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PINESC 1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE · Lei 8080 - lei que determina o processo de criação e regulamentação do sistema, determina o funcionamento desse sistema em todo território brasileiro. 1. art 9 - direção única: 1 - ministério da saúde. 2- estado e distrito federal: SES. 3- município: SMS. 2. art 196 - saúde é um direito de todos e dever do estado, o sus deve promover, proteger, e recuperar a saúde pública. ( não exclui o papel da população). 3. art 197 - cabe ao poder público regular, controlar e fiscalizar o sistema. 4. art 198 - rede deve ser regionalizada e hierarquizada, de acordo com as diretrizes: 1 - descentralização (com direção única em cada esfera governamental), 2 - atendimento integral (prioridade a atividades preventivas), 3 - participação da comunidade. 5. art 1 - Essa lei regula todo o território nacional, as ações e serviços de saúde executadas isoladamente ou conjuntamente por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado. · SUS - universalidade e igualdade no direito da saúde, é um projeto ético político que se fundamenta na justiça social e solidariedade. · Conjunto de ações e serviços de saúde sob gestão pública. · Organiza-se em redes regionalizadas e hierarquizadas. · Identificar as dificuldades de cada população e se adaptar para trabalhar do melhor modo frente a esse contexto. · Formado por várias instituições das três esferas de governo e pelo setor privado contratado. · Mesma doutrina, mesma filosofia, mesma sistemática de ação e atuação. · Lei 8142/90 - determina o papel da comunidade no processo de gestão, e também sobre a transferência de recursos financeiros entre união, estado, distrito federal e municípios (conselho municipal de saúde- 50% população, 25% profissionais de saúde do sus, 25% gestores e prestadores de serviços do SUS). · Lei orgânica - princípios organizacionais, ideológicos e doutrinários: universalidade- saúde é um direito de todos e os serviços públicos devem promover um sistema que supra as necessidades populacionais sem qualquer custo, independente das diferenças. integralidade - percepção do paciente como um todo, considerando sua ideologia, religiosidade, condição socioeconômica, compreendendo a atenção primária, a necessidade de trabalho em equipe e de ações preventivas. Equidade : todos devem ter a mesma oportunidade, porém, com as diferenças sociais no brasil, deve-se se atentar às diferentes necessidades, e favorecer os mais prejudicados para que ocorra a equivalência. Descentralização - divide-se a organização da gestão para que cada esfera tenha seu comando único e atribuições próprias, tendo sua autonomia de forma integrada e organizada.Hierarquia e regionalização - os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade, quanto maior a referência melhor a eficácia, onde cada região tem suas especificidades. ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA · Política nacional de atenção básica - consolidar o funcionamento de atenção básica. Expansão e consolidação da atenção básica (2017). Conjunto de ações de saúde no âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção, proteção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde, fora do ambiente hospitalar. · Funções e atribuições dos profissionais de saúde da família, equipes multiprofissionais para um olhar integrado, cuidado horizontalizado, no nível primário: 1. equipe atenção básica - demandas espontâneas, pessoas sem cadastro, sem busca ativa. Existem especificidades locais, ações e procedimentos básicos. 40 horas semanais por profissional da área, pode fragmentar em até três profissionais. 2. equipe saúde família - aplicar a busca ativa e o vínculo.Reorganizar a AB, estratégia de expansão, qualificação e consolidação dela, reorientação do processo de trabalho, ampliação da coletividade e vínculos com as famílias. Equipe mínima: médico, enfermeiro, auxiliar, e agente comunitário da saúde ( número de acordo com a base populacional, dados epidemiológicos, atendem 750 pessoas ) pode fazer parte um profissional de saúde bucal. Carga horária mínima de 40 horas semanais. · Atenção básica - dentro de uma unidade física pode ter mais de uma equipe de saúde da família, de acordo com o território. · População adscrita ; população do território da ubs, estimula o vínculo e responsabilização entre as equipes com a população. · Cuidado centrado na pessoa - relação médico paciente mais próxima, se trata a pessoa e não apenas a doença, baseada em uma relação de confiança para desenvolver conhecimentos, competências, prevenções. · Território - local geograficamente delimitado para dividir a atuação de atenção básica, deve-se saber a cultura, condições socioeconômicas, epidemiológicas, identitário para melhor atender a população adscrita. · As equipes atendem cerca de 2000 a 3000 pessoas. · UBS - procedimentos de rotina, como, acompanhamento