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PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO ENSINO SUPERIOR

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FACULDADE FARESE 
 
 
 
 
 
 
 
JULIANA RODRIGUES MOREIRA 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO 
ENSINO SUPERIOR DIANTE DAS CONSTANTES MUDANÇAS NO CENÁRIO 
ATUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA-MG 
2020 
FACULDADE FARESE 
 
 
 
 
 
JULIANA RODRIGUES MOREIRA 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO 
ENSINO SUPERIOR DIANTE DAS CONSTANTES MUDANÇAS NO CENÁRIO 
ATUAL 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado 
como requisito parcial à obtenção do título 
especialista em DOCÊNCIA NO ENSINO 
SUPERIOR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA-MG 
2020
CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS NO 
ENSINO SUPERIOR DIANTE DAS CONSTANTES MUDANÇAS NO CENÁRIO 
ATUAL 
 
 Juliana Rodrigues Moreira 1 
 
 
Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação 
aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). 
 
RESUMO- Considerando o cenário atual de transformações constantes, as inovações tecnológicas e 
surgimento de novos perfis profissionais, esse trabalho objetiva abordar e refletir sobre os desafios 
encontrados no ensino superior e a busca de soluções e estratégias de práticas educacionais que 
contribuam com a melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem no ensino superior. São abordados 
alguns aspectos da educação superior como: a necessidade de um ensino atual e motivador para o 
aluno; inovações tecnológicas no trabalho do docente no ensino superior; as características, 
capacidades e desafios de diferentes gerações; reflexões sobre concepções e práticas pedagógicas 
para uma postura adequada do docente frente a novos desafios e situações adversas; e as novas 
necessidades apresentadas por uma sociedade em constante mudança às profissões e a exigência 
de novos perfis profissionais. Diante desse cenário de constantes transformações é possível concluir 
que existe uma grande necessidade de constante reflexão, renovação e atualização das práticas 
educacionais no ensino superior visando atender as demandas da sociedade atual para a formação 
do futuro profissional. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Desafios Educacionais. Formação Profissional. Inovações Tecnológicas. 
Práticas Pedagógicas. 
 
1 jrm_juliana@msn.com 
1 INTRODUÇÃO 
 
O docente do século XXI já não é apenas um transmissor de conhecimentos 
como era no passado, esse profissional necessita entender e usar metodologias 
inovadoras diante da complexidade no contexto atual e das exigências dos alunos 
do ensino superior oferecendo um aprendizado com agilidade e dinamismo. 
Possibilidades e desafios surgem constantemente demandando ações práticas dos 
educadores para que adequações sejam feitas diante de cada situação que se 
apresenta. É preciso estar preparado para enfrentar as constantes mudanças, 
demandas e desafios da sociedade atual. 
A docência no ensino superior encontra-se num contexto complexo, com 
muitos desafios, ações a serem planejadas e implantadas, e principalmente, a 
exigência de um trabalho dedicado dos profissionais da educação no campo 
universitário. Essa profissão exige esforço, determinação, compromisso, enfrentar 
limitações, mesmo quando o trabalho não é valorizado, e, sem dúvida, enfrenta uma 
complexidade de trabalhos frente a demanda da sociedade e exige planejamento, 
ação e reflexão constante das práticas educadoras. Contudo, são esses desafios 
que motivam os profissionais na busca de soluções e melhorias do ensino superior. 
O educador precisa estar atento e reavaliar constantemente e práticas 
educacionais, para poder adequá-las conforme a realidade dos estudantes que 
estão sob sua responsabilidade. Frente a mudanças, os docentes do ensino superior 
precisam suporte teórico para que as suas ações sejam fundamentadas em 
conhecimentos específicos e científicos. A universidade também precisa estar em 
sintonia com seu corpo docente, criando, implantando e adequando ações 
necessárias para um ensino de qualidade, ressaltando que são os docentes que 
formam a identidade das instituições do ensino superior (IES). 
Fundamentado em obras, pesquisas e estudos desenvolvidos sobre as 
práticas docentes no ensino superior diante das constantes mudanças no cenário 
atual, este trabalho objetiva abordar os desafios e possibilidades do ensino superior, 
o processo ensino-aprendizado no contexto atual, a necessidade de repensar ações 
para garantir uma melhor qualidade de ensino, e por meio de reflexão, a busca de 
soluções e proposição de melhorias para um processo de ensino-aprendizagem 
para atender as demandas da sociedade atual. 
 
