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CUIDADOS DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS PREVALENTES NA INFÂNCIA Wenderson Melo Martins1 Ana Beatriz Gonçalves David1 Ana Rita Gonçalves Amaral1 Andressa Batista Viana1 Lorena Ferreira Nascimento1 Rafaela Medeiros Barbosa Da Silva1 Rafaela Roberta Nunes Bastos1 Ribamar Junior De Souza Jardim1 1Discentes no sétimo período do curso de enfermagem na Universidade da Amazônia – UNAMA. RESUMO Objetivos Discernir à base da literatura quais são os principais cuidados de enfermagem frente às doenças respiratórias mais prevalentes na infância. Métodos Revisão integrativa da literatura, caracterizado pelo levantamento de dados que já foram publicados e que estão disponíveis em bases de dados que são confiáveis. 16 artigos restantes correspondem ao que é abordado no artigo. Resultados O enfermeiro na prevenção de doenças respiratórias da infância e Intervenções de enfermagem para quadros respiratórios agudos foram as categorias discutidas através dos artigos usados para a produção deste estudo. Discussão Dentre os seis artigos trazidos para esta revisão, três enfatizam o papel do enfermeiro na prevenção de afecções respiratórias e três relatam algumas das intervenções aplicadas na assistência hospitalar. percebemos o enfermeiro como essencial para a adesão dos familiares ao tratamento de asma, seja através da detecção de sinais e sintomas em consultas de rotina, quanto como educador da criança e seus familiares. O enfermeiro também pode ser promotor da saúde além do espaço do consultório, levando seu olhar vigilante para o espaço educacional em parceria com professores e cuidadores infantis. Conclusão É tido a importância do profissional enfermeiro quanto ao enfretamento de doenças respiratórias prevalentes na infância, sendo ele o responsável pelos principais cuidados à criança e às pessoas que a norteiam. Contudo, é necessário que haja uma visão holística e humanizada por parte dos enfermeiros, pois o enfretamento exige cuidados com o paciente, educação em saúde para ele e sua família, cuidados longitudinais, tentando preencher as lacunas que as doenças deixam. INTRODUÇÃO A infância é um período bem comum a crescimentos e alterações respiratórias. Esse desenvolvimento é referente às alterações e variações de ambiente, fatores familiares ou sociais. Diante disso, é importante que haja uma estratégia de controle, tanto preventiva como curativa para essas situações1. A Enfermagem tem uma das funções mais importantes para desenvolver esse cuidado integral direcionado à criança com dificuldades respiratórias, com o objetivo de não focar somente na assistência curativa da doença, mas na prevenção holística. Assim, em uma consulta de Enfermagem, o profissional pode expor em seu trabalho, técnicas para avaliar e executar os cuidados necessários à criança em sua avaliação2. Algumas doenças respiratórias tem maior prevalência na infância, e por isso, todas elas teriam que ser constituídas no programa de saúde pública, pois se destacam como umas das principais causas de internações infantis no Brasil. De acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), a mortalidade infantil relacionada às doenças respiratórias ainda é um dos grandes problemas de saúde pública em âmbito nacional. O cuidado da Enfermagem ajuda a identificar e descrever como atuar de maneira eficaz, com intervenções, necessárias para diminuição da doença.3 Entre as doenças respiratórias na infância, a asma é o caso mais comum, sendo uma doença crônica que inflama as vias aéreas inferiores e estreita os bronquíolos ao entrar em exposição à agentes estimuladores, causando hiperresponsividade brônquica, que limita o fluxo de ar, responsável por episódios agudos de tosse, aperto no peito, sibilos e dispneia, regredindo espontaneamente ou com uso de fármacos, revertendo a crise de asma. 4,5 Bronquite é a inflamação de vários brônquios, levando o ar a pequenos ramos e alvéolos após passar pela boca, cavidade nasal, orofaringe e traqueia. As principais causas de bronquite são: bactérias e vírus e vários respiradores, mecânicos e químicos como: poeira, fumaça e outros.6 A pneumonia também está entre as doenças respiratórias mais frequentes na infância, sendo uma infecção respiratória instalada nos pulmões, onde geralmente acometem a região dos alvéolos, havendo penetração de agente infecciosos ou importunos no espaço alveolar, local onde ocorre troca gasosa. 