gestacional, procedimentos de atenção básica, consultas, vacinas.. · UPA - urgência e emergência, funcionamento 24 horas. · Distribuição da carga horária dos profissionais - gestor municipal. · ESF - procura estratégias para atender população restrita, que não estão mapeados, ou sem endereço fixo, ex: eCR, eABP. · Atribuições específicas: na área médica - consultas clínicas, prescrição, pequenas cirurgias, diagnóstico, acompanhamento, indicação para necessidade de internação domiciliar, mantendo a responsabilidade, encaminhamento para especialistas, trabalhar em equipe. · Atribuições comuns: ACOLHIMENTO, BUSCA ATIVA. · Conexão com outros programas. · Reunião semanal de equipe. POLÍTICA NACIONAL DE ACOLHIMENTO E HUMANIZAÇÃO · Diretrizes: 1. acolhimento - escuta qualificada, ouvir a demanda do usuário, ter compromisso, e assim, formar um vínculo através de uma relação de confiança desde a porta de entrada. Acolhimento com classificação de risco- maior vulnerabilidade. Relevância política, ética, estética. Acolhimento transversal. Humanização, escuta, resolutividade. Acolhimento na atenção básica ou demanda espontânea. · acolhimento pela equipe de referência do usuário - vantagem de potencializar o vínculo. · equipe de acolhimento do dia · acolhimento misto · acolhimento coletivo 2. gestão participativa e cogestão - rodas de conversa, câmaras técnicas. 3. ambiência - espaços saudáveis e confortáveis para usuários e profissionais. 4. clínica ampliada e compartilhada - decisões compartilhadas, qualificação do diálogo, afeto nas relações médico paciente. 5. valorização do trabalho - valorizar a experiência, torná-lo participativo nas decisões, qualificá-lo para o trabalho. 6. defesa dos direitos dos usuários - cada usuário tem por lei direito à saúde e devem ser assegurados, devem ser acolhidos desde a porta de entrada, é função da equipe incluir e garantir os direitos dos usuários. ATENÇÃO DOMICILIAR com ênfase em atenção básica · SAD - serviço de atenção domiciliar · EMAD - equipe multiprofissional de atenção domiciliar · EMAP - equipe multiprofissional de apoio · objetivos - redução da demanda hospitalar, redução do período de permanência, humanização da atenção à saúde, e maior autonomia dos usuários, desinstitucionalização e otimização dos recursos financeiros. · diretrizes - precisa estar incorporada com a regulação do sistema, e de acordo com os princípios do sistema, capacitar cuidador, estimular participação ativa dos profissionais. · necessitasse de indicação médica e análise em equipe. · AD1 - casos mais simples, equipes de atenção básica, caso estabilizado. critérios de inclusão - dificuldade de locomoção, mas necessita de suporte de saúde, não se enquadrar em ad2 e ad3, ter no domicílio estrutura adequada.Para se desligar do ad1 - cura, obtido, piora e passagem para ad2/3, mudança na area de abrangencia, impossibilidade de cuidador, discussão do caso pela equipe. · AD2 - dificuldade de locomoção, maior complexidade, maior frequência de visita, emad/emap, cuidador. inclusão - exemplo ganho de peso de recém nascido, cuidados paliativos. · AD3 - maior necessidade de equipamentos específicos, qualquermodalidade da ad2 somado com a necessidade de pelo menos um equipamento, emad/ emap, domicílio adaptado, necessidade de cuidador. · EMAD 1 (40h médico ) , EMAD 2 ( 20 ) - médico, enfermeiro , técnico de enfermagem · EMAP - pelo menos três profissionais para um cuidado mais integralizado, ex; assistente social, psicólogo, fisioterapeuta. · Visita domiciliar - acompanhamento , principalmente feito por assistente social, rompe a ideia de centralização na doença, possibilita maior vínculo e conhecimento das condições de vida, cuidado longitudinal e ampliado e interage com o cuidado e saúde. PROCESSOS DE CUIDADO EM ATENÇÃO PRIMÁRIA · UBS: é o principal núcleo assistencial dos serviços da APS, pode se estruturar seguindo diferentes maneiras. · O Ministério da saúde estabelece um modelo padrão de estrutura e equipamentos mínimos necessários. · Quatro tipos de plantas. Tipo 1 - uma equipe. 1. entrada; acessível e amplo; atores sociais - agente de portaria, primeiro ponto de comunicação, acolhimento e humanização. 2. sala de espera ; recepcionistas - agenda dos profissionais, ou demanda espontânea, direcionamento e organização, guarda de prontuários, possibilidade de educação em saúde, e humanização e acolhimento. 3. sala de acolhimento; triagem, aferição de sinais vitais, dependem do tipo de atendimento. 4. sala de inalação coletiva 5. consultório odontológico 6. sala de coleta/observação/procedimento - procedimentos de enfermagem, injeção, coleta de urina e fezes, etc. Pequenos procedimentos médicos. 7. Sala de atividades coletivas 8. sala estéril - guarda material estéril. 9. sala de curativos - trocas de curativos, desde que a demanda possa ser feita na unidade básica. Diminui a chance de infecções. - tec. enfermagem ou enfermeira. 