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APG Ilana Maria Maia| 3° Período, Medicina. A síndrome de Loeffler consiste em uma doença pulmonar eosinofílica se caracteriza por um número anormalmente aumentado de eosinófilos desde as vias aéreas pulmonares até o parênquima. Na maioria dos casos essa síndrome está associada a infecções parasitarias e uso de drogas. Basicamente a infecção é através de helmintos (verme), infecções ocasionadas por esse parasita acarreta eosinofilia pulmonar. Síndrome de Loeffler pode ocorrer em indivíduos de qualquer faixa etária. Países de clima tropical e, principalmente, aqueles com condições sanitárias precárias, tem prevalência ainda maior Basicamente a infecção é através de helmintos (verme), infecções ocasionadas por esse parasita acarreta eosinofilia pulmonar. Na família dos helmintos são três principais vermes que em seu ciclo de vida atingem os pulmões através da corrente sanguínea conhecido pelo ciclo de Loss são: Ascaris (A. lumbricoides, A. suum) (Ancylostoma duodenale, Necator americanus), e Strongyloides stercoralis, estes penetram nos alvéolos, amadurecem e invadem as vias aéreas. Ocorre através de ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo L3. Os ovos possuem grande capacidade de aderência a superfícies. Larva: Infecções de baixa intensidade não se observa nenhuma alteração, já infecções maciças encontra-se em lesões hepáticas e pulmonares. No fígado quando encontradas migram pelo parênquima, podendo ser vistos em pequenos focos hemorrágicos. No pulmão é apresentado vários pontos hemorrágicos devido a passagem das larvas para os alvéolos. Ovos: São a forma infectante. Os ovos férteis possuem membrana externa albuminosa espessa e resistência. Os ovos inférteis possuem massa amorfa de protoplasma, não infectante e não são fecundados. É do tipo monoxênico, ou seja, possui um único hospedeiro. A primeira larva (L1) forma dentro do ovo e são rabditóide, após uma semana essa larva sofre uma Síndrome de Loeffler Conceito Fatores de risco Agentes causadores Transmissão Ciclo biológico APG Ilana Maria Maia| 3° Período, Medicina. mudança se transformando em L2 e em seguida sofre outra transformação L3 (forma infectante) tipicamente filarioide. Após a ingestão dos ovos contendo L3 atravessa o trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado. A eclosão ocorre devido a estímulos do próprio hospedeiro como presença de agentes redutores, pH, temperatura, sais. Larvas liberadas atravessam a parede intestinal na altura do ceco e caem nos vasos linfáticos e nas veias, essas invadem o fígado entre 18-24hrs após a infecção. Com dois a três dias chegam ao coração direito, e chegam ao pulmão isso se da o nome de ciclo de Loss. Após oito dias de infecção as larvas sofrem mutação para L4, rompem os capilares e caem nos alvéolos se transformando em L5. As larvas sobem pela arvore brônquica e traqueia chegando à faringe. As larvas podem ser expelidas com expectoração, logo após são novamente deglutidas, atravessam os incólumes o estomago e fixa-se no intestino delgado. Com 20 a 30 dias se transformam em adultos e com 60 dias alcançam maturidade sexual e podem ser encontrados nas fezes. sintomas Paciente sintomático geralmente apresenta tosse irritante, desconforto subesternal agravado por tosse ou respiração profunda, dispneia, febre, escarro com sangue e derivados de eosinófilos. Exame radiográficos demonstram opacagens redondas ou ovais, essas variando de tamanho. Clinicamente, a Síndrome de Loeffler é caracterizada por um quadro auto-limitado, de 1 a 2 semanas. A tosse seca é o sintoma mais comum, podendo estar presente também febre baixa, dipnéia do tipo asmatiforme, e mais raramente, pode ocorrer hemoptise, mialgia, anorexia e urticária. Os sintomas surgem 10 a 16 dias após o inicio da infecção, seja a ingesta do ovo ou a penetração das larvas, dependendo do verme. Deve-se, então, investigar a história social e de viagem para áreas de risco neste período. O exame físico pode ser normal ou apresentar sibilos e creptações finas à ausculta pulmonar. Podendo, ainda, associar-se a manifestações extra-pulmonares como hepatomegalia, reações meningeas ou erupção cutânea prurítica5 . Laboratorialmente, a Síndrome de Loeffler é caracterizada por eosinofilia Sintomas Manifestações clinicas Diagnóstico APG Ilana Maria Maia| 3° Período, Medicina. sanguínea, contudo, nem sempre esta é muito intensa, podendo ficar entre 500-1000 células/mm3 , podendo, mesmo está ausente em alguns casos . Eosinofilia pulmonar também está presente na síndrome, no entanto, a avaliação histológica do tecido pulmonar não é obrigatória para que se feche o diagnóstico. O exame parasitológico das fezes, é importante, entretanto, na maioria dos casos ele é inicialmente negativo, permanecendo desta fora até cerca de 8 semanas após o inicio dos sintomas pulmonares. Esta negatividade ocorre porque na fase pulmonar do ciclo parasitário, os vermes ainda estão na fase larvária, e portanto não colocam os ovos, que seriam percebidos pelo exame. A radiografia de tórax evidencia infiltrado alvéolo- intersticial não segmentares, transitórios, de caráter migratório, localizados preferencialmente na periferia, mas que podem ter qualquer localização e ser unilateral ou bilateral. Além disso, podem ter forma pequena e arredondada ou grande e irregular. Quando há confirmação laboratorial da infecção parasitária, deve-se utilizar drogas antihelmínticas como base do tratamento, principalmente da classe dos benzimidazóis, e, na maioria das vezes, utiliza-se também glicocorticoides, os quais agem atenuando a inflamação suprimindo a migração leucocitária e por meio da inibição da produção de eicosanoides como prostaglandinas e leucotrienos. Até mesmo para evitar manifestações tardias da parasitose, como diarréia, desnutrição, dor abdominal e oclusão intestinal. Corticóide sistêmico também pode ser utilizado, e são bastante efetivos na diminuição da inflamação celular e da eosinofilia. Neste caso, a droga mais usada é a Prednisona . Tratamento
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