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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA - UNINTA CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE DA FAMÍLIA JOSÉ DIONES LOIOLA GOMES PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS DE 1 A 4 NOS INTERNADAS POR ASMA NAS CAPITAIS DO NORDESTE, BRASIL, DE 2015 A 2019 SOBRAL– CE 2020 JOSÉ DIONES LOIOLA GOMES PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS DE 1 A 4 NOS INTERNADAS POR ASMA NAS CAPITAIS DO NORDESTE, BRASIL, DE 2015 A 2019 Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Publica e Saúde da Família do Centro Universitário Inta - UNINTA como requisito para obtenção do título de Especialização em Saúde Publica e Saúde da Família sob orientação do Prof. Ms.Rômulo César Afonso Goulart Filho. SOBRAL- CE 2020 JOSÉ DIONES LOIOLA GOMES PREVALÊNCIA DE CRIANÇAS DE 1 A 4 NOS INTERNADAS POR ASMA NAS CAPITAIS DO NORDESTE, BRASIL, DE 2015 A 2019 Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Especialização em Saúde Publica e Saúde da Família do Centro Universitário Inta – UNINTA como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Especialização em Saúde Publica e saúde da Família. Orientador(a): Prof. Ms. Rômulo César Afonso Goulart Filho. Monografia aprovada em _____/_____/_____ ___________________________________________________________ Prof. Ms. Rômulo César Afonso Goulart Filho. Orientador(a) Centro Universitário Inta – UNINTA ___________________________________________ 1º Examinador Centro Universitário Inta – UNINTA _____________________________________________ Coordenador(a) do Curso Prof.Me/Ma Centro Universitário Inta – UNINTA Aos meus pais José Lisbôa Gomes e Maria de Fátima Loiola Gomes que estiveram sempre ao meu lado nessa caminhada, me apoiando e incentivando com muito amor. Meu eterno obrigado. AGRADECIMENTOS Inicialmente, gostaria de agradecer primeiramente a Deus pela oportunidade de habitar este mundo. À minha mãe, Maria de Fátima Loiola Gomes e ao meu Pai José Lisboa Gomes que Deus o tenha, que por muitas vezes abriram mão de seus projetos de vida para que hoje meu sonho fosse realizado. A minha esposa Alcione silva Sousa e a minha bebê Alessandra Louise da Silva Loiola, que para mim sempre será uma criança, não importando a idade. Obrigado por acreditarem no meu potencial e por terem me incentivado sempre. Ao meu orientador Prof. Ms. Rômulo César Afonso Goulart Filho pela oportunidade e confiança, pelos ensinamentos profissionais e pessoais. Às minhas amigas, Maria das Neves, Luiza Erondina e Niely, por constituírem minha base social e fazerem parte do meu cotidiano. RESUMO INTRODUÇÃO: Asma é um distúrbio inflamatório crônico, suas principais características constituem em hiper-reatividade brônquica, limitação reversível do fluxo aéreo e inflamação das vias respiratórias. A inflamação causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, congestão torácica, tosse prolongada, intolerância ao exercício, dispnéia e bronquite ou pneumonia recorrentes. Episódios que acontecem principalmente à noite ou início da manhã (HAY JUNIOR et al., 2016; HOCKENBERRY, 2014). OBJETIVO: Analisar as ocorrências de Internações de crianças com a faixa etária de 1-4 anos com asma nas capitais do Nordeste, Brasil, nos anos de 2015-2019. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico e ecológico com abordagem quantitativa, as internações por asma foram coletadas no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no qual foram abordas as capitais do Nordeste no Brasil, no período de 2015 a 2019. Os dados são de domínio público e disponível online no DATASUS, não sendo necessária a aprovação em Comitê de Ética de Pesquisa ou Comissão Científica local. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O total de hospitalizações por asma foi de 16.673 internações em todas as capitais do Nordeste no Brasil, coletadas e confirmadas no DATASUS, onde se teve a coleta de ambos os sexos, com a faixa etária entre 1-4 anos, e anos de abordagem 2015 a 2019. Após a analise dos anos, obtivemos o ano de 2015 (3.546IH) e 2017 (3.509IH) como considerável pico de internações por asma, com a maior predominância do sexo masculino, obtendo 9.352 internações Hospitalares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A despeito do contratempo em obter os dados epidemiológicos e as limitações que dificultaram o conhecimento real da doença, observou-se que ainda com o decorrer dos tempos os números excessivos de internações por asma são alarmantes. Contudo, é de extrema relevância, ações de promoção, prevenção e educação em saúde direcionados para um melhor atendimento as crianças com asma e assim reduzir o numero de internações desnecessárias. Descritores: Asma, Criança, Epidemiologia, Enfermagem. