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AULA 2 e 3 -DEGENERAÇÕES2 (1)

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Processos de lesão, degeneração e morte celular
Profª Marcia Paim
LESÕES CELULARES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS
DEFINIÇÃO:
	É o processo de adaptação da célula diante de um efeito agressivo do desequilíbrio homeostásico, sofrendo alterações regressivas ou progresivas.
AGRESSÃO---> RESPOSTA CELULAR ---> ADAPTAÇÃO CELULAR 
-Alteração regressiva:
	Consiste na diminuição do metabolismo celular o que caracteriza morfologicamente as degenerações (Virchow) – atualmente emprega-se o termo lesões reversíveis.
								
-Alteração progressiva:
	Confere um aumento no metabolismo celular, vinculando distúrbios de crescimento (hipertrofia, hiperplasia, metaplasia e neoplasias).
Para Rudolph Virchow (1858):
 Degenerações são processos patológicos caracterizados por modificações da morfologia das células, que resultam em diminuição das funções das mesmas.
 Virchow atribuiu as células três atividades fundamentais:
1. Funcionais ou Funções Específicas
2. Nutritivas ou Metabólicas
3. Formativas, ou de Reprodução Celular
 Portanto, além de alterações da estrutura celular, ocorreria:
 Diminuição das atividades Funcionais e Metabólicas.
 As Formativas ou de Reprodução Celular compreenderiam :
 Atrofia, hipertrofia, hiperplasia e neoplasias
A deposição dos produtos em excesso nas células, independente de sua origem, pode ocorrer devido a alterações sistêmicas, o qual é controlado e o acúmulo é reversível. Já nas doenças genéticas de deposição, o acúmulo intracelular ocorre lentamente e as células se tornam sobrecarregadas, levando à lesão secundária, e em alguns casos à morte do tecido e do paciente.
 
Dentre as diversas degenerações temos: 
1) Degeneração Hidrópica 
2) Degeneração Hialina 
3) Degeneração Mucoide 
4) Degeneração Gordurosa (Esteatose)
5) Degeneração glicogênica 
6) Degeneração amilóide: (amiloidose)
-Tipos de lesões reversíveis:
	Geralmente ocorre por alterações enzimáticas que geram o acúmulo de substrato.
A) Degeneração Hidrópica:
É o acúmulo de água no citoplasma que provoca uma tumefação ou edema celular. Macroscopicamente torna o órgão volumoso, pesado e sem brilho.
Provoca o aumento de mitocôndrias com deficiência nas cristas mitocondriais
Retículo endoplasmático distendido e complexo de Golgi dilatado;
Dispersão de ribossomos pela diluição.
Origina-se da deficiência da pressão osmótica por falta de energia. 
A falta de ATPase gera acúmulo de Na e perda de K.
A etiologia mais comum é a anóxia e hipóxia.
Os dois principais tipos de lesão celular reversível são o edema e a esteatose.
Edema: Aumento do fluxo intersticial, provocando inchaço. É constituído por uma solução aquosa de sais e proteínas do plasma, cuja exata composição varia com a causa do edema. O equilíbrio do fluido intersticial é determinado pelo equilíbrio da homeostase de fluidos. O edema ocorre devido a cinco causas patológicas:pressão hidrostática elevada, pressão oncótica reduzida, obstrução linfática, retenção de sódio ou inflamação. 
Edema comum: Constituído de água e sal, quase sempre localizado.
Fígado
Miocárdio
Rim
Rim
Degeneração Hidrópica
Linfedema: Tem a formação no acúmulo de linfa. Nesses casos, os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como nas retiradas de gânglios na cirurgia de câncer do seio.
 Mixedema:  Tem características especiais: é duro e com aspecto da pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo. No mixedema, além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais produzidas no hipotireoidismo.
C) Degeneração hialina: (hialinose)
	São lesões de aspecto vítreo (Hiallos = vidro) pelo excesso de proteínas originadas de processos inflamatórios ( como a proteína de Tamm Horsfall – mucoproteína secretada somente pelas células tubulares renais).
Degeneração Hialina
Representa o acúmulo de proteínas podendo ser dentro das células (forma de pequenos grânulos acidófilos ou aglomerados irregulares) ou fora da célula (no tecido conjuntivo fibroso e no interior dos vasos).
O nome hialino é devido ao aspecto homogêneo, com certa transparência e brilho (lembrando vidro) e de cor rósea.