7,8 As infecções que ocorrem no trato respiratório inferior foram responsáveis por aproximadamente 4 milhões de mortes por ano, sendo a causa primária das mortes de crianças menores que 5 anos, há vários infecções conhecidas: como a gripe podem matar de 250 mil a 500 mil pessoas e custa entre 71 a 167 bilhões de dólares por ano; a pneumonia atinge cerca de 150 milhões pessoas, entre elas, de 11 a 20 milhões de crianças possuem sintomas respiratórios, como a taquipneia, onde 2 milhões são casos fatais, sendo que no Brasil, 22,3% de mortes infantis são de criança de 1 a 4 anos. Além disso, essas infecções podem se desenvolver para doenças respiratórias crônicas no futuro das crianças9,10 A hospitalização e reinternações da criança por motivos de doenças crônicas respiratórias, trazem males para o sofrimento psicológico e físico da criança, como angústia, sofrimento, dor e o medo de morrer. Por isso, o cuidado da enfermagem é muito importante para o entendimento e a clara comunicação sobre as doenças, incentivando a conviver e superar com tratamentos hospitalares e domiciliar com os auxílios dos responsáveis da criança11 Tendo conhecimento todas as problemáticas que as infecções respiratórias causam durante a infância, buscamos discernir à base da literatura quais são os principais cuidados de enfermagem frente às doenças respiratórias mais prevalentes na infância, com os dados epidemiológicos expostos acima, especificando na asma, bronquite e pneumonia. METODOLOGIA Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, caracterizado pelo levantamento de dados que já foram publicados e que estão disponíveis em bases de dados que são confiáveis, sobre um tema delimitado. Um mecanismo utilizado para o aprofundamento do conhecimento do tema pesquisado, permitindo a síntese de diversos estudos publicados e conclusões gerais a respeito de uma área de estudo.12 O estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica na busca de artigos que contenham informações sobre a temática abordada, usando palavras chaves para pesquisa, como: “enfermagem na asma”, “enfermagem na bronquite, “enfermagem na pneumonia”, “enfermagem em doenças respiratórias”. Para isso, utiliza-se como critérios de seleção, artigos indexados nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS e Google Schoolar, publicados no período de 2015 a 2020, no idioma português. Foram obtidos 545 artigos, distribuídos da seguinte forma: 7 em LILACS, 536 em Google Acadêmico e 2 em SciELO. a) Definição da questão de pesquisa: Qual o conhecimento científico produzido acerca do papel da enfermagem frente as doenças respiratórias prevalentes na infância como pneumonia, bronquite e asma brônquica? b) Definição dos critérios de elegibilidade: Para serem incluídos na presente revisão, os estudos deveriam atender aos seguintes critérios de inclusão: publicação no formato de artigo original; em idioma português que abordassem questões pertinentes com cuidados de enfermagem frente as doenças respiratórias prevalentes na infância. c) Busca em fontes de dados publicados: Foi realizado uma busca de dados bibliográficos publicados eletronicamente no Portal de Pesquisas da Literatura da América Latina e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), também foi utilizada a ferramenta de busca Google Scholar. d) Elaboração das estratégias debusca: Primeiramente realizou-se a seleção dos termos de busca, estabeleceu-se por meio da combinação entre as palavras-chaves “enfermagem, asma, bronquite e pneumonia” e “Infância”. Selecionou-se artigos publicados nas línguas português, no período compreendido entre os anos de 2015 e 2020. e) Avaliação da elegibilidade: triagem dos artigos, todo o processo de seleção dos artigos foi realizado em revisão em pares, de modo independente, a fim de confirmar a elegibilidade dos estudos selecionados. Busca na SciELO: pela etapa inicial da pesquisa de artigos, inseriu-se no campo de busca (todos os índices) as palavras chaves “enfermagem, pneumonia, bronquite, asma e infantil”, encontrou-se 2 textos. Para verificar a pertinência