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Intestino grosso

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Intestino grosso 
• É a parte terminal do canal alimentar. 
• Aproximadamente 1,5m de comprimento e 6,5cm 
de diâmetro. 
• Ligado à parede posterior do abdome por seu 
mesocolo – que é uma dupla camada de peritônio. 
• 4 regiões principais – ceco, colo, reto e o canal anal. 
 As funções globais do intestino grosso são: concluir a 
absorção, produzir determinadas vitaminas, formar 
fezes e expulsar as fezes do corpo. 
 
A abertura do íleo (porção final do intestino delgado) 
para o intestino grosso é guardada por uma prega de 
túnica mucosa chamada óstio ileal, que possibilita a 
passagem dos materiais do intestino delgado para o 
intestino grosso. 
Ceco 
 Porção inicial do intestino grosso. Pendurado 
inferiormente ao óstio ileal, uma pequena bolsa de 
aproximadamente 6cm de comprimento. 
Anexado ao ceco existe um tubo espiralado com 
aproximadamente 8cm de comprimento, chamado 
apêndice vermiforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colo 
Dividido em ascendente, transverso, descendente e 
sigmoide. 
Colo ascendente e descendente são retroperitoneais 
(se encontram atrás do peritônio). 
O colo ascendente sobe pelo lado direito do abdome, 
alcança a face inferior do fígado e vira abruptamente 
para a esquerda de modo a formar a flexura direita 
do colo. O colo continua cruzando o abdome até o 
lado esquerdo como colo transverso. Ele se curva sob 
a extremidade inferior do baço no lado esquerdo 
formando a flexura esquerda do colo, e desce até o 
nível da crista ilíaca como o colo descendente. O colo 
sigmoide começa perto da crista ilíaca esquerda, 
projeta-se medialmente em direção à linha média e 
termina como o reto. 
Reto 
Mede aproximadamente 15cm de comprimento. 
Os 2 a 3cm terminais do intestino grosso são 
chamados canal anal. 
→ A túnica mucosa do canal anal é disposta em 
pregas longitudinais chamadas colunas anais, que 
contém uma rede de artérias e veias. 
→ A abertura do canal anal para o exterior, o 
chamado ânus, é guardada pelo músculo esfíncter 
interno do ânus, composto por músculo liso 
(involuntário) e pelo esfíncter externo do ânus, 
composto por músculo esquelético (voluntário). 
 
 
Apendicite 
A inflamação do apêndice vermiforme, a chamada 
apendicite, é precedida pela obstrução do lúmen do 
apêndice vermiforme pelo quimo, inflamação, corpo 
estranho, carcinoma do ceco, estenose ou dobras do 
órgão. É caracterizada por febre alta, contagem de 
leucócitos elevada e contagem de neutrófilos superior 
a 75%. A infecção que se segue pode resultar em 
edema e isquemia e pode progredir para gangrena e 
perfuração no prazo de 24h. 
 
Histologia 
A parede do intestino grosso contém as 4 camadas 
típicas encontradas no restante do canal alimentar: 
túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular e 
túnica serosa. 
 Túnica mucosa – composta por epitélio 
colunar simples, lâmina própria (tecido 
conjuntivo areolar) e lâmina muscular da 
mucosa (músculo liso). 
O epitélio contém principalmente células absortivas e 
caliciformes. 
→ As células absortivas atuam principalmente na 
absorção de água; 
→ As células caliciformes secretam muco, que 
lubrifica a passagem do conteúdo do colo. 
Tanto as células absortivas quanto as caliciformes, 
estão localizadas em glândulas intestinais tubulares 
longas e retas, que se estende por toda a espessura 
da túnica mucosa. 
• Nódulos linfáticos também são encontrados na 
lâmina própria da mucosa e podem se estender 
através da lâmina muscular da mucosa até a tela 
submucosa. 
→ Em comparação com o intestino delgado, a túnica 
mucosa do intestino grosso não tem tantas 
adaptações estruturais que aumentem a área de 
superfície. 
→ Não há pregas circulares nem vilosidades; as 
células absortivas apresentam microvilosidades 
→ Ocorre muito mais a absorção no intestino delgado 
do que no intestino grosso. 
 
 
 Tela submucosa – constituída por tecido 
conjuntivo areolar 
→ Ao contrário de outras partes do canal alimentar, 
as partes de músculos longitudinais são espessas, 
formando três bandas bem definidas chamadas tênias 
do colo que estão na maior parte do comprimento do 
intestino grosso. 
→ A tênias do colo são separadas por trechos de 
parede com pouco ou nenhum músculo longitudinal. 
→ As contrações tônicas das bandas unem o colo em 
várias bolsas chamadas saculações do colo, que dão 
ao colo uma aparência enrugada. 
Digestão mecânica 
→ A passagem do quimo do íleo para o ceco é 
controlada pela ação do óstio ileal. 
Imediatamente após uma refeição, o reflexo 
gastroileal intensifica o peristaltismo no íleo e força 
um eventual quimo em direção ao ceco. O hormônio 
gastrina também relaxa o óstio. 
→ Os movimentos do colo começam quando 
substâncias passam pelo óstio ileal. 
→ Conforme o alimento passa pelo óstio ileal, enche o 
ceco e acumula-se no colo ascendente. 
 