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS DATASUS Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil SIH Sistema de Informações Hospitalares do SUS SUS Sistema Único de Saúde CID Classificação Internacional de Doenças APS Atenção Primária à Saúde ABS Atenção Básica em Saúde OMS Organização Mundial de Saúde PENSE Pesquisa Nacional de Saúde Escolar IH Internações Hospitalares ISAAC International Study of Asthmaand Allergies in Childhood (Estudo internacional de asma e alergias na infância) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 08 2 OBJETIVOS.................................................................................................. 13 2.1 Objetivo Geral....................................................................................................... 13 2.2 Objetivos Específicos.................................................................................. 13 3 METODOLOGIA........................................................................................... 14 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 16 5 CONCLUSÃO............................................................................................... 24 REFERÊNCIAS................................................................................................ 26 8 1 INTRODUÇÃO Asma é um distúrbio inflamatório crônico, suas principais características constituem em hiper-reatividade brônquica, limitação reversível do fluxo aéreo e inflamação das vias respiratórias. A inflamação causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, congestão torácica, tosse prolongada, intolerância ao exercício, dispnéia e bronquite ou pneumonia recorrentes. Episódios que acontecem principalmente à noite ou início da manhã (HAY JUNIOR et al., 2016; HOCKENBERRY, 2014). Os elementos fundamentais presentes na asma são o processo inflamatório, o broncoespasmo e o aumento da produção de muco pelo epitélio das vias aéreas. Em função do processo inflamatório, ao longo da evolução da doença, pode haver fibrose e remodelamento das vias aéreas, levando a um comprometimento pulmonar mais grave, em que o componente obstrutivo tende a se tornar menos reversível, e o padrão ventilatório pode adquirir um padrão restritivo. O tratamento apropriado da asma reduz o processo inflamatório, melhora o controle dos sintomas e pode evitar essa evolução (GINA, 2013; MINTZ, 2004). O controle farmacológico da asma teve um avanço considerável nas últimas décadas, com base no entendimento de que a asma é uma doença diversificada e complexa, com diversos fenótipos e endótipos. Com este conhecimento pode-se modificaras estratégias de manejo da doença, abrindo assim um espaço para aparecimento de novas drogas de controle. Inúmeras diretrizes e recomendações internacionais atuais reúnem os critérios para o tratamento da asma em estágios, permitindo gerar o incremento do tratamento de controle á proporção que aumenta a gravidade da asma (GINA, 2019; FITZGERALD et al., 2017). A Organização Mundial de Saúde (OMS), (2015) avalia que 300 milhões de pessoas no mundo, sofrem com a asma, incluindo crianças. Seu sintoma é identificado, basicamente pela dificuldade respiratória (falta de ar), tosse seca, chiado no peito e ansiedade. As complicações ocorrem porque os brônquios do asmático são mais sensíveis e tendem a reagir de forma mais abrupta quando há exposição aos diferentes desencadeadores da doença: frio, mudança de temperatura, fumaça, ácaros ou fungos, e até mesmo odores fortes. O domínio da asma infantil na América Latina varia muito (de 4% a 30%), mas está acima de 10% em praticamente todos os países. A repercussão da asma http://www.paho.org/bra/ 9 nesses países é comumente complicada pelo acesso limitado aos serviços de saúde e medicamentos essenciais. No entanto o Brasil, país de renda média de tamanho continental, é um dos países com maior predominância de asma em crianças, com índice de taxas altas relacionada a asma grave. Nota-se também que na região sul do Brasil, 20% das crianças em idade escolar têm asma, muitas delas com doença não controlada e altas taxas de inatividade física, absenteísmo escolar e hospitalizações (SOLÉ et al., 2015; MALLOL et al., 2013). O Brasil está na oitava posição mundial em prevalência de asma, com estimativas para crianças e adolescentes escolares variando de menos que 10 a mais do que 20% em diversas cidades estudadas, dependendo da região e da faixa etária consideradas. Em 2007, foi responsável por cerca de 273 mil internações, gerando custo aproximado de R$ 98,6 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Houve 2.500 óbitos, de acordo com o DataSUS, dos quais aproximadamente um terço ocorreu em unidades de saúde, domicílios ou vias públicas (BRASIL, 2010). O tratamento inclui muitas medicações de uso oral, inalatória, endovenosa, e em alguns casos intramuscular. Apesar dessa grande quantidade de medicamentos isso não reduz a necessidade de ações educativas para diminuir a exposição a fatores agravantes/desencadeantes e para o controle da doença, especialmente