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1 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL OSSOS E MÚSCULOS DOS MM INFERIORES OSSOS DOS MMII GENERALIDADES ÓSSEAS 1º segmento: cintura pélvica – Ilíaco (osso do quadril) 2º segmento: coxa – fêmur 3º segmento: perna – tíbia e fíbula 4º segmento: ossos do pé – tarso, metatarso e falanges QUADRIL Face interna: mais lisa (referência: fossa ilíaca) Face externa: apresenta irregularidades (ref.: acetábulo) • No adulto o osso já não apresenta mais divisões, diferente das crianças em que os ossos são divididos em 3 (Ísquio, Ílio e Púbis). ÍLIO - Crista ilíaca - Tubérculo ilíaco - Asa - Corpo: se conecta com o ísquio e com o púbis - Espinha ilíaca anterossuperior e anteroinferior - Espinha ilíaca posterossuperior e posteroinferior - Linha arqueada (FA) (face posterior) - Linhas glúteas posterior, anterior e inferior: locais de inserção dos mm. glúteos - Fossa ilíaca: onde se insere/fica o músculo ilíaco - Face auricular: face que se articula com o sacro (o ílio se articula com o sacro) ÍSQUIO ~ Osso que a gente sente quando tá sentado (sente o tuber isquiático) - Corpo: faz contato com o ílio - Ramo: parte que se conecta com o ramo do púbis - Tuber isquiático: parte mais espessa - Espinha isquiática: parte mais “pontiaguda” - Incisura isquiática maior (fica no ílio?) e menor PÚBIS - Corpo - Ramo superior - Linha pectínea do púbis - Ramo inferior: se conecta com o ramo do ísquio - Crista púbica (FP) • Acetábulo: local de articulação com a cabeça do fêmur, que forma a articulação do quadril. o Diferente da cavidade glenoide, o acetábulo é fundo – a própria articulação oferece uma estabilidade maior; ▪ Essa estabilidade é favorecida não só pela articulação, mas pelo peso do corpo; a posição do 2 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL fêmur faz com que ele se encaixe melhor no acetábulo. o É formado pelos “três” ossos! o Face semilunar o Fossa do acetábulo o Incisura do acetábulo VISTAS FÊMUR 3 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL - Cabeça - Fóvea da cabeça do fêmur - Colo - Trocanter maior do fêmur: mais lateral Importante para várias situações clínicas - A altura da bengala deve ser na altura do trocanter maior do fêmur pois é a posição que menos sobrecarrega o ombro!!!!! - Cadeira de rodas leva em consideração o trocanter maior também... - Trocanter menor do fêmur - Linha intertrocantérica (vista anterior): entre um trocanter e o outro - Crista intertrocantérica (vista posterior) - Linha pectínea do fêmur (vista posterior): fica na base do trocanter menor - Tuberosidade glútea: na altura do trocanter maior - Linha áspera: local de fixação dos mm. adutores - Corpo - Côndilos medial e lateral (FP) - Fossa intercondilar: entre os côndilos (FP) - Epicôndilos lateral e medial (FP) - Tubérculo adutor: na ponta do côndilo - Face patelar (FA) • Patela: facilita o movimento da articulação do joelho – o m. quadríceps ganha vantagem mecânica por causa da patela em relação ao movimento o Uma pessoa que nasce sem patela se movimenta, mas o quadríceps tem que se esforçar MUITO mais para realizar o movimento! TÍBIA 4 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL - Côndilos medial e lateral da tíbia (pro lado da fíbula) - Tuberosidade da tíbia: onde o tendão patelar se insere - Face articular superior: face com os côndilos do fêmur - Tubérculos intercondilares medial e lateral - Áreas intercondilares anterior e posterior – entre os dois tubérculos intercondilares - Eminência intercondilar: formada pelos dois tubérculos intercondilares - Face articular com a fíbula - Corpo - Faces Medial Lateral Posterior - Margens Medial Interóssea (lateral) Anterior - Maléolo medial: bem proeminente; pode ser palpado medialmente - Incisura fibular: onde a tíbia se articula com a fíbula na parte distal - Face articular inferior FÍBULA - Cabeça / ápice da cabeça - Colo - Corpo - Maléolo lateral OSSOS DO PÉ -Tarso - Talus: troclea do talus, corpo, cabeça, tubérculos medial e lateral e sulco do tendão do mm flexor longo do hálux - Calcâneo: corpo, tróclea da fíbula e tuberosidade - Navicular, cuboide e 3 cuneiformes - Metatarsos (base, corpo e cabeça) - Ossos sesamóides medial e lateral Falanges (base, corpo e cabeça) 5 