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6 Crimes contra o patrimonio

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Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
§ 6º - A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração. 
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. 
 Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em prejuízo:      
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é cometido em prejuízo:       
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
Furto simples: O furto simples é configurado quando o agente subtrai para si ou para outrem, objeto alheio móvel. O furto é a conduta do agente de subtrair um bem móvel de terceiro sem que venha ocorrer grave ameaça ou violência.
Furto qualificado: O furto qualificado é aquele punido com uma maior severidade, com penas maiores. Para a configuração do crime de furto na modalidade qualificada é necessário que existam algumas especificidades: Com a destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, a configuração desta qualificadora é caracterizada com o rompimento ou a destruição de obstáculo proveniente de proteção do bem cujo será fruto do furto, e que este pode ser rompido antes ou depois da subtração da coisa. O rompimento de um suposto obstáculo do bem em si não qualifica o furto uma vez que a exigência do tipo é o “rompimento de obstáculo alheio ao objeto do furto”. Exemplo: Romper a porta da garagem para subtrair o veículo em seu interior caracteriza a qualificadora do furto. O simples rompimento do vidro do carro para subtrai-lo é mero ato de exaurimento do tipo.
Tipos de furto qualificado:
· Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza, O furto qualificado pelo abuso de confiança é aquele em que o agente agindo por relação de amizade ou familiar, subtrai para si ou para outrem objeto móvel alheio, consumando assim a qualificadora.
· O furto mediante fraude tem algumas semelhanças com o estelionato, no entanto, a sua distinção é que se exige a clandestinidade no furto mediante fraude, por outro lado, no estelionato tudo é feito as claras sem clandestinidade. o agente pratica o furto mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Não há como confundir com o estelionato (CP, art. 171). Embora, em ambos, exista o emprego de fraude, no furto, o agente subtrai a coisa, enquanto, no estelionato, a vantagem é obtida. Exemplo de furto qualificado: o agente, para subtrair determinado bem, conquista a amizade da vítima – a amizade, neste caso, é ato preparatório do delito -, e, valendo-se da confiança depositada, subtrai os seus bens. Exemplo de estelionato: o agente se apresenta como proprietário de um automóvel em um “lava-jato”, e o funcionário, induzido em erro, a ele entrega o bem. Não há, portanto, subtração, mas obtenção do veículo.
· A escala (escalada) é configurada como a entrada ou saída do agente em determinado ambiente fechado por vias anormais, aos quais não são destinados a entrada e saída de pessoas normalmente. Exemplo: entrar pelo telhado, pulando o muro ou até mesmo pela janela, etc. O fato de o agente no momento do furto fazer a retirada das telhas não é passível desta qualificadora uma vez que a retirada das telhas faz parte apenas do meio de execução do crime.
· Destreza, esta é uma habilidade que o agente tem de fazer determinada conduta que o possibilite a consumar o furto sem que a vítima a perceba. Porém, se a vítima perceber a ação do agente e o impede, o furto será simples, por outro lado, se um terceiro é quem identifica a ação do agente e impede a sua consumação, configurasse o furto qualificado pela destreza. Exemplo: A habilidade das mãos leves, onde a agente subtrai sua carteira sem que você perceba. A destreza inútil não qualifica o crime. É o caso do emprego de destreza num furto em que a vítima se encontra em estado de embriaguez completa. Há circunstâncias pessoais da vítima que exoneram a hipótese de destreza. Se ocorre estar o sujeito passivo dormindo (...), em estado de inconsciência, em se tratando de paralítico destituído de capacidade sensorial, de louco, de embriagado etc., pode o agente facilmente cometer a subtração.
· Mediante o emprego de chave falsa. A chave falsa é qualquer objeto com ou sem forma de chave, que possibilite ao agente romper obstáculo para o cometimento do furto. Exemplo: usar chave de fenda, arrame ou uma micha. A cópia de chave verdadeira obtida de forma fraudulenta não configura a qualificadora.
· Concurso de duas ou mais pessoas, qualificadora esta que se caracteriza com a conduta praticada por no mínimo dois agentes, não importando sua identificação, e a este computo também se conta o inimputável. Exemplo: O concurso de agentes fica configurado mesmo que tenha um menor de idade ou até mesmo quando só é identificado um dos coautores, desde que, se tenha provas de que agiram dois ou mais agentes na conduta criminosa.
