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Educação a Distância e Estratégias de Mediação Aula 3 Unidade 2 Educação a Distância e Estratégias de Mediação Aula 3 Sumário Aula 03 Educação a Distância e Estratégias de Mediação 1 Estudo Sobre o Perfil da Ead no Brasil 4 1.1 Números da EAD – CENSO 2011 5 1.2 Matrículas e Conclusões 9 1.3 Os Cursos de EaD 10 1.4 Os Alunos de EaD 12 1.5 Os Investimentos em EaD 13 1.6 Os Obstáculos Enfrentados pela EaD 13 1.7 As Equipes que Trabalham com EaD 14 Alana de Abreu Milani sugestão - trocar essas letras maiúsculas destacadas por minúsculas � Veja as manchetes a seguir: Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/08/ procura-por-ensino-distancia-cresce-mais-que-busca-por-curso- presencial.html Fonte:http://www.diariosp.com.br/noticia/detalhe/9351/Educacao +a+distancia+cresce+no+pais 1 Estudo Sobre o Perfil da Ead no Brasil Quando você optou por se aperfeiçoar nas práticas de EaD, certamente já estava consciente dos crescentes avanços desta área, seja nos investimentos tanto das esferas públicas quanto privadas, seja na oferta de cursos e aumento da demanda de alunos cada vez mais interessados nesta modalidade. 4 Fonte: http://www.ead.com.br/expansao-ead-brasil/ Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a de- manda por graduações on-line segue uma tendência nacional: em 2001 foram registradas 5.359 matrícu- las em cursos a distância; em 2010, foram 930.179. Além dos números, a qualidade dos cursos tam- bém evoluiu. Na graduação, por exemplo, os alunos de EaD tiveram, em média, 6,7 pontos a mais no resultado final do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), na comparação com os re- sultados dos alunos oriundos dos cursos presenciais. 1.1 Números da EAD – CENSO 2011 Veremos a seguir uma breve explanação acerca dos números que compõem o cenário da EaD no Brasil. 5 Para este capítulo, utilizaremos as informações publicadas pela Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED, na publicação Censo Ead.br – Relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil, realizado em 2011, com o propósito de fazer um “diagnóstico” de como a área de EaD se encon- tra no país. Relembrando que as fontes e pesquisas em EaD ainda estão em processo de consolidação, e este estudo tem um caráter informativo, portanto, não utilizaremos comparativos. A ABED é uma sociedade científica, sem fins lucrativos, criada em 21 de junho de 1995 por um grupo de educadores interessados em novas tecnolo- gias de aprendizagem e em educação a distância, que tem por objetivos: - estimular a prática e o desenvolvimento de pro- jetos em educação a distância em todas as suas formas; - incentivar a prática da mais alta qualidade de serviços para alunos, professores, instituições e em- presas que utilizam a educação a distância; - apoiar a “indústria do conhecimento” do país procurando reduzir as desigualdades causadas pelo iso- lamento e pela distância dos grandes centros urbanos; - promover o aproveitamento de “mídias” dife- rentes na realização de educação a distância; - fomentar o espírito de abertura, de criativida- 6 de, inovação, de credibilidade e de experimentação na prática da educação a distância (ABED, 2013). A publicação completa pode ser acessada no link: http://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/censo_ ead/, assim como outros documentos. É recomendável que você leia e analise o docu- mento inteiro para entender a classificação das institui- ções, empresas, setores, atuação e localização, além, é claro, de ampliar seus conhecimentos nesta área, uma vez que neste capítulo o foco não é a análise do censo, mas sim a apresentação dos números de algumas das categorias pesquisadas para que você, profissional des- ta área, tenha uma visão geral de seu cenário. Está reproduzida, a seguir, a introdução desta pu- blicação para que possamos começar a refletir sobre a situação atual e sobre a importância da pesquisa e da análise dos dados da EaD no Brasil. 