com a temática realizou-se a leitura dos resumos dos 2 trabalhos, dos quais 1 artigo excluído por incompatibilidade de tema, ou seja, 1 foi selecionado. Busca com a ferramenta Google Scholar: inseriu-se as palavras chaves “enfermagem, asma, bronquite, pneumonia e Infância”, no campo de busca Google Acadêmico, utilizando o filtro por data, entre os anos de 2015 a 2020 foram encontrados 536 resultados, foram selecionados para leitura minuciosa 17 e, verificando a pertinência com a temática, dos quais 7 artigos foram excluídos por incompatibilidade com o tema. Portanto, selecionou-se 10 artigos. Na base de pesquisa LALICS foram encontrados 7 artigos, dos quais 7 foram selecionados para leitura. Total de 545 artigo encontrados e 26 foram selecionados De todos os artigos selecionados, adotou-se os critérios de exclusão a partir das perguntas norteadoras: a) Papel da enfermagem frente à asma na infância; b) Papel da enfermagem frente à bronquite na infância; c) Papel da enfermagem frente à pneumonia na infância. A partir dessas perguntas, restaram apenas 16 artigos correspondentes. No primeiro momento foi feita a leitura do resumo de 26 artigos encaixado dentro dos nossos critérios de legibilidade através da nossa questão norteadora, dos quais 16 seguiram para a leitura do objetivo, resultados e discussão. Dentre os artigos excluídos o critério foi: a) Sem dados relativos e relevantes 4; b) Não abordavam o tema diretamente e não possuíam dados correspondentes as perguntas norteadoras 6. Portanto, os 16 artigos restantes correspondem ao que é abordado no artigo. RESULTADOS Os artigos que integram esta revisão têm como resultados as intervenções aplicadas pelo enfermeiro tanto no ambiente hospitalar quanto nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), através da Estratégia Saúde da Família (ESF). As intervenções e ações de enfermagem descritas são de caráter tanto preventivo quanto de proteção, recuperação e reabilitação da saúde e estão organizadas nas categorias a seguir. O enfermeiro na prevenção de doenças respiratórias da infância Nesta categoria, encontramos três publicações relevantes, uma sobre a ação do enfermeiro na ESF frente à asma infantil, outra sobre o papel da enfermagem na prevenção e promoção da saúde de crianças que frequentam creche e o terceiro sobre o enfermeiro como educador de pacientes hospitalizados e seus familiares. No primeiro, Souza13 descreve os principais problemas encontrados no manejo dos cuidadores de crianças asmáticas frente à doença: desconhecimento destes sobre a doença, uso incorreto de medicações, desconhecimento de medidas preventivas para evitar crises e hábitos de vida que não favoreciam a melhora dos sintomas. A autora estabelece frente aos problemas da comunidade a realização das seguintes ações da enfermagem: grupo operacional para ensino da fisiopatologia, características e importância do controle das crises da doença; oficina de uso correto das medicações usadas; encontros sobre medidas preventivas de crises; ação multiprofissional com fisioterapeutas para medir resistência pulmonar dos participantes para avaliar e comparar após período de atividade física leve e regular, promovendo também controle alimentar saudável. Souza descreve a diminuição das consultas por demanda espontânea no quadro de crises de asma e melhora da resistência respiratória dos participantes. No segundo, Alencar14 discorre sobre o papel do enfermeiro da ESF aliado ao papel do educador infantil na promoção e prevenção da saúde de crianças que frequentam creche. De acordo com o estudo, a maioria dos pais que justificaram ausência do filho aos serviços de saúde o fizeram por referir a ausência ao trabalho como obstáculo, compreendendo também a saúde apenas como ausência de doença. O enfermeiro se faz necessário para ações de imunização, vigilância da saúde de forma holística, contribuindo para diminuição do aparecimento de problemas de saúde, identificando processos de doença precocemente, capacitando educadores para cuidado adequado e assim diminuindo o número de hospitalizações destas crianças de doenças da infância como pneumonia e infecções gastrointestinais. No terceiro, Ramos15, refere sobre as atividades educacionais de saúde para o manejo da asma, por meio de