2 A NECESSIDADE DE UM ENSINO ATUAL E MOTIVADOR PARA O ALUNO 
 
A formação de profissionais qualificados para o mercado de trabalho na 
sociedade atual repleta de constantes inovações tecnológicas e demandas de 
resultados imediatos cria uma necessidade de colocar em prática estratégias 
pedagógicas que contribuam com um processo de ensino-aprendizagem atual, 
dinâmico e principalmente motivador para esses futuros profissionais. 
 
O papel da universidade no Brasil necessita de uma redefinição que 
possibilite acompanhar a evolução tecnológica que tanto define os 
contornos do exercício profissional contemporâneo e deverá responder não 
só aos desafios tecnológicos, mas também pela questão ética, que diz 
respeito a toda amplitude da existência humana (LEITE, 2019, [s. p.]). 
 
 A formação do educador não termina na graduação, a educação continuada 
e permanente é parte da vida profissional. Métodos de aprendizagem, estratégia de 
desenvolvimento e conteúdo para a capacitação do futuro profissional, necessitam 
priorização. A educação deve ser igualitária, focada na cidadania, objetivando 
alcançar todos os cidadãos. A estrutura universitária deve ter comprometimento com 
a produção de novos conhecimentos e desenvolvimento da capacidade de 
adaptação às mudanças, além de oferecer ao futuro profissional as fundamentações 
teóricas, possibilitar o reconhecimento de direções diversas, ferramentas para uma 
performance eficiente e criativa, principalmente em situações imprevisíveis, e 
preparação para as mudanças da profissão (LEITE, 2019). 
O estudante, ao ingressar no ensino superior, espera que o professor seja o 
responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, com conteúdo auto explicativo, 
de fácil assimilação e atraente, já o professor tem expectativas nas quais os alunos 
são interessados, curiosos, engajados e capazes de reconhecer os objetivos de 
cada disciplina e do curso em geral. Um professor qualificado deve procurar 
entender as origens dos alunos, o que esperam do curso, seus interesses e 
motivações, capacidade de aprenderem, e necessidades de cada um, e assim poder 
agir adequadamente, já que é através do ensino superior que são formados os 
profissionais que atuaram no mercado de trabalho (COVINGTON, 2004 apud 
ALMEIDA, 2012). 
Ao desenvolver a Teoria da Autoestima e de todos os estudos que a 
sustentam, Covington (2009) conclui que 
a probabilidade de motivar os alunos a envidar esforços ao mesmo tempo 
em que promove a disposição de permanecer intelectualmente engajados 
por toda a vida, depende muito da capacidade das instituições e dos 
professores como individuo de ajudar os alunos a descobrir e nutrir os 
verdadeiros propósitos de seus trabalhos,ou seja, satisfazer seus objetivos 
pessoais e aspirações a longo prazo. A luta para moldar valores pessoais e 
criação de significado é o máximo de todos os motivadores humanos. É por 
esse motivo que futuras direções da pesquisa devem dar prioridade ao 
estudo mais aprofundado da base de motivação orientada a objetivos e, em 
particular, como o compartilhamento de nossas teorias com os alunos pode 
ajudá-los a criar seu próprio futuro (COVINGTON, 2009, p. 167, tradução do 
autor). 
 