7 Fonte: http://www.abed.org.br/site/pt/midiateca/censo_ead/ O Censo realizado pela ABED contou com a participação voluntária de instituições educa- cionais, entidades corporativas e de mercado e professores independentes, no ano de 2011. O convite foi feito via informe digital e-mail a 1424 instituições. Foram obtidos, até o final de maio de 2012, 231 questionários válidos, correspondentes a 179 instituições que desenvolvem cursos, 17 que são exclusivamente fornecedores de produtos e serviços e 28 professores independentes. 8 1.2 Matrículas e Conclusões Quem já aderiu a esta modalidade? Quais os ti- pos de instituições que oferecem maior percentual de concluintes? Iniciamos com a apresentação do percentual de concluintes de cursos nesta modalidade, separa- dos em instituições autorizadas e corporativas e de cursos livres. Segundo o Censo (EadBr, 2012), as matrícu- las e conclusões, nos cursos a distância, mantêm a mesma tendência, ou seja, são em número signifi- cativamente maior nas grandes empresas, que ofer- tam cursos de todas as modalidades. Já o número de matrículas e conclusões em EaD é significativa- mente menor em instituições que se dedicam ape- nas à modalidade a distância. Em relação ao nível educacional, 24% dos con- cluintes são egressos de cursos de especialização, 15% de cursos de graduação de nível tecnológico, 14% de cursos de licenciatura e 10% de bacharelado. O censo indica que 46% do total de concluin- tes de cursos a distância, em 2011, estavam matricu- lados em instituições privadas com fins lucrativos, sendo 12% de instituições públicas autorizadas de nível estadual e 6% de fundações educacionais. Em relação ao tipo de curso livre, os cursos de aperfeiçoamento têm o maior número de matrícula: 9 38% do total. Na sequência, estão os cursos de ini- ciação pro issional, que correspondem a 22% do to- tal. As matrículas nos cursos de treinamento opera- cional correspondem a 19% do total. Em ambos os casos, a maioria provem de instituições corporativas. Nos cursos livres, as áreas de maior volume de matrícula foram: ciências sociais em administração e gestão, com 25%, seguida de educação com 21% e de ciências da computação com 11%. As duas primeiras áreas, em relação ao volume de matrículas, também são as mais representativas nos cursos autorizados. 1.3 Os Cursos de EaD Volume de Produção e as Instituições O percentual de cursos ofertados em EaD, em 2011, foi 44%, no caso dos autorizados/reconheci- dos, e de 56%, no caso de cursos livres. Dentre esses cursos, os produzidos pelas próprias instituições formadoras representaram o volume de 73%. Em parceria com outras instituições foram 17%. Ou seja, a maioria dos cursos de EaD foi pro- duzida pela própria instituição, em empresas de grande porte que os desenvolvem sozinhas, ou em parceria com outras instituições. O volume de cursos a distância autorizados tem sua maior concentração em cursos de graduação (63,5%) e pós-graduação (22,5%). 10 As instituições privadas com fins lucrativos possuem a maioria dos cursos autorizados/reconhe- cidos, correspondendo a 40% do total. E, deste vo- lume, 89% são de instituições credenciadas e 11% de instituições corporativas. O volume de cursos de instituições privadas sem fins lucrativos corresponde a 24% do total de cursos e, destes, 99% são de instituições credenciadas. As instituições públicas contam com 18% do vo- lume total de cursos, dos quais 90% é da rede federal. O maior volume de ofertas por área de co- nhecimento concentra-se na área de educação, com 21% do total, e na área de ciências sociais (admi- nistração/gestão), com 17,5%. A área da saúde, considerando-se medicina, enfermagem e outros corresponde a 9% do total de ofertas de cursos au- torizados. Além disso, em 8% do total de cursos autorizados, as instituições não indicaram a área de conhecimento correspondente. No que se refere aos tipos de cursos livres, a maioriatrata de cursos de aperfeiçoamento (41%) e de atualização (31%). Já os cursos de iniciação pro- fissional correspondem a 11%. A maioria desses cur- sos é desenvolvida por instituições não credenciadas. A maior frequência de cursos livres está na área de serviços (34%), pertencentes a instituições não credenciadas (87%). Em seguida, têm-se as áreas de ciências sociais, administração e gestão, com 20%, 11 de ciências humanas, educação, com 19%, e ciências sociais, direito, com 9% do total de cursos. Uma constatação em relação a cursos autori- zados/reconhecidos e livres é que eles se destinam a um público mais adulto e amadurecido, seja na formação institucional (cursos de graduação e pós- -graduação) ou na educação continuada (aperfeiçoa- mento e atualização). 