intervenções de enfermagem, onde o paciente poderá ter uma melhora na qualidade de vida. A atuação de processo educativo, tendo a responsabilidade de educar os pacientes e sua família. Em relação a crianças e adolescentes expôs indícios de associação a terapia medicamentosa e alternativas como natação, com isso melhorando a respiração e a preparação aeróbica, onde se tem a redução da hiperresponsividade brônquica. Entretanto, tendo que avaliar os riscos e benefícios para a pessoa que será submetida, visando a melhoria da função normal das vias aéreas inferiores e evitando hospitalizações. Intervenções de enfermagem para quadros respiratórios agudos Lopes et al.16, analisaram o perfil clínico de 738 prontuários de crianças internadas em um hospital municipal infantil e identificaram as doenças respiratórias (pneumonia, asma e bronquiolite) e gastroenterites como maior causa de internação, seguindo a tendência nacional. Os diagnósticos de enfermagem encontrados com maior frequência foram: padrão respiratório ineficaz, hipertermia, padrão de sono prejudicado, nutrição desequilibrada menor que as necessidades corporais, medo, dor aguda e diarreia. Para estes diagnósticos e outros que estão relacionados à doenças respiratórias, Volta17 descreve as intervenções mais utilizadas. Entre estas: controle de vias aéreas através de ações como com aspiração de vias superiores (se necessário em crianças menores); oxigenoterapia; controle do ambiente através de conforto, decúbito elevado; controle do estado nutricional através de dieta hipercalórica e hiperproteíca; regulação da temperatura com uso de compressas frias, banho morno, administração de antitérmicos; monitoração hídrica para restabelecimento de débito urinário, estimulação de ingesta hídrica. Para diagnósticos de medo e dor aguda, Caleffi et al.18 descrevem os benefícios de sessões com brinquedo terapêutico (BT), em que as crianças têm a oportunidade de brincar com materiais hospitalares e assume o papel de cuidador através da brincadeira com bonecos, permitindo que compreenda as necessidades dos procedimentos, expresse sentimentos e diminua a imagem negativa dos profissionais de saúde. Através de sessões com BT, as crianças demonstram redução da ansiedade e redução da dor, além de estreitar os vínculos com profissionais de saúde. Roças19 também enumera diversas terapias sensoriais para controle da dor em crianças que podem ser realizadas pelo enfermeiro, respeitando o desenvolvimento cognitivo e idade da criança para aplicá-las, entre elas: brinquedos coloridos e luminosos, calor/frio, massagens, musicoterapia, humor, hipnose, acupuntura, cromoterapia, aromaterapia, meditação, relaxamento muscular, exercícios de respiração, simulação de procedimentos dolorosos com reforço positivo, imaginação guiada e conversas. Todas têm a capacidade de promover a melhoriado conforto e reduzir dor e ansiedade durante internação hospitalar. DISCUSSÃO O enfermeiro tem papel fundamental no acompanhamento da criança nos primeiros anos de vida na ESF, através de consultas de enfermagem onde faz o acompanhamento do desenvolvimento físico, cognitivo, nutricional e social. Este acompanhamento permite que o enfermeiro possa identificar sinais e sintomas além de fatores de risco para quaisquer doenças comuns da infância, trabalhando na prevenção da morbimortalidade infantil20. Dentre os seis artigos trazidos para esta revisão, três enfatizam o papel do enfermeiro na prevenção de afecções respiratórias e três relatam algumas das intervenções aplicadas na assistência hospitalar. Acerca da publicação de Souza13, a importância do enfermeiro como educador dos pais nestes primeiros anos é um poderoso elo no tratamento correto, permitindo a melhora dos sintomas e diminuição das crises, como relatado pela autora. Entretanto, de acordo com Araújo et. al21, é comum a diminuição progressiva ao controle ambiental conforme há a melhora dos sintomas, pois muitos pacientes possivelmente confundem com a cura da doença. Então faz-se necessário a realização de programas de atividades educativas continuadas para pacientes de retorno. Para além da atuação do enfermeiro apenas nas Unidades Básicas de Saúde, Alencar14 enfatiza outra área de atuação que abrange a promoção da saúde de crianças