· Furto majorado pelo repouso noturno: O furto é majorado de um terço se o crime for praticado durante o repouso noturno, este diverge de acordo com os costumes e horário local. O repouso noturno não se confunde com noite. Conceito de noite: é o período compreendido entre o pôr do sol do dia vigente e o nascer do sol do dia posterior. Conceito de repouso noturno: é o período em que a população normalmente está dormindo, sendo o horário divergente de acordo com os costumes locais, caracteriza-se como sendo aquele horário em que normalmente as pessoas estão dormindo, assim o crime de furto nestas circunstâncias é majorado pelo maior grau de êxito do crime, uma vez que toda a sociedade está muito mais desvigiada.
	
· Induzir alguém para distrai-se e logo após lhe subtrair o bem é um crime de furto mediante fraude.
· Carlos, guarda municipal, durante seu horário de trabalho, verifica que Joana, declarando-se vendedora de roupas, aproxima-se de Marta e passa a lhe mostrar as saias que teria para venda. Enquanto Marta analisava as roupas apresentadas, Joana, aproveitando-se da situação criada, pega o telefone celular de Marta, que estava em cima do banco. Em seguida, Joana tenta deixar o local dos fatos, levando o telefonee as saias, pois, na verdade, não era vendedora, mas vem a ser presa em flagrante por Carlos. Encaminhada à Delegacia e confirmados os fatos, Joana deverá ser responsabilizada pelo crime de furto mediante fraude. Ver art 155 § 4º
· Mário trabalhava como jardineiro na casa de uma família rica, sendo tratado por todos como um funcionário exemplar, com livre acesso a toda a residência, em razão da confiança estabelecida. Certo dia, enfrentando dificuldades financeiras, Mário resolveu utilizar o cartão bancário de seu patrão, Joaquim, e, tendo conhecimento da respectiva senha, promoveu o saque da quantia de R$ 1.000,00 (mil reais). Joaquim, ao ser comunicado pelo sistema eletrônico do banco sobre o saque feito em sua conta, efetuou o bloqueio do cartão e encerrou sua conta. Sem saber que o cartão se encontrava bloqueado e a conta encerrada, Mário tentou novo saque no dia seguinte, não obtendo êxito. De posse das filmagens das câmeras de segurança do banco, Mário foi identificado como o autor dos fatos, tendo admitido a prática delitiva. Preocupado com as consequências jurídicas de seus atos, Mário procurou você, como advogado(a), para esclarecimentos em relação à tipificação de sua conduta. Considerando as informações expostas, sob o ponto de vista técnico, você, como advogado(a) de Mário, deverá esclarecer que sua conduta configura um crime de furto qualificado pelo abuso de confiança consumado, apenas. Considerando que Mario concluiu um saque, mas o segundo não foi concretizado por tratar-se de crime impossível, pois o cartão de crédito estava bloqueado e a conta encerrada, responde somente pelo furto qualificado pelo abuso de confiança.
· Decidido a praticar crime de furto na residência de um vizinho, João procura o chaveiro Pablo e informa do seu desejo, pedindo que fizesse uma chave que possibilitasse o ingresso na residência, no que foi atendido. No dia do fato, considerando que a porta já estava aberta, João ingressa na residência sem utilizar a chave que lhe fora entregue por Pablo, e subtrai uma TV. Chegando em casa, narra o fato para sua esposa, que o convence a devolver o aparelho subtraído. No dia seguinte, João atende à sugestão da esposa e devolve o bem para a vítima, narrando todo o ocorrido ao lesado, que, por sua vez, comparece à delegacia e promove o registro próprio. Considerando o fato narrado, na condição de advogado(a), sob o ponto de vista técnico, deverá ser esclarecido aos familiares de Pablo e João que João deverá responder pelo crime de furto simples, com causa de diminuição do arrependimento posterior, enquanto Pablo não responderá pelo crime contra o patrimônio. No caso, a porta estava aperta, logo, NÃO houve emprego de chave falsa (mesmo tendo posse de uma). Assim, João responderá por FURTO SIMPLES. Há arrependimento posterior, veja o que diz o Código Penal: Trata-se de caso onde o agente se ARREPENDE POSTERIORMENTE a consumação do crime. Nesses casos, se o mesmo reparar o dano ou restituir a coisa, até o recebimento da denúncia/queixa, por ATO VOLUNTÁRIO, terá direito a uma redução de pena. No entanto, essa redução de pena (o instituto do arrependimento posterior) somente é aplicável aos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à PESSOA.