A motivação dos alunos varia de acordo com a disciplina e a percepção deles 
a respeito da importância dos conhecimentos, das habilidades ou das experiências 
conforme um estudo de comportamento de alunos universitários, na qual os autores 
chamam a atenção dos profissionais docentes para o fato de que os alunos são 
motivados de maneira diferente (JACOBS E NEWSTEAD, 1999). 
A qualidade e a intensidade de engajamento do aprendizado estão 
diretamente relacionadas com a motivação do aluno, como, por exemplo, as razões 
na qual alguns alunos completam trabalhos acadêmicos mesmo enfrentando 
enormes desafios e outros acabam por abandonar tais trabalhos. É preciso analisar 
os vários elementos dentro do contexto acadêmico para poder entender como os 
alunos se engajam no aprendizado e suas motivações para desenvolver práticas 
adequadas ao processo de formação do futuro profissional. Ou seja, o ambiente, a 
estrutura e a prática pedagógica estão ligadas ao padrão motivacional do estudante. 
O estudo da motivação em sala de aula é uma possibilidade para entender os 
elementos dentro do contexto e suas consequências (ALMEIDA, 2012) 
 
É importante que educadores atentem para a elaboração e o 
desenvolvimento de atividades que os aproximem mais da vida acadêmica. 
Considera-se válido o investimento em programas que auxiliem o aluno a 
refletir, conscientizar-se e construir significados para os estudos. Seja por 
meio de programas de orientação profissional, que podem ser oferecidos 
nas séries iniciais, ou qualquer outro programa que contemple esta 
concepção. Certamente, à medida que avança nessa construção, o 
acadêmico terá grandes oportunidades de melhorar também no seu 
envolvimento com os estudos e na qualidade da motivação (ALMEIDA, 
2012, p. 131). 
 
Os conhecimentos adquiridos na pesquisa de Almeida (2012) visam promover 
uma prática pedagógica focada no significado das atividades acadêmicas, 
proporcionando valor ao esforço do aluno, que resultará em um enriquecimento da 
qualidade de ensino. Entender a dinâmica da sala de aula e os processos de 
aprendizagem representam um grande desafio e o compromisso de uma prática 
pedagógica mais reflexiva. 
É fundamental conhecer, refletir e identificar a motivação dos discentes 
relacionados aos processos de aprendizagem acadêmicos, implantar estratégias e 
práticas de ensino e de motivação que promovam a melhoria da qualidade no ensino 
superior no Brasil. 
 
3 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR 
 
As inovações tecnológicas resultam de buscas visando formas eficientes de 
melhorar as condições de vida em todos os campos, mas não se pode pensar 
apenas em computadores, internet e tecnologia similares quando se refere a 
inovações tecnológicas, mas as todas as técnicas desenvolvidas através das 
atividades humanas que resultam em soluções para os problemas desde a criação 
do homem, como a descoberta do fogo, a invenção da roda e até mesmo o uso de 
pedras como ferramentas. 
No contexto atual é possível observar que as inovações tecnológicas vêm 
crescendo numa velocidade exponencial, inundando a sociedade com novidades, 
criando um enorme desafio para acompanhar todo esse processo e mais desafiador 
ainda, como utilizar e filtrar essas inovações na vida profissional, pessoal e 
acadêmica. As inovações tecnológicas trazem uma gama enorme de possibilidades 
na melhoria do ensino superior, por outro lado, resulta em enormes desafios para a 
estrutura docente, criando a necessidade de constante reflexões, adaptações e 
melhores metodologias para acompanhar o avanço tecnológico da sociedade atual. 
 
A emergência paradoxal dos novos processos de produção e disseminação 
da informação e do conhecimento coloca um grande desafio à educação, 
quais sejam, a necessidade de repensar seus fundamentos e recriar 
métodos ou aportes científicos fundamentais para a formação de indivíduos 
competentes, capacitados para lidar com características históricas, sociais e 
políticas atuais (ALVES, 2009, p. 13). 
 