a exposição ao tabagismo, ativo ou passivo. Essas ações devem ser efetuadas em todos os casos de asma (BRASIL, 2010). A asma é um dos tipos de doenças alérgicas, o que representa um dos problemas mais comuns visto pelos pediatras e médicos da rede de atenção primaria, o que acomete cerca de 25% da população dos países desenvolvidos. Cerca de 80% das crianças com asma manifesta sintomas antes dos cinco anos de idade. A prevalência da doença acomete mais meninos do que meninas, mas a tendência hereditária constitui o fator predisponente identificável mais forte (HAY JUNIOR et al., 2016). Quando falamos que o paciente é criança, o sofrimento parece ser maior para família, em especial a mãe, deixando a mesma angustiada e insegura, procurando sempre por meios para acalmar a criança nos momentos de crises. De acordo com Lima; Guedes (2003) o medo de que a criança entre em crise novamente e passe por tudo de novo, leva a todos da família, a viver em estado de alerta. O cuidado do profissional de enfermagem a criança com asma tem início com uma revisão do histórico de saúde da criança, condições do domicílio, rotina na 10 escola, ou seja, ambiente recreativo e as atitudes dos pais em relação às condições clínicas que a criança apresenta. Os cuidados de enfermagem envolvem tanto os cuidados agudos como também os de longos prazos, os enfermeiros (as) estão diretamente envolvidos com as crianças em casa, na escola, hospital ou consultórios e desempenham um papel muito importante auxiliando as crianças e seus familiares a aprenderem e conviver com a asma (HOCKENBERRY, 2014). Reconhece-se a enfermagem, em especial os enfermeiro (as), como integrantes desse cenário, visto que as ações educativas são imprescindíveis para o estabelecimento do cuidado à saúde. Desta forma, pode-se entender que um dos pilares da prevenção e do controle da asma diz respeito ao processo educativo, realizado pela assistência de enfermagem (ALBUQUERQUE et al., 2011). A doença pode ser conduzida de modo que a criança não necessite ser hospitalizada e que não haja intervenção na vida da família, na prática de atividade física ou no convívio na escola. Os enfermeiros (as) podem executar uma variedade de funções no cuidado da criança com asma. Funções que podem incluir atividades educativas sobre a asma nos contextos do ambulatório, dos postos de saúde, da escola, da comunidade, do pronto-atendimento e em unidades de cuidados intensivos. Com todos esses esforços pode-se construir uma relação entre a criança, a família e a equipe de saúde, possibilitando uma comunicação mais efetiva (HOCKENBERRY, 2014). A Atenção Básica em Saúde da família é a forma de organizar o primeiro nível de atenção á saúde no SUS e se caracteriza-se por desenvolver um conjunto de ações que abrange a promoção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. Assim a Atenção Básica em Saúde (ABS), constitui-se como primeiro contato dos usuários com o sistema de saúde e deve resolver os problemas de maior frequência e relevância dessas populações. A mesma desenvolve ações por meio de exercício de práticas gerencias e sanitárias, democráticas e participativas, dirigidas a populações de territórios bem delimitados (CERCI NETO et al., 2007). A educação em saúde é importante, e a participação da família da criança constitui um componente fundamental no tratamento para melhorar a adesão e os resultados. Assim o paciente e sua família necessitam entender o papel dos fatores desencadeantes da asma, mesmo na ausência de seus sintomas,isso facilitara a compreensão dos sinais de alerta e agravamento da doença. Devemos traçar um plano de cuidados para todos os pacientes com asma, atualmente, uma exigência 11 de muitos hospitais e outros serviços para registrar a implementação das orientações educacionais sobre o manejo da doença crônica (HAY JUNIOR et al., 2016). O pesquisador em questão possui uma vivência família e faz parte do quadro de profissionais da saúde, o mesmo percebe o quanto é difícil aos pais juntamente com as crianças se adequarem ao tratamento medicamentoso e reorganizar o estilo de vida. Desse modo, justifica-se a minha escolha em trabalhar com educação permanente junto à equipe de enfermagem, pois observo e acompanho diariamente esses cuidados prestados pela equipe multiprofissional (técnicos e auxiliares de enfermagem e não somente enfermeiras e médicos), tal influência ao paciente durante os atendimentos prestados ajudará na adesão ao tratamento das famílias envolvidas. Após um aprofundamento em artigos científicos, o pesquisador percebeu também o numero excessivos de pacientes hospitalizados em unidades de tratamento de nível secundário, esses dados elevados, poderiam ser revertidos e diminuídos através dos modos de promoção, prevenção a saúde em nível de Atenção Primária ou seja Atenção Básica de Saúde, promovendo assim uma diminuição nas internações de crianças com asma. Diante dessa