· Felipe sempre sonhou em ser proprietário de um veículo de renomada marca mundial. Quando soube que uma moradora de sua rua tinha um dos veículos de seu sonho em sua garagem, Felipe combinou com Caio e Bruno de os dois subtraírem o veículo, garantindo que ficaria com o produto do crime e que Caio e Bruno iriam receber determinado valor, o que efetivamente vem a ocorrer. Após receber o carro, Felipe o leva para sua casa de praia, localizada em outra cidade do mesmo Estado em que reside. Os fatos são descobertos e o veículo é apreendido na casa de veraneio de Felipe. Considerando as informações narradas, é correto afirmar que Felipe deverá ser responsabilizado pela prática do crime de furto qualificado pelo concurso de agentes. Ver art 155 § 4º
· Maria, multireincidente em crimes patrimoniais, quando em gozo de livramento condicional, convida sua filha Julia, de 15 anos de idade, com anterior passagem pelo juízo da Infância e Juventude, para juntas subtraírem protetores solares de um supermercado no bairro em que residem, objetivando posterior venda no final de semana ensolarado que se avizinhava. Após ingressarem no estabelecimento comercial, de forma disfarçada, retiraram da prateleira e esconderam em suas vestes diversos potes daquela mercadoria, no que foram flagradas pelo sistema de monitoramento existente. Quando já haviam saído do supermercado, estando distante cerca de 300 metros, foram alcançadas por seguranças que efetuaram a abordagem e recuperaram as coisas subtraídas, posteriormente avaliadas em 250 reais. Diante do fato narrado, atento à jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que Maria deverá ser: condenada pelos crimes de furto qualificado pelo concurso de agentes e corrupção de menores; corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
· Aproveitando-se da ausência do morador, Francisco subtraiu de um sítio diversas ferramentas de valor considerável, conduta não assistida por quem quer que seja. No dia seguinte, o proprietário Antônio verifica a falta das coisas subtraídas, resolvendo se dirigir à delegacia da cidade. Após efetuar o devido registro, quando retornava para o sítio, Antônio avistou Francisco caminhando com diversas ferramentas em um carrinho, constatando que se tratavam dos bens dele subtraídos no dia anterior. Resolve fazer a abordagem, logo dizendo ser o proprietário dos objetos, vindo Francisco, para garantir a impunidade do crime anterior, a desferir um golpe de pá na cabeça de Antônio, causando-lhe as lesões que foram a causa de sua morte. Apesar de tentar fugir em seguida, Francisco foi preso por policiais que passavam pelo local, sendo as coisas recuperadas, ficando constatado o falecimento do lesado. Revoltada, a família de Antônio o procura, demonstrando interesse em sua atuação como assistente de acusação e afirmando a existência de dúvidas sobre a capitulação da conduta do agente. Considerando o caso narrado, o advogado esclarece que a conduta de Francisco configura o(s) crime(s) de furto consumado e homicídio qualificado. O primeiro crime ocorrido foi FURTO CONSUMADO, visto que Francisco (sem violência no momento da subtração) para si coisa alheia móvel – as ferramentas. o homicídio (matar alguém) será punido de forma mais grave (homicídio qualificado) quando for cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.
· Ana Clara, primária e de bons antecedentes, foi presa em flagrante delito dentro do supermercado Alibabá Comércio de Alimentos Ltda (uma grande rede varejista da região do Abc Paulista), pois na data do dia 04/12/2020, se valendo da distração dos agentes de segurança do estabelecimento, subtraiu para si, dois desodorantes da marca Xêro Bom, avaliados em 12,00 (doze reais). De acordo com a situação narrada, caso seja processada, o magistrado, poderá reconhecer a insignificância, e absolver Ana Clara por atipicidade da conduta.
· Especificamente aos crimes cometidos contra o patrimônio, estabelecidos no Título II do Código Penal, é isento de pena quem comete o crime de furto em prejuízo do cônjuge, na constância da sociedade conjugal. 
· Em relação ao crime de furto, é correto afirmar que o furto é qualificado se o crime for cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. Art 155.
· Nilson, na companhia de sua namorada, Ana Paula, ambos maiores e capazes, subtraem a quantia de R$ 200,00 da carteira do avô de Nilson que, na data do furto, contava 62 anos de idade. Diante da situação hipotética apresentada, Nilson e Ana Paula responderão pelo crime de furto qualificado, não incidindo a isenção de pena para nenhum dos agentes.Art 181 e 183.