1.4 Os Alunos de EaD Os dados sobre a idade dos participantes dos cursos de EaD tiveram de ser anulados, porém, o censo de 2009 apresentou uma faixa etária predomi- nante de alunos entre 30 e 40 anos. A maior parte dos alunos de EaD é do sexo feminino, com exceção dos cursos corporativos, em que a maioria é do sexo masculino. Na graduação de cursos presenciais, a maioria dos alunos é do sexo feminino, e essa tendência se mantém nos cursos de EaD. Segundo os dados fornecidos pelas instituições respondentes, a maioria dos alunos de cursos de EaD (mais de 70%) estuda e trabalha. 12 Tipo de curso Masculino Feminino Autorizados 43% 57% Livres 43% 57% Corporativos 52% 48% Disciplinas 43% 57% 1.5 Os Investimentos em EaD Mais de 40% das instituições respondentes in- formaram ter aumentado o investimento em EaD, no período de 2008 a 2010, em ofertas de cursos au- torizados, livres ou corporativos. Além disso, cerca de 20% das instituições mantiveram o mesmo inves- timento, e somente 5,2% das instituições que ofe- recem cursos autorizados e 1% das instituições que oferecem cursos livres diminuíram os investimentos. 1.6 Os Obstáculos Enfrentados pela EaD A EaD ainda enfrenta muitos obstáculos, independentemente do tipo de curso desenvolvido. Os maiores obstáculos citados foram a evasão dos alunos (15%), a resistência dos educadores à modalidade de EaD e os desafios organizacionais de uma instituição presencial que passa a oferecer EaD (11%), além do custo de produção de cursos (10%). Como é possível observar, apesar do desenvol- vimento da modalidade de EaD, há obstáculos que 13 precisam ser superados para que a educação a distân- cia efetive sua potencialidade na formação dos alunos. 1.7 As Equipes Que Trabalham com EaD Agora que já conhecemos alguns dados referen- tes às instituições, cursos e alunos, vamos observar o perfil dos profissionais desta área. Grupo em que muitos de nós já fazemos parte, ou almejamos fazer. Além de uma breve explanação acerca dos da- dos numéricos referentes à formação, o Censo or- ganizou em tabelas a distribuição dos profissionais que integram as equipes, suas funções e as principais competências esperadas deles. Segundo o censo, a maioria dos profissionais possui graduação em nível superior (74%), e, desse percentual, 19% têm especialização, 16% têm mes- trado e 12% têm doutorado. No entanto, 18% dos profissionais não informaram sua formação nesta pesquisa. Apenas 4% dos profissionais que trabalham com EaD possuem ensino médio, 1%, nível técnico e 3% foram categorizados como “outros”. A maioria dos profissionais responsáveis, in- dependentemente do perfil acadêmico, trabalha em empresas de grande porte. Na verdade, pode-se afir- mar que estão em empresas de grande porte 76% dos doutores com pesquisa em EaD; 71% de dou- 14 tores sem pesquisa em EaD; 68% dos mestres com pesquisa em EaD; 75% dos mestres sem pesquisa em EaD; 58% dos especialistas com trabalho final em pesquisa de EaD; e 64% de profissionais com especialização, cujo trabalho final não abordou pes- quisa em EAD. Ao analisar o documento na íntegra, como recomendado no início deste capítulo, você terá a oportunidade de conhe- cer os números referentes às equipes dos profissionais que compõem a EaD. Como você pode perceber, além de professores conteudistas e tutores, diferentes profissionais, nas mais diversas funções, atuam na EaD, em equipes que foram distribuídas em quatro áreas: • Administrativa • Produção e planejamento • Implantação • Tecnologia. Para este momento, chamamos sua atenção apenas para a composição das equipes e suas com- petências, assim, você poderá se localizar neste con- texto e melhor planejar seu futuro profissional. Uma abordagem mais ampla e focada nas com- petências e na atuação do tutor será apresentada na Unidade 4 deste Módulo. 