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FASCÍCULO 5

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97Curso Técnico em Secretaria Escolar
5
Noções de Redação Oficial
Carlos Alberto de Castro
1. Comunicação Oficial, um Rito Burocrático?
2. Modelos de Documentos Oficiais
3. Pronomes de Tratamento
4. Maíusculas e minúsculas
5. Pontuação 
Módulo 2
UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE - ensino a distância®
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3ª Edição
revista e atualizada
SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 97 23/10/2015 09:25:25
98 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Objetivos do módulo
O módulo 2, de Redação Oficial e Informática, é composto de 3 
fascículos que buscam instrumentalizar o aluno para o exercício das 
inúmeras atividades existentes numa Secretaria Escolar. Os conteú-
dos estão organizados em três fascículos, a saber:
F5 – Redação Oficial
F6 – Informática: editor de textos
F7 – Informática: editor de planilhas
No fascículo 5, o aluno conhecerá modelos de documentos ofi-
ciais, bem como o tipo de texto mais adequado para cada um deles, 
noções básicas de gramática importantes para a redação oficial, e os 
pronomes de tratamento e as regras de pontuação.
O fascículo 6 é dedicado a noções básicas de editores de tex-
to, mais especificamente o Word da Microsoft Office e o Writer da 
OpenOffice.org. Nele, o aluno se familiarizará com a formatação, 
edição, salvamento e impressão de arquivos eletrônicos.
O fascículo 7 também trata de Informática, apresenta conceitos 
básicos para uso do Excel da Microsoft Office e do Calc da OpenOffice.
org, muito úteis para as atividades relativas à organização de dados 
da Secretaria Escolar, elaboração de gráficos e tabelas e outros tipos 
de pastas e arquivos necessários ao setor.
 Com este módulo, de caráter instrumental, espera-se que o alu-
no se aproprie das ferramentas imprescindíveis para que possa ini-
ciar a sua prática profissional.
Objetivos do fascículo
Ao final deste fascículo, o aluno deverá ser capaz de:
• Conhecer aspectos referentes à redação de documentos 
oficiais;
• Descrever, através de exemplos, a forma mais usual de texto 
para cada tipo de documento oficial;
• Identificar elementos da gramática da língua portuguesa 
importantes para a escrita da redação oficial;
• Listar e usar corretamente os pronomes de tratamento;
• Conhecer as noções básicas de pontuação.
SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 98 23/10/2015 09:25:25
99Curso Técnico em Secretaria Escolar
O presente fascículo visa o aperfeiçoamento e domínio das técnicas 
de linguagem no contexto da administração pública e procura ex-
por, de modo ordenado e sistemático, as normas de estilo universal-
mente consagradas no âmbito da redação oficial.
Com efeito, a assim chamada “redação oficial” encerra um esti-
lo próprio que se diferencia, marcadamente, das diferentes formas de 
comunicação dominantes nas outras esferas de atividades. Tome-se 
como exemplo, a linguagem literária com suas metáforas1 e anáforas2, 
ou a linguagem comercial carregada de pragmatismo3 e objetividade4.
Essas qualidades estilísticas não são, certamente, ocasionais. As 
diferentes formas de expressão escritas obedecem a critérios pró-
prios, a alvos distintos como o tipo de leitor, ou ainda, a interesses 
específicos (empresarial, produtivo) que não permitem uma forma 
universal de comunicação, restrita a um padrão único.
A comunicação oficial destaca-se nessa constelação por sua na-
tureza intrinsecamente relacionada ao serviço público, que requer 
transparência e publicidade, concisão e clareza do texto5, os ritos e 
formalidades exigidos pela administração pública.
Reuniu-se no presente fascículo uma sequência de instrumen-
tos comunicativos utilizados na rotina do serviço público, em obe-
diência às regras instituídas pelos órgãos competentes e às con-
venções próprias que orientam e consagram sua utilização.
As exemplificações aqui abordadas contemplam, exclusiva-
mente, o Poder Executivo, visto que as ações das outras esferas 
de Poder obedecem a uma outra ordem de linguagem que extra-
pola os objetivos do presente fascículo.
