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GEOMETRIA: DESENHO E FORMAGEOMETRIA: DESENHO E FORMA GEOMETRIA ESPACIALGEOMETRIA ESPACIAL Autor: Dra. Roberta Paye Bara Revisor : Manuela Thomas I N I C I A R introdução Introdução Nesta unidade, serão abordados os sólidos geométricos como esfera, prisma, cone e poliedros, contemplando os sólidos obtidos por revolução. Também serão expostos alguns sólidos não desenvolvíveis, sua de�nição e exemplos. Sendo assim, para cada tema será contemplada sua comparação com elementos arquitetônicos, �nalizando esta unidade com a de�nição e exemplo de uma estrutura helicoidal e sua relação com o projeto de escadas circulares. Portanto, todos os sólidos expostos nesta unidade podem ser encontrados no cotidiano, seja em objetos com design ou em estruturas arquitetônicas. O estudo desses sólidos permite aprofundar sua visualização espacial, bem como uma compreensão mais aprofundada da geometria espacial, suas formas e desenhos. Poliedros são sólidos geométricos que possuem vértices, arestas e faces, e a sua nomenclatura dos poliedros é de�nida pelo número de faces. Os poliedros regulares possuem todas as faces iguais (mesma forma e mesma medida) (MACHADO, 1986). PoliedrosPoliedros Figura 4.1 - Poliedros Fonte: OpenClipart-Vectors / Pixabay. Dentro dos poliedros, há um subgrupo chamado de poliedros de Platão, em que as faces possuem o mesmo número de arestas, todos os vértices possuem o mesmo número de arestas e vale a relação de Euler (número de vértices - número de arestas + número de faces = 2). São poliedros de Platão: tetraedro, hexaedro, octaedro, icosaedro e dodecaedro. Considerando o contexto apresentado, vejamos a Tabela 4.1 a seguir, com mais detalhes sobre o assunto. Tabela 4.1 - Nomenclatura dos poliedros Fonte: Elaborada pela autora. Os poliedros estrelados são sólidos geométricos apresentados como se construíssemos pirâmides com base em cada uma das faces dos poliedros. Observe a Figura 4.2. Prismas São sólidos geométricos com faces laterais, duas bases (superior e inferior), em que as bases são congruentes e paralelas. As bases do prisma sempre possuem uma forma poligonal. O software livre GeoGebra possui várias ferramentas úteis no estudo de geometria plana e tridimensional. No GeoGebra, após selecionar a opção de janela 3D, aparecerão vários botões e recursos tridimensionais na barra de ferramentas, como o de construir um prisma. Para isso, é necessário primeiro construir uma base com a função “Polígono” ou “Segmento de Reta”; em Figura 4.2 - Dodecaedro estrelado Fonte: J.Joel Leonardo / Wikimedia Commons. seguida, selecione a opção “Prisma”, selecione a base e determine a altura. Como na �gura a seguir: Pirâmides As Pirâmides são sólidos geométricos que possuem uma base poligonal, em que a partir de cada lado da base da pirâmide surgem triângulos. Esses triângulos possuem base coincidente com a aresta da base da pirâmide, e os vértices opostos à base do triângulo se encontram em um mesmo ponto, que irá determinar a altura da pirâmide, como na �gura a seguir: Figura 4.4 - Prisma no GeoGebra Fonte: Elaborada pela autora. No GeoGebra, é possível deixar as janelas 2D e 3D abertas ao mesmo tempo, de forma a construir um polígono regular na janela 2D e usá-lo como base para construir uma pirâmide (no botão “Pirâmide”, selecione o polígono como base, clique no centro do polígono para de�nir o ponto do vértice, depois, em con�gurações, altere o valor da coordenada z para um valor diferente de zero). Obtendo Verdadeira Grandeza Quando há a representação de uma pirâmide ou de um prisma na épura, cuja base não está paralela aos planos de projeção, é necessário realizar mudança de plano de projeção com a �nalidade de obter a verdadeira grandeza dos sólidos. É um processo muito comum quando a �nalidade é obter a plani�cação do sólido representado na épura. O método de mudança de plano rotaciona