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL MÚSCULOS DO QUADRIL E GLÚTEOS MEDIAIS M. ILIOPSOAS M. Iliopsoas (esses três músculos) – flexor do quadril • Mm. Psoas maior e menor • M. Ilíaco → Função importante de flexão quadril!!! PRIMORDIAL para a nossa marcha Quando o iliopsoas se contrai ele traz o fêmur para a frente! M. PSOAS (m. psoas maior) (m. psoas menor) O m. psoas sai da coluna vertebral e tem inserção proximal nos processos transversos de T12-L5 e tem inserção distal na linha pectínea do quadril. M. ÍLIACO (m. ilíaco) Localiza-se na fossa ilíaca e se junta com os demais músculos no ligamento inguinal para que, assim, vá para a linha pectínea. → quando o m. iliopsoas está encurtado ele traciona a coluna lombar para a frente! Isso aumenta a curvatura fisiológica (lordose) e faz com que a pessoa de iliopsoas encurtado tenha uma hiperlordose 0 bumbum arrebitado... (pode ser genético ou acentuado por vício postural). MUSCULOS POSTERO-LATERAIS M. GLÚTEO MÁXIMO (EXTENSOR DO QUADRIL) A inserção proximal é a linha glútea posterior, crista ilíaca e margem do sacro e inserção distal no trocanter maior e no trato iliotibial. Realiza o movimento de extensão de quadril, trazendo o fêmur para trás. Importante para a gente ficar em pé! 6 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL MÚSCULOS LATERAIS E ABDUTORES DO QUADRIL M. GLÚTEO MÉDIO A inserção proximal é na asa do osso ílio entre a linha glútea posterior e a anterior e a distal no trocanter maior. M. GLUTEO MINIMO Tem inserção proximal entre a linha inferior e a anterior e distal no trocanter maior! • Ele está atrás do glúteo médio – não tem como visualizar ele sem rebater o glúteo médio!!! M. TENSOR DA FASCIA LATA Localiza-se na espinha ilíaca anterossuperior e se insere no trato iliotibial (fáscia bem espessa na lateral da perna que vai para a tíbia). → A FÁSCIA LATA SERVE COMO UM COMPRESSOR DA COXA E FAZ COM QUE O MÚSCULO FIQUE NUMA POSIÇÃO NA HORA DO MOVIMENTO PARA QUE ELES NÃO SE EXPANDAM; ALÉM DISSO, AUXILIAM NA VASCULARIZAÇÃO E NO RETORNO VENOSO. 7 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL FRAQUEZA DE GLÚTEO MÉDIO: MARCHA DE TRENDELENBURG → na hora que o paciente vai andar a pelve dele cai! Ao dar um passo (levantar a perna), quem estabiliza o quadril é o m. glúteo médio. ROTADORES PROFUNDOS DO QUADRIL (ROTAÇÃO LATERAL) – MÚSCULOS POSTERO-LATERAIS São posteriores e quando se contraem exercem movimento no fêmur, fazendo como que o fêmur rode – traz o trocanter maior mais na direção posterior e isso causa o movimento de rotação lateral do quadril. M. PIRIFORME Sai do sacro (IP), na face pélvica, e vai para o trocanter maior. M. OBTURADOR INTERNO IP no forame obturatório e ID no trocanter maior do fêmur. M. GÊMEO SUPERIOR IP na espinha isquiática e ID no trocanter maior. M. GÊMEO INFERIOR IP na espinha isquiática e ID no trocanter maior. M. QUADRADO FEMORAL IP no tuber isquiático e ID na crista intertrocantérica. MM. ADUTORES Para fazer adução ele tem que estar medialmente, se não ele não aduz nada! M. GRÁCIL Músculo mais medial da coxa – como se fosse uma fita que desce na coxa, cruza a articulação do joelho e vai até a face medial da tíbia. 8 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL Sai do corpo do púbis (IP)e vai pra face medial da tíbia (ID). M. PECTÍNEO A inserção proximal é a crista púbica e distal na linha pectínea do fêmur. M. ADUTOR LONGO IP no corpo do púbis e ID na linha áspera do fêmur (praticamente toda a linha áspera). M. ADUTOR CURTO IP no corpo do púbis e se insere distalmente na linha áspera (mas numa região mais superior do que a em que o m. adutor longo se insere). M. ADUTOR MAGNO IP no ramo inferior do ísquio e ID na linha áspera e tubérculo adutor (no epicôndilo medial do fêmur). 