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DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

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Catarina Lopes – 2021.1
2
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
► A DII é representada pela Doença de Crohn e pela Retocolite Ulcerativa. 
► É uma condição crônica que pode acometer todo o trato gastrointestinal e é bastante comum em mulheres.
► Ambas às doenças se apresentam de forma bem similar, com quadro clínico muito parecido, com características macro e microscópicas bem semelhantes. Tanto a DC como a RCU apresentam causas idiopáticas, ou seja, não se sabe exatamente qual são suas etiologias. Existem componentes: genéticos, autoimune (resposta imunológica exagerada no TGI), pode existir algum tipo de defeito na barreira epitelial do trato gastrointestinal e por fim pode haver algum tipo de alteração na microbiota normal desses indivíduos.
► O fato é que há uma hiper-reatividade do sistema imune às bactérias que fazem parte da microbiota normal.
► Tanto a DC, como a RCU são doenças que cursam com surtos e remissões. Isso quer dizer que o paciente terá momentos sintomáticos, de crise e assintomáticos.
► Existem gatilhos que podem viabilizar surtos dessas doenças, como por exemplo, o estresse físico ou emocional. Determinados alimentos (cada paciente age de forma individual para cada alimento) e o tabagismo. 
OBS.: Para pacientes com DC em reemissão e fazem o uso de tabaco, ele tente a ter um surto. Por outro lado, pacientes com RCU em reemissão, se ele cessa o tabagismo, ele costuma entrar em surto
.
DOENÇA DE CROHN (ENTERITE REGIONAL)
► É uma doença que pode acometer todo o TGI, desde a boca até o ânus. Porém, ela será mais comum em algumas partes do TGI, principalmente no intestino delgado, cólon, íleo terminal, na válvula ileocecal e no ceco (começo do cólon). 
► Os sintomas mais comuns é uma diarreia leve e persistente que pode durar por vários dias, vindo acompanhada de febre e dor abdominal. Nesse caso, o paciente pode apresentar também em alguns casos, um quadro de anemia, isso porque, aqueles segmentos intestinais acometidos podem vir a sangrar, gerar um sangramento e dependendo da perda de sangue, o paciente pode acabar evoluindo para um quadro anêmico. Essa anemia pode ser evidenciada por sangramentos nas fezes, podendo ser “sangramento vivo” ou “sangramento oculto”.
► Em algumas manifestações, o paciente pode abrir o quadro com abdome agudo, ou seja, uma peritonite causada por uma perfuração intestinal devido a um episódio da DC. Além disso, nos casos em que o acometimento da DC estiver no intestino delgado (principal local de absorção dos alimentos ingeridos), o paciente pode desenvolver síndrome de má absorção, hipovitaminose por conta de um déficit de absorção de alimentos causados devido a inflamação no intestino delgado. 
► Na DC há um acometimento descontínuo e focal. Além disso, as alterações patológicas são transmurais, ou seja, o processo inflamatório pode atingir toda a parede do TGI, então pode atingir a mucosa, submucosa, muscular da mucosa e até a camada serosa. Isso explica porque pode haver uma perfuração intestinal por causa do acometimento de todas as camadas (transmural). Além da potencialidade em formar fístulas para o mesentério e órgãos contíguos e isso explica também o espessamento da parede intestinal com estreitamento do lúmen, formando estenoses.
► Os acometimentos da parede do TGI costumam acontecer de forma salteada.
► Então macroscopicamente, na colonoscopia ou endoscopia digestiva alta, visualiza-se primeiro úlceras (lesões iniciais da DC), geralmente elas aparecem primeiro como úlceras aftoides. Com o tempo, essas lesões podem evoluir e formar lesões longitudinais (lesões serpentiformes): porque fazem um trajeto tortuoso na parede do TGI.
► As úlceras aftoides se formam sobre as Placas de Peyer no intestino delgado ou sobre aglomerados linfoides no cólon. Estas ulcerações aftoides podem evoluir de duas maneiras:
1. Extensão lateral de forma linear, retilínea: quando várias úlceras progredindo de forma retilínea se encontram, geralmente passam a separar áreas da mucosa normal, através de um aspecto de “pedras de calçamento” (Fig.5)
2. Aprofundamento por meio das camadas da parede intestinal, originando fístulas para o mesentério e órgãos vizinhos.
► Na DC há um processo inflamatório bastante proeminente na parede intestinal. Inicia-se com um processo inflamatório com edema, em que a parede submucosa fica mais espessada, entrando em um processo de fibrose por conta dessa condição inflamatória crônica que vai cursando com surtos e reemissões. 