situação resolveu-se desenvolver uma pesquisa sobre o assunto, pois a criança passa a ter uma sobrevida regrada com fatores condicionantes de recreações limitadas, além de preocupações com alimentações, ambiência e demais atividades de vida diária, evidenciando o desafio do empoderamento familiar para melhoria da qualidade de vida. Diante deste contexto surgiu os seguinte questionamentos: Como a enfermagem pode contribuir na melhor qualidade de vidadessas crianças e de seus pais? Como a enfermagem na atenção primária juntamente com a equipe multiprofissional poderá contribuir para diminuir o número de internação na rede hospitalar? Diante desse contexto social e histórico em que vivemos, em meio a uma transição de desenvolvimento e aperfeiçoamento na assistência em saúde, encontram-se os pacientes com asma. A asma é uma doença crônica que afeta cerca de 10% da população. Sendo considerada a principal doença crônica na 12 infância e sua sintomatologia gera um grande sofrimento aos seus portadores e familiares, especialmente em crianças, visto que a tríade sintomática (tosse, dispnéia e sibilo) causa limitação de suas atividades, sendo considerado um sério problema de saúde pública (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2012). Com base nessas informações, é possível observar que a asma é uma doença que acaba por debilitar o seu portador, limitando o mesmo em questões relativas a atividades cotidianas. Dessa maneira, o mesmo deve adotar algumas medidas preventivas que minimizem as possíveis crises. A pesquisa torna-se relevante, pois a asma é um problema de saúde pública, nisso requer cuidados mais criteriosos e diante destas circunstâncias necessita-se de mais pesquisa para que possamos implementar um cuidado diário e preventivo, porém percebemos que a população ainda não está empoderada desses cuidados básicos intra-domiciliar e horários a serem cumpridos em relação aos tratamentos medicamentosos, diante desse contexto a pesquisa pode trazer grandes contribuições e incorporar um plano de cuidados as crianças juntamente com seus pais, evitando assim o numero excessivo de internações hospitalares. A pesquisa na Atenção Primária será um passo muito importante, pois é considerada como a porta de entrada para os atendimentos dessas crianças, nesse sentido a enfermagem terá que ter um olhar mais crítico e realizar um planejamento mais adequado para dar uma melhor qualidade de vida para as crianças com asma, evitando internações desnecessárias. 13 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral • Analisar as ocorrências de Internações de crianças com a faixa etária de 1-4 anos com asma nas capitais do Nordeste, Brasil, nos anos de 2015-2019. 2.2 Objetivos Específicos • Descrever os índice de internações por asma nas capitais do nordeste; • Correlacionar o perfil faixa etária e sexo em relação ao número de internações; • Comparar os números de internações nos anos de 2015 a 2019. 14 4 METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se por uma pesquisa epidemiológica e ecológica com abordagem quantitativa, a busca de dados está relacionada com os números excessivos de casos de internações á pacientes com asma nas principais capitais do Nordeste, no período de 2015 a 2019. A coleta de dados aconteceu no mês de Agosto de 2020, baseado em informações sobre a asma extraídas do banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população estudada consistiu em todos os casos de asma com a faixa de 1- 4 anos de ambos sexo, conforme a definição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10; código J45). Como o banco de dados do DATASUS é de domínio público e por não envolver seres humanos de forma direta, não será necessário obter a aprovação do Comitê de ética em pesquisa ou Comissão Científica local. Para as variáveis analisadas, foram usadas as tabelas de Epidemiologia e Morbidade do grupo “Morbidade Hospitalar do SUS (SIH/SUS)” e, em seguida, o subitem “Geral, por local de Internação”. Nas opções de filtro, os itens “Capitais”, “municípios”, “ano processamento”, “internações”, “períodos disponíveis”, foram selecionados e correlacionados com “asma” (Capítulo CID-10, Lista de Morb CID-10 código J45, Faixa etária, Sexo). Teve-se como excluídos os números de internações com faixa etária menor que 1 ano e superior a 5 anos de idade, tanto do sexo masculino com feminino. O estudo abordou somente a faixa etária de 1-4 anos de ambos os sexos. No estudo de Sitta (2010), descreve a epidemiologia como uma parte da Saúde Pública, onde a mesma apresenta três objetivos: descrever a distribuição e magnitude dos problemas de saúde nas populações; proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, assim como para estabelecer prioridades; e, além disso, identificar fatores etiológicos na constituição das enfermidades. Neste trabalho se trata de um estudo epidemiológico, e este tipo de estudo pode ser classificado em