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GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS E FÍSICOS NA ENFERMAGEM Profª Drª Ursula Westin RIBEIRÃO PRETO 2020 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM - Definir e discutir Gerenciamento de Recursos Materiais; - Compreender as etapas do Gerenciamento de Recursos Materiais e sua interface com a enfermagem; - Definir Gerenciamento de Recursos Físicos ; - Identificar a importância do gerenciamento para as Instituições de Saúde; - Compreender o papel do enfermeiro no gerenciamento de tais recursos; - Analisar a complexidade dos processos; - Fixar conhecimento através de exercícios práticos sobre o tema. PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: ... COM SUBPROCESSOS COMPLEMENTARES E NÃO EXCLUDENTES! PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: GERENCIAL Lei 7498/86: regulamentação do exercício da enfermagem: - Art. 11, inciso I, destaca as atividades privativas do enfermeiro, dentre elas: “a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; b)organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; c)planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem” (BRASIL, 1986) PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: GERENCIAL Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 311/07) destaca em seu preâmbulo: “O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização”. Art. 66 afirma que é direito do enfermeiro “exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de seu exercício profissional e do setor saúde” (COFEN, 2007). PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: GERENCIAL Deliberação COREN-MG 176/07 que baixa normas para definição das atribuições do Enfermeiro Responsável Técnico aponta “Enfermeiro Responsável Técnico tem sob a sua responsabilidade a direção, organização, planejamento, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares” (COREN, 2010). PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM: GERENCIAL Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) no que se refere aos cursos de graduação em Enfermagem, publicadas oficialmente na Resolução CNE/CES Nº 03 de 7/11/2001: Art. 4, inciso V aponta como competência ou habilidade exigida dos enfermeiros a “Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou lideranças na equipe de saúde” (BRASIL, 2001). GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS O QUE É GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS? Segundo Chiavenato (1991): “Administração de recursos materiais deve garantir que os materiais necessários estejam disponíveis na quantidade certa, no local certo e no tempo certo à disposição dos órgãos que compõem o processo produtivo...” PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? - Avanços tecnológicos; - Orçamentos restritos; - Preços competitivos; - Produtos de qualidade;; - Garantia de assistência contínua e de qualidade; PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? SERVIÇOS DE SAÚDE: PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? A SAÚDE TEM PREÇO? PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? A SAÚDE TEM PREÇO? SAÚDE É UM BEM LIVRE NÃO TEM PREÇO! Bens livres: disponíveis em quantidades superiores às necessidades dos indivíduos. Bens econômicos: são escassos, ou seja, estão disponíveis em quantidades inferiores às necessidades SAÚDE: atributo de qualidade de vida do indivíduo, portanto não tem preço! Mas os serviços de saúde são bens econômicos – custos! (CASTILHO; LIMA; FUGULIN, 2016). A PRODUÇÃO DA SAÚDE: consumo do trabalho em ato! PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? As instituições de saúde se caracterizam como empresas ou organizações prestadoras de serviço, onde o resultado final do processo não se traduz em um produto, mas sim em um serviço, ou seja, a assistência à saúde de indivíduos e comunidades, e é importante então, que se tenha os recursos materiais necessários para uma assistência de qualidade e que estes sejam adequadamente administrados (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). - Em instituições de saúde, os recursos materiais significam cerca de 45% das despesas. (CASTILHO; LEITE, 1991). PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? - Em instituições de saúde, os recursos materiais significam cerca de 45% das despesas. (CASTILHO; LEITE, 1991). - Estima-se que em uma organização hospitalar geral de ensino, com aproximadamente 300 leitos, trabalha com aproximadamente 2.500 itens relacionados a materiais de consumo para a assistência à saúde. Dessa forma, esses