o(s) plano(s) de projeção para obter a verdadeira grandeza de retas e planos. Plani�icação Já a Plani�cação é a ação de desmembrar as faces de sólidos geométricos de forma que todas as faces �quem em um mesmo plano. Conforme apresentado na Figura 4.6, o sólido plani�cado pode ser obtido ao dobrar e unir a estrutura plani�cada, de forma a retornar a estrutura espacial de origem. Cada sólido terá sua plani�cação, porém, nem todos os sólidos poderão ser plani�cados. Dentre todos os sólidos que podem ser plani�cados, os prismas e as pirâmides possuem estrutura geral para plani�cação em função do polígono da base. Na plani�cação de superfícies prismáticas, teremos a representação das duas bases e das faces laterais, que possuem a forma de retângulos. Contudo, o número de faces laterais é igual ao número de lados do polígono da base. Na plani�cação de superfícies piramidais, haverá a representação da base poligonal e de triângulos, que é igual ao número de lados do polígono da base. Construindo Volumes poliédricos No GeoGebra, é possível construir prismas e pirâmides (entre outros sólidos geométricos), por meio das funções tridimensionais. Utilizando-se régua, compasso e papel, é possível construir a plani�cação dos sólidos para, depois, construir o sólido, bem como construir sólidos geométricos com a técnica de origami. Volumes Poliédricos na Arquitetura Há diversas estruturas arquitetônicas históricas com estrutura poliédrica, como as pirâmides do Egito ou as construções Maias. Na atualidade, há diversas construções em que é possível encontrar a estrutura prismática ou piramidal, como o obelisco de Buenos Aires, na Argentina, que possui uma estrutura piramidal. O obelisco de Buenos Aires possui duas estruturas piramidais, sendo a pirâmide de base quadrada no topo e um tronco de pirâmide como base. Para olhares desatentos, a base seria um prisma, mas observe que as dimensões da seção transversal vão reduzindo com o aumento da altura – por isso, é um tronco de pirâmide. praticar Vamos Praticar No planejamento da construção de modelos de poliedros, prismas ou pirâmides, uma das formas é utilizar a plani�cação para construir um modelo em escala menor. Os poliedros, os prismas e as pirâmides possuem estruturas próprias conforme suas características e de�nições. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta como é a descrição da plani�cação de uma pirâmide. a) Duas bases poligonais iguais e triângulos na mesma quantidade de lados do polígono da base. b) Uma circunferência e um setor circular. Figura 4.7 - Obelisco de Buenos Aires Fonte: Sombra Inquieta / Wikimedia Commons. c) Duas bases poligonais iguais e retângulos na mesma quantidade de lados do polígono da base. d) Uma base poligonal e triângulos na quantidade menor de lados do polígono da base. e) Uma base poligonal e triângulos na mesma quantidade de lados do polígono da base. As superfícies curvas de revolução são resultantes da rotação de uma �gura curva em relação a um eixo �xo a geratriz, como cilindro, esfera, cone, toro e hiperboloide. O cone sólido é obtido pela revolução de um triângulo retângulo, enquanto que o cilindro é resultante da revolução de um retângulo, e a esfera vem da revolução de um semicírculo. A revolução pode ser realizada com linhas, como a revolução de uma reta concorrente ao eixo geratriz, a revolução de uma reta paralela à geratriz, a Superfícies Curvas de RevoluçãoSuperfícies Curvas de Revolução Figura 4.8 - Cone de duas folhas, cilindro e esfera Fonte: Elaborada pela autora. revolução de uma circunferência com centro na geratriz ou, ainda, a circunferência com centro fora da geratriz ou a revolução de uma hipérbole. Considerando o exposto, quais superfícies serão geradas com essas revoluções? Vejamos a Figura 4.9, que apresenta alguns exemplos de curvas de revolução. Sendo assim, essas curvas darão origem a superfícies curvas de revolução, denominadas cone de