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O dia dos pais de Clare e Bryan - Spin Of-Jéssica Macedo

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Copyright ©2020 by Jéssica Macedo
 
Todos os direitos reservados. É proibido o armazenamento ou a reprodução
de qualquer parte desta obra - física ou eletrônica -, sem autorização prévia
do autor. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº
9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
 
Projeto Gráfico de Capa e Miolo
Jéssica Macedo
 
Preparação
Aline Damasceno
 
Revisão
Ana Roen
 
Esta é uma obra de ficção. Nomes de pessoas, acontecimentos e locais que
existam ou que tenham verdadeiramente existido em algum período da
história foram usados para ambientar o enredo. Qualquer semelhança com a
realidade terá sido mera coincidência.
 
Sumário
Sumário
Um
Dois
Três
Quatro
Cinco
Seis
Sete
Oito
Sobre a autora
Outras obras
 
Sugiro que leia antes
Um milionário aos meus pés (Irmãos Clark Livro 0)
 
 
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Sinopse:
Harrison Clark abriu uma concessionária de carros de luxo em Miami. Se tornou
milionário, figurando na lista dos homens mais ricos do Estados Unidos. O CEO da Golden
Motors possui mais do que carros de luxo ao seu dispor, tem mulheres e sexo quando assim
deseja. Porém, a única coisa que realmente amava, era o irmão gêmeo arrancado dele em
um terrível acidente.
Laura Vieira perdeu os pais quando ainda era muito jovem e foi morar com a avó, que
acabou sendo tirada dela também. Sozinha, ela se viu impulsionada a seguir seus sonhos e
partiu para a aventura mais insana e perigosa da sua vida: ir morar nos Estados Unidos. No
entanto, entrar ilegalmente é muito mais perigoso do que ela imaginava e, para recomeçar,
Laura viveu momentos de verdadeiro terror nas mãos de coiotes.
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Chegando em Miami, na companhia de uma amiga que fez durante a travessia, Laura vai
trabalhar em uma mansão como faxineira, e o destino fará com que ela cruze com o
milionário sedutor. Porém, Harrison vai descobrir que ela não é tão fácil de conquistar
quanto as demais mulheres com quem se envolveu. Antes de poder tirar a virgindade dela,
vai ter que entregar o seu coração.
Quando a brasileira, ilegal nos Estados Unidos, começa a viver um conto de fadas, tudo
pode acabar num piscar de olhos, pois nem todos torciam a favor da sua felicidade.
 
Uma virgem para o CEO (Irmãos Clark Livro 1)
 
 
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Sinopse:
Dean Clark nasceu em meio ao luxo e o glamour de Miami. Transformou a concessionária
de carros importados que herdou do pai em um verdadeiro império. Ele é um CEO
milionário que tem o que quer, quando quer, principalmente sexo. Sua vida é uma eterna
festa, mas sua mãe está determinada a torná-lo um homem melhor.
 
Angel Menezes é uma moça pacata e sonhadora que vive com a mãe em um bairro de
imigrantes. Trabalhando como auxiliar em um hospital, sonha em conseguir pagar, um dia,
a faculdade de medicina. As coisas na vida dela nunca foram fáceis. Seu pai morreu
quando ela ainda não tinha vindo ao mundo, e a mãe, uma imigrante venezuelana, teve que
criá-la sozinha. Porém, sempre puderam contar com uma amiga brasileira da mãe, que teve
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um destino diferente ao se casar com um milionário.
 
Laura mudou de vida, mas nunca deixou para trás a amiga e faz de tudo para ajudar a ela
e a filha. Acredita que Angel, uma moça simples, virgem, e onze anos mais jovem, é a
melhor escolha para o seu filho arrogante e cafajeste, entretanto, tudo o que está prestes a
fazer é colocar uma ovelhinha ingênua na toca de um lobo.
 
Dean vai enxergar Angel como um desafio, ele quer mais uma mulher em sua cama e
provar que ela não é virgem. No jogo para seduzi-la, ganhará um coração apaixonado que
não está pronto para cuidar...
 
Será que o cafajeste dentro dele se redimirá ou ele só destruirá mais uma mulher?
Uma noiva falsa para o popstar (Irmãos Clark Livro 2)
 
 
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Sinopse:
Dylan Clark sempre teve o mundo aos seus pés. Dono de uma voz cativante e um carisma
ímpar, ele é um astro do pop famoso mundialmente, com uma legião de fãs apaixonadas.
Lindo, sexy e milionário, ele tem uma lista interminável de conquistas. Entretanto, seu
estilo de vida cafajeste está ameaçado pelo noivado do seu irmão gêmeo.
 
Caroline Evans é determinada e uma profissional impecável. Viaja o mundo como parte
da equipe do astro do pop. Produtora, ela cuida para que tudo corra bem durante as turnês,
mas Dylan, o estilo de vida dele e sua personalidade egocêntrica, talham o seu sangue e a
tiram do sério.
 
Com o casamento do seu irmão, Dean, Dylan sabe que sua mãe tentará fazer o mesmo
com ele, mas não quer abrir mão da vida que leva. Acha que a melhor solução é dar a mãe
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o que ela quer, um noivado. A primeira mulher que vem a sua mente é Caroline, ninguém o
conhece melhor do que ela e é a candidata perfeita para convencer sua mãe da farsa.
 
Será que o cafajeste vai ser livrar de um casamento ou cair na própria armadilha?
Um canalha para a estrela (Irmãos Clark Livro 3)
 
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Sinopse:
Daphne Clark é uma aclamada atriz de Hollywood que nasceu em berço de ouro e tem tudo
a um estalar de dedos: dinheiro, luxo e glamour, exceto um grande amor. As relações a sua
volta são superficiais, prezam muito mais pelo que ela tem do que pelo que é. Imersa em
um mundo onde apenas as aparências importam, ela só viveu relacionamentos vazios.
Vendo seus irmãos casados e apaixonados, pensa que o seu dia nunca vai chegar.
 
Adan Watson já acreditou no amor, mas não acredita mais. O magnata, dono de uma
destilaria de uísque e um hotel de luxo, foi traído, abandonado e fechou seu coração para
sempre. Sua vida se resumiu a dinheiro e sexo. Seu único motivo de felicidade é o filho de
seis anos.
 
O destino fará com que a vida dos dois se cruze. A estrela vai se hospedar no hotel do
canalha para as gravações de um filme. Em meio a uma relação explosiva, podem descobrir
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que são exatamente o que o outro precisa, mas fantasmas do passado podem voltar e por
tudo a prova.
 
Será que Daphne está pronta para brigar pelo amor de verdade ou o deixará ir?
A herdeira do CEO (Irmãos Clark Livro 4)
 
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Sinopse:
Dean Clark foi um canalha que seduziu e despedaçou o coração da doce Angel em “Uma
virgem para o CEO”, mas anjos realizam milagres e em “A herdeira do CEO” eles estão de
volta, no casamento da Daphne e prestes a finalmente segurar a filha nos braços.
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O dia dos namorados de Clare e Bryan (Irmãos Clark
Livro 5)
 
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Sinopse:
Clare Clarck é a princesinha do papai, a garotinha que Dean não percebeu que cresceu, mas
já fez dezoito anos e se tornou uma mulher. Desde criança, ela nutriu uma paixão por seu
“primo”, Bryan Watson, enteado da sua tia Daphne, mas no seu aniversário de dezoito anos
o amor platônico se tornou palpável.
Na comemoração do aniversário da tia, no mesmo do dia dos namorados no Brasil, irão
se reencontrar e se entregar aos sentimentos, o que poderá causar uma enorme confusão na
família.
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Um
 