observacionais e experimentais. Os estudos experimentais 15 fogem ao designo deste trabalho. Com isso, sobre os estudos observacionais podem ser classificados em descritivos e analíticos (LIMA, 2003). Seguindo ainda, a linha de estudo do autor anteriormente, os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos, e os estudos analíticos são aqueles delineados para examinar a existência de associação entre uma exposição e uma doença ou condição relacionada à saúde. Segundo Szklo (2000) e Morgenstern (1998), os estudos ecológicos, colaciona-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. Portanto um estudo ecológico típico, medidas de agregados da exposição e da doença são comparadas. Nessa amostra de estudo, não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, mas do grupo populacional como um todo. Uma das suas vantagens é a possibilidade de examinar associações entre exposição e doença/condição relacionada na coletividade. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade, sendo Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). 16 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES O total de hospitalizações por asma foi de 16.673 internações em todas as capitais do Nordeste no Brasil, coletadas e confirmadas no DATASUS, onde se teve a coleta de ambos os sexos, com a faixa etária entre 1-4 anos, e anos de abordagem 2015 a 2019. Estes dados foram coletados online pelo site do DATASUS, notificações essas, constadas pelo Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), dados esses a serem representados nos gráficos. Os gráficos abaixo aponta detalhadamente cada análise coletada, bem como observações de outras pesquisas sobre esse levantamento de grande importância para a saúde. Gráfico 01: Número de internações de pacientes com asma nos últimos 5 anos nas Capitais do Nordeste no Brasil, sexo Masculino. Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Aracaju Salvador São Luis Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Recife Maceió 2015 175 117 6 48 607 139 52 696 136 2016 201 112 6 26 594 83 34 643 177 2017 258 113 11 21 608 57 35 716 158 2018 222 129 11 20 894 31 24 537 25 2019 211 171 9 21 514 23 23 618 40 Total 1067 642 43 136 3217 333 168 3210 536 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 C A P IT A IS D O N O R D ES TE INTERNAÇÃO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS: 9.352/ SEXO MASCULINO/ FAIXA ÉTARIA 1-4 ANOS 17 Gráfico 02: Número de internações de pacientes com asma nos últimos 5 anos nas Capitais do Nordeste no Brasil, sexoFeminino. Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Gráfico 03: Número total de internações por ano de todas as capitais do nordeste. Ambos os sexos. Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) Aracaju Salvador São Luis Teresina Fortaleza Natal João Pessoa Recife Maceió 2015 136 82 9 35 529 83 21 559 116 2016 160 68 7 27 486 54 31 464 171 2017 177 73 4 17 487 37 28 531 178 2018 185 88 8 13 764 25 26 371 32 2019 155 104 5 7 393 27 13 492 43 Total 813 415 33 99 2659 226 119 2417 540 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 C A P IT A IS D O N O R D ES TE INTERNAÇÃO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS: 7321/ SEXO FEMININO/ FAIXA ÉTARIA 1-4 ANOS 1 2 3 4 5 ANO 2015 2016 2017 2018 2019 Nº DE INTERNAÇÕES 3546 3344 3509 3405 2869 2015 2016 2017 2018 2019 3546 3344 3509 3405 2869 Nº TOTAL DE INTERNAÇÕES POR ANO/ TODAS AS CAPITAIS DO NORDESTE/AMBOS OS SEXO ANO Nº DE INTERNAÇÕES 18 Com relação ao gráfico 01, onde se aponta os números de internações de pacientes com as asma do sexo masculino entre os anos de 2015 a 2019, tendo um total de 9.352 internações em todas as capitais do Nordeste, Aracaju 11,40% (1067/9352), Salvador 6,86% (642/9352), São Luis 0,45% (43/9352), Teresina 1,45% (136/9352), Fortaleza 34,39% (3217/9352), Natal 3,56% (333/9352), João Pessoa 1,79% (168/9352), Recife 34,32% (3210/9352), Maceió 5,73% (536/9352). Com isso podemos observar que as cinco capitais com um maior índice de internações por asma foi Aracaju, Fortaleza, Recife, Salvador, Maceió e as com menor índice foram São Luis, Teresina, João Pessoa e Natal. Contudo, quando analisamos todas as capitais do Nordeste as que mais se destacaram em relação ao numero de internações nos anos de 2015-2019, foram as capitais de Fortaleza com 34,9% e Recife com 34,32%. Já no gráfico 02, estando representado pelo os números de internações de pacientes com asma do sexo feminino entre os anos de 2015-2019, tendo um total de 7.321 internações em todas as capitais do Nordeste, Aracaju 11,10% (813/7321), Salvador 5,66% (415/7321), São Luis 0,45% (33/7321), Teresina 1,35% (99/7321), Fortaleza 36,32% (2659/7321), Natal 3,08% (226/7321), João Pessoa 1,62% (119/7321), Recife 33,01% (2417/7321), Maceió 7,37% (540/7321). As internações do sexo feminino mostrou que as cinco capitais com um maior índice de internações por asma foi