As tecnologias de informação e comunicação (TIC) fazem parte do cotidiano 
universitário, e para satisfazer as rápidas transformações tecnológicas do mundo 
moderno, os processos de ensino-aprendizagem necessitam adaptações 
constantes, pois existe um grande risco do ensinar tradicional estar desatualizado e 
não atender as exigências do contexto atual. As conexões resultantes das TICs 
possibilitam quebras de limites geográficos e o compartilhamento e o acesso às 
informações em instantes e praticamente em qualquer ponto do planeta. Com as 
possibilidades e facilidades que os recursos tecnológicos oferecem, é preciso 
repensar a educação e os novos papéis e responsabilidades da estrutura 
universitária na construção do conhecimento. A interatividade tecnológica 
continuará crescendo e transformando a sociedade atual, e o professor tem um 
papel importantíssimo dentro desse contexto (CASTILHO, 2015). 
Na realidade atual na qual as necessidades educacionais demandam 
melhores qualificações, cursos de graduação ganham relevância, e a 
responsabilidade das IES com a formação do profissional exige compromisso com a 
produção de novos conhecimentos e o ajustamento às mudanças. Novas 
tecnologias criam a necessidade de novos perfis profissionais, que 
consequentemente exigem das IES adaptações ao processo de ensino-aprendizado, 
de informações, conhecimentos abstratos e atividades integradas na formação 
desses novos perfis profissionais. Há ainda os desafios sociais, culturais e 
econômicos na transição do ensino tradicional para um ensino com inclusão de 
novas tecnologias no ensino superior, onde a maior resistência está entre os 
envolvidos responsáveis pela adoção de novas metodologias de ensino para uma 
prática pedagógica consciente. Além dessa resistência, a falta de formações 
adequada do educador superior também é uma barreira ao uso adequado das TICs. 
As IES precisam buscar sempre a capacitação técnica e pedagógica para a inserção 
e uso das TICs, para assim poder atender as demandas do mercado de trabalho 
cada vez mais modernizado (SANTOS, 2015). 
 
4 AS CARACTERÍSTICAS, CAPACIDADES E DESAFIOS DE DIFERENTES 
GERAÇÕES 
 
“Quando se escreve sobre gerações, é preciso considerar os diversos fatores 
que ajudam a entender o tema, principalmente o conceito que é mais aceito pelos 
estudiosos, a separação da sociedade pela idade cronológica” (OLIVEIRA, 2016, p. 
23) 
Cada geração tem características próprias, com opiniões e comportamentos 
diferentes, conforme o contexto e a época na qual cresceram e foram educados, 
além de diferentes habilidades e potenciais (DINIZ et al., 2015). 
As IES, como estrutura transformadora, têm como responsabilidade 
reconhecer cada geração e as características de seus estudantes visando 
proporcionar uma formação profissional adequada ao mercado de trabalho que irão 
ingressar. A educação está sempre se transformando e as IES devem estar sempre 
um passo à frente da transformação e com tendências alinhadas as necessidades e 
motivações das próximas gerações. 
As gerações são classificadas em: Geração X, nascidos entre as décadas de 
1960 e 1980; Geração Y, ou millennials, nascidos entre a segunda metade da 
década de 1980 e final dos anos 1990; Geração Z, ou nativos digitais, nascidos 
entre o início do novo milênio e o fim de sua primeira década; e Geração Alpha: 
nascidos a partir de 2010 (LULIO, 2017). 
É preciso planejar,pensar em estratégias mais eficientes respeitando cada 
geração, considerar as motivações das dos alunos na escolha da profissão, 
conhecer suas características, entender suas crenças, comportamento, e 
principalmente entender como constroem o conhecimento. 
A geração baby boomers cresceu sob a influência da TV, e a imagem foi 
relevante na construção dos conhecimentos, embora o rompimento do pensamento 
linear tenha começado com novas tecnologias, foi possível para essa geração 
continuar construindo o conhecimento com leituras tradicionais. A geração X, é a 
que hoje, é capaz de lidar melhor com a construção do pensamento característico da 
geração baby boomers, e ao mesmo tempo tem habilidades com a tecnologia e os 
ambientes virtuais características das gerações Y e Z, e por sua vez essas novas 
gerações assimilam informações e constroem conhecimento de uma nova forma. 
Assim, os novos processos de ensino-aprendizagem devem considerar o processo 
de desenvolvimento das novas gerações, reconhecer suas qualidades e suprir 
necessidades para o desenvolvimento do conhecimento nesse momento de 
transformação. Para isso, os professores devem entender essas novas gerações, 
suas características, habilidades e desafios, além de se empenharem em construir 
novas práticas educativas, que promovam novos caminhos na construção do 
conhecimento. Não menos relevante, devem fazer um trabalho de 
autoconhecimento e de reflexão de sua própria formação profissional, construindo e 
https://blog.lyceum.com.br/millennials-como-atender-uma-geracao-que-esta-mudando-o-comportamento-social/
reconstruindo as práticas educacionais, com uma constante atualização do 
conhecimento técnico e teórico da própria disciplina. É fundamental ainda o domínio 
de novas tecnologias na produção de materiais didáticos e transmissão de 
conhecimentos, além de desenvolver técnicas de interação e diálogos com essas 
novas gerações. Os projetos pedagógicos e trabalho coletivo necessitam melhor 
elaboração, pois as práticas educacionais só são adequadamente construídas se as 
IES trabalharem como um todo, e não com práticas isoladas de seus membros 
(FRANCO E SANTOS NETO, 2010). 
 