— Ah! — Gemi, mordendo o lábio. — Isso é bom...
— Você acha? — Bryan riu de um jeito travesso. — E assim?
— Nossa, Bryan, onde aprendeu a fazer isso? — Apertei o lençol entre
os meus dedos. — Assim você me enlouquece.
— Você ainda não viu nada. Agora me dá o outro pé. — Ele se moveu
na cama e puxou o meu outro pé para continuar a massagem.
Seus dedos percorreram a sola do meu pé e eu relaxei sobre a cama,
suspirando enquanto ele cuidava de mim. Eu havia chegado no hotel pela
manhã e, após um café da manhã com a tia Daphne e o tio Adan, Bryan me
levou para uma caminhada pelas montanhas. Não me achava tão sedentária,
mas descobri que era bastante após ficar com pés e pernas doendo depois de
algumas horas andando. Mesmo com toda a exaustão da trilha, a vista da
cidade de pedra e das cachoeiras, com suas águas caindo das montanhas,
havia compensado. Tivemos um almoço romântico emforma de piquenique
às margens de uma cachoeira e voltamos para o hotel.
Bryan e eu estávamos namorando há dois meses, desde o aniversário
da tia Daphne, dia em que meu pai fez o maior escândalo. Só de pensar no
que tinha acontecido, eu sentia calafrios. O bom de tudo isso era que a minha
mãe estava nos dando todo o apoio. Ela gostava do Bryan, não tinha como
não gostar dele; apenas o ciúme do meu pai não o deixava perceber o quanto
o meu namorado me fazia bem.
Com a desculpa de visitar a filha, a vovó tinha me trazido para passar o
final de semana no hotel com o Bryan. Eu era grata demais a todo o apoio
que a vovó Laura estava dando ao meu namoro, porque ficar longe do Bryan
tanto tempo era um saco. Se tinha um ponto que eu odiava em nosso namoro
era a distância. Meu maior sonho era que Chattanooga e Miami pudessem ser
cidades vizinhas e que não ficassem em estados diferentes, a muitos e muitos
quilômetros uma da outra.
— Clare? — chamou Bryan com a voz manhosa, e percebi que ele
havia parado a massagem para me encarar. — Tudo bem, amor?
Balancei a cabeça em afirmativa e ele sorriu, iluminando os olhos azuis
que ainda me analisavam.
— Só estou pensando no quanto estou feliz por estar aqui com você.
Não sabe como eu passo os meus dias pensando em quando poderei tocar
você novamente. — Estiquei a mão e tracei o contorno do seu rosto, parando
as mãos no queixo com a barba loira por fazer.
— Eu também estou muito feliz de ter você aqui. — Ele se moveu na
cama, puxando-me para os seus braços e acomodando as costas na cabeceira.
— Que bom que a vovó trouxe você para ficar aqui comigo.
— Ela é demais!
Esfreguei a cabeça no peito dele, ronronando como se fosse uma
felina, e fechei os olhos enquanto Bryan escorregava os dedos pelos fios
macios do meu cabelo.
— Me diz que vocês vão para Miami no final de semana que vem. —
Girei para poder fitá-lo.
Bryan piscou e moveu a cabeça para que pudesse me encarar.
— Bom, nós íamos todo ano, mas não sei se o meu pai vai querer ir
dessa vez. Ainda não perguntei para eles, nem o ouvi conversando com a
minha mãe a respeito disso.
— Acha que ele não vai querer ir? — Franzi o cenho ao pensar nessa
possibilidade, e isso provocou um aperto em mim. Estar namorando o Bryan
era uma das melhores coisas que havia me acontecido, porém, ficava
incomodada só de pensar que o nosso relacionamento poderia ter custado a
união da família.
— Sabe que ele e o seu pai não estão conversando desde o que
aconteceu na festa.
— Estamos juntos, Bryan. Meu pai está aprendendo a aceitar você, e
só ficou com cara feia na primeira vez que você apareceu lá em casa; agora
ele age naturalmente. Será que você não pode dizer para o seu pai que o meu
não está querendo te matar?
— Eu disse, Clare! Contei que correu tudo bem nas vezes que eu fiquei
na sua casa. Sua mãe é sempre um amor comigo e seu pai, apesar da cara de
cão prestes a atacar toda vez que ele me vê, não tentou fazer nada comigo
enquanto estive lá.
— Será que isso não é o bastante para que eles fiquem bem? — Mordi
o lábio. Essa rixa entre os nossos pais era o que mais estava me
incomodando.
— Ele bateu na minha mãe, Clare, na irmã dele. Isso deixou meu pai
com raiva demais.
— Foi sem querer. Ele não bateria na tia Daphne de propósito.
— Existem coisas que machucam independente de terem sido feitas de
propósito ou não.
 — É... — Soltei o ar dos meus pulmões, mas isso não me deixou mais
aliviada. — O que acha que podemos fazer para resolver essa situação? Seu
pai não pode ficar com raiva do meu para sempre.
— Seu pai precisa pedir desculpas, Clare.
— Só isso?
— É, só isso. — Bryan afagou as minhas bochechas com carinho.
Parecia bem simples, mas sabia que arrancar um pedido de desculpas
do orgulhoso Dean Clark não seria tarefa fácil. Nos dezoito anos que eu
conhecia o meu pai, nunca tinha o visto pedir desculpas para alguém. Ele
achava que estava certo em noventa por cento do tempo, e nos outros dez por
cento, ele tinha certeza absoluta.
— Vou dar um jeito — falei, confiante.
— Cuidado, meu amor, nenhum de nós quer piorar as coisas. —
Afagou o meu rosto com as costas das mãos.
— Ele é o meu pai, Bryan, e me ama e ama a tia Daphne. Vai fazer
isso por mim. Eu só preciso que você me prometa uma coisa.
— O quê? — Afunilou os olhos azuis, analisando a minha expressão
em busca de alguma pista do que eu poderia estar tramando na minha mente.
— Preciso que você faça seu pai e a tia Daphne irem para Miami,
como todos os anos. Vou providenciar o pedido de desculpas.
— Clare, se eles... — Bryan ficou tenso e percebi que a raiva do pai
dele era muito maior do que eu estava imaginando.
— Vou garantir que a mamãe e a vovó estejam por perto para que a
situação não saia do controle. Meu pai não vai voar em ninguém enquanto a
minha mãe estiver de olho nele, isso posso te garantir.
— Okay. Vou conversar com o meu pai; prometo tentar.
— Já é alguma coisa. — Eu o abracei. — Obrigada!
— Eu te amo, sabia? — Ele correspondeu o meu abraço, enfiando o
nariz no alto da minha cabeça, respirando o cheiro do meu cabelo.
— Também amo você, Bryan.
Ele ficou afagando o meu cabelo e permanecemos naquela posição,
aconchegados um no outro, pelo restante da tarde, até sairmos do seu chalé
para irmos jantar com os pais dele, os gêmeos, e nossas avós, que chegaram
atrasadas, pois estavam na cidade fazendo algum programa, juntas. A tia
Daphne ficava dizendo que, depois do que elas tramaram para prender ela e o
tio Adan na cabana de caça, tinha medo do que as duas poderiam aprontar
juntas; já eu ficava feliz pela vovó ter uma amiga para se distrair enquanto
acobertava o meu namoro.
 
Dois
 
Acordei com o sol da manhã entrando pela fresta da cortina e cocei os
meus olhos. Era domingo, um dia em que eu geralmente ficava na cama até
mais tarde, porém, quando Clare estava comigo, queria aproveitar cada
minuto possível ao lado dela.
Me movi na cama e vi que ela estava deitada ao meu lado. Mesmo com
os cabelos bagunçados e espalhados sobre a fronha do meu travesseiro e toda
torta na cama, ela ainda era a mulher mais bonita que eu conhecia. Ter que
me separar dela, quando um de nós ia embora, era a pior coisa do mundo.
Acariciei seu rosto com as pontas dos meus dedos, contornando sua
face redonda, sentindo a maciez da sua pele, tão acetinada quanto a pétala de
uma rosa. Quando eu era adolescente havia perguntado para o meu pai como
eu saberia que estava apaixonado. Ele disse apenas uma frase que deveria
definir tudo: é simples, vai ter certeza quando o seu coração passar a bater
fora do peito.
Deitada ao meu lado, meiga, pequena e com um jeito doce, dona de um
sorriso que iluminava o dia mais escuro, Clare Clark certamente carregava
consigo o meu coração. Eu queria aquela mulher mais do que qualquer outra
coisa na vida e sentia que ela me queria também. Era por isso que ela tinha
vindo de Miami para Chattanooga, para ficar comigo.
Existiam momentos em que poucas palavras eram capazes de
descrever o que estava acontecendo dentro da minha mente e do meu
coração, e aquele era um deles.
Clare espreguiçou na cama e abriu os olhos, vagarosamente. Um
sorriso largo se formou nos seus lábios quando ela percebeu que eu a
encarava.
— Bom dia, Bryan!
— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?
— As melhores noites são aquelas em que eu durmo nos seus braços.
— Isso me deixa feliz.
— Pois pode ficar muito feliz, pois eu estou. — Ela jogou os braços
sobre os meus ombros e eu a icei para que se acomodasse sobre o meu colo, e
sustentei seu corpo com uma mão nas suas costas.
— Eu já disse que você é linda? — Passei a mão pelo seu rosto, tirando
uma mecha do cabelo castanho que estava atravessado sobre ele.
— Não hoje.
— Pois você é muito linda, Clare.
— Você também é lindo, Bryan. — Ela tombou a cabeça na direção da
minha e nossos lábios se tocaram com carinho e desejo.
Segurei-a com uma mão em sua cintura e a outra na sua nuca e
aprofundei o beijo, procurando asua língua com a minha, roçando os meus
lábios nos seus, e meu pau, que já estava rígido, ficou ainda mais firme com
ela se esfregando nele.
Subi com a mão da sua cintura, percorrendo a linha das suas costas,
perdendo preciosos segundos regravando na minha memória a textura de
cada pedaço da sua pele, e puxei a camiseta do seu pijama para cima,
pendurando-a na cabeceira da cama. Clare encolheu-se com um calafrio e
apertou seu corpo ainda mais contra o meu, aumentando o meu desejo.
Clare estava sem sutiã e isso facilitou o meu trabalho de despi-la.
Puxei-a para o centro da cama e voltei a deitá-la sobre os travesseiros, mas
antes que eu pudesse me livrar da parte debaixo da sua roupa, ela puxou a
minha camisa e a jogou sobre um abajur que estava ao lado da cama. Ele
balançou e quase caiu.
— Ops! — Clare riu e não me aguentei, procurando a sua boca
novamente.
Devorei os seus lábios, demonstrando toda a paixão, todo o desejo que
sentia por ela, ao passo que descia com as mãos pela lateral do seu corpo, da
proximidade dos seios até a linha da cintura. Puxei o seu short e a calcinha de
uma vez só e os coloquei junto com a blusa.
Sem pressa, meus beijos escorregaram pela sua boca, desceram pelo
seu queixo, e marcaram a carne da sua garganta enquanto a Clare escorregava
as mãos pelos meus ombros, raspando as unhas em mim. Seu toque apenas
me incentivava a querê-la mais, querer cada parte sua. Minha boca continuou
descendo até parar no seu esterno, junto a elevação dos seus seios; já as
minhas mãos, deslizaram pelas suas coxas, parando nas suas nádegas. Apertei
a sua bunda e Clare arqueou o corpo na cama, afundando a cabeça no
travesseiro e elevando os seios na minha direção. Abocanhei seu mamilo
túrgido e me deliciei com o gemido abafado que saiu da sua boca.
A vontade de penetrá-la aumentou, quase como se o meu pau tivesse
vida própria, porém, não me apressei para estar dentro dela. Iríamos passar
pelo menos mais uma semana longe um do outro e queira fazer com que
aquele momento durasse.
Continuei sugando o seu seio com pressão e desejo, sorvendo-o até
arrancar gritinhos de prazer de Clare. Eu amava aquela garota e amava ainda
mais tê-la nos meus braços, inteiramente minha.
Minha boca voltou a subir pelo seu pescoço até encontrar o lóbulo da
sua orelha, que eu mordisquei antes de soprar ar quente. Ela se retorceu e
seus pelos eriçados pelo meu estímulo roçaram na minha pele.
Voltei a beijá-la, absorvendo a sua boca, tomando o néctar dos seus
lábios, me deliciando com cada gota. Clare era uma mulher muito saborosa e
era minha. No que dependesse de mim, ela continuaria sendo até o último dos
nossos dias.
— Tira a bermuda. — Ela tentou puxar a última peça de roupa que eu
vestia e ficou irritada ao perceber que não conseguia.
— Calma.
— Tira! — Esfregou-se em mim. Pela sua ânsia, eu não era o único
que estava ansioso para que nos tornássemos um só.
Atendi ao seu pedido e tirei a minha bermuda, juntamente com a minha
cueca boxer, e soltei no chão. Abri uma gaveta no móvel de cabeceira e tirei
dela uma camisinha. Rasguei a embalagem com os dentes e escorreguei o
plástico pelo meu membro, revestindo-o, antes de continuarmos com o ato.
Por mais que tivesse certeza de que a Clare era a mulher com quem queria
passar o restante da minha vida, não era o momento para engravidá-la. Minha
namorada ainda tinha alguns anos de faculdade pela frente, que seriam bem
mais complicados com a chegada de uma criança.
Como a minha avó Agnes dizia: tudo tinha o seu tempo. Aquele era o
tempo de Clare e eu curtirmos um ao outro.
Encostei meu pau no clitóris da Clare e ela espichou na cama,
revirando os olhos castanhos. Sua mão veio parar no meu pescoço e seus
dedos puxaram os meus cabelos. Deslizei pela fenda, sentindo o quanto ela
estava molhada, mas não a penetrei de imediato, fazendo-a sorrir ao esfregar
as coxas no meu quadril.
Umedeci os lábios e, encarando-a fixamente, pressionei o meu membro
na sua entrada, fazendo com que ele deslizasse para o seu interior sem
qualquer dificuldade. Gememos juntos quando comecei a me mover,
explorando o seu interior sem pressa e com cuidado, porém, Clare movia-se
contra mim, pedindo que eu fosse mais rápido.
Saí de dentro dela quando percebi que estava quase lá e aproveitei o
momento para respirar, enquanto eu a virava de bruços e colocava um
travesseiro sob o seu quadril para elevá-lo. Segurei na sua cintura e afastei as
suas pernas para me posicionar entre elas novamente. Clare empinou a bunda
e rebolou ainda mais em mim quando voltei a nos unir.
Acariciei seus cabelos, beijei seus ombros e suas costas enquanto dava
estocadas firmes, movendo-me em um vai e vem frenético. Não consegui
mais me conter e me esvaí dentro da camisinha.
Rapidamente eu a tirei, amarrando-a para que não sujasse o chão, e
virei a Clare de frente. Ela riu travessa enquanto eu mordia a face interna da
sua coxa e procurava o seu clitóris com o dedo. Eu a estimulei e logo a minha
namorada se juntou a mim.
— Uau! — Ofegou enquanto acariciava os meus cabelos.
— Linda. — Puxei ela pela nuca e trouxe a sua boca de volta para a
minha, em um beijo ofegante e cheio de êxtase.
Quando afastei a minha boca da dela, após recuperar um pouco da
força nos meus músculos, peguei a camisinha usada e a joguei no lixo, e
carreguei a Clare para trazê-la para debaixo do chuveiro comigo.
Abri o registro e Clare apoiou a cabeça no meu peito e uma das mãos
na minha cintura. Eu a segurei com um braço, percebendo que suas pernas
ainda estavam bambas pelo sexo que tínhamos acabado de fazer.
— Odeio pensar que tenho que ir embora. — Remexeu-se quando a
água começou a escorrer pelos nossos corpos.
— Não precisa pensar nisso agora. — Puxei seu queixo e fiz com que
me encarasse. — Ainda temos algumas horas juntos.
— Só algumas horas. — Fez bico para mim, como uma criança
emburrada. Porém, por mais que não estivesse externando isso, eu também
estava chateado em saber que ela logo iria embora. — Já pensou em se mudar
para Miami?
— Meu pai precisa de mim aqui. Ele já passou quase todas as
responsabilidades com a destilaria para mim e está cuidando só do hotel.
— É, eu sei. — Ela abriu um sorriso amarelo. — Mas não me custava
tentar.
— Vamos dar um jeito nessa distância — prometi a ela enquanto
pensava no momento em que a pediria em casamento. Porém, ainda não era a
hora; Clare ainda tinha um futuro a traçar antes de aceitar ser minha para
sempre. Eu já tinha vinte e seis, mas precisava me lembrar que ela mal havia
feito dezoito anos, ela ainda nem podia entrar em um bar para beber. — Só
precisamos de um pouco de paciência.
— Okay. — Balançou a cabeça em afirmativa.
Peguei um sabonete do suporte na parede e o esfreguei em ambas as
mãos, formando bastante espuma antes de percorrer o corpo dela, lavando-o e
aproveitando para tocar a minha namorada um pouco mais. Eu amava esses
momentos em que éramos apenas nós dois presos em uma bolha.
Desliguei o chuveiro e peguei uma toalha, enrolando-a nela antes de
pegar outra para mim. Voltamos para o quarto e, assim que abri o meu
guarda-roupa à procura de roupas limpas, ouvi o meu celular tocar.
— Bryan. — Clare apontou para ele, que estava jogado sobre o móvel
ao lado da cama.
— Tem algum nome no identificador de chamadas? — Não saí do
lugar. Pessoas com quem eu trabalhava não me ligariam num domingo e
meus pais sabiam que eu estava com a Clare. Não iriam ficar me ligando,
pois eles me davam privacidade com a minha namorada.
— Não. É um número desconhecido.
— Deixa para lá. — Escolhi uma camiseta branca e a vesti.
— Não acha melhor atender?
— Tem um número desconhecido me ligando há mais de um mês, e
não faço ideia de quem seja. As vezes em que eu atendi, a pessoa do outro
lado da linha não falou nada; apenas ouço uma respiração. Deve ser algum
trote.
— Tem certeza?
— Quem liga para alguém e não fala nada? Só pode ser um trote. —
Vesti uma bermuda limpa.
— Tem razão. — Claresorriu e ignorou o meu celular.
— Vamos almoçar com os meus pais e meus irmãos antes de eu levá-la
com a Dona Laura para o aeroporto?
— Sim, só vou me vestir. — Levantou da cama e foi até um canto do
meu quarto onde estava a sua mala.
 