15 Temos, a seguir, as funções exercidas pelos pro- fissionais que compõem cada equipe e as competên- cias desejadas a cada uma delas. Equipe administrativa Função exercida pelos profis- sionais que compõem a equipe Secretaria Atendimento acadêmico Atendimento a clientes Atendimento a fornecedores Telemarketing Call center Competências da equipe administrativa Informar os cursos Realizar telemarketing Inscrever e matricular alunos Receber e controlar o pagamento dos alunos Contratar profissionais para EAD Certificar alunos e emitir certificados Enviar material impresso e multimídia Atender fornecedores Atender clientes e interessados Elaborar contrato de fornecedores Realizar pagamento de fornecedores Registrar notas dos alunos Organizar documentação escolar 16 Equipe de planejamento e de produção de projetos Função exercida pelos profissionais que compõem a equipe Planejador ou analista pedagógico Especialista no conteúdo/produtor de conteú- do Designer educacional/instrucional Coordenador de produção Ilustrador Diagramador Revisor Programador web Web designer Game designer Produtor de áudio e/ou de vídeo/de videoau- la/de audiovisual Gestor ou administrador de AVA Roteirista Competências da equipe de produção Produzir recursos educacionais Indicar fornecedores para produção de recur- sos educacionais Elaborar memorial descritivo para contratação de serviços de EAD Capacitar professores, tutores e facilitadores/ mediadores para os cursos Fazer a atualização dos cursos de EAD Apresentar cursos produzidos para os clientes Adaptar os cursos para as necessidades dos cliente 17 Competências da equipe de planejamento Fazer o planejamento pedagógico dos cursos Fazer o design instrucional dos cursos Definir as competências que serão abor- dadas nos cursos Analisar a demanda de interessados Planejar a avaliação dos cursos Planejar a validação dos cursos Acompanhar a produção dos cursos Definir e desenvolver a metodologia dos curso Equipe de implantação Função exercida pelos profissionais que compõem a equipe Coordenador de cursos Coordenador de tutoria Assistente de coordenação Assistente pedagógico Professor Tutor Tutor bolsista da UAB Educador de polo/orientador de polo/animador de polo Estagiário 18 Competências da equipe de implantação Dominar o conteúdo dos cursos Dominar a comunicação escrita Atender os alunos sobre problemas referentes ao conteúdo Apoiar os docentes responsáveis pelos cursos Coordenar cursos Atender os alunos e encaminhar os problemas referentes a conteúdo ao professor/tutor responsável Atender os alunos sobre problemas referentes à metodologia do curso Acompanhar o desempenho da equipe de responsáveis pelos cursos Fornecer relatório de resultados dos diversos cursos Incentivar os alunos ao estudo Administrar conflitos entre alunos Responder a todas as questões apresentadas pelos alunos Preparar materiais complementares para atender às necessi- dades e aos problemas dos alunos Subsidiar a equipe de planejamento e produção, indicando pontos positivos e negativos dos cursos e dando sugestões para melhoria Dominar o LMS e/ou os recursos como chats, fóruns etc. Dominar o modelo pedagógico do curso e desempenhar o papel educacional a ele correspondente Interagir com os demais educadores envolvidos no cursoFornecer informações e relatórios sobre aprovação e repro- vação de alunos Acompanhar os dados de evasão e sugerir formas de mini- mizá-los 19 Equipe tecnológica Função exercida pelos profissionais que compõem a equipe Coordenador de informática e tecnologia Gerenciador de AVA (LMS) Programador Responsável por hardware Analista de sistema Suporte técnico Técnico de webconferência Competências da equipe tecnológica Fornecer suporte tecnológico a docentes e a coordena- dores de curso Fornecer suporte tecnológico aos alunos de curso Gerenciar o AVA Solucionar problemas urgentes, como queda do sistema e do AVA Informar limites e possibilidades tecnológicas do siste- ma aos produtores e educadores Avaliar a quantidade e a velocidade do sistema para evi- tar quedas e lentidão no atendimento Informar os pré-requisitos de acesso ao sistema por alu- nos e educadores envolvido 20
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