5 REFLEXÕES SOBRE CONCEPÇÕES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA UMA 
POSTURA ADEQUADA DO DOCENTE FRENTE A NOVOS DESAFIOS E 
SITUAÇÕES ADVERSAS. 
 
O processo ensino-aprendizado e a relação professor-aluno são muito mais 
complexos do que uma simples transmissão de conhecimento técnico, pois esse 
processo envolve o contexto social, cultural, político e psicológico do professor e dos 
alunos. As relações estabelecidas na construção do conhecimento têm grande 
relevância pois implicam confiança, agregação de valores, culturas e afetividade. 
Ensinar é um processo de construção de conhecimento e de identidade, o que exige 
uma reflexão crítica do docente sobre sua prática educacional, para que este não 
atue de forma mecânica, e reconheça seu papel na formação do indivíduo. O 
professor universitário no momento histórico tem o compromisso de refletir sobre 
contexto de sala de aula, a formação profissional, intelectual, moral e cultural do 
aluno. Assumir uma postura em que ensinar é conduzir o aluno à construção do seu 
próprio conhecimento é fundamental no contexto atual, para isso reflexões 
profundas sobre o caminho da formação é uma enorme responsabilidade da 
docência. A prática educacional não pode ser baseada em receitas prontas, mas em 
fundamentos trabalhados com intencionalidades objetivas na formação do docente, 
na performance em sala de aula, nas atividades curriculares, e no respeito ao 
estudante. O professor precisa ter uma postura ética e vigilante para poder oferecer 
ao aluno a capacidade de reflexão e autonomia, promover um espírito investigativo e 
reconhecer seu papel na sociedade (PEREIRA, 2015). 
Ser professor no ensino superior tem se tornado cada vez mais complexo no 
contexto atual, com as transformações que as IES vêm sofrendo levando a uma 
reconfiguração da estrutura acadêmica, resultado das mudanças e políticas de 
educação superior. A postura de alguns professores são consequências das 
condições e limites do cenário do ensino, das reformas de currículos, de avaliação 
externa e normatização, fatores que podem afetar o trabalho acadêmico. As intensas 
transformações econômicas, sociais, políticas, culturais e tecnológicas têm como 
consequência novos requerimentos que exigem preparação dos professores, os 
quais devem refletir e revisar suas práticas e buscar novas soluções para a 
construção da sua postura profissional. Estudos têm sido feitos sobre os fatos que 
afetam as IES para encontrar novas estratégias de ensino. Com todas as 
transformações no ensino superior, é preciso analisar o ambiente do ensino superior 
e as consequências na performance do docente, o que, além de desafiante, exige 
uma adaptação e principalmente uma reconfiguração da prática do professor 
universitário. É preciso reconhecer as exigências atuais, os impactos das TIC e as 
mudanças para formar a nova postura do docente universitário diante do contexto 
atual (SILVA, 2011). 
 