9 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL M. ADUTOR MÍNIMO M. OBTURADOR EXTERNO ID no trocanter maior. MÚSCULOS DA COXA ANTERIORES – MÚSCULOS EXTENSORES DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO M. SARTÓRIO • Maior músculo do corpo humano!!!!! Inserção proximal na espinha ilíaca anterossuperior e inserção distal na face medial da tíbia. Múltiplas funções: atua principalmente quando a gente cruza a perna – movimento de cruzar a perna (apoiar a região distal da perna no joelho oposto) é uma combinação de movimentos (flexão de quadril, abdução e rotação lateral) feita por esse músculo. M. QUADRÍCEPS FEMORAL Todos os 4 músculos têm como função fazer a extensão da articulação do joelho. M. RETO É o único musculo biarticular – passa por duas articulações: a do quadril e a do joelho (têm ação nessas duas também). → É o musculo do chute – usado principalmente para isso. É um músculo fásico – de explosão!!!!!!!!! M. VASTO INTERMÉDIO M. VASTO LATERAL 10 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL M. VASTO MEDIAL MUSCULOS POSTERIORES (FLEXORES) DA COXA – ISQUIOTIBIAIS M. BÍCEPS FEMORAL Por ser bíceps tem duas cabeças (longa e curta)! - Longa: IP na tuberosidade isquiática e ID na cabeça da fíbula - Curta: IP na linha áspera do fêmur e ID na cabeça da fíbula. M. SEMITENDÍNEO IP na tuberosidade isquiática e ID na face medial da tíbia. MÚSCULOS DA PATA DE GANSO: conjunto de músculos que estão inseridos distalmente na face medial da tíbia (são 3). - Sartório - Grácil - Semitendíneo M. SEMIMEMBRANÁCEO IP no tuber isquiático e ID no côndilo medial da tíbia. M. POPLÍTEO Função de destravar a articulação do joelho – na posição bípede o joelho fica travado... 11 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL Num corte transversal da coxa, é possível observar que ela é dividida em compartimentos! São eles: MÚSCULOS DA PERNA COMPARTIMENTO ANTERIOR DA PERNA • Músculos extensores (dorsiflexores) • Anterior à membrana interóssea COMPARTIMENTO LATERAL DA PERNA (Delimitado pela fíbula e os septos intermusculares – invaginações da fáscia) • Músculos eversores e dorsiflexores • Lateral à face lateral da fíbula e ao septo intermuscular anterior • Anterolateral ao septo intermuscular posterior COMPARTIMENTO POSTERIOR DA PERNA • Músculos que fazem a flexão plantar • Posterior a membrana interóssea • Subdividido em profundo e superficial pelo septo intermuscular transverso COMPARTIMENTO ANTERIOR M. TIBIAL ANTERIOR IP na face anterior da tíbia e ID na face plantar do cuneiforme medial e base do 1º metatarso. • Inverte o pé (levanta a borda medial do pé) e dorsiflexão. M. EXTENSOR LONGO DOS DEDOS IP no côndilo lateral da tíbia e da cabeça da fíbula e ID nas bases das falanges distais do 2º ao 5º dedo. 12 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL M. EXTENSOR LONGO DO HÁLUX IP na face medial da fíbula e ID na falange distal do hálux. COMPARTIMENTO LATERAL M. FIBULAR LONGO IP na cabeça da fíbula e ID no 1º metatarso e cuneiforme medial. POR ISSO QUE QUANDO A GENTE VIRA O PÉ É COMUM QUEBRAR O PRIMEIRO METATARSO!!! – por causa da inserção desses músculos... a contração é tão forte que as vezes o osso não aguenta. M. FIBULAR CURTO IP na face lateral da fíbula e ID na base do 5º metatarso. *M. FIBULAR TERCEIRO (NEM SEMPRE APARECE) IP na face anterior da fíbula e ID no 5º metatarso. • As vezes ele tá junto do extensor longo dos dedos. COMPARTIMENTO POSTERIOR (Subdividido em superficial e profundo) • Músculos flexores! 13 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL GRUPO FLEXOR SUPERFICIAL M. TRÍCEPS SURAL • Consiste nas duas cabeças (lateral e medial) do gastrocnêmio + sóleo. M. GASTROCNÊMIO (CABEÇAS LATERAL E MEDIAL) M. SÓLEO Eles são responsáveis principalmente pela flexão plantar (ficar na ponta dos pés) M. PLANTAR As vezes tá ausente; têm a mesma função do tríceps sural (de forma *auxiliar – não consegue fazer flexão plantar só)! IP no côndilo lateral do fêmur e ID na tuberosidade do calcâneo GRUPO FLEXOR PROFUNDO M. TIBIAL POSTERIOR 14 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL → É o mais profundo de todos! IP na membrana interóssea e ID na face plantar do navicular. M. FLEXOR LONGO DOS DEDOS ID nas bases das falanges distais do 2º-5º dedo. M. FLEXOR LONGO DO HÁLUX ID na falange distal do hálux MÚSCULOS DO PÉ (IDENTIFICAÇÃO) INTRÍNSECOS DO DORSO (LATERAIS) M. EXTENSOR CURTO DO HÁLUX M. EXTENSOR CURTO DOS DEDOS 15 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 – medicina | UFAL INTRÍNSECOS DA PLANTA (MEDIAIS) M. ABDUTOR DO HÁLUX M. FLEXOR CURTO DO HÁLUX M. ABDUTOR DO DEDO MÍNIMO INTRÍNSECOS DA PLANTA (CENTRAIS) M. QUADRADO PLANTAR MM. LUMBRICAIS (1-4) M. FLEXOR CURTO DOS DEDOS MM. INTERÓSSEOS DORSAIS (1 -4)
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