duas folhas, cilindro, esfera, toro e hiperboloide. Cilindro O cilindro obtido pela revolução de uma reta ou um segmento de reta paralelo à geratriz não é sólido e não tem superfície nas bases comono cilindro obtido pela revolução de um retângulo. Vejamos, na Figura 4.10, a curva de revolução que descreve o cilindro. Plani�icação do Cilindro No cilindro obtido pela revolução do retângulo, a plani�cação será igual a duas bases mais o retângulo (correspondente à lateral do cilindro), com dimensões iguais à altura do cilindro e ao comprimento da circunferência, cujo raio é a base menor do retângulo de revolução. Figura 4.10 - Curvas de revolução: cilindro Fonte: Elaborada pela autora. Figura 4.11 - Plani�cação: cilindro Fonte: Elaborada pela autora. A plani�cação do cilindro obtido pela revolução do segmento de reta paralelo ao eixo da geratriz terá sua plani�cação correspondente a um retângulo com dimensões iguais à altura do segmento de reta e ao comprimento da circunferência, cujo raio é a distância do segmento de reta até a geratriz. Cone A revolução de um segmento de reta concorrente à geratriz resulta em um cone de duas folhas; nesse caso, não há preenchimento das bases dos cones, conforme apresentado na Figura 4.12. Plani�icação do Cone A plani�cação do cone de duas folhas pode ser analisada pela plani�cação de uma das folhas do cone, pois é só repetir o processo para obter a plani�cação da outra folha. Considerando o cone resultante da revolução de um triângulo, sua plani�cação será igual ao círculo da base mais o setor circular cujo comprimento será igual ao comprimento da circunferência da base, conforme apresentado na Figura 4.13, que representa a plani�cação do cone. Já o cone resultante da revolução de um segmento de reta não terá a base, só o setor circular. No caso do cone de duas folhas, serão dois setores circulares cujo comprimento será igual ao comprimento da circunferência da base. Esfera A esfera é obtida pela revolução da circunferência com centro no eixo de rotação. Além disso, também é possível obter uma esfera sólida por meio da revolução de um círculo com centro no eixo de rotação (BARISON, 2019). Toro Figura 4.13 - Plani�cação: cone Fonte: Elaborada pela autora. O toro é uma superfície sólida obtida pela revolução de uma circunferência externa ao eixo de rotação, semelhante ao formato de um donuts (item de confeitaria em formato de rosquinha com confeitos), ou como um bambolê ou como a câmara de pneu. Hiperboloide O hiperboloide (também conhecido como hiperboloide de uma folha) é obtido pela rotação da hipérbole que não tem ponto em comum com o eixo de rotação, visto que, se mudar a orientação do eixo de rotação em relação à hipérbole, será formada outra superfície. Quando o eixo de revolução passa pelo vértice da hipérbole, forma a superfície conhecida como hiperboloide de duas folhas. Construindo Sólidos de Revolução Antes da existência de softwares de geometria, era necessário recorrer a �os e papéis para explorar as possibilidades de superfícies de revolução. Por exemplo, desenhar no papel uma imagem e colando um �o (de barbante) no local onde deseja simular a posição do eixo de revolução. Dessa forma, bastava girar o barbante segurando cada ponta em uma das mãos. Figura 4.17 - Curvas de revolução: paraboloide hiperbólico Fonte: RokerHRO / Wikimedia Commons. Sólidos de Revolução e Arquitetura É possível encontrar construções arquitetônicas e objetos com estrutura similar à forma de superfícies de revolução, como o Parque Futuroscope, na França, e a Catedral de Brasília, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Existem outros exemplos de construções arquitetônicas inspiradas em sólidos de revolução por todo o mundo. Quando possível pesquise arquitetos que utilizam esse tipo de inspiração arquitetônica, suas respectivas obras e analise as construções identi�cando o sólido de revolução que inspirou. praticar Vamos Praticar As superfícies curvas de revolução são resultantes da rotação de uma �gura curva em relação a um eixo �xo. O cone sólido é obtido pela revolução de um triângulo retângulo, e a esfera sólida vem da revolução de um semicírculo. