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11 Do crime

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Erro de tipo essencial: O agente pratica um fato considerado típico, mas o faz por ter incidido em erro sobre algum de seus elementos. O erro de tipo é a representação errônea da realidade, na qual o agente acredita não se verificar a presença de um dos elementos essenciais que compõem o tipo penal. Pode ser que se utilize o termo “Erro sobre elemento constitutivo do tipo penal”.
· escusável (ou invencível): quando não pode ser evitado pelo cuidado objetivo do agente, ou seja, qualquer pessoa, na situação em que se encontrava o agente, incidiria em erro. Exclui dolo e culpa do agente.
· inescusável (ou vencível): quando pode ser evitado pela observância de cuidado objetivo pelo agente, ocorrendo o resultado por imprudência ou negligência. Exclui apenas o dolo, respondendo o agente por crime culposo.
Erro de tipo permissivo: O erro de “tipo permissivo” é o erro sobre os pressupostos objetivos de uma causa de justificação (excludente de ilicitude). Assim, o erro de “tipo permissivo” seria, basicamente, uma descriminante putativa por erro de fato (erro sobre os pressupostos fáticos que autorizariam o agente a atuar amparado pela excludente de ilicitude).
Erro sobre a pessoa (error in persona): Aqui o agente pratica o ato contra pessoa diversa da pessoa visada, por confundi-la com a pessoa que deveria ser o alvo do delito. Neste caso, o erro é irrelevante, pois o agente responde como se tivesse praticado o crime CONTRA A PESSOA VISADA. § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Erro na execução (aberratio ictus): Aqui o agente atinge pessoa diversa daquela que fora visada, não por confundi-la, mas por ERRAR NA HORA DE EXECUTAR O DELITO.
Erro de proibição: Agente comete o fato criminoso POR ACHAR QUE A CONDUTA NÃO É PROIBIDA. EXEMPLO: Um cidadão, lá do interior, encontra um bem (relógio de ouro, por exemplo) e fica com ele para si. Entretanto, mal sabe ele que essa conduta é crime, previsto no Art. 169 CP (apropriação de coisa achada). 
O fato típico (crime) se divide em elementos: Conduta humana, Resultado naturalístico, Nexo de causalidade, Tipicidade.
Princípio da insignificância: Para que um fato seja considerado crime não basta violar o que está ESCRITO na lei (Crime Formal), a conduta deve ter SIGNIFICANTE consequência no mundo material (Crime Material). Assim, o Judiciário vem entendendo, que em alguns casos, a lesão ao bem jurídico protegido (tutelado) é tão pequena, tão INSIGNIFICANTE, que não haverá crime, que não haverá TIPICIDADE MATERIAL, por mais que haja tipicidade formal, a pessoa pode ser absolvida por ATIPICIDADE DA CONDUTA.
Crime doloso: quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. No DOLO DIRETO o agente quer o resultado (matar alguém, por exemplo) e age para concretizá-lo (atira em alguém). Existe uma subdivisão no dolo direto. O dolo direto de 1º grau (primário) é aquele cujo resultado é primariamente desejado pelo agente. José dá um tiro para matar João, e assim o faz. O dolo direto de 2º grau (secundário) também é chamado de dolo de consequência necessária. O dolo direto de 2º grau é aquele que irá ocorrer SECUNDARIAMENTE para alcançar o dolo de primeiro grau. José quer matar João (dolo primário), para tanto coloca uma bomba em seu avião, de forma que haverá dolo secundário em relação aos demais passageiros, visto que também serão atingidos. DOLO EVENTUAL o agente assumi o risco de produzir o resultado. Assumir o risco é tolerar o resultado. Assumir o risco é dizer: “Dane-se, sei que dirigindo com excesso de velocidade posso atropelar e matar alguém, mas não ligo”. Em outras palavras, no dolo eventual o agente ACEITA EVENTUAL ocorrência do resultado. O DOLO GERAL ocorre quando o agente, acreditando já ter consumado o crime desejado, pratica nova conduta e só nesse momento acaba consumando a infração, devendo, neste caso, PELA CORRENTE MAJORITÁRIA, responder apenas por UM CRIME (e não por um crime tentado e outro consumado).
Crime culposo: quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Na CULPA CONSCIENTE o agente tem CONSCIÊNCIA da previsibilidade da ocorrência do RESULTADO, mas ele não aceita que esse resultado poderia ocorrer, por isso age com culpa consciente.