materiais representam uma média de 1.500.000 unidades consumidas mensalmente, o que pode gerar um custo anual de, aproximadamente R$ 4.000.000,00 (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS NA SAÚDE? - O gerenciamento de recursos materiais, administração de recursos materiais ou suprimentos, constituem a totalidade dos fluxos de materiais de uma organização de saúde, compondo um processo com as seguintes atividades principais: programação, compra, recepção, armazenamento, distribuição e controle; - Conjunto de práticas que assegurem materiais em quantidade e qualidade de modo a que os profissionais possam desenvolver seu trabalho sem correr riscos e sem colocar em risco os usuários dos serviços. Tendo em vista a garantia da continuidade da assistência com qualidade e a um menor custo. (BAHIA, 2015). GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - “O gerenciamento de recursos materiais, administração de recursos materiais ou suprimentos, constituem a totalidade dos fluxos de materiais de uma organização de saúde, compondo um processo com as seguintes atividades principais: programação, compra, recepção, armazenamento, distribuição e controle”. (CASTILHO; GONÇALVES; 2016). A gestão de materiais na área de saúde é mais complexa: - Medicamentos e materiais de enfermagem têm exíguo prazo de validade; - Requerem conservação a baixa temperatura; - Devem ser passíveis de rastreabilidade; - São facilmente furtados; apresentam-se sob as formas mais diversas; - Doses individuais devem ser diariamente prescritas, preparadas, baixadas dos estoques, ministradas ao paciente e faturadas sem omissão nem erro; - Resíduos contaminados devem ser removidos e incinerados com extremo cuidado.GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS (BOGO; BERNARDINO; CASTILHO; CRUZ, 2015) FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Figura 1: Fluxo das principais atividades do gereciamento da cadeia logística Fonte: CASTILHO; GONÇALVES, 2014. ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Esta etapa é composta por: - Padronização- diminuir a diversidade desnecessária de alguns itens e normatizar uso. Riscos e impactos. - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). - Especificação- descrição minuciosa do material/ rigorosa análise do produto a ser adquirido (áreas técnicas e administrativas)- ABNT, ANVISA, MS e MT. - Previsão – quantidade a ser requisitada para as unidades- cota mensal ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). CONSUMO: são estocados e com o uso acabam perdendo suas propriedades, sendo consumíveis. - Duração: máximo dois anos - Exemplos: esparadrapos, extensões para oxigênio, inaladores, seringas, agulhas e outros. PERMANENTE: não são estocáveis, ou que permitem apenas uma estocagem temporária, transitória. - Duração: tempo de vida útil igual ou superior a dois anos; - Exemplos: patrimônio da instituição, como por exemplo, mobiliários, equipamentos, instrumentais e outros. ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). MATÉRIA- PRIMA: plásticos, silicone, metais, cerâmica, vidros, etc ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). Itens A 20% itens 80% custos Itens B 20% a 30% itens 15% custos Itens C 50% itens 5% custos ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). Itens A 20% itens Custo elevado Itens B 20% a 30% itens Custo médio Itens C 50% itens Custo baixo ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). Para a construção da curva ABC, deve-se levantar a relação de todos os itens, os custos unitários, o consumo anual de cada item, o custo anual ou capital investido, e, após coleta, ordená-los segundo o custo anual. Os itens que atingirem o custo anual acumulado próximo de 50% do total do custo anual serão classificados como grupo A. (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS ES de itens A = CMM * 1/3 do TR ES de itens B = CMM * ½ do TR ES de itens C = CMM * TR TR= tempo de reposição em meses Assim, se o tempo de reposição de um material do hospital fosse de 30 dias e o CMM 220, por exemplo, o estoque dos itens A seria para 10 dias. Itens B 15 dias Itens C 30 dias (CASTILHO; GNÇALVES, 2014). ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); por matéria-prima; por custo (curva ABC; Classificação XYZ). COMO FAZER UMA CURVA ABC? http://ecommerce.uol.com.br/impulso- digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um- problema-conheca-a-curva-abc.html#rmcl DICA: http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/seu-estoque-e-um-problema-conheca-a-curva-abc.html ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Classificação- por finalidade (consumo ou permanente); curva ABC; Classificação XYZ. Fonte: Castilho; Gonçalves, 2014. Mede o Grau de imprescindibilidade do material ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Previsão- cota mensal (CM), consumo médio mensal (CMM) e estoque de segurança (ES). A estimativa de material pode ser calculada através da seguinte expressão matemática: CM= CMM + ES Onde: CM= cota mensal, CMM= consumo médio mensal, ES= estoque de segurança. O estoque de segurança, também chamado de estoque mínimoé calculado acrescentando-se de 10 a 20% do CMM, mais o consumo diário durante o tempo de reposição (CTR). ES = (10 a 20% do CMM ) + CTR 𝑪𝑻𝑹 = 𝑪𝑴𝑴 𝟑𝟎 ∗ 𝑵 N= número de dias de espera para reposição que pode variar de acordo com o sistema de compra do serviço de saúde ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Previsão- cota mensal (CM), consumo médio mensal (CMM) e estoque de segurança (ES). Exemplo: Mapa de consumo de material de uma unidade básica de saúde de um Município. Material Unidades Consumidas Janeiro Fevereiro Março Seringa 1000 1250 900 ETAPA DE PROGRAMAÇÃO FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Previsão- cota mensal (CM), consumo médio mensal (CMM) e estoque de segurança (ES). No caso exemplificado acima o cálculo seria o seguinte, considerando o N= 10 dias e estoque de segurança de 10%: 𝑪𝑴𝑴 = 1000+1250+900 3 = 1050 𝑪𝑻𝑹 = 1050 30 x 10= 350 ES= (10% de CMM) + CTR = 0,1 * 1050 + 350 = 455 Portanto, o CM será igual a: CM= 1050 + 455= 1505 𝑪𝑴𝑴 = 𝑆𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑪𝑻𝑹 = 𝐶𝑀𝑀 30 *N FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Figura 1: Fluxo das principais atividades do gerenciamento da cadeia logística Fonte: CASTILHO; GONÇALVES, 2014. ETAPA DE COMPRA FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Controle de qualidade: testes de desempenho para qualidade do material a ser utilizado no paciente. - Licitação: seleção da proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, visando proporcionar oportunidades iguais aos fornecedores. Descrição/especificação detalhada do material que se deseja adquirir sem indicação da marca. - Pregão: feita por meio de propostas e lances sucessivos em sessão pública. Processo dinâmico, que proporciona maior competitividade entre os concorrentes e maior transparência à gestão de compras, visto que a negociação é realizada em sessão pública (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Figura 1: Fluxo das principais atividades do gerenciamento da cadeia logística Fonte: CASTILHO; GONÇALVES, 2014. ETAPA DE COMPRA FLUXO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Recepção e armazenamento: almoxarifado. - Distribuição e controle: ponto central de todo fluxo de gerenciamento de recursos materiais. (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Determinação do material necessário, de acordo demanda do setor; - Determinação aspectos qualitativos e quantitativos dos materiais; - Definição das especificações técnicas; - Participação na análise da qualidade dos materiais; - Participação no processo de compra e controle dos materiais. (CASTILHO; LEITE, 1991). PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Educação continuada: orientação e capacitação dos profissionais; - Liderança e processo comunicacional e satisfação do profissional e paciente - VISANDO: Garantir a QUALIDADE/ EFICÁCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. (CASTILHO; LEITE, 1991). PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Inserção do enfermeiro ocorre em praticamente todas as etapas do processo; - Decorrente da sua capacitação para as atividades administrativas, aliada ao conhecimento proveniente das atividades assistenciais: - Permite atuar em favor da otimização dos recursos disponíveis, avaliar e ponderar pela escolha de materiais que atendam às necessidades de pacientes e profissionais, e que proporcionem segurança, qualidade e integralidade do cuidado. (BOGO; BERNARDINO; CASTILHO; CRUZ, 2015) PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS Ao considerarmos a complexidade dos materiais utilizados na área da saúde, é de suma importância que a enfermagem participe do processo de gerenciamento de recursos materiais, assessorando a área administrativa nos aspectos técnicos. (CASTILHO; GONÇALVES, 2014). ESTRATÉGIAS QUE AUXILIAM NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Registro correto; - Utilização adequada dos materiais; - Sistema de gerenciamento de materiais informatizado; - Controle de estoques; - Controle da