 
Chegamos ao restaurante do hotel e encontramos meus pais sentados
ao redor da mesa com meus irmãos e minhas avós Agnes e Laura.
— Vocês dois tomaram café-da-manhã? — Dona Laura nos lançou um
olhar sério enquanto Clare puxava uma cadeira para se sentar ao lado dela.
— Eu estava sem fome, mas vamos almoçar agora. — Clare deu um
beijo na bochecha dela, que não amenizou seu olhar de repreensão.
— Vocês até podem passar o dia enfiados naquele chalé, pois imagino
a saudade que sentem um do outro, mas não podem se esquecer de comer.
— Dá próxima vez, vou mandar o serviço de quarto ficar batendo na
porta deles. Quero ver só se irão ficar sem comer — zombou meu pai.
— É uma ótima ideia — Dona Laura riu. — Você trate de cuidar dela,
ou não irei mais acobertar as visitas da Clare.
— Oh, eu vou cuidar muito bem dela. Pode deixar — garanti. Só de
pensar que a Clare poderia deixar de vir me ver, um aperto terrível tomava
conta do meu peito.
— Acho bom.
— Mamãe, por que vocês não ficam até amanhã e aproveitam o
restante do dia aqui? — Daphne se debruçou sobre a mesa e chamou a
atenção da mãe. — A senhora fica tão pouco tempo aqui, que eu morro de
saudades quando vai embora. Sei que o Dean é um cabeçudo que precisa de
fiscalização, mas deixe que a Angel cuide dele. Eu também preciso de você e
fará bem a senhora passar um tempo de férias longe daquela mansão.
— Dessa vez não dá. A Clare tem aula amanhã e eu preciso ir ao
médico amanhã para fazer mais uma dessas sessões de exames de rotina. A
gente sabe que está ficando velha quando precisa visitar o médico
mensalmente.
— Precisa se cuidar, Dona Laura. Os meninos ainda precisarão muito
de você. — Meu pai apontou para os meus irmãos que mal levantaram o
olhar dos jogos que jogavam nos celulares.
— Ah, se Deus quiser ainda me terão por perto por muitos e muitos
anos.
— Assim espero. — Daphne sorriu e deu a volta na mesa para abraçar
a mãe.
— De qualquer forma, espero vocês lá no domingo que vem. Vamos
nos reunir e fazer o mesmo que fazemos todos os anos; lembrar do seu pai e
dos momentos que tínhamos com ele.
Daphne engoliu em seco e trocou olhares com o meu pai, que apenas
balançou a cabeça em negativa.
— Então, mãe — começou, colocando as mãos dentro dos bolsos —
Estava conversando com o Adan e acho que nós não iremos neste ano.
— Como não? — Dona Laura arregalou os olhos, surpresa e,
possivelmente, irritada com o que minha mãe havia dito.
— Fazemos isso todos os anos, filha. Sabe o quanto o Dia dos Pais é
importante para mim; é o jeito de mantermos juntos as memórias do seu pai
vivas.
— Eu sei, mãe. — Daphne respirou profundamente. — Sei que
fazemos isso pelo papai, mas depois do que aconteceu com o Dean, não sei se
quero vê-lo por agora. Pode ser que nós estejamos precisando de um tempo
longe do meu irmão.
— Ah, não! — Laura levantou o tom de voz. — As crianças já estão
bem; não vejo motivos para vocês ficarem brigados. São irmãos, nós somos
família. Isso não pode acontecer.
— Mas a senhora sabe como o meu irmão é. Às vezes ele é cego.
— Conheço bem o seu irmão e a você também. Sei que os dois são
cabeças duras e não têm um gênio fácil de se lidar, mas, ainda assim, somos
uma família. Somos os Clarks e devemos ficar juntos.
— Olha, Laura, sei que você quer ver a família toda junta e entendo
isso, mas a minha intenção e a da Daphne é evitar uma confusão. A última
vez que nos vimos a situação entre nós não estava nada boa. Imagino que ir
até a casa dele possa piorar as coisas.
— Enquanto eu estiver viva, aquela casa ainda é minha; Harrison a
deixou para mim. Enquanto eu viver, vocês serão bem-vindos lá.
— Eu sei, mãe, mas... — Daphne começou a dizer, mas o olhar firme
da sua mãe fez com que ela se calasse e apenas segurasse a mão do marido.
Eu não sabia que poder a Laura tinha, mas ela possuía uma incrível
habilidade de fazer com que todos fizessem exatamente o que ela queria. Eu
tinha feito uma promessa para a Clare e era o momento de usar esse poder da
minha avó para convencer os meus pais a irem para Miami.
— Mãe, pai — chamei a atenção deles, que se viraram para mim. —
Eu acho que nós precisamos ir. Não vamos quebrar a tradição da família.
Estive lá duas vezes e o Dean não enlouqueceu e o problema dele era comigo,
então, não vejo motivos para vocês deixarem de ir.
— Por favor, tia — Clare pediu para ela.
— Não sei, não. — Meu pai balançou a cabeça. Estava desanimado
com a ideia de reencontrar o Dean, mas Clare estava certa; nossa família não
poderia continuar brigada daquele jeito para sempre.
— Pai, vamos. Não precisamos passar o Dia dos Pais com a família
dividida.
Ele moveu o olhar e procurou o rosto da minha mãe. Eles se encararam
como se conversassem apenas pelo olhar. Talvez mais de uma década de
casamento trouxesse habilidades que eu e a Clare ainda não possuíamos.
— Não fomos nós que causamos isso, Bryan.
— Eu sei, tia — Clare se apressou em dizer. — Foi o meu pai, mas
vamos consertar isso.
— Okay! — Meu pai acabou cedendo. — Vamos para lá, mas se o
Dean ousar dizer qualquer coisa desagradável ou agredir o Bryan, nós vamos
embora.
— Obrigada, tio! — Clare levantou-se da sua cadeira e veio correndo
para dar um beijo na bochecha do meu pai, que apenas reagiu com caretas e
um abraço sem jeito.
— Será que a gente pode almoçar? — Oscar levantou a cabeça e
empurrou uma mecha do cabelo preto que caía sobre os olhos.
— Claro, filho! Vamos pedir a comida. — Meu pai levantou a mão e
fez um sinal para que o garçom se aproximasse de nós.
Clare voltou para junto de mim e entrelaçou seus dedos nos meus.
Estava sorridente e parecia determinada a consertar a divisão que havia
acontecido na nossa família com o início do nosso namoro.
 