6 AS NOVAS NECESSIDADES APRESENTADAS POR UMA SOCIEDADE EM 
CONSTANTE MUDANÇA ÀS PROFISSÕES E A EXIGÊNCIA DE NOVOS PERFIS 
PROFISSIONAIS. 
 
O mercado de trabalho atual transforma-se constantemente e drasticamente, 
principalmente com as com novas tecnologias. O Relatório do Fórum Econômico 
Mundial diz que a “Quarta Revolução Industrial” já está sendo sentida na economia 
mundial, e as mudanças serão mais rápidas, abrangentes e impactante que as 
revoluções anteriores com toda a tecnologia que surge a todo instante. Com isso, 
exige-se novos perfis profissionais e novos comportamentos como, conhecimento 
técnico, flexibilidade, habilidade para trabalhar em equipe, ter uma visão geral de 
tudo e principalmente conhecer e atualizar constantemente as habilidades 
tecnológicas. É preciso adaptar e se ajustar às contínuas demandas e desafios do 
contexto na qual está inserido (MONTEIRO, 2017). 
A formação universitária atualmente necessita “atender as exigências de um 
perfil multiprofissional e proporcionar a maturidade pessoal e a identidade 
profissional necessárias para agir em situação de imprevisibilidade, realidade a que 
estão sujeitas as organizações atuais” (GONDIM, 2002, p. 300). As IES precisam 
estar preparadas para a nova realidade do mercado de trabalho, com essa base 
uma pesquisa feita por Gondim (2012) realizou mapeamentos da percepção e 
avaliação de um grupo representativo de estudantes universitários sobre alguns 
aspectos e os resultados indicam que é preciso mais diálogo dentro do ambiente da 
universidade numa busca de alternativas para conciliar a formação científica e 
profissional, a educação para o trabalho, analisar os limites entre as áreas 
profissionais, e promover a identidade profissional no mercado de trabalho atual. 
As IES sofrem influência das transformações atuais e apresentam 
comportamento similar ao mercado de trabalho, se reorganizando para atender as 
demandas dos novos perfis profissionais. Competência é um termo de destaque nos 
discursos atuais, considerado aqui como o domínio de saberes e de habilidades, e a 
capacidade de autonomia nas decisões e ações em situações reais, que pode ser 
adotado tanto no mercado de trabalho como na educação. Os conceitos tradicionais 
dão lugar a novas possibilidades de produção e estratégias num mundo que está em 
constante mudança, surgindo assim novas competências profissionais, colocando o 
ensino superior em uma posição de reestruturação para formar profissionais 
criativos, com iniciativas próprias capazes de refletir e solucionar problemas no 
mundo real. Com essa realidade, o professor precisa se preparar para promover a 
construção do conhecimento adequado às exigências do mercado de trabalho que 
seus alunos irão enfrentar (SILVA, 2006). 
 
A consolidação da trabalhabilidadecomo nova ordem do mercado de 
trabalho vai exigir um redirecionamento por parte dos IES. Com a 
necessidade de adaptação e de combinação de conhecimentos, as grades 
curriculares convencionais correm o risco de se tornarem obsoletas 
(NEVES, 2018, [s. p.]). 
 
As sociedades estão se transformando de tal maneira que um cenário de 
incertezas se apresenta para o futuro mercado de trabalho, sendo possível que 
muitas das crianças de hoje terão profissões ainda inexistentes. Esse cenário cria 
uma inviabilização de planejamento a longo prazo para a formação profissional, o 
que torna praticamente impossível para as IES se prepararem para profissões ainda 
desconhecidas (NEVES, 2018). 
 
