área pré-motora: anterior à área do córtex 
motor primário 
- Lesões: movimentos manuais ficam sem 
coordenação e sem propósito > Apraxia Motora 
TRANSMISSÃO DE SINAIS DO CÓRTEX MOTOR 
PARA OS MÚSCULOS 
- Transmissão direta: trato corticoespinal > 
relacionado a movimentos discretos e 
detalhados (segmentos distais das 
extremidades) 
- Transmissão indireta: vias acessórias (núcleos 
da base, cerebelo e núcleos do tronco cerebral) 
Trato corticoespinal (Piramidal) 
- Pode se originar: córtex motor primário, áreas 
motoras suplementares, área pré-motora, área 
somatossensoriais posteriores ao sulco central 
- Fibras saem do Córtex > Passam pela cápsula 
interna (entre núcleos caudado e putamen) > 
Descem pelo tronco formando pirâmides 
bulbares > Maior parte das fibras decussa na 
parte inferior do bulbo > Descem pelos tratos 
corticoespinais laterais > Terminakm em 
interneurônios da substância cinzenta > 
Algumas terminam em neurônios sensoriais de 
segunda ordem no corno dorsal e poucas 
terminam diretamente em neurônios motores 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/2020 
 
- As fibras que não decussam formam os tratos 
corticoespinais ventrais e depois decussam a 
nível da região cervical/ torácica alta 
- Células de Betz: encontradas apenas no córtex 
motor primário, velocidade mais rápida de 
transmissão de sinais córtex > medula 
- Podemos também ter os Tratos: Rubroespinal 
(área motora primária > núcleo rubro > 
medula); Vestibuloespinal e Vestibulocerebelar 
(área motora primária > substância reticular e 
núcleos vestibulares > medula ou cerebelo) 
O NÚCLEO RUBRO SERVE COMO UMA VIA 
ALTERNATIVA PARA TRANSMITIR SINAIS 
CORTICAIS PARA A MEDULA ESPINAL 
- Localizado no mesencéfalo 
- Estreita associação com o trato corticoespinal 
- Recebe muitas fibras diretas do córtex motor 
primário > Trato Corticorubral 
- Trato rubroespinal: decussa no final do tronco 
encefálico, pode terminar nos interneurônios da 
substância cinzenta da medula (maioria) ou nos 
neurônios motores dos cornos anteriores da 
medula (minoria ) 
Função do sistema corticorrubroespinal 
- Contração de músculo isolado ou pequeno 
grupo de músculos 
- Rota acessória ao trato corticoespinal: se esse 
for lesado e o trato corticorubroespinal não, 
ainda podem ocorrer movimentos discretos 
(exceto os que envolvem controle fino) 
SISTEMA EXTRAPIRAMIDAL 
- Todas as partes do cérebro e do tronco cerebral 
que auxiliam no controle motor, mas que não 
fazem parte do sistema corticoespinal-
piramidal 
- Núcleos da base, cerebelo, tronco encefálico 
- Lesão do trato extrapiramidal: dificuldade de 
execução do movimento mesmo com a presença 
de força, movimento anormal (exacerbado) 
EXCITAÇÃO DAS ÁREAS DE CONTROLE MOTOR 
DA MEDULA ESPINAL PELO CÓRTEX MOTOR 
PRIMÁRIO E O NÚCLEO RUBRO 
Disposição colunar vertical dos neurônios e 
córtex motor 
- Cada coluna estimula um grupo de músculos 
sinérgicos, mas pode estimular só um músculo 
Função de cada coluna de neurônios 
- Sistema de processamento integrativo > 
determinar qual vai ser a resposta de saída da 
coluna 
- Sistema de amplificação 
Sinais dinâmicos e estáticos são transmitidos 
pelos neurônios piramidais 
- Neurônios dinâmicos (maioria do núcleo 
rubro): alta velocidade por curto período de 
tempo 
- Neurônios estáticos (córtex motor primário): 
frequência de disparos baixas por longo 
período 
O feedback somatossensorial para o córtex 
motor ajuda a controlar a precisão da contração 
muscular 
- Sinais somatossensoriais percorrem o caminho 
reverso do estímulo a contração muscular 
- Originam nos: fusos musculares, órgãos 
tendinosos de golgi e receptores táteis da pele 
- Atuam promovendo feedback positivo 
Estimulação dos neurônios motores espinais 
- Grande número de fibras dos tratos 
corticoespinais e rubroespinais terminam em 
neurônios motores anteriores > controle fino de 
ações da mão, dedos e polegares 
Padrões de movimento desencadeados pelos 
centros da medula espinal 
- Reflexo de estiramento e Servo-assistida: abafa 
oscilações e contribui com parte da força 
necessária para contração muscular quando as 
fibras intrafusais se contraem mais que as 
fibras extrafusais > estimulação reflexa do 
estímulo 
- Inervação recíproca: coordenar função dos 
pares de músculos antagonistas 
- Sinais de comando simples iniciam ações 
motoras normais 
REMOÇÃO DO CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO 
(ÁREA PIRAMIDAL) 
- Sem remoção dos núcleo caudado adjacente e 
áreas pré-motora e motoras suplementares: 
movimentos grosseiros e fixação de 
extremidades com perda de controle dos 
movimentos discretos dos segmentos distais 
das extremidades (mãos e dedos) > PERDA DE 
CONTROLE, NÃO DO MOVIMENTO 
Maria Eduarda Caetano – 73 A – 09/2020 
 