Três
 
A melhor coisa do namoro a distância era matar a saudade enorme que
ia crescendo durante o período separados, mas a pior parte era quando
tínhamos que nos separar novamente. Todas as vezes em que eu ou o Bryan
nos despedíamos e entrávamos no avião, meus olhos se enchiam de lágrimas,
que eu derramava assim que ficava sozinha. Com ele longe, era como se um
buraco se formasse no meu peito; talvez fosse o que realmente acontecia, pois
o meu coração sempre estaria onde o Bryan estivesse.
Quando descemos no aeroporto de Miami¸ já à noite, meu pai estava lá,
nos aguardando no saguão para que pudesse nos levar de volta para casa.
— Filha! — Ele me abraçou e me deu um beijo no alto da cabeça. —
Como você está?
— Eu estou bem. — Dei um meio sorriso, de certa forma contente por
rever o meu pai, mas preferi guardar para mim a informação de que preferia
ter ficado com o Bryan. Cada vez que nos encontrávamos era mais difícil nos
despedir um do outro.
Atravessamos o enorme saguão do aeroporto e saímos pela área de
desembarque até o estacionamento onde estava parado um dos carros
utilitários do meu pai. Esse era preto, discreto, e tinha um porta-malas grande.
Minha mãe dizia que ele só tinha carros esportivos, mas depois do meu
nascimento e o da minha irmã, a garagem precisou ganhar novos modelos.
— A Daphne e as crianças estão bem? — atreveu-se a perguntar
quando assumiu o volante.
— Sim, e o Adan também — respondeu a minha vó em tom de indireta
pelo filho não ter perguntado sobre o cunhado.
— Que ótimo! E o Bryan, Clare? — Olhou para mim através do
retrovisor central do carro.
— Também.
— Isso é bom!
O restante da viagem seguiu em silêncio até chegarmos à garagem da
mansão. Fui a primeira a descer, mas ajudei a vovó, que já não tinha mais a
locomoção de antes.
Meu pai pegou nossas malas e seguimos para o interior da casa. Assim
que pisamos na sala de estar, eu tomei um susto com o grito que a minha irmã
deu.
— Ah! Vocês chegaram.
— O que foi, doida?
— Eufiz bolo de chocolate, vocês querem? — Ela veio para perto de
nós e abraçou a vovó.
— Sua mãe já chegou do hospital, Cristine? — questionou meu pai a
ela.
— Ela está no quarto.
— Eu vou subir. — Passei pela minha irmã, mas ela segurou o meu
pulso antes que eu conseguisse chegar onde estava a escada.
— Não vai querer o bolo? — Fez bico. — É a primeira vez que eu
faço; queria que vocês experimentassem.
— Vamos lá comer o bolo da sua irmã. — Meu pai soltou as malas no
meio da sala e colocou uma mão sobre o meu ombro, disposto a me empurrar
na direção da cozinha onde a minha irmã tinha gastado seu tempo e seus
esforços.
Encarei os olhos azuis dele e depois os castanhos da minha irmã,
ponderei um pouco e decidi não os contrariar. Nós três seguimos a minha
irmã caçula até a cozinha e nos sentamos em uma bancada de pedra que tinha
cadeiras altas.
Minha irmã serviu um pedaço em um pratinho para cada um de nós e
aguardou ansiosa pelo nosso veredito.
— O que acharam? — Mordeu os lábios, tensa.
Cortei um pedaço com o garfo e coloquei na boca, mastiguei um pouco
e, então, peguei outro.
— É a primeira vez que faz um bolo? — Cortei outro pedacinho com o
garfo.
Minha irmã balançou a cabeça em afirmativa.
— Ficou bom!
— Sério? — Sorriu, toda acanhada.
— Sim, filha, está muito gostoso — completou o meu pai, o que fez
com que o sorriso da Cristine se tornasse ainda maior.
— Que bom! Eu queria muito fazer um, mas não sabia se iria dar certo.
— Você se saiu muito bem, filha.
— Agora já sabemos quem pode fazer os nossos bolos — brincou a
vovó.
— Eu ouvi bolo? — Minha mãe apareceu na porta da cozinha atraindo
a atenção de todos.
— O bolo, mamãe, o que eu falei que estava fazendo.
— E já está pronto?
— Está, sim! A senhora quer um pedaço?
— Quero!
Não tinha cadeira vazia para que a minha mãe se sentasse, mas ela não
se incomodou nem um pouco de se acomodar no colo do meu pai. Agora que
eu namorava e entendia melhor a relação entre um homem e uma mulher,
sabia que também não acharia nada ruim que fosse obrigada a me sentar no
colo do Bryan.
— Ficou bom, não ficou? — Meu pai puxou o cabelo da minha mãe,
enrolando-o para trás para que pudesse olhar para ela melhor.
— Está ótimo, Cristine, meus parabéns!
— Obrigada, mamãe!
— E você, Clare? — Minha mãe esticou a mão sobre a bancada para
tocar a minha. — Está tudo bem?
— Sim.
— Correu tudo bem lá?
— Melhor impossível. — Tive a sensação de que os meus olhos
estavam brilhando ao me recordar do momento que vivi com o Bryan.
— Fico feliz, filhinha. — Ela afagou o meu rosto.
Aproveitamos o momento em família mais um pouco. Cada um comeu
mais um pedaço de bolo e minha irmã estava muito contente por ter acertado
em sua primeira aventura pela cozinha. Eu ainda precisava conversar com os
meus pais, mas teria que fazer isso em um outro momento e também garantir
que a minha mãe estivesse do meu lado para convencer o meu pai.
 
Quatro
 
— Bom dia, Thomas! Bom-dia, David! — Acenei para os empregados,
que estavam perto da caldeira quando cheguei na destilaria naquela manhã de
segunda-feira.
— Olá, senhor Watson. — Eles me cumprimentaram de volta.
Caminhei até os fundos do galpão e segui até a escada, subindo até o
mezanino onde ficava o meu escritório. Apesar de ser o negócio da família,
que era passado às gerações, eu realmente gostava de trabalhar na destilaria.
Sentia que tinha nascido para fazer aquilo, literalmente. Meu pai confiava no
meu trabalho, ou não teria deixado que todas as responsabilidades caíssem
sobre os meus ombros, e isso fazia com que eu me sentisse ainda mais feliz.
Puxei a minha cadeira e sentei diante da minha mesa, antes de ligar o
computador. Ajeitei o porta-retrato com a foto da Clare, e ver o rosto da
minha namorada fez com que um sorriso surgisse no meu rosto. Eu amava
aquela garota, amava demais, e mal via a hora de tê-la ao meu lado para
sempre.
Corri os olhos pelos e-mails na minha caixa de entrada, que eram na
maioria algumas propagandas de lojas e sites de viagem. Nunca iria entender
por que mandavam essas mensagens para o meu e-mail comercial. Joguei
tudo na lixeira sem me dar o trabalho de abrir e fui responder os que
realmente eram do meu interesse comercial.
Distraído, olhando o calendário para ver a data exata de quando
iríamos entregar um lote para responder a solicitação de um distribuidor, ouvi
o meu celular tocar sobre a mesa. Eu o puxei e atendi, sem me dar o trabalho
de ver quem era.
— Oi!
Fiquei alguns segundos esperando, mas não ouvi nada, apenas o chiado
de uma respiração do outro lado da linha.
— Olha aqui, se não parar de me ligar, eu vou chamar a polícia. Faça
um favor a si mesmo e pare de me importunar.
— Bryan — uma voz feminina finalmente ressoou do outro lado da
linha. Imaginei que pudesse ser alguma louca que eu havia rejeitado na época
da escola, já que a única ex-namorada que eu tinha não fazia o tipo
perseguidora e mantínhamos uma boa relação.
— Quem é? — Meu tom era firme e rígido. — Não quero ficar de
brincadeira.
— Bryan, sou eu.
— Como se eu fosse algum adivinha. — Bufei. — Se não falar logo,
eu vou desligar.
— Sou a sua mãe.
Engoli em seco. Por um segundo, aquela fala me abalou, mas no
instante seguinte me despertou fúria. Se fosse mesmo a mulher que eu
imaginava que poderia ser, era muita audácia da sua parte ligar para mim
depois de ter passado quase vinte anos presa.
— A minha mãe não ligaria para mim e ficaria sem dizer nada.
— Eu estava com medo.
— Então, pegue todo o seu medo e não me ligue de novo.
— Por favor, sou a sua mãe. Queria ouvir a sua voz. Se passaram
quase vinte anos desde a última vez em que eu te vi; deve ser um homem tão
bonito, agora.
— Você não é a minha mãe, Janeth — cuspi o nome dela pelos meus
lábios, como se fosse um palavrão. — A minha mãe é a Daphne Clark.
— Não foi ela quem te deu à luz.
— Mas era ela quem estava lá para segurar a minha mão quando eu
tinha medo do escuro. Era ela quem estava na minha formatura da escola e
quem foi comigo no meu primeiro dia de faculdade. É a mãe que eu sei que,
aconteça o que acontecer, estará lá por mim.
— Acha que eu não queria? Mas por culpa dela e do seu pai, eu passei
dezoito anos presa.
— Eu não acho, tenho certeza. Tudo o que você sempre quis do meu
pai foi o dinheiro dele e depois o da minha mãe quando descobriu que os dois
estavam juntos. Não sou nenhum idiota.
— Querido, eu...
— Querido é o caralho! — gritei, esquecendo-me que estava no meu
escritório e que os funcionários da destilaria poderiam nos ouvir. — Não
quero que me procure, nem que fale comigo. Se insistir, eu vou pedir uma
medida cautelar contra você, para que quebre a condicional e volte para
cadeia.
— Seu pai manipulou a sua cabeça contra mim.
— Meu pai não fez nada, Janeth. Você cavou sua própria cova sozinha
quando me abandonou quando eu tinha apenas alguns meses de idade. O
Adan se esforçou e foi o melhor pai que pôde, bem diferente de você.
— Eu tive os meus motivos. — Engasgou do outro lado da linha;
poderia estar fazendo um teatro para que eu pensasse que ela estava
chorando, porém, seu joguinho não iria colar comigo.
— Pegue os seus motivos e vá com eles para bem longe de mim! —
Desliguei a ligação para que ela não tivesse mais brechas para continuar com
aquela ladainha.
Bufando, soltei o meu celular sobre a mesa. Sabia que aquela mulher
tinha saído da cadeia há aproximadamente um mês, o mesmo período em que
as ligações haviam começado. Tive a certeza de que todas deveriam ter
partido dela, apenas não sabia como tinha conseguido o número do meu
celular.
Duvidava muito que as suas intenções fossem boas, pois as chances de
que ela estivesse se aproximando de mim apenas pelo dinheiro eram altas; eu
não tinha qualquer motivo para deixar que ela entrasse na minha vida. A
segunda chance de ser a minha mãe fora dada pelo meu pai quando ela voltou
e eu era um garotinho de seis para sete anos que precisava de uma mãe, mas
elajogou fora ao tentar extorquir a namorada do meu pai. Depois disso, eu
ganhei uma mãe que realmente se importava comigo, irmãos, e uma família
de verdade. Se a Janeth achava que poderia balançar o que existia de mais
importante na minha vida, ela estava muito enganada.
 