Um movimento característico do intestino grosso é a 
agitação das saculações do colo. 
 As saculações do colo permanecem relaxadas 
e são distendidas enquanto se enchem. 
Quando a distensão alcança um determinado 
ponto, as paredes se contraem e espremem o 
conteúdo para a próxima saculação do colo. 
 O peristaltismo também ocorre, embora em 
um ritmo mais lento do que nas partes mais 
próximas do canal alimentar. Um último tipo 
de movimento é o peristaltismo em massa, 
uma forte onda peristáltica que começa 
aproximadamente na metade do colo 
transverso e leva rapidamente o conteúdo do 
colo para o reto. 
→ Os alimentos no estômago iniciam esse reflexo 
gastrocólico no colo, o peristaltismo em massa 
geralmente ocorre 3 ou 4 vezes/dia, durante ou 
imediatamente após uma refeição. 
Digestão química 
A fase final da digestão ocorre no colo por meio da 
ação das bactérias que habitam o lúmen. 
→ O muco é secretado pelas glândulas do intestino 
grosso, mas não são secretadas enzimas. 
O quimo é preparado para a eliminação pela ação de 
bactérias que fermentam quaisquer carboidratos 
restantes e liberam hidrogênio, dióxido de carbono e 
gases metano – estes gases contribuem para os flatos 
no colo, denominada flatulência quando é excessiva. 
As bactérias também convertem quaisquer proteínas 
restantes em aminoácidos e fragmentam os 
aminoácidos em substâncias mais simples: indol, 
escatol, sulfeto de hidrogênio e ácidos graxos. 
→ Um pouco de indol e escatol é eliminado nas fezes 
e contribui para o seu odor; o restante é absorvido e 
transportado para o fígado, onde estes compostos são 
convertidos em compostos menos tóxicos e 
excretados na urina. 
As bactérias também decompõem a bilirrubina em 
pigmentos mais simples, incluindo a estercobilina, que 
dá às fezes a sua coloração marrom. 
→ Os produtos bacterianos que são absorvidos pelo 
colo incluem várias vitaminas necessárias para o 
metabolismo normal, entre as quais algumas 
vitaminas B e vitamina K. 
 
Absorção e formação de fezes 
→ O quimo permaneceu no intestino grosso por 3 a 
10h, tornou-se sólido ou semissólido por causa da 
absorção de água e agora é chamado de fezes. 
Quimicamente, as fezes consistem em água, sais 
inorgânicos, células epiteliais da túnica mucosa do 
canal alimentar, bactérias, produtos da decomposição 
bacteriana, materiais digeridos e não absorvidos e 
partes não digeríveis de alimentos. 
Embora 90% de toda a absorção de água ocorra no 
intestino delgado, o intestino grosso absorve o 
suficiente para torná-lo um órgão importante na 
manutenção de equilíbrio hídrico do corpo 
→ O intestino grosso também absorve íons, incluindo 
sódio e cloreto. 
Reflexo da defecação 
Os movimentos peristálticos em massa empurram o 
material fecal do colo sigmoide para o reto. A 
distensão resultantes da parede retal estimula os 
receptores de estiramento, que iniciam um reflexo de 
defecação que resulta na defecação. 
O reflexo da defecação ocorre do seguinte modo: em 
resposta à distensão da parede retal, os receptoresenviam impulsos nervosos sensitivos para a medula 
espinal sacral. Impulsos motores da medula viajam ao 
longo dos nervos parassimpáticos de volta ao colo 
descendente, colo sigmoide, reto e ânus. A contração 
resultante dos músculos longitudinais retais encurta o 
reto, aumentando assim a pressão em seu interior. 
Esta pressão, junto com as contrações voluntárias do 
diafragma e dos músculos abdominais, além do 
estímulo parassimpático, abrem o músculo esfíncter 
interno do ânus. 
→ Músculo esfíncter externo do ânus – voluntário. 
→ Músculo externo do ânus – voluntário. 
• Se for voluntariamente relaxado, a defecação 
ocorre. 
• Se for voluntariamente contraído, a defecação pode 
ser adiada – se a defecação não ocorrer, as fezes 
voltam para o colo sigmoide até que a próxima onda 
de peristaltismo em massa estimule os receptores de 
estiramento, novamente produzindo a vontade de 
defecar. 
Em crianças, o reflexo de defecação provoca 
esvaziamento automático do reto, porque o controle 
voluntário do músculo do esfíncter do ânus ainda não 
se desenvolveu. 
• A variação normal da atividade intestinal vai de 2 ou 
3 defecações por dia a 3 ou 4 defecações por semana. 
 
