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CRIPTORQUIDISMO – RESUMO GRUPO 5 DAVI DOURADO TAVARES EDUARDO CASSIANO CAVALCANTE FERNANDES MATHEUS DINIZ MIRANDA RAFAEL DE ANDRADE SILVA RAFAELA MARIA FERNANDES RESENDE RESUMO O criptorquidismo caracteriza-se pela ausência de um ou ambos os testículos da bolsa escrotal, em razão da retenção no seu trajeto normal de migração da cavidade abdominal para a bolsa escrotal. O testículo pode ficar retido em qualquer segmento desse trajeto, de modo que, quando localizado na cavidade abdominal, caracterizasse criptorquidismo abdominal e, quando no anel inguinal, criptorquidismo inguinal. Se o testículo desvia do seu trajeto normal de migração – por exemplo, quando se localiza no tecido subcutâneo –, ele é considerado ectópico, e não criptorquidico. Essas duas condições têm aspectos anatomopatológicos e consequências clinicas semelhantes, inclusive com tendência para o desenvolvimento de neoplasia testicular, como acontece no cão. O testículo criptorquidico tem um risco aproximadamente dez vezes maior do que um testículo escrotal de desenvolvimento de neoplasias, particularmente sertolioma e seminoma. Além disso, testículos criptorquidicos podem desenvolver neoplasias mais precocemente do que testículos escrotais. Entre os animais domésticos, o criptoquidismo é relatado com maior frequência em cães e cavalos. No cão a raça poodle toy é mais predisposta; as raças de pequeno porte quase sempre apresentam maior risco de desenvolvimento dessa alteração quando compara às raças de grande porte. É uma condição hereditária, poligênica, condicionada por genes autossômicos e de manifestação heterogênea entre diferentes raças caninas. Comparativamente, o criptoquidismo é bem mais raro no gato, no qual a prevalência fica em torno de 1%, enquanto, nos cães, a prevalência pode ficar acima 6%. No equino, o criptorquidismo afeta entre 2 e 8% dos cavalos, sendo, na maioria dos casos unilateral, com aproximadamente 10 a 15% dos casos bilaterais. A alteração pode resultar de formação deficiente ou desenvolvimento anormal do gubernáculo. Nos animais domésticos, os testículos são formados na cavidade abdominal, migrando para o escroto ainda na fase fetal ou logo após o nascimento. Essa migração é orientada pelo gubernáculo, constituído por uma banda de tecido conjuntivo que traciona e direciona os testículos através do anel inguinal até a bolsa escrotal. Hormônios androgênicos e hipofisários (FSH e LH) estão envolvidos na regulação do processo de descenso testicular. O testículo criptorquídico abdominal não tem função gametogênica, podendo apresentar característica histológica de hipoplasia, com túbulos seminíferos revestidos por células de Sertoli com ausência de espermatogênese ou degeneração do epitélio seminífero. No cavalo com criptorquidismo, costuma-se observar aumento da libido, aparentemente pela maior funcionalidade das células de Leydig do testículo com localização intra-abdominal. Tendo em vista que a localização escrotal dos testículos ocorre em idades diferentes entre as espécies de animais domésticos, o cão só pode ser considerado criptorquídico quando houver o completo fechamento do anel inguinal. Ao nascimento, os testículos caninos encontram-se na cavidade abdominal, geralmente com localização adjacente ao anel inguinal. A localização escrotal dos testículos ocorre por volta de 10 dias após o nascimento no cão, embora ele não deva ser considerado criptorquídico antes de 6 a 8 semanas após o nascimento, uma vez que, até 12 semanas de idade, pode ocorrer descenso testicular tardio, enquanto, após 6 meses de idade, já não há possibilidade de descenso espontâneo do testículo canino. No cavalo também o fechamento completo ou parcial do anel inguinal ocorre até 6 meses após o nascimento. Em contraste, no caso do bovino, os testículos já têm localização escrotal por ocasião do nascimento. O diagnóstico de animais com criptorquidia é simples. Normalmente, o exame físico consiste na palpação e no exame visual do saco escrotal do animal, afim de verificar se há ou não a presença das suas gônadas. Poderá ser utilizado também a ultrassonografia para localizar o testículo na cavidade abdominal. A maioria dos casos, é prescrito para o animal uma terapia medicamentosa para realizar a descida do testículo, porém existem casos em que essa terapia pode não dar resultados satisfatórios. Um tratamento mais seguro e com mais chances de sucesso é a intervenção cirúrgica, onde ocorrerá a remoção do testículo retido. É importante que essa situação não passe despercebida pelos tutores de cães. Pois quando o testículo está retido aumenta o risco do aparecimento de neoplasia testicular em até 15 vezes. Fonte: Livro Patologia Veterinária 2ª Edição – Renato de Lima Santos; Antônio Carlos Alessi. https://www.portaldodog.com.br/cachorros/saude/criptorquidia- canina/#:~:text=Diagn%C3%B3stico%20do%20criptorquidismo,feita%20at%C3%A9%20mesmo %20pelos%20tutores.
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