· Desejando roubar um estabelecimento comercial, Celidônio rouba primeiramente um carro, deixando-o ligado em frente ao estabelecimento para a facilitação de sua fuga. Quando Celidónio se afasta. Arlindo casualmente passa pelo local e, vendo a veiculo ligado, opta por subtrai-lo, dirigindo ininterruptamente até ingressar em outro Estado da Federação. Nesse contexto, é correto falar que Arlindo cometeu crime de: furto qualificado. Artigo 155, § 5º do Código Penal - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
	
· Do roubo 
Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade (roubo majorado ou circunstanciado):
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
§ 3º - Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Agora, com a Lei 13.654/18, a majorante do emprego de arma não se aplica no caso de roubo com emprego de qualquer arma, mas apenas com emprego de arma de fogo. E A causa especial de aumento de pena do crime de roubo consistente na restrição de liberdade está caracterizada se a vítima permaneceu em poder do agente por tempo juridicamente relevante, ou seja, superior ao necessário para a consumação do delito."
Roubo impróprio:
É aquele em que o agente foge logo depois de subtraída a coisa emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. No roubo próprio a violência ou grave ameaça é praticada antes ou durante a subtração da coisa. No impróprio ela é cometida logo depois de subtraída a coisa para assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa.
Qualificadoras do roubo:
Se a violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 7 a 15 anos, além de multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo de multa. Trata-se de crime considerado qualificado pelo resultado em que as lesões graves ou morte podem advir de dolo ou culpa.
subtração tentada + morte consumada= LATROCÍNIO CONSUMADO
subtração consumada + morte consumada= LATROCÍNIO CONSUMADO
subtração consumada+ morte tentada= LATROCÍNIO TENTADO
subtração tentada + morte tentada= LATROCÍNIO TENTADO
O crime de latrocínio se consuma com a morte, mesmo que o agente não consiga subtrair o bem, se houver morte da vítima, se configura latrocínio.
· Da extorsão
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009).
A conduta consiste em constranger (obrigar, forcar, coagir), mediante violência (física: vias de fato ou lesão corporal) ou grave ameaça (moral: intimidação idônea explicita ou explicita que incute medo no ofendido) com o objetivo de obter para si ou para outrem indevida (injusta, ilícita) vantagem econômica (qualquer vantagem seja de coisa móvel ou imóvel).
Diferença entre extorsão e roubo:
Para os clássicos a distinção infalível é a de que no roubo o agente toma a coisa por sim mesmo; na extorsão faz com que lhe seja entregue.
Tentativa de extorsão:
Surge quando a vítima mesmo constrangida, mediante violência ou grave ameaça, não realiza a condita por circunstâncias alheias à vontade do agente. A vítima, então não se intimida, vence o medo e denuncia o fato a polícia.
Extorsão Mediante Sequestro (Sequestro Relâmpago):
Art. 159. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate. 
Extorsão mediante sequestro qualificada: Se o sequestro dura mais de 24h, se o sequestrado é menor de 18 e maior que 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha a pena será de reclusão de 12 a 20 anos.
	
· No crime contra o patrimônio em que a coisa é subtraída e a violência é praticada com a intenção de matar a vítima, sem que esta chegue a morrer, a conduta é tipificada como tentativa de latrocínio.
· Aproveitando-se da condição de um turista que bebia em um quiosque da praia, José se apresenta como guia e o leva a diversos pontos turísticos da cidade. Posteriormente, obtendo a confiança do turista, retorna com ele ao hotel e juntos consomem bebida alcoólica. Aproveitando-se dessa situação e contando com a ajuda do adolescente FMO, aprendiz de garçom, ministra substância entorpecente na bebida do turista, que, sem consciência, a ele entrega todo o seu dinheiro e bens que estavam no quarto. A partir do caso exposto, José deverá responder pelos crimes de roubo majorado pelo concurso de pessoas (Art. 157 § 2º, II, do CP) e corrupção de menores (Art. 244-B da Lei n. 8.069/90).
· São considerados crimes contra o patrimônio: roubo (art. 157 do Código Penal), furto (art. 155 do Código Penal) e extorsão mediante sequestro (art. 159 do Código Penal).
· O homicídio difere-se tecnicamente do latrocínio pelo(a): diversidade dos bens jurídicos tutelados; Questão que trata dos delitos de homicídio (matar alguém) e latrocínio (roubo com resultado morte).