 
Cinco
 
Cheguei da faculdade e deixei os meus livros sobre a escrivaninha no
meu quarto antes de ir direto para o chuveiro e tomar um banho. Tinha a
intenção de vigiar os meus pais a espera de um momento perfeito para
abordá-los sobre o assunto que precisava tanto discutir.
Era o meu pai quem estava errado; fora ele quem perdera a cabeça ao
saber que Bryan e eu estávamos juntos e havia batido na tia Daphne. Sem
querer ou não, ele ainda precisava pedir desculpas.
Pelas minhas contas, minha mãe não teria plantão naquela noite porque
havia trabalhado no sábado de madrugada no hospital. Então, logo os dois
estariam juntos no quarto e seria o momento certo para abordá-los.
Peguei o livro que estava lendo e fui para uma pequena sala de estar
que ficava no corredor dos quartos. De um dos sofás eu tinha um ângulo que
me possibilitava ver quem entrava e saía dos quartos.
Folheei as páginas para manter o meu disfarce, mas logo me vi
mergulhada na história. Estava interessada no que aconteceria a seguir, mas o
som do meu celular vibrando no meu bolso me fez puxar o aparelho.
Saudades, meu amor.
Bryan! <3
Como você está?
Bem e você?
Mais ou menos, aconteceu uma coisa hoje que me deixou
irritado.
O quê? Assim, eu fico preocupada.
Não é nada com que você precise se preocupar, meu amor.
Prometo.
Então o que foi? Algo na destilaria?
Não. Descobri de quem era o número desconhecido que estava
me ligando.
Quem?
A Janeth.
Sua mãe?
ELA NÃO É A MINHA MÃE!!!
Desculpa...
Ok. Sou eu quem precisa me desculpar.
Eu fico puto, porque essa mulher não é, nem nunca vai ser, a
minha mãe. Pouco me importa se ela me deu à luz ou não.
Sua mãe é a Daphne.
Sempre vai ser.
Eu entendo. O que essa mulher queria com você?
Dinheiro, provavelmente, mas não deixei que ela falasse.
O que você vai fazer?
Ligar para a polícia se ela insistir.
Ela é uma criminosa, Clare, e não a quero perto de mim.
Tem toda a razão.
Estou com saudades.
Eu também.
Mais tarde você me liga?
Claro que ligo, meu amor. Mal vejo a hora de te ver de novo.
Eu também.
 
Mandei um emoji de coração para o Bryan no momento em que os
meus pais apareceram no corredor a caminho do quarto deles.
— Dean. — Ouvi a minha mãe gemer o nome dele. — Aqui não! As
meninas podem ver.
Subi o livro e cobri o meu rosto com ele no momento em que as
minhas bochechas ficaram vermelhas. Existiam algumas coisas sobre a
intimidade dos meus pais que eu preferia não saber.
— Mais tarde?
Então aquela era a voz que ele usava para convencê-la?
Fiquei sem saber se atrapalhava a foda dos meus pais ou se deixava a
conversa para depois, correndo o risco de não conseguir contar com a
presença da minha mãe no dia seguinte por causa do plantão. Eu não tinha
coragem de enfrentá-lo sozinha e precisava do apoio dela e do amor
incondicional que eu sabia que o meu pai sentia pela esposa.
Fechei o livro e surgi no corredor, quase como um fantasma que havia
aparecido do nada.
— Oi, pai! Oi, mãe!
— Clare! — Meu pai tirou rapidamente a mão do interior das coxas da
minha mãe e me esforcei para manter o sorriso e fingir que não tinha visto
nada.
— Oi, filha. — Minha mãe passou as mãos pelo cabelo, jogando-os de
um lado para o outro, inquieta. Percebi que havia puxado dela a minha
péssima habilidade para mentir.
— Será que a gente pode conversar?
— Nós três? — Meu pai apontou para cada um de nós e eu balancei a
cabeça.
— Sim, minha filha. — Minha mãe sorriu e abriu a porta do quarto,
indicando o caminho para que eu entrasse.
Segui na frente deles e me sentei na beirada da enorme e confortável
cama de casal. Meus pais se sentaram diante de mim, um ao lado do outro, e
lançaram seus olhares em minha direção, me analisando, a espera do que eu
tinha para dizer.
— Pode falar — minha mãe incentivou que eu me abrisse.
— Então, queria falar sobre uma coisa que diz respeito ao meu namoro
com o Bryan.
— Não vá me dizer que está grávida que eu juro que castro aquele
moleque! — Meu pai elevou o tom de voz vários níveis, beirando o grito.
— Dean! — Mamãe tentou contê-lo e meu pai bufou.
— Não, pai! Eu não estou grávida. Nós estamos usando camisinha.
Ele mordeu os lábios e percebi que o que eu tinha dito só piorou a
situação. Um lampejo de raiva brilhou nos olhos dele e minha mãe deu
batidinhas na mão que ela segurava para que o meu pai se acalmasse.
Imaginei que fosse tão incômodo para ele saber que eu estava transando
quanto era para mim pescar coisas da vida sexual deles.
— Sobre o que quer falar, filha? — minha mãe retomou o assunto para
que eu não continuasse encarando-os com expressão de vergonha no olhar.
— Sobre a festa da tia Daphne e o que aconteceu.
Meu pai moveu a cabeça, mas encontrou o olhar da minha mãe o
policiando. Era muito bom saber que eu poderia contar com ela.
— Pai?
— Oi, filha?
— Você precisa pedir desculpas para a tia Daphne e para o tio Adan.
— Não vou pedir desculpas para eles! — gritou, sem nem esperar as
minhas justificativas para isso.
— Pai, a família não pode continuar brigada. Eles nem queriam vir
aqui no Dia dos Pais por causa do que aconteceu. A vovó ficou muito
chateada com isso.
— Que não venham! — Deu de ombros. — Não faço a menor questão.
— Meu amor! — Foi a vez da minha mãe fechar a cara.
— O que foi? Eu não preciso pedir desculpas, foram eles que entraram
na minha frente.
— O senhor não tinha que ter avançado no Bryan para início de
conversa. Eles são os pais dele e só estavam tentando defendê-lo, como sei
que o senhor estava tentando me defender.
— Pois é, eu estava. Foi a minha menininha que ele levou para o meio
do mato e abusou.
— Dean! — Minha mãe pigarreou, recriminando-o.
— Eu fui porque quis, pai! Bryan nunca fez nada que eu não quisesse.
— Okay! Já entendi. Eu não sabia.
— Bryan sempre foi um bom garoto. Iria ser alguém, mais dia menos
dia. Em algum momento, a Clare iria nos apresentar um namorado, e estou
muito contente que seja ele.
— Eu já aceitei o namoro. Ele vem para cá, dorme com a nossa filha, e
eu finjo que não tem nada acontecendo. O que mais querem de mim?
— Que você peça desculpas — falei, mesmo sabendo que poderia
atrair o olhar do meu pai para mim, um olhar furioso.
— Para o Bryan?
— Para a tia Daphne e o tio Adan, pelo surto que você deu e pelo soco
que acertou a sua irmã. Pai, você não podia ter feito aquilo.
— Isso já passou, por que eles ainda estão remoendo isso?
— Pai, você pegou pesado.
— Ah, a Clare tem razão, meu amor.
— Achei que você fosse ficar do meu lado, esposa. — Cerrou os
dentes para ela, mas minha mãe fingiu que nem percebeu. Sim, ela sabia lidar
com ele muito bem.
— Meu amor, não dá para defender você quando está errado.
— Então, vocês duas querem que eu vá ao Tennessee apenas para
pedir desculpas para a minha irmã e para o meu cunhado porque eu fiquei
puto com o moleque deles comendo a minha filha? — Jogou as mãos para
cima, e quando elas caíram, meu pai cruzou os braços.
— Não, pai. A vovó e o Bryan os convenceram a vir. O senhor só
precisa ser gentil e pedir desculpas.
— Está exigindo demais de mim, filha.
— Eu sei que você dá conta, meu amor. — Mamãe acariciou o rosto
dele e conseguiu arrancar um sorriso, ainda que singelo.
— Depois de tudo, sou eu que ainda tenho que pedir desculpas?
— Pai!
— Dean! — Minha mãe torceu os lábios para ele.
— Okay! Se é isso que vocês duas acham que eu preciso fazer, tudo
bem. O que não faço pelas mulheres da minha vida?
— Obrigada, pai! — Joguei-me nos braços dele. — Eu te amo!
— Também amo você, minha princesa. — Afagou o meu cabelo e me
deu um beijo na testa cheio de carinho.
Apesar de muito orgulhoso, eu sabia que o meu pai tinha um enorme
coração e que só revelava issopara poucas pessoas.
 