Ainda nessa ordem de ideias, faz-se necessário esclarecer que 
as exemplificações recomendadas têm em vista o uso consagrado 
pela administração pública, sem nenhuma intenção de ineditismo ou 
mesmo de originalidade.
Assim sendo, não se deve esperar o advento de um guia nor-
mativo, inusitado, com modelos rígidos, autoritários, uma vez que 
se respeitará as diferentes formas usadas na correspondência oficial, 
recomendando-se tão somente o bom senso, a beleza estética e a uti-
lização do padrão culto da língua, sem cair no pernosticismo6 de um 
lado ou na vulgaridade por outro.
1. Comunicação Oficial, um Rito Burocrático?
Já se tornou lugar-comum a afirmação de que a administração pública 
é muito “burocrática”, no seu sentido mais pejorativo, em razão dos 
processos que exigem um amontoado de procedimentos e, mais que 
isso, uma infinidade de documentos escritos – requerimentos, ofícios, 
pareceres etc.
O mais provável é que ocorra uma meia-verdade. Há realmente, 
uma panaceia7 de procedimentos dispensáveis no rito administrati-
1. Metáfora: designação de um 
objeto ou qualidade median-
te uma palavra que designa 
outro objeto ou qualidade 
que tem com o primeiro uma 
relação de semelhança. Exem-
plo: “Ele tem uma vontade 
de ferro”, para designar uma 
“vontade forte, como o ferro”.
2. Anáfora: repetição de uma 
palavra ou grupo de palavras 
no início de duas ou mais 
frases sucessivas para enfa-
tizar o termo repetido. Por 
exemplo: “Este amor que tudo 
toma, este amor que tudo nos 
dá, este amor que Deus nos 
inspira, e que um dia nos há 
de salvar.”
3. Pragmatismo: ênfase do 
pensamento filosófico, na 
aplicação das ideias e nas 
consequências práticas de 
conceitos e conhecimentos; 
filosofia utilitária.
4. Objetividade: qualidade, 
caráter ou condição do que é 
objetivo.
5. Clareza é a qualidade do 
que é facilmente compreen-
sível, entendido. Para isso, é 
natural que o pensamento de 
quem se comunica também 
seja claro, objetivo, com or-
denação de ideias (começo, 
meio e fim), pontuação correta 
e uma boa construção de fra-
se, de preferência em ordem 
direta, sem precisar, para isso, 
“enfeitar o texto”.
6. Pernosticismo: qualidade 
ou modos de pernóstico; aque-
le que é presumido, afetado, 
pretensioso.
7. Panaceia: qualquer coisa 
que se acredite que possa 
remediar vários ou todos os 
males.
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100 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
vo, embora exista, também, um legado cultural que inibe a produção 
escrita, em contraste com o nosso tradicional verbalismo. Essa he-
rança é antiga, se examinarmos as estatísticas educacionais do baixo 
nível de escolaridade no passado recente do país. Essa talvez seja a 
motivação maior para a resistência da produção escrita.
A escrita, no entanto, é um recurso indispensável na comunica-
ção humana e remonta aos tempos mais distantes da civilização. A 
Bíblia registra, ainda, no Velho Testamento, a existência do correio e 
as epístolas reais, o que se presume uma correspondência oficial.
Vale a pena relembrar que o primeiro registro do “Descobrimen-
to do Brasil” foi uma longa e exaustiva carta de Pero Vaz de Caminha 
à Coroa Portuguesa e não um relato verbal.
Visto assim, conclui-se que a atividade administrativa exige nor-
mas escritas, documentais, transparentes, de tal forma que a socie-
dade possa dela tomar conhecimento, executar suas recomendações, 
questionar, postular, recorrer. Esse é o princípio da legalidade que 
justifica a adoção da norma escrita na ação pública. A esse princípio 
devem-se adicionar alguns critérios que embasam os escritos oficiais 
como a clareza, a exatidão e a impessoalidade, expostos numa lin-guagem formal e pura.