· Mauro e Fernando, mediante emprego de simulacro de arma de fogo, abordaram o casal Paulo e Lucia, que conversavam na porta de um caixa eletrônico. Após anunciarem o assalto, subtraíram os relógios de cada uma das vítimas, bem como a bolsa de Lucia e a mochila de Paulo. Empreenderam os agentes fuga de imediato, vindo a ser presos 30 minutos após os fatos, tendo em vista que os policiais saíram à procura dos agentes a partir da descrição de suas características pelas vítimas. Diante desse quadro fático, o Ministério Público, atento à jurisprudência atualmente prevalente nos Tribunais Superiores, deverá denunciar Mauro e Fernando pela prática de: dois crimes de roubo majorados pelo concurso de agentes, consumados;
· No decorrer de um roubo com emprego de arma de fogo, João, autor da infração, ante o fato de a vítima resistir à entrega do bem almejado, desfere um disparo contra ela, que vem a falecer em decorrência do ferimento provocado. Após cessada a ação violenta, João foge da cena criminosa sem se apossar do produto do delito. A tipificação penal da conduta de João é: latrocínioconsumado (Art. 157 § 3º, in fine do Código Penal);
· Durante a madrugada, Lucas ingressou em uma residência e subtraiu um computador. Quando se preparava para sair da residência, ainda dentro da casa, foi surpreendido pela chegada do proprietário. Assustado, ele o empurrou e conseguiu fugir com a coisa subtraída. Na manhã seguinte, arrependeu-se e resolveu devolver a coisa subtraída ao legítimo dono, o que efetivamente veio a ocorrer. O proprietário, revoltado com a conduta anterior de Lucas, compareceu em sede policial e narrou o ocorrido. Intimado pelo Delegado para comparecer em sede policial, Lucas, preocupado com uma possível responsabilização penal, procura o advogado da família e solicita esclarecimentos sobre a sua situação jurídica, reiterando que já no dia seguinte devolvera o bem subtraído. Na ocasião da assistência jurídica, o(a) advogado(a) deverá informar a Lucas que poderá ser reconhecido(a): a atenuante da reparação do dano, apenas, não sendo, porém, afastada a tipicidade da conduta. O crime se consumou, logo, não há se falar em desistência voluntário ou arrependimento eficaz. ARREPENDIMENTO POSTERIOR:Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
· Em 07 de julho de 2017, Márcio, primário e de bons antecedentes, subtraiu a carteira de Antônio, mediante grave ameaça exercida com o emprego de uma faca. Ainda na execução, para assegurar que Antônio não fugisse durante o ato de subtração, Márcio segurou a vítima pelo braço por cerca de 1 minuto, impedindo-a de deixar o local dos fatos. Logo após a subtração, policiais militares passaram pelo local e foram informados por Antônio sobre o ocorrido, iniciando uma perseguição ao autor do fato na direção apontada pela vítima, vindo Márcio a ser preso, cerca de 10 minutos depois, ainda na posse da coisa subtraída e com a faca utilizada na ação criminosa. Foi constatado que a res furtiva constante no interior da carteira era de aproximadamente R$ 20,00 (vinte reais). Após seu curso regular, com integral confirmação dos fatos, em 13 de fevereiro de 2019, o processo foi encaminhado ao magistrado para sentença. Considerando a situação narrada e a jurisprudência que prevalece nos Tribunais Superiores, Márcio deverá ser: condenado pelo crime de roubo simples, na forma consumada. Agora, com a Lei 13.654/18, a majorante do emprego de arma não se aplica no caso de roubo com emprego de qualquer arma, mas apenas com emprego de arma de fogo. E A causa especial de aumento de pena do crime de roubo consistente na restrição de liberdade está caracterizada se a vítima permaneceu em poder do agente por tempo juridicamente relevante, ou seja, superior ao necessário para a consumação do delito."
· Flávia conheceu Paulo durante uma festa de aniversário. Após a festa, ambos foram para a casa de Paulo, juntamente com Luiza, amiga de Flávia, sob o alegado desejo de se conhecerem melhor. Em determinado momento, Paulo, sem qualquer violência real ou grave ameaça, ingressa no banheiro para urinar, ocasião em que Flávia e Luiza colocam um pedaço de madeira na fechadura, deixando Paulo preso dentro do local. Aproveitando-se dessa situação, subtraem diversos bens da residência de Paulo e deixam o imóvel, enquanto a vítima, apesar de perceber a subtração, não tinha condição de reagir. Horas depois, vizinhos escutam os gritos de Paulo e chamam a Polícia. De imediato, Paulo procura seu advogado para esclarecimentos sobre a responsabilidade penal de Luiza e Flávia. Considerando as informações narradas, o advogado de Paulo deverá esclarecer que as condutas de Luiza e Flávia configuram crime de roubo majorado. No caso concreto, foi subtraída coisa móvel alheia para si depois de haver reduzido a impossibilidade de resistência da vítima. Art 157, Por fim, a pena será MAJORADA pelo concurso de pessoa Art 157.