Seis
 
Descemos no aeroporto de Miami numa noite de sexta-feira. Meus
irmãos, os gêmeos Oliver e Oscar, estavam muito empolgados, pois amavam
a praia que a mansão possuía. Já os meus pais estavam tensos, apesar de não
terem dito isso pessoalmente para mim. Eles se deram as mãos e trocaram
olhares, enquanto seguíamos para o desembarque.
Deixei que eles fossem em um táxi, com meus irmãos, e peguei outro.
Sozinho no banco de trás, eu observava as pessoas que transitavam pelas
avenidas à beira-mar. Boa parte delas estava usando roupas de banho, bem
diferente das roupas que eu via nas pessoas do estado onde eu vivia.
Levou um tempo para que fôssemos do aeroporto até a ilha onde ficava
a mansão da família Clark. Porém, eu me distraí tanto observando a
paisagem, que o motorista do táxi teve que me chamar para indicar que
havíamos chegado.
O táxi onde estava a minha família parou logo atrás e eles desceram.
Ajudei o meu pai com as malas e os gêmeos saíram correndo na frente e
gritando, como se nunca tivessem estado naquela casa antes.
— Daphne! — Uma ruiva apareceu na entrada da casa e percebi que
era a tia Caroline.
Ela saiu, seguida do irmão gêmeo do pai da Clare, e veio nos abraçar,
depositando um beijo na minha bochecha antes de parar na frente da minha
mãe. As duas se afastaram, conversando, e Dylan ajudou o meu pai com as
bagagens dos gêmeos.
— Como estão as coisas no hotel, Adan? — perguntou ao meu pai.
— Muito bem.
— Eu não paro, por mais que a Carol tenha organizado melhor a minha
agenda para que possamos passar mais momentos em família. Eu amo a
música, mas não mais do que a eles.
— Isso é importante. Eu já entreguei a destilaria para o Bryan e estou
cuidado apenas do hotel; isso me dá mais tempo para ficar com os gêmeos e
com a Daphne, ou para cuidar deles quando ela está em Hollywood.
— Vamos ficando mais velhos e as prioridades mudam. — Dylan riu.
— Com toda certeza — concordou meu pai enquanto entrávamos na
mansão.
Assim que pisei no saguão de entrada, ouvi a voz da mulher que tanto
ansiava.
— Bryan! — Ela veio correndo, saltou os degraus da escada, que
levavam para o andar de cima, e se jogou nos meus braços.
Soltei as malas e deixei que caíssem no chão para que eu pudesse
abraçá-la.
— Meu amor! — Funguei o seu cabelo, sentindo o cheiro de amêndoas
que o xampu deixava nos fios.
— Estava com saudades.
— Eu também. — Puxei seu rosto para trás para que eu pudesse beijá-
la, sem me importar com a plateia que poderia estar nos assistindo.
Ouvimos alguém pigarrear e Clare me deu alguns selinhos rápidos
antes de se afastar completamente de mim. Assim que parei de fitá-la, percebi
que o seu pai estava atrás dela, nos encarando, e que havia sido ele quem
interrompera o nosso beijo.
— Dean.
— Oi, Bryan.
— Por que vocês não se acomodam primeiro? Depois vocês podem
matar a saudade.
— Eu vou te ajudar. — Clare pegou uma das malas, mas o pai tomou
da sua mão e a entregou para mim.
— Deixa que o Bryan leva, ele já sabe onde colocar.
— Sei, sim. — Pisquei para Clare que sorriu para mim.
— Meu quarto fica no mesmo lugar. — Sei que ela disse aquilo para
provocar o pai e vê-lo mostrar os dentes, mas engolir em seco, para não dizer
nada, foi muito engraçado.
Passei por eles e subi para o andar dos quartos, deixando a minha mala
no quarto da Clare e a dos meus irmãos em um quarto onde eles costumavam
dormir no fim do corredor.
No horário do jantar, todos nós nos reunimos ao redor de uma grande
mesa. Minha mãe, que ainda estava conversando com Caroline, parecia não
estar incomodada de ter voltado para casa; já o meu pai, da sua cadeira,
apenas observava tudo e não dizia nada. Estava desconfiado e eu não o
julgava por isso. Sabia que ele faria de tudo para nos proteger, mesmo que
isso custasse a relação dele com o pai da Clare.
Dona Laura, sentada na cabeceira da mesa, levantou-se, ajeitou o
vestido e olhou nos olhos de cada um de nós.
— Estou tão feliz por todos vocês estarem aqui. — Ela coçou os olhos
e tive a impressão de que poderia estar chorando. — Mais de cinquenta anos
se passaram desde que coloquei os pés nesta casa pela primeira vez e estou
muito contente pelo resultado, pela forma como a minha vida mudou para
melhor, e pela família linda que o Harrison me deu. — As lágrimas contra as
quais ela tanto estava lutando finalmente caíram e os três filhos se levantaram
para abraçá-la.
— Ah, mãe! Assim eu também choro. — Daphne deu um beijo na
bochecha dela.
— Meus filhos. — Ela os abraçou. — Que me deram netos...
Todos se afastaram e ela riu.
— Talvez bisnetos. — Ela piscou para mim e eu me encolhi na
cadeira.
Minha mãe gargalhou junto com a mãe da Clare, já o Dean me dirigiu
um olhar de ameaça que foi interceptado pelo meu pai.
— Ainda não, vovó — Clare interveio, amenizando os ânimos.
— Muito bem! Termine a faculdade primeiro — falou Dona Laura,
voltando para a sua cadeira.
— Pai! — Clare chamou a atenção do Dean.
— O que foi? — Ele se virou calmamente na direção dela, sem
demonstrar muito interesse. Ou talvez estivesse fugindo do assunto e se
esforçando para não deixar transparecer.
— Não acha que esse é um bom momento para você dizer aquilo que
conversamos?
— Agora? — Franziu o cenho.
— Agora, meu amor — incentivou Angel.
Dean inspirou profundamente, o que atraiu a atenção de todos. Olhou
para as duas, demorando um tempo no olhar de cada uma, se certificando de
que era isso mesmo o que tinha que fazer. Ele empurrou a cadeira para trás e
levantou-se, então seu olhar veio parar em mim, depois indo para os meus
pais.
— Eu... — Ele engoliu em seco mais uma vez.
— Você consegue. — Angel segurou a mão dele e sorriu, doce como
sempre.
— Daphne, Adan, e Bryan, eu... eu queria pedir desculpas pelo meu
descontrole na festa. Sinto muito por ter machucado você, irmã. Não era a
minha intenção. Perdi a cabeça; você me conhece e sabe como eu sou
estourado às vezes, mas não quero ser o motivo de uma briga na família.
Então, desculpa.
— Porra, por que ninguém me avisou? — Dylan bateu a mão na mesa,
assustando a todos. — Eu tinha que ter gravado isso. Dean pedindo desculpas
não é algo que acontece todos os dias.
— Cala a boca, amor! — Caroline deu um cutucão nele.
Dean balançou a cabeça, como se estivesse aliviado por ter dito logo.
Vi o meu pai se levantar da cadeira, dar a volta na mesa e estender a
mão para o Dean em um gesto de paz.
— Imagino que admitir que errou tenha sido algo difícil para você.
— Muito — soltou Dean, como se tivesse água em seus pulmões.
— Eu aceito as suas desculpas.
— Obrigado. — O pai da Clare apertou a mão do meu.
Adan o puxou para um abraço; talvez sua intenção fosse sussurrar algo
no ouvido do Dean, mas falou alto o suficiente para que todos ouvissem.
— Se você pensar em bater na minha esposa de novo ou no meu filho,
quebro os seus dentes.
— Parece justo.
— Que ótimo! — Dona Laura vibrou. — Finalmente pararam com essa
briga boba.
Meu pai e o pai da Clare trocaram olhares mais amistosos e cada um
voltou para a sua cadeira.
Trégua... Era disso que precisávamos. Dona Laura tinha razão; uma
rixa na família era ruim e incomodava a todos.
 