Assim, deve-se conceituar a redação oficial como
a maneira através da qual são elaborados os documentos de cunho infor-
mativo ou normativo, a serem expedidos pelo agente público no exercício 
de alguma função estatal, dirigidos à própria administração pública, com 
eficácia no âmbito dos órgãos e entidades que a compõem, ou ao público, 
enquanto conjunto de cidadãos e instituições que formam a sociedade.
2. Modelos de Documentos Oficiais
A seguir, um elenco de modelos de comunicação oficial, de nature-
za meramente sugestiva e sem nenhuma intenção impositiva, que 
orientará o usuário na produção de documentos no seu dia a dia 
de trabalho.
Para facilitar o ordenamento desses modelos optou-se pela sua 
ordem alfabética e não pelo grau de importância ou frequência com 
que é usado.
2.1 Atas (memória de reunião)
São os registros dos fatos desenvolvidos, sobretudo as decisões toma-
das, numa reunião de qualquer natureza, seja com pequenos grupos, 
seja uma assembleia com um grande número de pessoas.
Embora a ata tenha obedecido a uma elaboração demasiada-
mente formal no passado, com um início declinando a hora e a 
data por extenso, necessariamente manuscrita em livro próprio, 
sem a permissão de espaço ou lacunas, hoje, entretanto, com o ad-
Outras qualidades 
fundamentais para a 
Redação Oficial:
Coesão: quando o texto 
apresenta palavras, orações, 
períodos e parágrafos 
interligados e coerentemente 
dispostos.
Concisão: quando o texto 
consegue expressar o 
máximo de informações com 
um mínimo de palavras.
Correção Gramatical: 
quando o texto é escrito 
sem desrespeito ao padrão 
formal da língua, utilizando 
corretamente as suas regras 
fundamentais.
Formalidade e uniformidade: 
quando o texto observa as 
normas de tratamento usuais 
na correspondência oficial, 
sendo polido, apresentando 
um padrão, inclusive no uso 
de papéis uniformes e em 
sua diagramação.
Impessoalidade: quando no 
texto impera o tratamento 
impessoal, sem interferência 
do indivíduo que o elabora.
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101Curso Técnico em Secretaria Escolar
vento da informática e de outros instrumen-
tos mecanográficos, não faz mais sentido a 
fidelidade aos recursos primitivos da escri-
ta manual. Mesmo que se alegue a sua va-
lidade jurídica e a possibilidade de fraude, 
ainda assim, ambas (manual e mecânica) 
correm o mesmo risco.
Como exemplificação de uma ata 
(ou memória de reunião), foi utiliza-
do o texto integral da primeira reu-
nião extraordinária do Conselho Esta-
dual de Acompanhamento e Controle 
Social do Fundef que renovou o mandato da 
sua mesa diretiva. Do presente texto deve-
se, apenas, excluir a sua numeração ordinal, 
considerando que nem todas as atas são ela-
boradas obedecendo uma sequência numérica. 
Se, no entanto, as reuniões obedecerem a um 
ordenamento sequencial, convém que as atas 
sejam numeradas ordinalmente.
Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Governo doEstado do Ceará
Secretaria da Educação Básica
Conselho Estadual de Acompanhamento e Controle Social do Fundef
Memória de Reunião: Primeira Reunião Extraordinária
Data: 22 de março de 2001
Horário: das 14h30min às 17h30min.