Aracaju, Fortaleza, Recife, Salvador, Maceió e as com menor índice foram São Luis, Teresina, João Pessoa e Natal. Percebe-se no sexo feminino um numero menor de internações em relação ao sexo masculino, mas as capitais com maior e menor índices de internações foram as mesma. O gráfico 3, traz todas as capitais do Nordeste e o numero total de internações por asma entre os anos de 2015-2019 de ambos os sexos. Os números de foram representados da seguinte forma 2015: 3.546; 2016: 3.344; 2017: 3.509; 2018: 3.405; 2019: 2.869 internações. Observa-se que houve uma redução significativa no ano de 2019 comparado os anos anteriores. Fazendo um comparativo entre os anos a redução seguiu da seguinte forma: 2015 a 2019, redução 19,09%; 2016-2019, redução 14,20%, 2017-2019, redução 18,23%; 2018- 2019, redução 15,74%. 19 Apesar dessa redução no ano de 2019, os cuidado as crianças com asma não podem parar, principalmente na atenção primária pois é a porta de entrada e o primeiros contato com o paciente antes de qualquer internação. Com todas essas comparações e informações dos números de internações por asma nas capitais do Nordeste os órgãos públicos Federal, Estadual e municipal, precisa com urgências implantar novas políticas publicas no intuito de reduzir o número de internações e melhorar a qualidade de vida de nossas crianças portadoras de asma em todo o Brasil. Segundo Brasil (2013), os anos de 2010 a 2013, mostraram que a região Nordeste foi a que teve uma maior prevalência de asma na população infantil, correspondendo a 41,7% do total de crianças acometidas por essa morbidade, o Nordeste ainda apresenta um numero excessivo de internações por asma. Apesar desses dados apresentados acima não serem dos anos de 2015 a 2019, percebe-se através do gráfico 01 e 02, que mesmo com o passar dos anos a Região Nordeste ainda apresenta números elevados em relação a asma infantil. Ainda nesse público, a grande prevalência dessa doença ocorre em crianças de um a quatro anos, acompanhando a faixa etária de cinco e nove anos. A maior prevalência está nas crianças do sexo masculino, apresentando uma diferença entre os gêneros de 15% (BRASIL, 2013). A asma representa uma das principais causas de internações hospitalares no Brasil, com mais de 175 mil internações em todas as idades registradas pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no ano de 2011, a asma se destaca como sendo uma das doenças com maior prevalência no numero de internações, ocupando assim a quarta posição em relação as outras patologias. Contudo, é considerada uma condição sensível à Atenção Primária à Saúde (APS), ou seja, aquela em que a atenção ambulatorial ativa e a tempo pode evitar internações, prevenindo enfermidades, tratando precocemente a enfermidade aguda ou controlando a enfermidade crônica (MOTA; DONALISIO; SILVEIRA, 2018). O estudo de Mascarenhas et al. (2016), relata que no Brasil, a prevalência de asma é considerada uma das mais altas, se comparada com a média nos países da América Latina, estimada em 20%. No entanto, os resultados de estudos da fase III do ISAAC no Brasil revelaram prevalência de sintomas de asma variando de 11,8% 20 em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, a 30,5% em Vitória da Conquista, Bahia, sendo observada em Salvador prevalência de 24,6 % para sintomas de asma. Desse modo Cardoso et al. (2017), constatou em sua pesquisa que a análise das regiões do Brasil demonstrou que as regiões Norte/Nordeste (populações menos privilegiadas) e Sudeste (população mais privilegiadas) apresentaram as maiores taxas de hospitalizações por asma e de óbitos por asma em pacientes hospitalizados, respectivamente. Os estados do Pará (região Norte) e Bahia (região Nordeste) mostraram o maior número de hospitalizações por asma por 100.000 habitantes. Os estados de São Paulo (região Sudeste), Goiás (região Centro-Oeste) e Rio Grande do Sul (região Sul) ostentaram taxa acima da média de óbitos por asma em pacientes hospitalizados. Tais Essas informações são importantes para as autoridades brasileiras de saúde pública e carece análises mais minuciosas para melhorar o tratamento de pacientes com asma e os custos da doença. De acordo com o estudo de Peleteiro e Machado (2017), o número de internações por asma em Salvador, no período de 1998 a 2016, totalizou 24.058 casos, sendo a maior ocorrência entre os homens, com 13.090 casos (54,41%). O ano que apresentou maior taxa de internações foi 1999, correspondendo a 3.233 casos. Observou-se um decréscimo gradativo das taxas de internações a partir do ano de 2003, com pequenas variações de acréscimo entre 2010 e 2012. A taxa de internações foi reduzida em 81,33% comparando-se apenas as taxas apresentadas nos anos de 2003 e 2016. O ano de menor taxa de internações foi 2013, correspondendo a 460 casos. Ainda no estudo de Peleteiro e Machado (2017), a faixa etária teve um fator muito importante e foi observado um número