Crime preterdoloso: O crime preterdoloso ocorre quando o agente, com vontade de praticar determinado crime (dolo), acaba por praticar crime mais grave, não com dolo, mas por culpa. Um exemplo clássico é o crime de lesão corporal seguida de morte, previsto no art. 129, § 3° do CP. Nesse crime o agente provoca lesões corporais na vítima, mediante conduta dolosa. No entanto, em razão de sua imprudência na execução (excesso), acabou por provocar a morte da vítima, que era um resultado não pretendido (culpa).
Crime consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Isso significa que o agente inicia a execução do crime, mas em razão de fatores externos, o resultado não ocorre. Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
Crime impossível: No crime impossível, diferentemente do que ocorre na tentativa, embora o agente inicie a execução do delito, JAMAIS o crime se consumaria, em hipótese nenhuma, ou pelo fato de que o meio utilizado é completamente ineficaz ou porque o objeto material do crime é impróprio para aquele crime. o CP previu a impossibilidade de punição da tentativa inidônea (crime impossível).
Desistência voluntaria: Na desistência voluntária o agente, por ato voluntário, desiste de dar sequência aos atos executórios, mesmo podendo fazê-lo, ou seja, O agente pode, mas não quer prosseguir. Para que fique caracterizada a desistência voluntária, é necessário que o resultado não se consume em razão da desistência do agente.
Arrependimento eficaz: No arrependimento eficaz é diferente. Aqui o agente já praticou todos os atos executórios que queria e podia, mas após isto, se arrepende do ato e adota medidas que acabam por impedir a consumação do resultado.
Arrependimento posterior: O arrependimento posterior, por sua vez, não exclui o crime, pois este já se consumou, mas é causa obrigatória de diminuição de pena. Ocorre quando, nos crimes em que não há violência ou grave ameaça à pessoa, o agente, até o recebimento da denúncia ou queixa, repara o dano provocado ou restitui a coisa. O agente tem a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
Ilicitude: a antijuridicidade (ou ilicitude) é a condição de contrariedade da conduta perante o Direito. Estando presente o primeiro elemento (fato típico), presume-se presente a ilicitude, devendo o acusado comprovar a existência de uma causa de exclusão da ilicitude. Causas de exclusão de ilicitude: 
· Estado de necessidade: Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
· Legítima defesa: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
· Estrito cumprimento do dever legal: Art. 23 - III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Assim, o Policial tem o dever legal de manter a ordem pública. Se alguém comete crime, eventuais lesões corporais praticadas pelo policial (quando da perseguição) não são consideradas ilícitas, pois embora tenha sido provocada lesão corporal (prevista no art. 129 do CP), o policial agiu no estrito cumprimento do seu dever legal.
· Exercício regular de direito: Art. 23 - III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Dessa forma, quem ageno legítimo exercício de um direito seu, não poderá estar cometendo crime, pois a ordem jurídica deve ser harmônica, de forma que uma conduta que é considerada um direito da pessoa, não pode ser considerada crime, por questões lógicas. Trata-se de preservar a coerência do sistema.
· Excesso punível: O excesso punível é o exercício irregular de uma causa excludente da ilicitude. Assim, o policial que, após prender o ladrão, começa a desferir socos em seu rosto, não estará agindo amparado pelo estrito cumprimento do dever legal, pois está se excedendo.
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
	
· Considera-se crime culposo quando o agente pratica a conduta por imperícia, imprudência ou negligência. 
· Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: há culpa quando o sujeito ativo, voluntariamente, descumpre um dever de cuidado, provocando resultado criminoso por ele não desejado. para haver crime culposo é IMPRESCINDÍVEL (NECESSÁRIA) a previsibilidade do resultado. Se o resultado não era previsível não haverá culpa, não haverá fato típico, não haverá crime. Então, só haverá CULPA se o resultado for previsível. 
· Maria mantém relacionamento clandestino com João. Acreditando estar grávida, procura o seu amigo Pedro, que é auxiliar de enfermagem, e implora para que ele faça o aborto. Pedro, que já auxiliou diversas cirurgias legais de aborto, acreditando ter condições técnicas de realizar o ato sozinho, atende ao pedido de sua amiga, preocupado com a situação pessoal de Maria, que não poderia assumir a gravidez por ela anunciada. Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria vem a falecer, ficando apurado que, na verdade, ela não estava grávida. Em razão do fato narrado, Pedro deverá responder pelo crime de homicídio culposo. O enunciado já deu a dica: “Durante a cirurgia, em razão da imperícia de Pedro, Maria vem a falecer (...) Logo, Pedro agiu com CULPA (modalidade: imperícia). Como Maria faleceu, responderá por HOMICÍDIO CULPOSO.