em idade pré- escolar, que é o espaço educacional da creche. Nela, a parceria desenvolvida entre a saúde e a educação promove a facilitação do acesso aos serviços de saúde pela criança, como relatado no estudo, aproximando a família deste cuidado. Além disso, o enfermeiro vem a ser um facilitador da adaptação da criança em aspectos como alimentação, sono, repouso e prevenção de doenças e acidentes22, embora seja necessário ainda investimentos em recursos humanos e materiais para que o trabalho do enfermeiro seja realizado com maior êxito neste ambiente23. O artigo de Ramos15 releva mais uma vez a importância do enfermeiro como educador no tratamento de doenças crônicas e trazendo uma reflexão a respeito de como este deve estar atualizado a respeito dos tratamentos coadjuvantes para asma, como os exercícios físicos supervisionados. Estudos sugerem que a natação, entre outras atividades, promove a melhora na qualidade de vida do asmático não apenas diminuindo as crises25, mas prevenindo a obesidade que também é fator de risco para crises de maior intensidade26. Através destes estudos, percebemos o enfermeiro como essencial para a adesão dos familiares ao tratamento de asma, seja através da detecção de sinais e sintomas em consultas de rotina, quanto como educador da criança e seus familiares. O enfermeiro também pode ser promotor da saúde além do espaço do consultório, levando seu olhar vigilante para o espaço educacional em parceria com professores e cuidadores infantis. Dentre as intervenções descritas por Volta16, em sua maioria estão associadas ao diagnóstico de padrão respiratório ineficaz e hipertermia. Visto que o diagnóstico de padrão respiratório ineficaz é comum em crianças hospitalizada16, faz-se necessário também determinar a acurácia deste e outros diagnósticos para a utilização correta da intervenção. A utilização de métodos como a árvore de classificação26 e cursos para capacitação dos profissionais na elaboração e aplicação da SAE melhoram a qualidade da assistência¹⁵. Em comparação ao estudo de Caleffi et. al, Veiga et al28 descrevem as facilidades e dificuldades do uso do BT, reafirmando seus benefícios na redução da ansiedade da criança e aumentando o vínculo com paciente e sua família. A autora também fala sobre algumas das dificuldades enfrentadas no uso do BT como precariedade de estrutura física do ambiente hospitalar, falta de tempo para as atividades e incompreensão dos profissionais sobre sua importância. Porém, o conhecimento acerca das dificuldades consiste em passos à frente para a elaboração de estratégias do uso do BT como ação coadjuvante nas intervenções em enfermagem pediátrica. Muitas das terapias que Roças enumera em seu trabalho estão incluídas nas políticas do SUS29. O enfermeiro que se capacita no seu uso tem a oportunidade de um cuidado ainda mais atencioso e holístico, porém é necessário que se mude a concepção atual a respeito dessas terapias pois ainda são cercadas de desinformação e estão em falta na formação dos novos enfermeiros¹⁸. CONCLUSÃO Em vista dos argumentos apresentados, é tido a importância do profissional enfermeiro quanto ao enfretamento de doenças respiratórias prevalentes na infância, sendo ele o responsável pelos principais cuidados à criança e às pessoas que a norteiam. Contudo, é necessário que haja uma visão holística e humanizada por parte dos enfermeiros, pois o enfretamento exige cuidados com o paciente, educação em saúde para ele e sua família, cuidados longitudinais, tentando preencher as lacunas que as doenças deixam. Este estudo buscou identificar os principais cuidados através da literatura, sendo necessário buscar com mais ênfase, resultados em campos de pesquisa. É importante ver como esses cuidados se relacionam com os profissionais de uma equipe multiprofissional, e por isso, são necessários mais estudos sobre a temática. percebe-se que há limitação na literatura. REFERÊNCIAS 1. BRASIL, Ministério da Saúde (BR). Saúde da Criança: o que é cuidado, politicas, vacinação, aleitamento. Brasília Ministério da Saúde 2019. Disponível em <https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/criança> acesso em 29 de mar. 2020. 2. Moreira MC, Oliveira, Rosane MA, Mota LMM. 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