maior de internações entre as crianças (1 a 4 anos), totalizando 12.447 casos, tendo ocorrido maior número de interna-ções entre meninos, totalizando 6.792. Pode-se perceber que o número de internações foi verificado em maior frequência nas crianças 1 a 4 anos, totalizando 12.447 casos. Esses resultados concordam com os de Saldanha, Silva e Botelho (2005), segundo os quais, em relação à faixa etária, a prevalência de asma foi maior entre as crianças de um a três anos, ficando emsegundo lugar o grupo de crianças de três a cinco anos. Esses resultados também estão de acordo com o registro de um 21 estudo segundo o qual 82,4% das crianças manifestam a primeira crise de asma até os cinco anos de idade (GUIRAU; SOLÉ; NASPITZ,1997). O estudo de Maniero (2018), abordou que nos anos de 2008 a 2017 houve uma diminuição significativa do número de internações por asma no Brasil em todas as faixa etárias de 0 a 9 anos. Umas das hipótese é a inclusão de medicamentos para asma na atenção primária a partir de 2008 e teve como complemento o programa Farmácia Popular a partir de 2010, além de outras ações como o programa "Mais Médicos". O estudo mostrou um fato curioso em relação a faixa etária, pode-se perceber que as maiores taxas de internação por asma estão na faixa etária menor (0-4 anos), quando comparada com as crianças maiores (5 a 9 anos). O trabalho destaca que as maiores taxas de internação hospitalar são observada nos primeiros anos de vida podendo estar relacionadas com a imaturidade imunológica própria das crianças menores. Segundo o estudo de Amaral, Palma e Leite (2012), a asma tem uma crescente em relação as outras patologias e representa a terceira causa de hospitalização pelo SUS em crianças e adultos jovens. Já Solé (2015), abordou uma Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), no qual se relatou uma elevada prevalência de sintomas de asma (23,2%) no ano de 2012, bem como de relato de asma no passado (12,4%). No estudo de Costa, Zanolli e Nogueira (2018), relata que as crianças acometidas por esta afecção, geralmente, têm na atenção primária o acesso inicial ao sistema de saúde. Compete, dessa forma, a esse nível de atenção a implementação de ações de promoção, prevenção, proteção, diagnóstico e tratamento de doenças, desenvolvidas por meio de práticas de cuidado integrado, realizadas por equipe multiprofissional e dirigidas à população em território definido. Assim realizando todos esses cuidados poderia se ter um numero menor de internações por asma. 22 Gráfico 04: Diferença no número de internações entre os sexos Masculino e Feminino nos anos de 2015-2019 nas Capitais do Nordeste no Brasil. Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) O gráfico 04, retrata a diferença entre o numero de internações do sexo masculino e feminino, esses dados foram obtidos pelo DATASUS, referentes aos anos de 2015-2019, a região nordeste contemplou 16.673 casos de internações decorrentes da asma, sendo 56,09% correspondente ao sexo masculino e 43,91% do sexo feminino com a faixa etária de um a quatro anos de idade. Saldanha et al. (2014) mostram que as manifestações clínicas da asma aparecem geralmente em crianças abaixo de 5 anos de vida, pois é na infância que os indivíduos estão mais susceptíveis à asma e demais doenças respiratórias, visto que nessa fase da vida ainda há uma imaturidade fisiológica. Saldanha et al. (2014), retrata ainda que em uma pesquisa realizada no Hospital das Clínicas da Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia, foi identificado que na maioria das enfermidades asmáticas ocorreu na categoria pediátrica, especialmente na faixa etária compreendida entre 2 e 6 anos, tendo uma média de 3,8 anos. Já no serviço pediátrico para doença alérgica de Curitiba/PR, atestou-se também uma maior frequência de início para asma em idades inferiores a 3 anos. Dados do estudo de Cardoso et al. (2017) e Stirbulov et al. (2016), mostram que o Brasil apresentou uma diminuição de 36% no número de hospitalizações entre 2008 e 2013, sendo as regiões Norte, Nordeste e Sudeste as que apresentaram as 9.352 7.321 16.673 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 Masculino Feminino Total: F+M FA IX A E TÁ R IA 1 -4 A N O S SOMATÓRIO DE INTERNAÇÕES ÚLTIMOS 5 ANOS (2015-2019)/SEXO: M/F Masculino Feminino Total: F+M 23 maiores taxas. Mais o custo das internações chegou a quase 170 milhões de dólares americanos naquele período. Uma revisão sistemática encontrou o valor de 733 dólares americanos por pessoa ao ano despendidos com hospitalizações e medicamentos para o tratamento da asma. Quanto à sintomatologia da asma, os sinais e sintomas são a dispnéia, a tosse, o sibilo e a dor torácica. Estudo realizado com crianças em Minas Gerais mostrou que a tosse é o sintoma mais frequente e aparece em 35 % dos pacientes em crise. Em seguida surge o chiado (25%), a falta de ar (22%) e a dor no peito (4%), sendo que 7% apresentaram todos os sintomas relacionados (MEIRELES; LIMA; SPÓSITO, 2013). Em alguns estudos abordados sobre asma, houve uma predominância maior de internações no sexo masculino, comparados as do sexo feminino. E por meio de toda essa analise, podemos observar mediante outros estudos para nossa pesquisa, que asma é sim um problema de saúde publica e os gastos com internações desnecessárias podem ser reduzidas, através da promoção, prevenção e um melhor direcionamento de gastos públicos. Assim podemos dar uma melhor qualidade de vida as nossas crianças. 