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N2 Processo Penal Rito Comum

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N2 Processo Penal Rito Comum
1. Nelson, engenheiro, é investigado como possível chefe de uma organização criminosa. Foi intimado a comparecer e fornecer material para realização de perícia grafotécnica. Ele o (a) procura como advogado (a) para saber se é obrigado a fazê-lo. No mesmo inquérito, sem que a defesa soubesse, foi determinada a interceptação telefônica, sendo que a defesa só teve acesso ao material após a realização das escutas. A defesa, neste caso, ingressou com medida judicial para anular a prova. Considerando tais informações, responda, fundamentando suas respostas (3,0) 
a) Qual o prazo, em regra, para término deste inquérito policial? 
R. De acordo com o que discorre o Art. 10 CPP, o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias em caso de flagrante, já se o citado estiver solto, o prazo passa para 30 dias, mediante fiança ou não, porém, o paragrafo 3° do mesmo artigo, determina a possibilidade de prazos determinados pelo juiz, de acordo com as possibilidades previstas.
b) Na qualidade de advogado, como você o instruiria a respeito do exame grafotécnico? 
R. Na qualidade de advogado, instruiria o mesmo a comparecer, porém, não realizar o exame, com base no Art. 5° Inciso LXIII da CF, uma vez que este não é obrigado a produzir provas contra si mesmo. 
c) Na qualidade de julgador, você anularia a prova obtida com a interceptação telefônica?
R. Conforme Art. 5º CF, em seu inciso XII, o sigilo pode ser violado em caso de investigação criminal ou instrução processual penal. Sendo assim, como julgador, manteria a prova obtida, uma vez comprovada sua relevância.
2. Genival é acusado como autor de um crime de corrupção ativa. É regulamente citado. Durante instrução probatória, foram intimados para prestar depoimento (na audiência de instrução e julgamento), policiais civis, a esposa de Genival e o rabino de Genival, para quem o mesmo contava todas as coisas, inclusive quanto ao suposto delito praticado e buscava conselho e perdão religioso. Na mesma audiência, o Ministério Público, órgão acusador, requer ao magistrado para apresentar sua manifestação por escrito, o que é deferido. Considerando o narrado, responda, fundamentando suas respostas: (3,0)
a) Após a citação de Genival, qual peça deve ser apresentada em sua defesa, e em qual prazo? 
R. de Acordo com o Art. 396 CPP, deverá ser apresentada uma resposta a acusação, no prazo máximo de 10 dez dias.
b) A esposa e o rabino podem ou devem ser ouvidos em audiência? 
R. considerando o Art. 206 do CPP, a testemunha não poderá se eximir da obrigação de depor, entretanto poderá se negar a depor o ascendente ou descendente. Já no caso do Rabino, aplica-se o disposto no Art. 207 do CPP, de determina a proibição a depor, aquele que em razão de ministério oficio ou profissão, devam guardar segredo, solvo se a parte acusada o desobrigar de tal.
c) Qual o nome da manifestação a ser apresentada pelo Ministério Público e em qual prazo? Qual o próximo andamento processual a ser providenciado pelo magistrado?
R: De acordo com o Art. 403 § 3° do CPP, o juiz, após considerações, irá conceder as partes o prazo de 5 (cinco) dias, o próximo andamento a ser providenciado deverá ser a sentença, no prazo de 10 dias após as alegações finais, de acordo com o disposto no Art. 404 do CPP.
3. Sylvana, 38 anos, primária e de bons antecedentes confessa, durante a fase do inquérito policial, a prática de crime contra o patrimônio de Yolanda- um furto (artigo 155, CP) o que é desmentido pelas testemunhas do fato. Responda, fundamentando suas respostas: (3,0) 
a) Pode o Magistrado condenar Sylvana apenas com base em sua confissão? 
R. Não, conforme determina o Art. 197 do CPP, caberá ao juiz, confrontar a confissão com as demais provas e verificar a compatibilidade ou não desta. 
b) Durante a faz judicial da persecução penal, a denúncia é recebida e Sylvana citada. Ocorre que a mesma não constitui defensor. Na data da audiência, o magistrado esclarecesse que irá fazer a oitiva das testemunhas, deixando para interrogar a acusada em outra audiência, a ser marcada, ato para o qual será designado defensor público para ela. Está correta a providência do magistrado?
R: Com base no Art. 366 do CPP, mesmo que ela não tenha constituído advogado, o juiz poderá proceder com a oitiva das testemunhas, desde que sejam consideradas provas urgentes, não sendo urgente o processo fica suspenso.
c) Pode ser decretada a prisão preventiva da acusada?
R: O Art. 311 do CPP determina que em qualquer momento poderá ser pedida a prisão preventiva, mas devemos observar a ressalva do Art. 312 que determina que esta só deverá ser decretada, quando houver prova ou indicio suficiente para comprovar a existência do crime e possível culpa do autor.

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