- Tipos:
1) Extracelular: 
Origina-se de processos inflamatórios crônicos decorrentes em cicatrizes antigas.
Formação da quelóide pelo acúmulo de colágeno pela perda de água no interstício e pela deficiência de fibrinolisina.
Comum em diabetes, L. E. e glomerulonefrites.
2) Intracelular: 
São aglomerados irregulares originados da coagulação de proteínas citoplasmáticas. 
Corpúsculo de Russel (acúmulo de IgG);
Corpúsculo de Councilman- Rocha Lima (viroses hepáticas);
Degeneração de Mallory (cirrose alcoólica)
Degeneração de Zenker (desnaturação do RS – célula muscular)
Degeneração Hialina Celular — Corpúsculo de Russel
Descrição
Observa-se uma área central onde encontram-se neutrófilos e piócitos caracterizando o pus. Em torno, circunscrevendo a supuração, observa-se tecido conjuntivo com processo inflamatório crônico e fibroplasia (cápsula). Na área de processo inflamatório crônico pode-se observar inúmeros linfócitos e plasmócitos. Alguns plasmócitos apresentam degeneração hialina (Corpúsculos de Russel-setas).
Dados importantes para o diagnóstico
Observar os corpúsculos de Russel (acúmulo e cristalização de imunoglobulinas – material proteico no interior dos plasmócitos) que se caracteriza por uma estrutura arredondada, de aspecto fortemente róseo (ou eosinófilo) e homogêneo.
Diagnóstico
Abscesso Crônico
 Quelóide
Hiperplasia fibrosa, elevada, arredondada, consistente e com bordos mal definidos, que ocorre na derme, geralmente após lesão traumática ou queimadura. Frequentemente ocorre no mesmo local, após remoção cirúrgica.
E) Degeneração mucóide: (mucopolissacaridose)
Ocorre nas células epiteliais produtoras de mucopolissacarídeos;
Vulgarmente chamada de inflamação catarral;
É típico em no tecido conjuntivo cartilaginoso dos discos intervertebrais e meniscos;
Ocorre em síndromes reumáticas;
Pode gerar aneurismas;
Apresenta-se também em doenças genética (síndrome de Hunter).
Obs.: A síndrome de Hunter ou mucopolissacaridose tipo II (MPS II) é um distúrbio genético grave, que afeta principalmente as pessoas do sexo masculino. A doença interfere na capacidade do organismo em quebrar e reciclar determinadas substâncias conhecidas como mucopolissacarídeos ou como glicosaminoglicanos (GAGs).
B) Degeneração gordurosa: (esteatose ou lipidose)
	É o acúmulo anormal de lipídeos no citoplasma celular, por qualquer disfunção no metabolismo lipídico.
	Origina-se geralmente por:
Entrada excessiva de ácidos graxos livres;
Desnutrição
Obesidade;
Estresse e uso de corticóides;
Deficiência na síntese protéica (alcoolismo e hepatotoxinas)
Diminuição na oxidação de ácidos graxos.
Morfologicamente o fígado esteatótico apresenta aumento de volume e peso, xantocromia e baixa densidade;
Microscopicamente apresenta vacuolizações citoplasmáticas.
Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose) 
 É o acúmulo excessivo de triglicerídeos no citoplasma de células parenquimatosas, formando vacúolos que podem ser pequenos e múltiplos ou coalescentes e volumosos, deslocam o núcleo para a periferia, com limites nítidos, dando à célula um aspecto pálido e esponjoso, dependendo do órgão em que está localizada. 
Macroscopicamente, o órgão se apresenta amarelado e gorduroso. Deve ser diferenciado de degeneração hidrópica, por métodos histoquímicos recomendados como as colorações Azul do Nilo e Sudan IV (necessitam fixação e processamento específicos), que não degradam a gordura presente nas células. 
Os vacúolos pequenos são por doenças metabólicas agudas, vacúolos grandes são por lesões tóxicas ou virais de desenvolvimento lento. 
Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado, pois é o órgão que metaboliza a gordura. 
Evolução de doença hepática no fígado 
Exemplos de esteatose hepática macrogoticular: 
– A doença hepática não-alcoólica (NASH) é definida como esteatose macrogoticularassociada a diabetes mellitus tipo 2 e obesidade, na ausência de ingestão alcóolica maior que 20 mg/dia. Manifesta-se por esteatose, esteato-hepatite, cirrose e raramente, carcinoma hepatocelular. A esteatose resulta de desequilíbrio entre a captação de gorduras, sua oxidação e exportação.