· Jorge pretende matar seu desafeto Marcos. Para tanto, coloca uma bomba no jato particular que o levará para a cidade de Brasília. Com 45 minutos de voo, a aeronave executiva explode no ar em decorrência da detonação do artefato, vindo a falecer, além de Marcos, seu assessor Paulo e os dois pilotos que conduziam a aeronave. Considerando que, ao eleger esse meio para realizar o seu intento, Jorge sabia perfeitamente que as demais pessoas envolvidas também viriam a perder a vida, o elemento subjetivo de sua atuação em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos é o: dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias. No dolo direto o agente quer o resultado (matar alguém, por exemplo) e age para concretizá-lo (atira em alguém). Existe uma subdivisão no dolo direto. O dolo direto de 1º grau (primário) é aquele cujo resultado é primariamente desejado pelo agente. José dá um tiro para matar João, e assim o faz. O dolo direto de 2º grau (secundário) também é chamado de dolo de consequência necessária. O dolo direto de 2º grau é aquele que irá ocorrer SECUNDARIAMENTE para alcançar o dolo de primeiro grau. José quer matar João (dolo primário), para tanto coloca uma bomba em seu avião, de forma que haverá dolo secundário em relação aos demais passageiros, visto que também serão atingidos. Assim, Jorge teve dolo DIRETO DE 1º GRAU em relação ao desafeto Marcos. Já em em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos Jorge agiu com DOLO DIRETO DE 2º GRAU (também conhecido como DOLO DE CONSEQUÊNCIAS NECESSÁRIAS).
· Em relação aos crimes dolosos e culposos, é correto afirmar: o dolo estará caracterizado quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. No dolo direto o agente quer o resultado (matar alguém, por exemplo) e age para concretizá-lo (atira em alguém). No dolo eventual o agente assumi o risco de produzir o resultado. Assumir o risco é tolerar o resultado. Assumir o risco é dizer: “Dane-se, sei que dirgindo com excesso de velocidade posso atropelar e matar alguém, mas não ligo”. Em outras palavras, no dolo eventual o agente ACEITA EVENTUAL ocorrência do resultado. O dolo geral ocorre quando o agente, acreditando já ter consumado o crime desejado, pratica nova conduta e só nesse momento acaba consumando a infração, devendo, neste caso, PELA CORRENTE MAJORITÁRIA, responder apenas por UM CRIME (e não por um crime tentado e outro consumado). O dolo ALTERNATIVO é aquele que ocorre quando a vontade do agente busca um ou outro resultado.
· Ao final das comemorações da noite de Natal com sua família, Paulo, quando deixava o local, acabou por levar consigo o presente do seu primo Caio, acreditando ser o seu, tendo em vista que as caixas dos presentes eram idênticas. Após perceber o sumiço do seu presente e acreditando ter sido vítima de crime patrimonial, Caio compareceu à Delegacia para registrar o ocorrido, ocasião em que foram ouvidas testemunhas presenciais, que afirmaram ter visto Paulo sair com aquele objeto. Paulo, ao tomar conhecimento da investigação, compareceu em sede policial e indicou onde o objeto estava, sendo o bem apreendido no dia seguinte em sua residência. Preocupado com sua situação jurídica, Paulo procurou a Defensoria Pública. Sob o ponto de vista jurídico, sua conduta impõe o reconhecimento de que: ocorreu erro de tipo, o que faz com que, no caso concreto, sua conduta seja considerada atípica; 
· Após intenso debate político repleto de ofensas, Ana, 40 anos, e Maria, 30 anos, iniciam uma longa discussão. Ana, revoltada com o comportamento agressivo de Maria, arremessa uma faca em direção a esta com a intenção de causar sua morte, mas a arma branca acaba por atingir Joana, criança de 13 anos, que passava pela localidade, sendo o golpe de faca no coração a causa eficiente de sua morte. Descobertos os fatos pelo Ministério Público, considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que Ana deverá ser responsabilizada pelo crime de homicídio doloso consumado sem a causa de aumento da idade da vítima, em razão do erro de execução. Não se aplica a causa de aumento de pena, por expressa previsão do art. 73 do CP (responde como se tivesse praticado o crime contra aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código).
· Flavio, pretendendo matar seu pai Leonel, de 59 anos, realiza disparos de arma de fogo contra homem que estava na varanda da residência do genitor, causando a morte deste. Flavio, então, deixa o local satisfeito, por acreditar ter concluído seu intento delitivo, mas vem a descobrir que matara um amigo de seu pai, Vitor, de 70 anos, que, de costas, era com ele parecido. A Flavio poderá ser imputada a prática do crime de homicídio doloso, com erro: sobre a pessoa, considerando a agravante de crime contra ascendente, mas não a causa de aumento em razão da idade da vítima; o agravante referente a idade seria se tivesse o pai +60 anos.