· Silva e Pereira, amigos de infância, combinam praticar um crime de furto. Silva sugere que o crime seja realizado na residência da família Bragança, pois tinha a informação de que os proprietários estavam viajando e a casa ficava a uma quadra de suas casas. Juntos dirigem-se ao local e, sem que Silva tivesse conhecimento, Pereira traz consigo uma arma de fogo municiada. Silva subtrai uma TV e deixa o imóvel que estava sendo furtado. Pereira, quando se preparava para sair com o dinheiro subtraído do cofre, depara-se com o segurança que, alertado pelo alarme acionado, entrara na casa. Pereira, para garantir o crime, efetua disparos de arma de fogo contra o segurança, vindo este a falecer em razão dos tiros. Considerando a situação narrada, assinale a afirmativa correta. Ao Silva será aplicada a pena do furto qualificado Art 155 e ao Pereira, a do crime de latrocínio.Art 157. Tratando-se de concurso de agentes, quando comprovada a vontade de um dos autores do fato em participar de crime menos grave, será aplicada A PENA DO CRIME MENOS GRAVE. Foi o que ocorreu com Silva
· Hércules aborda Medusa e sua irmã Medeia em rua escura e, mediante grave ameaça, exige que Medusa faça saques em caixa eletrônico e lhe entregue o dinheiro retirado, ameaçando matar a sua irmã se não lhe obedecer, retendo Medeia até que o crime seja consumado. Medusa faz o saque e entrega o numerário para Hércules. Em seguida, Hércules libera Medusa e sua irmã. Considerando esses fatos, bem como o que dispõe o Código Penal, é correto afirmar que Hércules cometeu o crime de extorsão. O núcleo do tipo penal do crime de extorsão (CP, art. 158) é "constranger", que significa retirar de alguém sua liberdade de autodeterminação, em razão do emprego de violência à pessoa ou grave ameaça.
	
· Em 05/10/2018, Lúcio, com o intuito de obter dinheiro para adquirir uma moto em comemoração ao seu aniversário de 18 anos, que aconteceria em 09/10/2018, sequestra Danilo, com a ajuda de um amigo ainda não identificado. No mesmo dia, a dupla entra em contato com a família da vítima, exigindo o pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para sua liberação. Duas semanas após a restrição da liberdade da vítima, período durante o qual os autores permaneceram em constante contato com a família da vítima exigindo o pagamento do resgate, a polícia encontrou o local do cativeiro e conseguiu libertar Danilo, encaminhando, de imediato, Lúcio à Delegacia. Em sede policial, Lúcio entra em contato com o advogado da família. Considerando os fatos narrados, o(a) advogado(a) de Lúcio, em entrevista pessoal e reservada, deverá esclarecer que sua conduta configura fato típico, ilícito e culpável, podendo Lúcio ser responsabilizado, na condição de imputável, pelo crime de extorsão mediante sequestro qualificado na forma consumada. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Extorsão mediante sequestro: Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
· Mário e Mauro combinam a prática de um crime de furto a uma residência. Contudo, sem que Mário saiba, Mauro arma-se de um revólver devidamente municiado. Ambos, então, ingressam na residência escolhida para subtrair os bens ali existentes. Enquanto Mário separava os objetos para subtração, Mauro é surpreendido com a presença de um dos moradores que, ao reagir a ação criminosa, acaba sendo morto por Mauro. Nesta hipótese Mário responderá pela prática de furto e Mauro pelo crime de latrocínio. Conforme o artigo 29 e § 2º do CP: "Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave".
· O delito de sequestro ou cárcere privado é classificado como crime:permanente e de dano. Segundo a doutrina, crime de cárcere privado é PERMANENTE (a consumação se prolonga ao longo do tempo) e de DANO (não basta o perigo de dano, e necessário o dano.
· Nilo, do interior da penitenciária em que se encontra preso, ligou para Cátia e exigiu que a mesma comprasse determinada quantidade de cartões para telefone celular sob pena de que se não o fizesse, mandaria matar seus filhos. Intimidada e com receio de que as ameaças se concretizassem, Cátia cumpriu a exigência. Na situação apresentada, Nilo praticou o crime de extorsão. Art 158: "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa".

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