7 CONCLUSÃO 
 
No decorrer deste trabalho, fica claro que o docente do século XXI está diante 
de desafios complexos, transformações constantes, novas tecnologias, estudantes 
de diferentes gerações, e surgimento de novos perfis profissionais além de desafios 
e possibilidades não abordados nesse trabalho. Esse cenário exige do professor 
uma postura dinâmica, inovadora, flexível e preparada para a formação do futuro 
profissional. 
Diante da necessidade de um ensino atual, o professor do ensino superior 
deve atualizar seus conhecimentos técnicos constantemente através da formação 
continuada, estudos, pesquisas e cursos de aperfeiçoamento, para que possa 
contribuir com a construção do conhecimento dos seus alunos com assuntos atuais 
e relevantes. 
No entanto, o conhecimento técnico não é o suficiente para um professor 
universitário, sua performance precisa ser motivadora para despertar o interesse e 
engajamento do seu aluno. Para tal, o professor precisa refletir constantemente 
sobre sua prática educacional, conhecer seus alunos, entender as características e 
comportamento de cada geração, ter uma visão crítica da dinâmica educacional, e 
estar preparado para lidar com as situações adversas que podem acontecer dentro 
do ambiente universitário. 
Acompanhar a evolução tecnológica é outra tarefa desafiadora para o docente 
e para as IES. O crescimento exponencial das TICs cria a necessidade de reflexões 
e ajustamentos constantes por parte dos docentes e das IES, a resistência a essa 
realidade cria um risco enorme do processo educacional “parar no tempo”. O ensino 
superior é marcado pela especificidade, com conhecimentos voltados para uma 
determinada profissão, sendo as TICs primordiais para a pesquisa, produção de 
material didático atual, e ferramentas proporcionando um processo de construção do 
conhecimento muito mais efetivo, dinâmico e compreensivo. Esse cenário exige 
profissionais comprometidos com as habilidades tecnológicas, para que este 
processo se realize no ambiente universitário com uma formação profissional mais 
humana, real e efetiva. 
Com as mudanças e as inovações tecnológicas, novos perfis profissionais 
surgem, e exigem das IES e dos docentes universitários uma reestruturação das 
práticas educacionais para atender as demandas desses novos perfis. Pesquisas, 
estudos, investimentos, e a formação de um corpo docente preparado se tornam 
indispensáveis para esse novo cenário. A estrutura do ensino superior e seus 
elementos precisam de ter uma postura inovadora para poderem atender as 
demandas do cenário atual que está em constante transformação. 
O cenário atual necessita dinamismo, as IES e seu corpo docente precisam 
estar preparados para as mudanças, com inovações técnicas, novas estratégias e 
metodologias das práticas educacionais para acompanhar as necessidades das 
novas gerações e do mercado de trabalho atual. É necessário evoluir e buscar 
oportunidades para inovar e promover a construção do conhecimento na formação 
do futuro profissional. 
8 REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, D. M. S. A motivação do aluno no ensino superior: um estudo 
exploratório. 2012. 37 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade 
Estadual de Londrina, Londrina, 2012. Disponível em: 
http://www.uel.br/pos/mestredu/images/stories/downloads/dissertacoes/2012/2012_-
_ALMEIDA_Debora_Menegazzo_Sousa.pdf. Acesso em: 4 jan. 2020. 
 
ALVES, T. A. S. Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas: 
da idealização à realidade. 2009. Dissertação (Mestre em Ciências da Educação) - 
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2009. Disponível 
em: http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1156/Taises%20Araujo%20-
%20versao%20final%20da%20dissertacao.pdf?sequence=1. Acesso em: 2 jan. 
2020. 
 
CASTILHO, L. B. O Uso Da Tecnologia Da Informação E Comunicação (TIC) No 
Processo De Ensino E Aprendizagem Em Cursos Superiores. 2015. Dissertação 
(Curso de Mestrado Profissional em Sistemas de Informação e Gestão do 
Conhecimento) - Universidade Fumec, Belo Horizonte - MG, 2015. Disponível em: 
http://www.fumec.br/revistas/sigc/article/view/3284/1896. Acesso em: 8 jan. 2020. 
 
COVINGTON, M. V. Self-worth theory: Retrospection and prospects. In: WENTZEL, 
K. R.; WIGFIELD, A. Handbook of Motivation at School. New York: Routledge, 
2009. cap. 8, p. 142-169. Disponível em: 
https://books.google.com.br/books?id=P5GOAgAAQBAJ&printsec=copyright&hl=pt-
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