· Durante uma festa rave, Bernardo, 19 anos, conhece Maria, e, na mesma noite, eles vão para um hotel e mantém relações sexuais. No dia seguinte, Bernardo é surpreendido pela chegada de policiais militares no hotel, que realizam sua prisão em flagrante, informando que Maria tinha apenas 13 anos. Bernardo, então, é encaminhado para a Delegacia, apesar de esclarecer que acreditava que Maria era maior de idade, devido a seu porte físico e pelo fato de que era proibida a entrada de menores de 18 anos na festa rave. Diante da situação narrada, Bernardo agiu em erro de tipo, tornando a conduta atípica. Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Havendo ERRO DE TIPO, a possível punir a conduta como crime CULPOSO? A resposta é depende. Se o ERRO DE TIPO era INEVITÁVEL (invencível), haverá também a exclusão da CULPA (por isso esse erro também é chamado de DESCULPÁVEL ou ESCUSÁVEL). No entanto, se o ERRO DE TIPO era EVITÁVEL (vencível), o agente poderá ser punido por CULPA (por isso esse erro tambémé chamado de INDESCULPÁVEL ou INESCUSÁVEL). Ressalta-se apenas que haverá crime se prevista punição para a modalidade culposa.
· Acerca do dolo, assinale a afirmativa correta. O dolo, segundo uma visão finalista, faz parte do tipo, enquanto na concepção causalista integra a culpabilidade. 
· Marco e Matias pescavam juntos em alto-mar quando sofreram naufrágio. Como não sabiam nadar bem, disputaram a única tábua que restou do barco, ficando Matias, por fim, com a tábua, o que permitiu o seu resgate com vida após ficar dois dias à deriva. O cadáver de Marco foi encontrado uma semana depois. A conduta de Matias, nessa situação, caracteriza estado de necessidade. 
· Pedro, não observando seu dever objetivo de cuidado na condução de uma bicicleta, choca-se com um telefone público e o destrói totalmente. Nesse caso, é correto afirmar que Pedro não será responsabilizado penalmente. Art. 18(...) Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. Como visto, em regra, só se pune o crime doloso. O crime culposo só será punido nos casos expressos em lei, ou seja, a lei tem que dizer expressamente que TAL CRIME é punido se cometido na forma CULPOSA.
· O erro de tipo essencial invencível exclui: o dolo e a culpa. 
	
· É correto afirmar sobre o erro de tipo. O erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal exclui o dolo. Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
· De acordo com o Código Penal o erro sobre o elemento constitutivo do tipo penal permite apenas a: punição por crime culposo, se previsto em lei.
· Pedro e Paulo bebiam em um bar da cidade quando teve início uma discussão sobre futebol. Pedro, objetivando atingir Paulo, desfere contra ele um disparo que atingiu o alvo desejado e também terceira pessoa que se encontrava no local, certo que ambas as vítimas faleceram, inclusive aquela cuja morte não era querida pelo agente. Para resolver a questão no campo jurídico, deve ser aplicada a seguinte modalidade de erro: aberratio ictus. Erro de execução.
· Antony, estrangeiro que reside no Brasil há dois meses, inicia em seu quintal uma plantação de maconha, com a intenção de utilizar aquele material para fins medicinais, já que sua doença respiratória melhora com o uso da droga. Ao tomar conhecimento de que seu vizinho, João, possui a mesma doença, decide transportar o material até a residência de João, mas vem a ser abordado por policiais civis. Após denúncia pela prática do crime de tráfico, durante seu interrogatório, Antony esclarece que tinha conhecimento de que transportar maconha no Brasil era crime, mas acreditava na licitude de sua conduta diante da intenção de utilizar o material para fins medicinais, esclarecendo, ainda, que essa conduta seria válida em seu país de origem. Com base apenas nas informações expostas, Antony agiu: em erro de proibição, podendo gerar reconhecimento de causa de redução de pena ou afastamento da culpabilidade; Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 
· De acordo com o Código Penal, o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável: isenta o agente de pena.
· O agente que pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se, age amparado por qual causa excludente de ilicitude? Estado de necessidade. Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
· No Direito Penal brasileiro, o chamado estado de necessidade é causa de exclusão de ilicitude.
· De acordo com o Código Penal, é correto afirmar sobre a exclusão de ilicitude. Aquele que tem o dever legal de enfrentar o perigo, não pode alegar estado de necessidade. Art24. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
· Durante um almoço de família em uma fazenda, Camila caminhava com sua filha Julia, de 02 anos, quando um touro selvagem surgiu e passou a atacar a criança. Diante da situação de risco para a integridade física de Julia, Camila pegou um machado que estava no chão e passou a golpear o animal, vindo a causar sua morte. Nesse caso, é correto afirmar que Camila: agiu em estado de necessidade, causa excludente da antijuridicidade; Art 24.