ESPASTICIDADE MUSCULAR CAUSADA POR 
LESÕES QUE ATINJAM ÁREAS ADJACENTES DO 
CÓRTEX MOTOR 
- Lesão de vias acessórias das partes não 
piramidais do córtex motor: núcleos perdem 
seu estado de inibição > tônus excessivo nos 
músculos envolvidos 
CONTROLE DAS FUNÇÕES MOTORAS PELO 
TRONCO CEREBRAL 
- Controle da respiração 
- Controle do sistema cardiovascular 
- Controle parcial da função intestinal 
- Controle de muitos movimentos estereotipados 
do corpo 
- Controle do equilíbrio 
- Controle dos movimentos oculares 
- Passagem para sinais de comando 
Caso clínico 1 
M. Leborgne, 35 anos, apresenta incapacidade de 
falar palavras o único som que repete é “Tan”. 
Compreende bem os comandos e também é incapaz 
e escrever e ler. Não tem déficits motores.• HPP: neurosífilis 
• Qual a sua hipótese? Lesão da área de Broca (está 
mais localizada no lado esquerdo -mas em canhotos 
PODE estar do lado direito, parte opercular do giro 
frontal inferior) e lesão do lobo frontal esquerdo > 
Afasia; linguagem telegráfica >>>> Mas a 
compreensão da fala está intacta: área de Wernicke 
(lobo parietal) 
• Área de broca e área de wernicke estão 
interligadas pelo fascículo arqueado 
Caso clínico 2 
• MJ, 07 anos, em investigação para tratamento 
cirúrgico de epilepsia refratária (desordem cerebral 
encefálica, hiperativação, hipersicronismo e 
hiperatividade de áreas cerebrais específicas, pode 
se propagar). Durante a investigação foi observado 
que no início das crises epilépticas sempre olha 
forçadamente para a esquerda. 
• Qual área está sendo ativada pela crise? Campo 
ocular frontal (movimentos sacádicos voluntários 
horizontais) : movimentos rápidos horizontais do 
globo ocular; utilização dos núcleos do tronco 
encefálico (NCIII e NCVI) 
• Campo frontal ocular fica na junção do giro frontal 
médio com o giro pré-central 
Caso clínico 3 
JBV, 72 anos, queixa dificuldade para se 
movimentar e esposa notou discreto tremor na mão 
esquerda com início há 12 meses. relata que 
eventualmente trava para fazer curva, mas sobe 
escada sem problemas. 
• Ao exame você observa rigidez plástica (rigidez é 
sempre a mesma, tônus sempre aumentado), 
tremor fino de repouso e bradicinesia. 
• Qual a sua hipótese diagnóstica? Parkinsonismo > 
diminuição da produção de dopamina > deixa de 
estimular a via direta e deixa de inibir a via indireta 
• Qual medicamento você pensaria em dar para o 
paciente? Dopamina, Medicamento que inibe a 
enzima que degrada a dopamina 
• Se o paciente não pudesse tomar o remédio, você 
consegue pensar em alguma cirurgia que possa 
melhorar os sintomas? Qual estrutura você iria 
estimular ou lesar? Colocar um eletrodo no núcleo 
subtalâmico que vai inativar algumas células, mas 
podemos ter uma estimulação da cápsula interna 
(sintoma motor)

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