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SISTEMA LINFÁTICO

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Bruna Argolo 
SISTEMA LINFÁTICO: 
 
FISIOLOGIA LINFÁTICA: 
O sistema linfático é responsável pelo retorno do líquido intersticial e de proteínas para o compartimento 
vascular. Os capilares linfáticos se fundem em vasos linfáticos maiores e, por fim, no maior vaso linfático, o ducto 
torácico, que leva a linfa para as veias de grande porte. O fluxo linfático é promovido pela contração da musculatura lisa 
dos vasos linfáticos e pela compressão dos vasos linfáticos, pela atividade do músculo esquelético circundante. 
O aumento do volume de líquido intersticial é chamado edema (inchaço). Por definição, o edema se forma quando 
o volume de líquido intersticial (devido à filtração para fora dos capilares) excede a capacidade do sistema linfático 
para devolvê-lo à circulação. Assim, pode-se formar edema quando ocorre aumento da filtração ou quando a drenagem 
linfática está prejudicada. A drenagem linfática é prejudicada quando os linfonodos são cirurgicamente removidos ou 
irradiados (p. ex., em tumores malignos), na filaríase, infecção parasitária dos linfonodos ou quando ocorre falta de 
atividade muscular (p. ex., soldado de pé em posição de alerta). 
São três as funções básicas do sistema linfático: retorno do líquido intersticial para a corrente sanguínea, 
destruição de microrganismos e partículas estranhas da linfa e respostas imunes específicas, como a produção de 
anticorpos. É seu papel transportar as células mortas, as células imunocompetentes, as partículas inorgânicas, as 
proteínas, os lipídeos, as bactérias, os vírus, os produtos do catabolismo.hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh 
Ao passar pelos capilares linfáticos o líquido intersticial recebe o nome de linfa. A linfa assemelha-se ao plasma 
sanguíneo, diferenciando-se apenas por não apresentar células sanguíneas, sendo constituído principalmente por água, 
eletrólitos e quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escapam do sangue através dos capilares sanguíneos. 
Linfonodos ou nódulos linfáticos: Órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a 
linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele existem linfócitos, macrófagos, 
células dendríticas e plasmócitos (linfócitos B que sofreram diferenciação após respostas imunitárias exercidas por 
algum antígeno). A proliferação dessas células (expansão clonal) provocada pela presença de bactérias ou 
substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos. 
Origem dos linfócitos: Medula óssea. 
• Linfócitos T – maturam-se no timo. 
• Linfócitos B – saem da medula já maduros. 
Os linfócitos chegam aos órgãos linfáticos periféricos através do sangue e da linfa. 
SEMIOLOGIA LINFÁTICA: 
Exame do sistema linfático baseia-se em inspeção, palpação e, caso necessário, realização de biópsia dos 
linfonodos. Se a pelagem é longa e a pele muito pigmentada, a inspeção torna-se impossível. A palpação é de melhor valia 
para se detectar alterações significativas que envolvam direta ou indiretamente o sistema linfático. Deve-se avaliar o 
tamanho, consistência, sensibilidade, mobilidade e a temperatura de todos os linfonodos examináveis e sempre 
bilateralmente, para que se possa determinar se o processo é localizado (uni ou bilateral) ou generalizado. 
Os linfonodos possíveis de serem examinados na rotina são: mandibulares ou maxilares; os retrofaríngeos; os 
cervicais superficiais ou pré-escapulares; os poplíteos; os mamários e os inguinais superficiais ou escrotais. 
• Tamanho: A hiperplasia caracteriza a presença de reação inflamatória de caráter defensivo, oriunda de 
processos infecciosos, inflamatórios ou neoplásicos. Isso se dá pela absorção e fagocitose de patógenos, 
toxinas e com posterior produção de linfócitos e anticorpos. 
• Sensibilidade: Nos processos inflamatórios e/ou infecciosos agudos os linfonodos tornam-se sensíveis. Na 
ausência de processos e durante os processos crônicos, a sensibilidade é normal ou discretamente aumentada. 
• Consistência: Normalmente, apresentam uma consistência fibroelastica, sendo moderadamente compressíveis, 
cedendo à pressão, e voltando à forma inicial uma vez cessada a pressão. Nos processos inflamatórios e 
infecciosos agudos a consistência não se altera, mas podemos denotar o aumento de volume e de sensibilidade. 
Nos processos neoplásicos, os linfonodos ficam duros - firmes. 
• Mobilidade: Os linfonodos normalmente apresentam boa mobilidade; são móveis tanto em relação à pele quanto 
às estruturas vizinhas quando palpados. A ausência de mobilidade é um achado que deve chamar atenção, sendo 
comum em processos neoplásicos. 
• Temperatura: Apresentam uma temperatura igual à da pele que os recobre. A elevação da temperatura é 
acompanhada, geralmente, de dor à palpação. 
 
 LINFONODO NORMAL: móvel, indolor, consistência fibroelástica... 
 
 
Bruna Argolo 
LINFONODOMEGALIA: 
O aumento do tamanho dos linfonodos ocorre ou por proliferação dos elementos linfoides (infecção e 
inflamações) ou por infiltração do órgão por células tumorais. A adenomegalia pode ser também por acúmulo nodal de 
células inflamatórias em resposta a uma infecção no próprio linfonodo (linfadenite) ou por doenças de depósito (doença 
de Gaucher). Diante de uma possível linfonodomegalia, algumas perguntas são importantes para o raciocínio diagnóstico: 
1. Quais são as características do linfonodo? 
• Linfonodomegalia causa infecciosa: dolorosa, quente, eritematosa, podendo haver tendência à fistulização. 
• Linfonodomegalia de causa tumoral: indolores, firmes e aderidos a planos profundos. 
2. Linfonodomegalia localizada ou generalizada? 
A linfonodomegalia generalizada é aquela que afeta duas ou mais áreas não contíguas, sendo reflexo de uma 
doença sistêmica, como por exemplo, nas leucemias, no lúpus eritematoso sistêmico. Por sua vez, as linfonodomegalias 
localizadas são mais frequentemente provocadas por causas infecciosas. 
3. Quais exames laboratoriais solicitar frente a um quadro de linfadenomegalia? 
A seleção dos exames laboratoriais será feita mediante as hipóteses diagnósticas levantadas pela história e 
exame físico. Dentre estes exames, destacam-se: 
• Hemograma completo: atipias linfocitárias apontam para causas virais; leucocitose com desvio à esquerda 
apontam para etiologia bacteriana; citopenias sugerem malignidade. 
• VHS: seu aumento revela natureza inflamatória do processo. 
• PPD: solicitado na suspeita de tuberculose ganglionar; um PPD reator (≥ 5 mm) indica estado de infecção pelo 
bacilo da tuberculose. 
• Sorologias específicas: vírus Epstein–Barr (EBV), HIV, hepatite B, rubéola, Parvovírus B19, toxoplasmose. 
• Imagem: radiografia/TC de tórax, USG/TC de abdome. 
• Biópsia linfonodal: indicada na presença de sinais de alerta - deve-se solicitar exame bacteriológico (gram, 
BAAR, cultura) e histopatológico. 
1. Associação com sinais sistêmicos como: febre, perda de peso, sudorese, hepatoesplenomegalia. 
2. Linfonodos endurecidos e aderidos. 
3. Linfonodos supraclaviculares e mediastinais. 
4. Linfonodos que crescem ou não regridem após quatro a seis semanas.

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