Local: Sala de Reunião do Gabinete
Pauta da reunião: Eleição do presidente e vice-presidente do Conselho
Presentes: Edgar Linhares (CEE-suplente), Expedito Mesquita (Un-
dime), Francisco das Chagas Fernandes (CNTE), Francisco Reginaldo Pi-
nheiro (Sefaz), Jaime Albuquerque Filho (Seduc), Jayme Alencar (Apeoc), 
José Irineu de Carvalho (Aprece), Joseleide Souza (Sead), Vera Lúcia Mar-
tins (representante dos pais).
a) Encaminhamento
Aberta a reunião pelo subsecretário Jaime Cavalcante, que solicita ao 
Secretário Executivo do Conselho fazer a leitura dos dispositivos legais 
relacionados com o processo de escolha do presidente e vice-presidente 
para o biênio 2001-2003, em face do término de mandato e respectivo afas-
tamento da dra. Ana Cristina de Paula Cavalcante Parahyba, a seu pedido, 
pelas razões esclarecidas na reunião anterior, e pela vacância do cargo de 
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102 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
vice-presidente. Em seguida é procedida a leitura do artigo 4º do Regimen-
to do Conselho, abaixo transcrito:
Art. 4º - O Conselho escolherá dentre seus membros titulares, no início de 
cada período administrativo, 1 (um) presidente e 1 (um) vice-presidente para um 
mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida uma recondução por igual período.
Após os procedimentos de rotina, Jaime (subsecretário) solicita aos 
conselheiros a indicação de candidatos aos cargos vagos para votação e 
registro em ata.
Encaminhando o processo, tem a palavra o conselheiro Irineu que co-
loca seu nome à disposição dos demais conselheiros à presidência do Con-
selho, em decorrência de posicionamento dos prefeitos filiados à Aprece, 
que postulam essa função para seu representante no Conselho. Destaca sua 
preocupação com a capacitação dos conselheiros municipais e a ruralidade 
dos valores do Fundef, a exemplo da diferença entre séries iniciais e termi-
nais do Ensino Fundamental como proposta de trabalho. Indica, igualmen-
te, o nome do conselheiro Jayme Alencar a fim de ocupar a vice-presidência 
para o mesmo exercício administrativo.
Com a palavra, Jayme disserta sobre o processo de escolha da mesa di-
retiva, ressaltando que num primeiro momento aventou a possibilidade de 
submeter seu nome à consideração de seus pares, levando em conta sua tra-
jetória de luta, assiduidade às reuniões do Conselho e proposta de trabalho. 
Entretanto, sente-se honrado e aceita a indicação para vice-presidente do 
Irineu, considerando a integridade, competência e liderança que o mesmo 
exerce no meio municipal. Defende, contudo, uma candidatura assentada 
numa plataforma de trabalho, citando linhas pontuais de ação, a ser priori-
zadas pela nova mesa diretiva, abaixo descrita:
• prestar assessoria aos Conselhos Municipais;
• instrumentalizar os conselheiros municipais para o exercício pleno e com-
petente de seu mandato;
• colocar o Conselho Estadual à disposição das Secretarias Municipais de 
Educação e Conselhos Municipais do Fundef para intercâmbio e parcerias;
• fazer gestão junto à Aprece no sentido de ceder sala para o Conselho Esta-
dual de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF abrigar seus ar-
quivos e realizar as reuniões ordinárias e extraordinárias, como igualmente 
servir de referência para as pessoas que necessitam de seus serviços.
Chagas solicita incluir no plano de trabalho engajamento do 
Conselho Estadual na luta nacional desenvolvida por outras entida-
des, visando aumentar o valor do custo-aluno previsto em Lei. Re-
quer, outrossim, cobrança do Conselho junto às instâncias federais, 
pela regularidade nas transferências de complementação de recursos 
devidos pela União e a fiscalização do “Projeto Alvorada” que con-
templa educação de jovens e adultos.
Edgar questiona eficiência do Fundef com relação aos professo-
res e sugere a realização de um seminário para discutir a matéria.
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103Curso Técnico em Secretaria Escolar
Encerrando os encaminhamentos, Expedito usa da palavra para desta-
car a qualidade intelectual e moral dos candidatos Irineu para presidência e 
Jayme para vice-presidente. Apoia propostas de assessoramento e intercâm-
bio com os Conselhos Municipais, considerando a autoridade e isenção do 
Conselho Estadual para prestar tão relevante serviço.
b) Votação
Procedida a chamada nominal dos conselheiros e respectivo voto aber-
to, foram eleitos por unanimidade Irineu Carvalho e Jayme Alencar, respec-
tivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Estadual de Acompa-
nhamento e Controle Social do Fundef para o período de março de 2001 a 
março de 2003.