► Durante cada surto e reemissão, há uma cicatrização (regeneração) daquela área com fibrose, desse modo a submucosa passa pelo modo de fibrose. Além disso, a camada muscular começa a hipertrofiar. Com isso, somando a hipertrofia com a fibrose da submucosa e ao edema, ela vai causando com o tempo o espessamento da parede intestinal, chegando em um ponto em que há uma estenose que acaba obstruindo a luz intestinal. Então, ao longo do tempo, pode-se desenvolver um quadro de constipação intestinal, podendo até gerar obstrução intestinal que pode evoluir para abdome agudo.
► Há áreas de fissura (cortes na mucosa) que podem ser tão proeminentes que acaba atravessando a parede do órgão, gerando as fístulas que são aberturas que podem acabar comunicando o órgão acometido com órgãos vizinhos.
► Na DC, os aglomerados linfoides são bastante comuns em todas as camadas da mucosa, submucosa e serosa. É um contexto em que há muitas células inflamatórias crônicas, formando folículos linfoides com centros germinativos (são formações imunológicas mais características do TGI).
► Nos momentos de surtos da DC, podem haver a presença de células inflamatórias agudas, principalmente, os neutrófilos que podem encontra-se dispersos na glândula, permeando o epitélio glandular ou até cair na luz da glândula, criando quadro de abscesso.
► Cerca de 35% dos pacientes com DC, vão apresentar granulomas não caseosos mal formados que podem aparecer na mucosa, submucosa, muscular, serosa e até no linfonodo que drena aquela região.
► Metaplasia: transformação do epitélio da mucosa intestinal em outro tipo de epitélio, por exemplo: epitélio típico do estômago.
RETOCOLITE ULCERATIVA (RCU)
► A RCU é uma doença inflamatória intestinal específica, porque basicamente ela acomete EXCLUSIVAMENTE reto e cólon
► A RCU acomete EXCLUSIVAMENTE a mucosa e submucosa. Esse acometimento nunca vai ultrapassar essas duas camadas.
► A RCU é tipicamente “ascendente” e “homogênea” 
► Com base nesses três conceitos, pode-se definir a RCU como uma doença intestinal idiopática de lesões inflamatórias que ascendem de maneira uniforme (homogênea) pela mucosa do cólon. 
► O padrão de acometimento da RCU é distal para proximal contínuo
A Retocolite Ulcerativa atinge reto (área mais comprometida) e cólon na forma de úlceras; se apresenta com um padrão distal para proximal contínuo; inicialmente, só há alterações mucosas e submucosas (não atinge muscular e serosa, ou seja, comumente não desenvolverá estenoses e fístulas); possui limite visível entre área sã e doente.
► A sintomatologia é bastante parecida com a DC: cursando principalmente com diarreia sanguinolenta. Assim como na doença de DC, há um quadro anêmico associado, dor abdominal (costuma se aliviar durante a evacuação), cólica, presença de muco nas fezes.
► Diferente da DC em que o acometimento é através de lesão em salto, na RCU o acometimento se caracteriza por ter um envolvimento contínuo (uniforme) do cólon, começando no reto. Então na RCU, geralmente vai existir uma transição abrupta entre a área cometida e a área sadia. 
► Na RCU, observam-se úlceras que podem ser extensas e são isoladas. Não há formações de úlceras longitudinais e também é perceptível a atrofia da mucosa que se torna lisa.
► Os pseudopólipos são projeções da mucosa, mas não são a área da parede intestinal que está doente. Na verdade, o que ocorre são áreas ulceradas que deixam ilhas de mucosa normal que ficam proeminentes, dando um aspecto parecido com pólipos, mas na verdade são áreas de mucosa preservadas.
► Megacólon tóxico:Essa complicação ocorre em virtude de uma inflamação (irritação) na camada muscular que acaba comprometendo a motilidade intestinal (tônus intrínseco) e aquele segmento fica imóvel, sem peristaltismo. Consequentemente, ocorre uma dilatação progressiva do cólon pelo acúmulo do bolo fecal que não consegue dar continuidade ao seu trânsito. Dessa forma, essa condição pode chegar até ao rompimento da parede do cólon, desenvolvendo um quadro de abdome agudo (urgência médica que deve ser resolvida cirurgicamente).
1. Cirurgia de Emergência: O procedimento técnico utilizado é a colectomia total + ileostectomia + preservação do reto
2. Cirurgia Eletiva: Proctocolectomia total + Bolsa Ileal
► Pode ser visualizado em raio-x simples: visto distensão do cólon transverso maior que 10 cm.
► Diagnóstico de megacólon tóxico: Dilatação colônica com diâmetro superior a 6 cm na radiografia simples de abdome, associada à dor abdominal (espontânea ou à descompressão), febre alta e diminuição da peristalse.

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