 – A estateose hepática alcóolica é identificada frequentemente em pacientes que consomem grandes quantidades de etanol (mais de 6 drinques/dia). Ela ocorre não apenas pela má nutrição associada ao alcoolismo, mas também pela hepatotoxicidade direta do álcool.
Esteatose: Também chamado de degeneração gordurosa é o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas, hepatócitos e fibras do miocárdio. Normalmente não são evidenciados histologicamente lipídeos, mas, nos casos de esteatose os lipídeos formam vacúolos nas células. A maioria dos casos de esteatose se dá no fígado, por este órgão ser diretamente relacionado ao metabolismo lipídico.
Degeneração gordurosa
Esteatose gorduras neutras
Lipoidose gorduras complexas. Ex. colesterol, esfingolipídeos
Corantes para evidenciar gordura:
Sudam III - laranja avermelhado;
Sudam IV - Vermelho escarlate;
Ácido ósmico - negro;
Sulfato azul do Nilo - Violeta azulado (predomínio de ácidos graxos) ou violeta avermelhado (predomínio de gordura neutra)
D) Degeneração amilóide: (amiloidose)
Distingui-se das demais lesões pela sua composição variada;
São típicas de síndromes hematológicas, endócrinas, nervosas e infecciosas;
Pode ser classificada como primária (atípica) e secundária (típica).
 A amiloidose é uma doença rara (afeta oito em cada 1 milhão de pessoas), progressiva e geralmente incurável, que ocorre quando há acúmulo, ao redor dos vasos sanguíneos, de pedaços de proteína dobrados em uma configuração altamente estável (em folhas de pregueamento "beta"). Essas proteínas são produzidas na medula óssea em consequência a uma série de doenças, o que torna a amiloidose não uma doença em si, mas uma manifestação de outras doenças.
Um grupo de doenças que têm em comum a deposição de proteínas de aparência semelhante.
A proteína A4 (ou beta-2-amilóide) constitui o núcleo das placas senis e do amilóide das paredes dos vasos na doença de Alzheimer.
F) Degeneração glicogênica: 
Conceito:
Acúmulo anormal intracelular de glicogênio, reversível, consequência de desequilíbrios na síntese ou catabolismo do mesmo. O glicogênio é normalmente encontrado nos músculos (0,5 a 1%), no fígado (2 a 8 %), no miocárdio, no útero pré menstrual e no gestante, nas células cartilaginosas, nos tecidos fetais, na parótida, na pele, nos rins, nos macrófagos e neutrófilos próximos à focos inflamatórios e em oncócitos (quanto mais indiferenciados forem, maior a quantidade de glicogênio).
Origina-se do metabolismo alterado dos glicídeos;
Glicogenoses (armazenamento anormal de glicogênio nas células por deficiência enzimática);
Síndrome de Von Gierke.
A doença de von Gierke ou Glicogenose tipo I é um distúrbio metabólico hereditário . Afeta 1 em cada 50.000 nascidos por ano.
É um distúrbio hereditário autossômico recessivo do acúmulo de glicogênio. Há a deficiência da enzima glicose-6-fosfatase, que faz com que o fígado não consiga produzir mais glicose a partir de suas reservas de glicogênio (glicogenólise), e a partir da gliconeogênese.. O glicogênio se acumula no fígado e rins
Degeneração Cálcica
Não é uma degeneração verdadeira pois é um evento pós-morte celular. Deposição de sais de cálcio e outros sais minerais nas mitocôndrias de células necróticas. A calcificação distrófica pode estar presente no tecido pulpar com alterações regressivas.
Descrição
Corte transversal de um dente monorradicular apresentando dentina tubular, camada odontoblástica, polpa. Observar no interior do tecido conjuntivo pulpar a presença de calcificações patológicas (nódulos pulpares). Na periferia observa-se a degeneração dos odontoblastos ( atrofia reticular).
Dados importantes para o diagnóstico
Nódulos basófilos de formas e tamanhos diversos distribuídos por toda a polpa.
Nódulos cálcicos: estruturas arredondadas no interior da polpa
Agulha cálcica: estruturas afiladas
Poeira cálcica
Diagnóstico
Degeneração Cálcica (Calcificação pulpar)
Agressões celulares

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