Sete
 
— Você conseguiu, seu pai pediu desculpas. — Bryan me puxou para
os seus braços quando ficamos sozinhos no meu quarto no horário em que
todos foram dormir.
— Pontos para a minha mãe.
— Foi ela quem conversou com ele? — Ele passou a mão pelo meu
rosto enquanto me encarava e colocou uma mexa do meu cabelo atrás da
minha orelha.
— Eu esperei um momento em que estivessem juntos para conversar
com ele. Sabia que a minha mãe iria convencê-lo de que o certo era pedir
desculpas.
— Muito esperto da sua parte. — Riu.
— Acho que mereço créditos também.
— Merece. — Puxou meu rosto pelo queixo. — Merece muitas coisas.
Embora nossos lábios estivessem a poucos milímetros um do outro,
pouco antes que eles se tocassem, esquivei-me e corri até a porta.
— O que foi? — Arqueou umadas sobrancelhas enquanto me
encarava.
— Só para garantir que não seremos interrompidos. — Girei a chave,
trancando a porta, e um sorriso tomou conta dos lábios dele.
Quando estávamos separados, o que era a maior parte do tempo, Bryan
e eu conversávamos muito, sobre diversas coisas. Sobre a comida favorita
dele, que era macarrão, e como estava o clima no momento da ligação. De
tudo, para que continuássemos ouvindo a voz um do outro por mais tempo,
porém, quando finalmente podíamos nos tocar, palavras pareciam
desnecessárias.
Ele tirou sua camiseta e jogou no chão no momento em que eu tirei a
blusa e a pendurei na maçaneta da porta. Caminhei na direção dele e Bryan
pôde ter pensado que eu iria retomar o beijo, mas, ao invés disso, ajoelhei-me
diante dele, bem perto da braguilha da sua calça, e minha boca salivou.
— O que vai fazer? — Acariciou o meu cabelo, fazendo com que eu
olhasse para cima e o encarasse.
— Você sabe. — Sorri, maliciosa, e um brilho de excitação cintilou
nos seus olhos.
Abri o zíper da calça dele e a puxei para baixo, fazendo o mesmo com
a sua cueca boxer preta. Encarando-me, Bryan contornou meus lábios com a
ponta do polegar e eu salivei ainda mais, morrendo de desejo de colocá-lo na
minha boca. Ele segurou o meu cabelo para trás, prendendo-o em um rabo de
cavalo com uma das mãos e, com a outra, segurou o pau e o aproximou da
minha boca, roçando a glande nos meus lábios. Eu o segurei, substituindo a
sua mão pela minha e aproximei a língua, fazendo-o pulsar com a
expectativa.
Eu o lambi e Bryan gemeu, puxando o meu cabelo. Fechei os olhos, e
deixei que ele se inundasse na minha boca. Com a mão no meu cabelo, Bryan
tentava controlar um pouco os meus movimentos, mas era eu quem ditava o
ritmo, com meus lábios subindo e descendo pela sua extensão, até que a sua
glande tocasse a minha garganta. Quanto mais o chupava e o provocava com
a minha língua, mais tinha vontade de chupar, enlouquecendo-o.
Bryan me puxou, fazendo com que eu parasse, e me colocou de pé. Sua
boca voltou para minha, requisitando o beijo que eu havia interrompido, ao
passo que as suas mãos escorregavam pelo meu corpo, aumentando o calor
no interior das minhas coxas. Eu já conhecia bem o calor que as carícias do
Bryan provocavam em mim, mas não deixavam de me acender tanto quanto
da primeira vez.
Ele puxou o meu short e a minha calcinha e rebolei para que caíssem
na altura dos meus pés, depois os chutei para que fossem para longe e não
atrapalhassem o que eu pretendia fazer com o Bryan.
Parou de me beijar e me empurrou contra a parede, arrancando de mim
um suspiro quando se posicionou atrás de mim e abriu o meu sutiã. Seus
lábios foram parar na minha nuca enquanto suas mãos subiam vagarosamente
da minha cintura até os meus seios, que ele apertou. Empinei a bunda e me
esfreguei no seu pau duro, pedindo por ele.
Bryan colocou o membro entre as minhas pernas e o esfregou na minha
vagina, mas sem me penetrar. O incêndio que ele provocou ali era
incontrolável. Quando ele se afastou sem aviso, resmunguei, me esfregando
na parede.
— Calma, só estou colocando a camisinha — avisou, mas isso não
diminuiu o meu bico até que ele voltasse para trás de mim e apertasse a
minha cintura, fazendo-me gemer.
Bryan soprou um hálito quente na minha orelha e o calafrio, que me
arrepiou toda, fez com que eu o quisesse ainda mais, entretanto, não precisei
esperar muito; tendo uma mão na minha cintura, ele usou os pés para afastar
minhas pernas , e usou a outra mão para me penetrar.
Gemi, cravando as unhas na parede, enquanto sentia a sua fricção
dentro de mim e o seu corpo se chocando contra as minhas nádegas a cada
estocada.
A cada vez que o Bryan se movia para fora, apenas para investir em
mim outra vez, eu imergia em uma onda cada vez mais intensa de prazer. A
névoa me inebriava e as sensações me tiravam de mim; não havia nada
melhor do que estar com ele e experimentar momentos como aquele.
A mão que estava na minha cintura desceu para o meu sexo e procurou
pelo meu clitóris. Com movimentos circulares com o dedo e sem parar o vai
e vem dentro de mim, Bryan me levou ao ápice e precisei morder os lábios
para que ninguém ouvisse meus gemidos enquanto gozava. Por mais que meu
pai tolerasse o fato de o Bryan dormir no quarto comigo, sabendo que
faríamos sexo, era melhor que as outras pessoas na casa pensassem que
estávamos apenas dormindo.
Bryan parou de se mexer e percebi que ele também havia chegado lá.
Senti a sua respiração ofegante na minha nuca enquanto se recuperava do
orgasmo.
— Eu amo você, meu amor — sussurrou.
— Também amo você, Bryan.
 
Oito
 
Clare e eu acordamos cedo na manhã do domingo. Por maior que fosse
a minha vontade de passar o dia todo na cama, curtindo o momento a sós com
a minha namorada o máximo que eu pudesse, era Dia dos Pais e todos
esperavam que nos reuníssemos aos nossos.
— Você comprou um presente para o seu pai? — Deixou a escova de
cabelos sobre a bancada do banheiro ao olhar para mim, enquanto eu
terminava de escovar os dentes.
— Comprei sim, por quê?
— Pensei que podíamos entregar os presentes juntos. Nós dois iríamos
juntos até o meu pai e até o seu pai.
— Como se fôssemos um só? — Escorei no batente, observando a
Clare enquanto ela terminava de se arrumar.
— Não necessariamente, mas tipo isso. É só para estreitar os laços.
— Meu pai já ama você. — Coloquei as mãos dentro dos bolsos. — O
seu é o único que me olha com cara feia.
— Acha uma péssima ideia? — Encolheu-se.
— Não, meu amor. Podemos fazer isso, sim.
— Ótimo! — Ela saiu do banheiro, foi até o closet e pegou uma
pequena caixa com um laço de fita em cima. — Vamos? — Estendeu uma
mão para mim e eu a segurei.
Peguei o presente que havia comprado para o meu pai e segui a Clare
pelo corredor, descendo a escada até chegarmos na sala de estar onde todos já
estavam reunidos, ou quase todos, pois não vi o pai dela nem a irmã.
— Onde acha que ele está?
— Deve estar no balanço. — Clare me puxou em um tranco que me
fez tombar para o lado e me arrastou até os fundos da mansão.
A poucos metros de onde começava a praia, havia uma árvore que eu
havia reparado poucas vezes, mas nela estava um balanço. Encontramos o
Dean lá, balançando a Cristine que ria muito.
— Mais alto, pai — ela pedia.
— Mais alto que isso você vai cair, filha.
— Ah, mais alto é divertido.
— Pai? — Clare e eu paramos perto dele.
Dean segurou o balanço para que ele parasse e Cristine desceu, antes
que ele voltasse sua atenção para nós.
— Oi, Clare... Bryan.
— Bom dia. — Retribui o sorriso que poucas vezes ele direcionava
para mim.
Minha namorada pegou a minha mão e colocou debaixo da dela, antes
de esticar o presente na direção do Dean.
— Feliz Dia dos Pais! — O sorriso dela era tão radiante que derreteria
qualquer gelo.
Precisei segurar o presente, pois Dean pegou a filha nos braços e a
girou no ar antes de abraçá-la bem apertado.
— Obrigado, filha. — Ele a devolveu para o chão e a beijou no topo da
cabeça.
Entreguei o presente para ele, que não deu muita importância. Imaginei
que, para o Dean Clark, a filha já fosse seu maior presente.
— Vamos voltar para o balanço, pai! — Cristine puxou a camisa dele.
Bom, as filhas...
Nós voltamos para o interior da casa e entregamos o presente para o
meu pai, que também me abraçou com carinho.
Logo Dean voltou com Cristine e nos reunimos ao redor da Laura que
segurava no colo a foto de um homem, que pressupus que fosse o avô da
Clare, pela semelhança que ele tinha com o Dean e o Dylan.
— Se o pai de vocês estivesse aqui, ele com certeza ficaria muito feliz
em ver os pais que vocês se tornaram. Mesmo que tropecem às vezes. — Riu
olhando para o Dean.
— Eu me esforço. — Ele deu de ombros.
— Sei que sim — concordou Dona Laura.
— Nós amamos você, pai! — Clare e Cristine pularam em cima dele,
que riu ao abraçá-las.
— Também amo vocês, filhas.
Meu pai passou os braços pelos meus ombros e eu correspondi aoseu
abraço.
Apesar de alguns altos e baixos, aqueles homens eram muito
importantes para nós e nos amavam acima de tudo.
Clare e Bryan retornam
No halloween...
 
Sobre a autora
Jéssica Macedo é mineira de 24 anos, mora em Belo Horizonte com o
marido e três gatos, suas paixões. Jéssica escreve desde os 9 anos, publicou
seu primeiro livro aos 14 anos. Começou na fantasia, mas hoje escreve
diversos gêneros, entre romance de época, contemporâneo, infanto juvenil,
policial e ficção científica. Com mais de trinta livros publicados, é escritora,
editora, designer e cineasta. Tem ideias que não param de surgir, novos
projetos não faltam.
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Outras obras
Eternamente Minha
 
 
 
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Sinopse:
 
Vitor Doneli era um playboy e o herdeiro de um império, mas ele decidiu desafiar o pai e
traçar o próprio caminho, antes que o destino pesasse sobre ele e fosse obrigado a se tornar
o CEO da empresa da família. Cursando Direito em uma faculdade pública, cercado de
amigos e mulheres de vários níveis sociais abaixo do dele, terá a sua realidade de cafajeste
virada de cabeça para baixo quando uma caloura atravessar o seu caminho.
⠀
Cíntia deixou sua casa, sua família e seu namorado e foi estudar em uma cidade grande.
Determinada a se tornar uma advogada, ela não queria um relacionamento, mas o destino
estava prestes a surpreendê-la. Cíntia tentou e lutou com todas as forças para não se
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aproximar, não se apaixonar... Vitor era o completo oposto de tudo o que desejava. Um
jovem mimado e rico, que a provocou, enlouqueceu e roubou seu coração.
⠀
Uma gravidez inesperada apenas intensificou o amor entre eles. Eram o destino um do
outro, ou acreditavam nisso. Porém, o coração deles será partido, promessas serão
quebradas, e todo o amor que viveram se tornará uma triste lembrança do passado na qual
se negarão a desistir... ⠀
 
A Virgem e o Cafajeste (Im)perfeito (Minha Redenção
Livro 1)
 
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Sinopse:
 
William e Elizabeth são completos opostos, mas cresceram juntos e se tornaram
inseparáveis.
Ele é um playboy rico que sempre teve tudo o que quis e está assumindo os negócios da
família, ficando à frente de uma rede de hotéis de luxo. Ela, uma moça humilde, filha dos
empregados, e apaixonada por história, vive de seus ganhos em uma pequena loja de
antiguidades.
Uma amizade forte entre uma virgem, que espera encontrar o homem dos sonhos, e um
cafajeste com incontáveis conquistas. Porém, a relação deles está prestes a mudar quando
Elizabeth sofre uma desilusão ao ver o noivado perfeito da sua melhor amiga acabar e
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percebe que esse homem idealizado, pelo qual tanto esperou, pode não existir. Decidida a
curtir a vida de um jeito que não fazia antes, percebe que precisa fazer algo primeiro:
perder a virgindade.
Elizabeth vai ver no seu melhor amigo o cafajeste perfeito para a sua primeira noite de
sexo casual. Preocupado com a amizade, William a faz prometer que a transa não mudaria
a relação deles, mas será que vão conseguir cumprir a promessa de continuarem melhores
amigos?
 