10. estocagem e dispensação de medicamentos - auxiliar de farmácia ou farmacêutico. 11. DML 12. Sala de vacinas - sensíveis, portanto, com refrigeração especial para manter a qualidade desses insumos, limpeza rigorosa. Tec. enfermagem. 13. consultório indiferenciado - médico como ator. 14. consultório com/ sanitário anexo - enfermagem, exames ginecológicos. 15. expurgo SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA ( SISAB) · UTILIZADO PARA REGISTRAR E CONSOLIDAR DADOS E INFORMAÇÕES PRODUZIDOS NAS UBS, tudo deve ser registrado, existem fichas para cada processo diferente, está relacionada a atividade e não ao ato da consulta em si, mais acessível, informação linear. monitoramento do trabalho, e avaliação dos dados de saúde. · O software do sisab é o e-sus ab. Possui dois módulos: 1. coleta de dados simplificada CDS; fichas impressas ou digitalizadas, enviadas para o centralizador. 13 ficha: · ficha de atendimento individual - todos os profissionais de nível superior que realizam atendimentos individualizados. · ficha de atendimento odontológico individual · atendimento domiciliar - exclusivo para uso do SAD · ficha de visita domiciliar e territorial - exclusiva para o agente comunitário de saúde. · ficha de atividade coletiva · avaliação de elegibilidade e admissão - exclusivo para SAD. · cadastro domiciliar e territorial - casas do território. · cadastro individual - para cada pessoa de cada casa. · ficha complementar - específica para zika e microcefalia · marcadores de consumo alimentar · ficha de procedimentos - médico, tec.enfermagem, enfermagem · ficha de vacinação · ficha de vacinação de covid 2. O prontuário eletrônico do cidadão PEC, mais moderno, possui limitações, disponível em poucas estruturas, devido a necessidade de infraestruturas, como internet. Substitui o uso de agenda de papel. Fluxo de atendimento: · escuta inicial - acolhimento · atendimento - profissional de nível superior; SUAP, ou profissional de nível médio; vacinação. · acompanhamento específico - sistematização e agrupamento de informações mais eficaz. 3. SOAP - subjetivo - registro da anamnese ( o que o paciente diz sentir ). objetivo - produto de exame físico ( sinais e sintomas observados pelo médico ), avaliação- conclusão, principal hipótese diagnóstica( pode ter mais de uma hipótese ), plano - plano de cuidado ( conduta ). * O soap orienta para uma conduta sequencial, qualifica a abordagem clínica. EDUCAÇÃO EM SAÚDE · A educação em saúde deve ir além da transmissão de conhecimentos, deve apresentar reflexão crítica.Três segmentos de atores prioritarios; · profissionais da saúde · gestores que apoiem esses profissionais · população, cuidado coletivo e individual. Histórico da educação em saúde: Oswaldo Cruz revolucionou a saúde brasileira, através da implementação de conhecimentos sanitaristas e introdução das campanhas sanitaristas, métodos de controle, como isolamento dos doentes, captura de vetores, desinfecção de moradias. Violenta reação populacional ( desinformação ) · Além de ter como objetivo transmitir informações, é também responsável pela promoção da saúde. · Modelo intervenção campanhista - século xx. · Revolta da vacina - vacinação contra varíola obrigatória (despencou a vacinação). · Portaria número 2761, 2013 - PNEPS-SUS: · art 2 - universalidade, equidade a integralidade e efetiva participação popular no SUS. · art 6 - II; fortalecer a gestão participativa no sus. III; reconhecimento e valorização de todas as culturas populares. V; incentivo do protagonismo popular para enfrentar questões de saúde. · Os indivíduos são considerados carentes de informações em saúde em certas ocasiões e deve-se utilizar de linguagem adequada. · Diálogo bidirecional, escuta e participação ativa , valorização do saber populacional, paciente tem mais autonomia. · Projeto Uni - integração entre comunidade, ensino e serviço. os usuários passam a participar mais, através do acolhimento e escuta ativa pelos profissionais. · O estudo e a produção de conhecimentos relacionados e sistematizados para a formação dos profissionais de saúde, as práticas de ensino adotadas, diretrizes curriculares e didáticas, são denominados Educação em Saúde. · Inicialmente objetivo apenas da promoção e prevenção.Não levava em consideração as políticas sociais e as condições de vida e de trabalho. Lançava a responsabilidade da resolutividade de problemas de saúde nos indivíduos. · educação popular em saúde; Pautada no diálogo, na aproximação com sujeitos no espaço comunitário, na troca de saberes em que o saber popular é valorizado. De forma horizontal promovem o debate e a construção do saber com referências da cultura popular. · educação em saúde dialógica; transformar conhecimentos já existentes, desenvolvendo a autonomia do paciente. · educação permanente, é a educação no serviço, educação continuada, é o desenvolvimento de cursos para os profissionais.
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