24 6 CONCLUSÃO A partir deste estudo epidemiológico e ecológico, foi possível concluir que existe uma associação de vários fatores desencadeantes da asma para crianças, destacando-se os genéticos, estilo de vida, a super proteção dos pais em relação aos filhos e os fatores ambientais e estresse emocional. A despeito do contratempo em obter os dados epidemiológicos e as limitações que dificultaram o conhecimento real da doença, observou-se que ainda com o decorrer dos tempos os números excessivos de internações por asma são alarmantes. O estudo abordou também um numero excessivo de pacientes internados por asma nas principais capitais do Nordeste no Brasil, principalmente em crianças com a faixa etária de 1-4 anos, tendo uma predominância no sexo masculino. Outros autores confirmaram estas predominâncias, no qual se conclui que devemos ter uma melhor assistência nos primeiros anos de vida. Uma melhor assistência e a implantação de novas estratégias de assistência qualificada às crianças asmáticas deve acontecer em todos os níveis de atenção à saúde, especialmente na atenção básica, isso reduziria os números excessivos de internações de crianças acometidas pela asma, pois a atenção básica é a porta de entrada de todos os atendimentos pelo SUS. As ações voltadas para o manejo adequado da doença nesse nível de atenção podem colaborar efetivamente para a redução de prejuízos para a saúde infantil, diminuição da sobrecarga de atendimentos nos serviços secundários e terciários, assim como, a redução de custos relacionados aos atendimentos de emergência e internações por asma. Dada complexidade dos fatores envolvidos no tratamento da criança com asma, a formação de uma equipe multiprofissional, que atue de forma integrada, pode ser fundamental para assegurar a atenção adequada a essa população. O aperfeiçoamento das atividades interdisciplinares pode favorecer para a superação da fragmentação do cuidado, além de um comprometimento dos profissionais de saúde e promover a qualidade do serviço especializado, possibilitando um propósito mais ampliado, que contemple não apenas as necessidades clínicas dos pacientes, mas também aspectos sociais e educacionais. 25 Faze-se necessário capacitar os profissionais de saúde para orientar e educar a coletividade sobre a história natural da asma adequadamente. Uma intervenção educativa associada ao tratamento clínico é primordial e essencial no controle da doença. Há uma crescente divulgação de estudos voltados para o nível de hospitalizações decorrentes da asma em crianças. Essa tendência ocorre em virtude do impacto da doença crônica no cotidiano dos pacientes e seus familiares. Entretanto,a atenção interdisciplinar no manejo da doença tem sido pouco explorada. Pode-se também perceber que esse número de internações sempre estar voltada para atenção primaria, apesar da mesma, ter programas voltados para crianças com asma, então nota-se que os programas não são tão afetivos. Pois precisa fazer uma busca ativa desses pacientes, para que se possam implantar os métodos de prevenção, promoção, educação, qualidade em saúde, dentre outros, com mais efetividade. É visível que a elaboração destas ações e estratégias não são tarefas fáceis. Acima de tudo, acredita-se que mediante um trabalho organizado, os profissionais possam intervir garantindo e contribuindo na melhoria da atenção dos pais e as crianças com asma, assegurando que ela ocorra de forma integral e humanizada. O presente estudo torna-se relevante, pois pode se perceber que a partir de uma assistência bem prestada e mais cuidadosa o numero de internações de crianças por asma pode diminuir, contribuindo assim comum uma melhor qualidade de vida para as crianças e seus pais. 26 REFERENCIAS ALBUQUERQUE, Conceição de Maria de et al. Asma infantil sob a óptica materna: uma abordagem qualitativa. Enfermagem em Foco, [S.L.], v. 2, n. 2, p. 120-123, 26 maio 2011. Conselho Federal de Enfermagem - Cofen. http://dx.doi.org/10.21675/2357-707x.2011.v2.n2.109. AMARAL,L.M.;PALMA,P.V.; LEITE,I.C.G. Considerações sobre a asma de interesse para a atenção primária: Epidemiologia, impacto econômico e políticas públicas. Rev APS. Juiz de Fora, v. 15, n. 4, p. 508-16, 2012. BRASIL, Ministério da Saúde, Caderno de Atenção Básica, Doenças Respiratórias Crônicas. Brasília, 2010. 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