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta a superfície obtida da revolução de um segmento de reta concorrente ao eixo de rotação. a) Cone de duas folhas. b) Esfera. c) Cilindro. d) Toro. Figura 4.19 - Catedral de Brasília Fonte: Acarlos01.sc / Wikimedia Commons. e) Hiperboloide. Às superfícies em que não é possível plani�car dá-se o nome de superfícies regradas não desenvolvíveis. Segundo Barison (2019), essas superfícies possuem propriedades que as de�nem. São elas: não podem ser representadas sobre um plano; duas retas da superfície in�nitamente próximas se cruzam; o plano tangente à superfície em um ponto contém uma reta dessa superfície que passa por esse ponto, mas não é tangente à superfície em outros pontos dessa reta. Observe a estrutura do Phoenix Media Center, em Beijing, na China. Imagine um ponto na estrutura e tente visualizar uma tangente nesse ponto. Esse plano tangente não será tangente em outros pontos do Phoenix Center, e isso se deve à sua estrutura singular. Essa corresponde à terceira propriedade que de�ne as superfícies regradas não desenvolvíveis. Superfícies Regradas nãoSuperfícies Regradas não DesenvolvíveisDesenvolvíveis Há diversas superfícies regradas não desenvolvíveis, como o hiperboloide (estudado anteriormente nesta unidade), cilindroide, conoide e paraboloide hiperbólico. Cilindroide O cilindroide é uma superfície regrada não desenvolvível em que uma reta (geratriz) se desloca por duas curvas: uma semicircunferência e uma semielipse. Conoide Figura 4.21 - Cilindroide Fonte: Elaborada pela autora. O conoide é uma superfície gerada por uma reta (geratriz) que se desloca, apoiando-se em duas diretrizes: uma reta e uma curva que não pertencem ao mesmo plano. Paraboloide Hiperbólico O paraboloide hiperbólico, também conhecido como ponto de sela, aparece em cálculo de duas variáveis quando se busca pontos de máximo e de mínimo, porém, o ponto de sela não é nem máximo nem mínimo, por isso existe um método em cálculo para identi�car esses pontos de sela. Existe um tipo de petisco importado, à base de batata, que possui o formato de paraboloide hiperbólico. Nesse formato, há menos fratura no alimento durante o transporte. Vejamos a Figura 4.24. Construindo Sólidos não Desenvolvíveis Para construir sólidos não desenvolvíveis, basta seguir a de�nição, por exemplo, do conoide, que é uma superfície gerada por uma reta (geratriz) que se desloca, apoiando-se em duas diretrizes: uma reta e uma curva que não pertencem ao mesmo plano. É possível alterar essa curva para uma elipse, uma parábola ou para qualquer outra curva. Sólidos não Desenvolvíveis e a Arquitetura Há construções arquitetônicas com estruturas inspiradas nos sólidos não desenvolvíveis, como a Capela Nossa Senhora de Fátima, em Brasília, e o restaurante Los Manantiales, construído em 1957, na Cidade do México. Figura 4.24 - Petisco de batata em formato de paraboloide hiperbólico Fonte: Glane23 / Wikimedia Commons. Sendo assim, é possível observar, nesses exemplos arquitetônicos, as características e propriedades de superfícies regradas não desenvolvíveis. Além da beleza na estrutura arquitetônica, esse tipo de superfície pode ser utilizada para explorar a circulação do ar ou o controle de luminosidade. praticar Vamos Praticar Figura 4.25 - Capela Nossa Senhora de Fátima, em Brasília Fonte: NMaia / Wikimedia Commons. Figura 4.26 - Restaurante Los Manantiales, no México Fonte: Dge / Wikimedia Commons. Às superfícies em que não é possível plani�car, dá-se o nome de superfícies regradas não desenvolvíveis, pois não há a possibilidade de representar toda superfície em um plano e, depois, reconstruí-la como um poliedro que pode ser plani�cado. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta superfícies regradas não desenvolvíveis. a) Paraboloide hiperbólico e pirâmide. b) Paraboloide hiperbólico e prisma. c) Conoide e cilindro. d) Paraboloide hiperbólico e conoide. e) Conoide e prisma. As helicoides ou superfícies helicoidais sãogeradas pelo deslocamento de uma reta em um movimento de revolução, ao mesmo tempo que ocorre uma translação, tudo isso ao longo de um eixo central, formando a curva conhecida como hélice. HelicoidesHelicoides Uma hélice é uma curva traçada internamente a um cilindro, formando ângulos iguais com as geratrizes do cilindro, sendo rotacionadas e transladadas ao mesmo tempo. A rotação ocorre ao redor do eixo central do cilindro, e a translação ocorre paralela à base do cilindro. No desenho de uma hélice, há elementos que a descrevem como ponto gerador (ponto que descreve a trajetória da hélice), passo da hélice, eixo da hélice, espira, raio da hélice e sentido da rotação (SOUZA, 2018). O passo da hélice é a distância entre dois pontos da hélice pertencentes a uma mesma reta paralela ao eixo central (distância necessária para dar uma volta completa), já eixo da hélice é a reta que coincide com o eixo do cilindro suporte, e a espira é o desenho da helicoide correspondente a um passo. O raio da hélice corresponde ao raio do cilindro suporte e à distância do ponto gerador até o eixo. O sentido da rotação pode ser para direita (dextrorsum) – conforme a regra da mão direita (dedão representando o eixo e os demais dedos o movimento de rotação) – ou para a esquerda (sinistrorsum) – seguindo a regra da mão esquerda (TEIXEIRA; SILVA; SILVA, 2018). Estruturas helicoidais também podem ser encontradas em molas, parafusos, brocas de perfuração, hélices e turbinas. Helicoides na Arquitetura Na arquitetura, a estrutura helicoidal mais presente são as escadas helicoidais, que aparecem com características distintas. Escadas Helicoidais Figura 4.30 - Escada espiral em pedra Fonte: Magnus Manske / Wikimedia Commons. Na hora de planejar uma escada helicoidal, é necessário ter em mente cada parte que a compõe, como: degrau, coluna (onde os degraus são �xados), patamar (é o topo da escada sem degraus), guarda corpo (mas há modelos de escadas helicoidais que não possuem) e corrimão (esse também é um elemento que não está presente em todas as escadas helicoidais) (ESCADA, 2016; SOUZA, 2018). O comprimento de cada degrau (distância do eixo até a borda do degrau) deve �car entre 60 e 90 cm. O eixo central varia conforme modelo e fornecedor. Uma medida muito relevante é a altura dos degraus, que deve ser de 22 cm (ESCADA, 2016). Para iniciar o desenho da helicoidal, deve-se de�nir o centro da circunferência da base do cilindro imaginário que “envolve” a escada. Em seguida, deve-se de�nir o tamanho do diâmetro do eixo central para poder dimensionar o raio da base do cilindro, conforme o tamanho do comprimento do degrau a partir do eixo central. É necessário ter em mente que, para cada degrau, será traçado um segmento de reta auxiliar que irá associar a projeção horizontal com a projeção vertical da escada. Além disso, o passo da hélice deve respeitar uma altura mínima para que as pessoas não batam a cabeça em nenhum degrau. Realizar o desenho da escada considerando a projeção horizontal e a projeção vertical é o mesmo que apresentar a imagem da escada de quem a olha de cima e quem a observa lateralmente. Figura 4.33 - Desenho da escada helicoidal Fonte: Elaborada pela autora. praticar Vamos Praticar Na arquitetura, a estrutura helicoidal mais presente são as escadas helicoidais, que aparecem com características distintas. O desenho da escada helicoidal é similar ao desenho de uma hélice, porém, é necessário considerar algumas medidas mínimas para garantir o conforto das pessoas que irão utilizar a escada. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta o que deve ser levado em consideração em relação ao passo. a) A medida do raio do cilindro de suporte. b) Altura mínima para que as pessoas não batam a cabeça no degrau de cima. c) A rotação do ponto gerador. d) Comprimento entre 60 e 90 cm, para o conforto ao pisar no degrau. saiba mais Saiba mais “Escadas helicoidais em concreto armado: comparação entre métodos de dimensionamento” foi o tema do trabalho de conclusão de curso de Tiago Noal no curso de graduação em Engenharia Civil, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no ano de 2014. Nesse contexto, acesse o conteúdo indicado e leia o artigo indicado, em que se destacam várias informações sobre escadas helicoidais. Fonte: Elaborado pela autora. ACESSAR https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/107516/000943419.pdf?sequence=1 e) A altura entre os degraus de 22 cm. indicações Material Complementar LIVRO Maquetes de Papel Editora: Cosac & Naify Autor: Paulo Mendes da Rocha ISBN: 978-8575036259 Comentário: No livro indicado, o autor descreve seu processo de criação destacando a importância da criação de maquetes durante o desenvolvimento de um projeto arquitetônico, com vários modelos relacionados à plani�cação de prismas e outros poliedros. WEB Abstract: The Art of Design Ano: 2017 Comentário: É uma série, com mais de uma temporada, criada e disponibilizada pela Net�ix. Contempla aspectos do design de produto, da arquitetura e apresenta a perspectiva de vários pro�ssionais da área. A primeira temporada foi lançada em 2017 e existem as versões dubladas e legendadas. A C E S S A R https://youtu.be/DYaq2sWTWAA conclusão Conclusão A geometria espacial reúne elementos da geometria plana e da geometria projetiva para de�nir e construir sólidos e superfícies, como os que foram vistos nesta unidade: poliedros, superfícies de revolução, superfícies regradas não desenvolvíveis e helicoides. Esses sólidos e essas superfícies possuem aplicações no cotidiano pro�ssional de engenheiros, designers e arquitetos, como a superfície helicoidal. A superfície helicoidal aparece na construção de turbinas de hidrelétricas, escadas em espiral, brocas de perfuração e parafusos. Superfícies obtidas por revolução ou as superfícies regradas não desenvolvíveis também são utilizadas, como os exemplos de arquitetura que foram expostos nesta unidade. Por isso, é importante conhecer essas superfícies, suas de�nições e suas características, para que se tenha condições de utilizá-las na sua futura prática pro�ssional. referências Referências Bibliográ�cas BARISON, M. B. Geométrica: desenho, geometria e arquitetura on-line. Departamento de Matemática Universidades Estadual de Londrina. Disponível em: http://www.mat.uel.br/geometrica. Acesso em: 25 dez. 2019. http://www.mat.uel.br/geometrica ESCADA caracol/ espiral: medidas, projetos e modelos! Revista Casa e Construção, 2016 Disponível em: https://casaeconstrucao.org/escadas/escada-caracol/. Acesso em: 25 dez. 2019. MACHADO, A. Geometria descritiva. 26. ed. São Paulo: Projeto Editores Associados, 1986. ROCHA, P. M. Maquetes de papel. São Paulo: Cosac & Naify, 2007. SOUZA, Eduardo. Como calcular e projetar escadas helicoidais. 2018. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/896472/como-calcular-e- projetar-escadas-helicoidais. Acesso em: 25 dez. 2019. TEIXEIRA, F. G.; SILVA, R. P.; SILVA, T. L. K. Modelagem paramétrica para o estudo de superfícies helicoidais em geometria descritiva. Revista Educação Grá�ca, Vol. 22, agosto de 2018, p. 1-20. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/188103/001086199.pdf? sequence=1. Acesso em: 25 dez. 2019. https://casaeconstrucao.org/escadas/escada-caracol/ https://www.archdaily.com.br/br/896472/como-calcular-e-projetar-escadas-helicoidais https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/188103/001086199.pdf?sequence=1
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