qualidade/ teste de materiais; PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS - Exercícios sobre Gerenciamento de Recursos Materiais GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS O QUE É GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS? Segundo Takahashi e Gonçalves (2005): “recurso físico toda a estrutura predial necessária para execução das atividades de saúde. Podem ser definidos como as áreas internas e externas que compõem o serviço de saúde. ” PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS NA SAÚDE? PORQUE FALAR SOBRE GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS NA SAÚDE? Prover locais adequados para assistência, considerando a redução de riscos aos pacientes, familiares e trabalhadores; Prevenção da infecção hospitalar; Gestão hospitalar e constitui preocupação constante dos gestores; Custos elevados dos projetos de reforma, ampliação ou construção de edificações assistenciais de saúde, pois é o tipo mais complexo de edifício devido ao porte e instalações especiais. (MOURA, 2008). LEGISLAÇÃO Florence Nightingale: influência no modelo de infraestrutura dos hospitais modernos: organização do espaço interno, altura e orientação dos edifícios, higiene, circulação de ar, cuidados de enfermagem e valorização da supervisão dos pacientes pela enfermagem (MEDEIROS, 2005). 1965: normatização segura para os estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS); 1977: Portaria nº 400 1994: Portaria 1884 2002: ANVISA RDC nº50: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. LEGISLAÇÃO RDC nº50 “visa a propiciar ao usuário e à equipe de saúde um ambiente adequado às atividades assistenciais programadas, sem riscos ou prejuízos à assistência, contribuindo para que as instituições de saúde atinjam seus objetivos e também satisfaçam a clientela” (BRASIL, 2002). LEGISLAÇÃO - Etapas para elaboração do projeto de EAS regulamentados na RDC nº 50 para definição dos conceitos são: - Planejamento: atividades a serem adotadas; - Programação: idealização da infraestrutura; - Elaboração da planta física: arquitetura hospitalar; - Avaliação: verificação do projeto para conferência; - Aprovação para fechamento do projeto e envio para ANVISA. (BRASIL, 2002). PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS Enfermeiros são: Geradores de informação e conhecimento, subsidiando a tomada de decisão por meio do levantamento e fornecimento de dados, identificação das necessidades assistenciaise das demandas, que são repassadas à diretoria. (VENTURA, 2010). PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS - Enfermagem: responsável pela elaboração do plano de ação para a diretoria: - participa do processo de planejamento, auxiliando na geração de conhecimento e posteriormente na viabilização das ações pré-definidas; - Fornecimento de dados e informações da assistência e das necessidades de gerenciamento do cuidado de enfermagem; - Subsidiar o processo de tomada de decisão através de seu saber sobre a gestão dos recursos físicos no hospital. (VENTURA, 2010). Analisar RDC 50 GERENCIAMENTO DE RECURSOS FÍSICOS Adm de recursos físicos/Ministério da Saúde RDC 50.pdf GERENCIAMENTO DE CUSTOS CUSTOS, QUALIDADE, SAÚDE E ENFERMAGEM Gestão de custos: instrumento gerador de informações para auxiliar na alocação de recursos, considerando também as questões sociais, éticas, humanas e políticas para a tomada de decisão em enfermagem, visando a qualidade, eficácia e continuidade do cuidado (SOUZA, 2013). ursulawestin@gmail.com mailto:ursulawestin@gmail.com BOGO, P.C.; BERNARDINO, E.; CASTILHO, V.; CRUZ, E.D.A. O enfermeiro no gerenciamento de materiais em hospitais de ensino. Rev Esc Enferm USP · 2015; 49(4):632-639 BRASIL. Lei 7498 de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES Nº 3, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem. CASTILHO, V.; GONÇALVES, V. L. M. Gerenciamento de Recursos Materiais. In: KURCGANT, P. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2014, p.155-167. Castilho V, Lima AFC, Fugulin FMT. Gerenciamento de custos nos Serviços de Enfermagem. In: Kurcgant P, coordenadora. Gerenciamento em Enfermagem. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2016. p. 170-83. CHIAVENATO, I. Iniciação à administração de materiais. São Paulo, Makron/McGraw-Hill, 1991. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 311/07 de 08 de fevereiro de 2007. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências Souza AA. Gestão financeira e de custos em hospitais. São Paulo: Atlas; 2013. REFERÊNCIAS
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