Vendida para Logan (Clube Secreto)
 
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Sinopse:
 
Logan Mackenzie é o herdeiro de um império secular que rege com maestria. No
entanto, por trás do excêntrico e recluso homem de negócios, que vive em um isolado
castelo no interior da Escócia, há muitos segredos e desejos obscuros. Ele não se rende a
uma única mulher, tem várias, e com elas explora a sexualidade ao máximo.
Um convite inesperado o levará ao exclusivo Clube Secreto, um lugar onde todos os
pecados podem ser comprados. O que não imaginava era que se depararia com um leilão de
mulheres. Logan nunca foi uma alma caridosa, mas até os mais egoístas vivem um
momento de altruísmo. Ele decide salvar uma delas, e por tê-la comprado tem direito a
tudo, inclusive a libertá-la.
Camila já havia experimentado o medo nas suas piores formas. Lançada a um terrível
destino, não esperava acordar no jato particular de um milionário a caminho do nada.
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Ele já havia feito a sua cota de boa ação, só esperava que ela fosse embora, mas o que se
fazer quando Camila se recusa, pois não há para onde ir? O lar que ela tinha havia se
transformado em pesadelo e aquele que imaginou que cuidaria dela, roubou sua inocência e
a vendeu para o tráfico humano.
Logan não queria protegê-la, não estava disposto a baixar seus muros por mulher
nenhuma. Porém, enquanto ele a afasta, Camila descobre o lado mais obscuro daquele
homem frio, mas também vai perceber que existe uma chama que pode salvar ambos.
 
 
ATENÇÃO! Essa história contém cenas impróprias para menores de dezoito anos.
Contém gatilhos, palavras de baixo calão e conduta inadequada de personagens.
Trevor: e o bebê proibido (Dark Wings Livro 1)
 
 
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Sinopse:
 
Diana era o motivo de orgulho para os seus pais adotivos. Esforçada, estudiosa, cursava
medicina, com um futuro muito promissor, mas um convite para visitar o Inferno vai mudar
tudo.
O Inferno era apenas um bar pertencente a um moto clube, ao menos era a imagem que
passava a quem não o frequentava. Porém, ele era uma porta para o submundo, um lugar de
renegados, como Trevor. Um dos irmãos que lidera o Dark Wings é a própria escuridão,
nascido das trevas e para as trevas, que acabará no caminho de Diana, mudando a vida da
jovem para sempre.
Uma virgem inocente que foi seduzida pelas trevas...
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Uma noite nos braços do mal na sua forma mais sedutora, vai gerar uma criança incomum
e temida, além trazer à tona um passado que Diana desconhecia, e pessoas dispostas a tudo
para ferir seu bebê.
 
Meu primeiro amor é o meu chefe
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Sinopse:
Jeniffer nunca acreditou no destino, mas ele parece sempre unir ela ao Leonardo...
 
Depois de tê-lo conhecido na escola quando ainda eram adolescentes, tê-lo desprezado e
visto tudo desmoronar quando finalmente confessou seus sentimentos a ele, Jeniffer achou
que nunca mais voltaria a vê-lo. Contudo, o destino gostava de juntar os dois.
 
Ao começar a trabalhar em um grande projeto, Jennifer se depara com o chefe que
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menos esperava: o primeiro homem que ganhou seu coração e que não via há mais de uma
década. Entretanto, muitas coisas aconteceram nesses anos longe um do outro.
 
Será que ainda há amor entre eles ou já seguiram em frente?
E se... Ele fosse real?
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Sinopse:
Kalina Richter é uma aclamada escritora de romances, mas seus próprios
relacionamentos não tiveram tanto sucesso. Divorciada e com uma filha, sua maior paixão,
focou apenas nos livros, nos quais os homens podiam ser "perfeitos". Quando um dos seus
livros se torna filme, tudo pode mudar.
Jake Montagu é um herdeiro inglês que desistiu de tudo para se tornar galã de
Hollywood e vê no filme "Paixão Avassaladora" a oportunidade de se tornar um grande
astro. Está determinado a fazer desse o seu maior papel.
Com jeito de lorde inglês, cavalheirismo e charme, Kalina pode acabar se deparando
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com o "homem dos seus sonhos" de carne e osso.
 
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Sinopse:
 
Atenção: Esta é uma obra de ficção imprópria para menores de 18 anos. Pode conter gatilhos,
incluindo conteúdo sexual gráfico, agressão física e linguagem imprópria. Não leia se não se sente
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confortável com isso.
_______________________
"Entre a cruz e a espada." Esse ditado nunca fez tanto sentido para Vânia.
Uma mulher brilhante, uma advogada admirável, mãede um adorável bebê, mas que não consegue se
livrar de um relacionamento abusivo com o pai da criança. Entretanto, a vida está prestes a brincar com
o seu destino.
Um caso polêmico a levará a defender o CEO Franklin Martins, um homem arrogante, excêntrico e
extremamente sexy... Suas próprias feridas farão com que ela duvide da inocência dele, contudo,
haverão provas irrefutáveis e uma atração quase explosiva. Porém, qualquer envolvimento entre os dois
pode colocar a vida de ambos em risco.
 
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Quantas burrices você pode fazer quando tá muito triste depois que pegou seu futuro
marido transando com uma aluna dele?
Cortar o cabelo, comer uma panela de brigadeiro sozinha, torrar o limite do cartão de
crédito no shopping com as amigas... Eu fiz a maior besteira de todas! Transei com meu
melhor amigo e um tempo depois eu descobri que estava grávida. Agora não sei se é dele
ou do ex babaca.
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Esse filho é meu!
 
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Ter um filho sempre foi um sonho para mim, mas não significava que eu precisava de
um homem para isso. Decidi que teria meu bebê sozinha, produção independente, mas eis
que um cara bonito e rico cisma de sacanear a vida de uma mulher bem-sucedida e cheia de
si. Foi exatamente o que pensei quando aquele sujeito arrogante decidiu que tinha qualquer
direito sobre o meu filho. Ele não deveria passar de um doador de esperma, mas ao que
parece, a clínica que fez a minha inseminação artificial usou uma amostra que não deveria,
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e um juiz sem noção determinou uma guarda compartilhada. Terei que conviver com ele
como "pai" do meu filho, até conseguir reverter essa situação insana.
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Minha viagem para a Coreia não deveria passar de uma experiência cultural e artística,
mas ela mudou a minha vida inteira.
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Como artista plástica, eu sempre me encantei pelas cores e formas do oriente, mas isso
não foi a única coisa que me seduziu por lá. Conheci o Kim Ji Won, um médico gentil que
evitou vários micos meus pela diferença de cultura. Ou, pelo menos, tentou... Passamos
algumas noites juntos e, como toda viagem tem um fim, voltei para o Brasil. Só que, ao
chegar aqui, descobri que estava grávida e não contei para o pai do outro lado do mundo.
 
 
 
Um CEO enfeitiçado
 
 
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Sinopse:
Ela é uma mulher determinada, que tem um único objetivo: tê-lo aos seus pés.
Marcus Werner é o CEO de uma grande empresa de games. Dono de uma beleza
sedutora e carisma ímpar, é o homem perfeito para as pretensões de Melissa, que está
disposta a fazer de tudo para tê-lo.
Trabalhando como recepcionista na empresa, nunca foi notada até que consegue ir a
uma festa e ter uma chance de ficar a sós com Marcus. A química entre eles é intensa e
evidente. Melissa estava certa de uma ligação no dia seguinte, mas isso não aconteceu...
Chateada por tudo apontar para apenas o caso de uma noite, ela se vê desesperada e
encontra em um cartaz na rua a única solução para tê-lo aos seus pés.
E a ligação acontece...
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Leve-me à loucura
 
 
Lucas sempre foi um policial exemplar, em todas as áreas, mas ele nunca imaginou que
a sua beleza e charme um dia seriam usados como arma.
Trabalhando para a narcóticos na luta constante contra o tráfico em São Paulo, ele receberá
uma missão um tanto inusitada: se infiltrar entre os bandidos para seduzir e conquistar a
princesa do tráfico, filha de um dos maiores líderes de facção criminosa no país. 
Era simples, pegue, não se apegue e extraia as informações necessárias para prender
todos os bandidos, porém em jogos que envolvem o coração as coisas nunca saem como
esperado e Patrícia o levará à loucura.
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Nunca te esqueci
 
 
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Aos prantos e com o coração despedaçado, Cíntia deixou sua casa, sua família e seu
namorado e foi estudar em uma cidade grande.
Mas o destino estava prestes a surpreendê-la. Cíntia tentou, lutou com todas as forças
para não se aproximar, não se apaixonar... Vitor era o completo oposto de tudo o que
desejava. Um jovem mimado e rico, que a provocou, enlouqueceu e roubou seu coração. 
Um amor proibido, uma união indesejada e uma gravidez inesperada. Cíntia e Vitor
imaginaram que poderiam viver juntos para sempre, que seriam eles contra o mundo. Mas
corações serão partidos, promessas serão quebradas e todo o amor que viveram se tornará
uma triste lembrança do passado da qual se negam a desistir.
 
 
 
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