· De acordo com o Código Penal, entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Com base nas mudanças introduzidas pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), é correto afirmar que considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. Art 25 parágrafo único. 
· Oficial de Justiça ingressa em comunidade no interior do Estado de Santa Catarina para realizar intimação de morador do local. Quando chega à rua, porém, depara-se com a situação em que um inimputável em razão de doença mental está atacando com um pedaço de madeira uma jovem de 22 anos que apenas caminhava pela localidade. Verificando que a vida da jovem estava em risco e não havendo outra forma de protegê-la, pega um outro pedaço de pau que estava no chão e desfere golpe no inimputável, causando lesão corporal de natureza grave. Com base apenas nas informações narradas, é correto afirmar que, de acordo com a doutrina majoritária, a conduta do Oficial de Justiça: não configura crime, em razão da legítima defesa; Doente mental ataca alguém - Legitima Defesa; Animal ataca alguém - estado de necessidade; Animal é utilizado como instrumento por alguém para atacar outrem - legitima defesa. No estado de necessidade o perigo decorre de comportamento humano, animal ou ainda por evento da natureza. Perceba que o perigo, nesse caso, não tem destinatário certo e os interesses em conflito são legítimos. Na legitima defesa caracteriza-se, assim, por advir de uma agressão humana, que possui destinatário certo e os interesses do agressor são ilegítimos (a agressão é injusta).
· Em uma caçada, José Carlos viu um animal próximo do seu grande amigo Edson. Percebe que, atirando na caça, poderá acertar o companheiro, mas, por confiar em sua pontaria, atira e erra o animal, matando Edson. Assim, José Carlos: poderá ser condenado pelo crime de homicídio culposo, pela prática de culpa consciente. poderá ser condenado pelo crime de homicídio culposo, pela prática de culpa consciente.
· O indivíduo “B”, com intenção de matar a pessoa “D”, efetua dez disparos de arma de fogo em direção a um veículo que se encontra estacionado na via pública por imaginar que dentro desse veículo encontrava-se a pessoa “D”, contudo, não havia nenhuma pessoa no interior do veículo. Com relação à conduta praticada por “B”, é correto afirmar que o indivíduo “B” não poderá ser punido pelo crime de homicídio. Crime impossível: Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
· Com relação à legítima defesa, segundo o disposto no Código Penal, é correto afirmar que a legítima defesa não resta caracterizada se for praticada contra uma agressão justa, ainda que observados os demais requisitos para sua caracterização. Legítima defesa: Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atualou iminente, a direito seu ou de outrem.
· Manoel dirigia seu automóvel em velocidade compatível com a via pública e utilizando as cautelas necessárias quando atropelou fatalmente um pedestre que, desejando cometer suicídio, se atirou contra seu veículo. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. Manoel não praticou crime, na medida em que não houve previsibilidade na conduta da vítima. Na CULPA a pessoa não quer produzir um resultado, mas “sem querer” produz. Isso não significa que todo mundo que produz um resultado “sem querer” estará agindo com CULPA. Se o resultado for IMPREVÍSIVEL, não haverá culpa.
· João da Silva acabara de roubar um banco. Ao sair da agência bancária, furta um veículo que estava estacionado e sai em alta velocidade. Durante a fuga, começa a ser perseguido por dois carros de polícia. João da Silva é um excelente motorista e está em vias de despistar os policiais quando surge no meio da rua, logo à frente, um carro de polícia bloqueando a pista e um policial a pé determinando a parada do carro para uma fiscalização de rotina (blitz). Ao invés de reduzir, João aumenta a velocidade, pretendendo passar ao lado do policial sem atropelá-lo. Como é bom motorista, acredita que conseguirá passar, mas pensa consigo mesmo: “Se o policial for atropelado, azar o dele.” Se João atropelar o policial, sua conduta deverá ser classificada como: dolo eventual. 
· Majoritariamente entende-se que, de acordo com o conceito analítico, crime é um: Fato típico, antijurídico e culpável. 
· Em relação à infração penal, assinale a opção correta. A infração penal é gênero que abrange como espécies as contravenções penais e os crimes, sendo estes últimos também identificados como delitos. Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente.
· De acordo com o conceito analítico de crime, é um dos elementos do fato típico: conduta. 
· É correto afirmar que a coação física irresistível exclui: o fato típico. Já a coação moral irresistível exclui a culpabilidade.

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