Microbiota intestinal 
A microbiota humana, de uma forma simplificada, é o 
conjunto de microrganismos que habita no organismo 
humano. Existe uma relação de simbiose entre o 
organismo humano e os microrganismos que aí 
residem, tirando ambos benefícios desta associação. 
 
O trato gastrointestinal, mais precisamente o 
intestino, é o local do organismo humano que alberga 
maior número e diversidade de microrganismos, 
podendo a microbiota intestinal exercer a maior 
influência sobre os mecanismos homeostáticos 
humanos. 
Ex. a sua ação na digestão de alimentos e produção de 
vitaminas B12 e K, que têm impacto sobre a função e 
conservação da saúde do sistema digestivo e na saúde 
humana como um todo. 
→ Além disso, a microbiota impede a proliferação de 
microrganismos patogénicos por competição. 
→ É no intestino grosso, mais propriamente no colo, 
que estão presentes a maioria dos microrganismos 
existentes no intestino. Isto deve-se ao fato de ser o 
local privilegiado para ocorrer a fermentação. 
A colonização do trato gastrointestinal ocorre de 
forma contínua e progressiva ao longo do tempo. Isto 
acontece devido ao contato do recém-nascido com os 
familiares e profissionais de saúde e à alimentação. 
→ A microbiota intestinal é influenciada por diversas 
particularidades do estilo de vida moderno. 
Ex. melhoria no saneamento básico, urbanização, uso 
excessivo de antibióticos, menor exposição a 
infecções na infância, vacinação, sedentarismo, entre 
outros. 
→ A higiene é um fator ambiental que pode contribuir 
para a alteração da microbiota intestinal. 
 Pensa-se que a exposição escassa a microrganismos, 
sejam eles benéficos ou prejudiciais para o organismo, 
numa fase inicial da vida e durante esta, possa 
influenciar o desenvolvimento normal e adequado do 
sistema imunitário. 
→ A microbiota intestinal contribui para a 
metabolização de nutrientes e vitaminas essenciais 
para a viabilidade do hospedeiro, contribuindo para a 
obtenção de energia a partir dos alimentos. 
Microbiota e sistema imunológico 
intestinal 
A microbiota intestinal desempenha um papel 
importante no desenvolvimento e na expansão dos 
tecidos linfoides e na manutenção e regulação da 
imunidade intestinal. 
 
→ Durante a vida fetal, as células indutoras do tecido 
linfoide são responsáveis pelo desenvolvimento do 
GALT, onde se incluem as Placas de Peyer (PP) e os 
nódulos linfáticos mesentéricos (NLM). Após a 
maturação do GALT, uma vez que o recém-nascido 
começa a ser colonizado, sendo que a maturação 
depende da colonização microbiana. 
 As PP são agregados linfoides, com células B, 
T, células dendríticas e macrófagos. 
 
Patologias associadas à composição da microbiota 
intestinal 
 Obesidade e resistência à insulina 
 Doenças cardiovasculares 
 Diabetes tipo I 
 Doença inflamatória intestinal 
 Doenças neurológicas 
 
Terapia medicamentosa para possível 
tratamento de patologias associadas a alteração 
da microbiota intestinal 
 Probióticos – definindo como 
“microrganismos vivos que, quando 
administrados em quantidades adequadas, 
conferem benefícios a saúde do hospedeiro.” 
Os probióticos têm diversos mecanismos de ação, 
como: 
1. Proteção contra bactérias patogênicas 
através da competição. 
2. Produção de compostos antimicrobianos. 
3. Redução de pH 
4. Competição por nutrientes 
5. Capacidade imunoestimuladora 
Cada vez mais o uso de probióticos é aceito pela 
comunidade científica. 
→ São usados para aumentar a população bacteriana 
levando a uma melhoria da saúde intestinal. 
Ex – lactobacillus e bifidobacterium 
 
 Prebióticos – definidos como “ingredientes 
não digeríveis que beneficiam o hospedeiro 
estimulando seletivamente o crescimento ou 
atividade de um certo número de bactérias.” 
→ Os prebióticos tem como características o fato de 
não serem vivos, serem ingredientes alimentares que 
não sofrem hidrólise nem são absorvidos pelo 
intestino, resistirem à acidez gástrica e funcionarem 
como substratos para os probióticos, obtendo assim, 
uma relação simbiótica, melhorando a continuidade 
de bactérias no intestino. 
Ex - oligofrutose, insulina, lactulose e galacto-
oligossacarídeos.

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