2.2 Atestado/Declaração
Objetivafavorecer a terceiro, atestando situação ou ocorrência com 
este, para fins específicos, assinado por uma ou mais pessoas investi-
das de funções públicas. Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
ATESTADO
Atesto para fins de concurso público, que o sr. Manuel Bandeira, portador 
da CI nº 123654 - SSP-CE, CPF nº 987456321-62, servidor público estadual, ma-
trícula nº 052175-1-8, brasileiro, divorciado, residente e domiciliado em Fortale-
za, Ceará, é possuidor de boa conduta e reconhecida idoneidade moral.
Fortaleza, 15 de agosto de 2013
Damião Fernandes
Diretor do Núcleo de Recursos Humanos
Obs: Quando envolver fatos ocorridos com registro constante nos li-
vros da entidade, como período de trabalho, função exercida, carga 
horária etc., recomenda-se o uso da Certidão que, basicamente, só di-
ferencia do atestado por essas particularidades.
2.3 Cartão
O cartão é a forma mais coloquial de comunicação, dispensando os 
tratamentos formais. Utiliza-se no encaminhamento de publicações, 
no agradecimento de impressos recebidos, ou de outros que sejam 
permitidos uma comunicação mais pessoal, uma linguagem cotidiana.
Exemplos:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Fortaleza, 28 de fevereiro de 2012
Prezado Hélio,
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104 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Ao cumprimentá-lo, acuso o recebimento das revistas Tempo de 
Aprender e Notícias, publicações dessa instituição que, certamente, se-
rão úteis às equipes técnicas da Secretaria de Educação Básica/Seduc.
Cordialmente,
Justiniano de Serpa
Secretário da Educação Básica
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Fortaleza, 15 de agosto de 2012
Estimada Ana Maria,
Com justificado entusiasmo, apresento meus sinceros agrade-
cimentos aos componentes do Coral “Canto Novo”, pela brilhante 
apresentação no ensejo da solenidade de lançamento do “Projeto To-
dos por uma Educação de Qualidade”. Parabéns!
Cordialmente,
Raimundo Sales de Azevedo
Secretário da Cultura e Desporto
2.4 Comunicado interno/Correspondência interna (CI)
Trata-se de comunicação expedida no âmbito interno de uma reparti-
ção pública, que poderá ser emitida por meios convencionais ou por 
correio eletrônico. Seu objetivo básico é informar ou cobrar providên-
cias, tendo como característica a agilidade no seu processamento.
Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
CI Nº 0142/98 - Fortaleza, 6 de dezembro de 2011
De: Raquel Cavalcante de Azevedo, chefe de Gabinete
Para: Mário de Queiroz, coordenador de Planejamento e Política Educacional
Prezado Senhor,
Ao cumprimentá-lo, comunico a V. Sa. que o dia 8 de dezembro do ano em curso 
será ponto facultativo por determinação do senhor governador do Estado.
Recomendo-lhe, por oportuno, dar ciência aos servidores dessa Coordena-
doria do presente comunicado.
Atenciosamente,
Raquel Cavalcante de Azevedo
Chefe de Gabinete
2.5 Convênio
É um acordo celebrado entre duas ou mais partes, visando um ob-
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105Curso Técnico em Secretaria Escolar
jetivo comum. O Convênio é regido por cláusulas, artigos e parágra-
fos que definem objetivos, competências, deveres, prazo de vigência, 
foro, cronograma de atividade, dentre outros.
Exemplo (por ser muito extenso o texto de convênios, considera-
remos, a seguir, apenas as suas características fundamentais, porém, 
facilmente de ser aplicadas, na maioria das situações práticas):
CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELEBRAM O 
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, POR IN-
TERMÉDIO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO 
BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ, E A UNIVER-
SIDADE FEDERAL DO CEARÁ, PARA AS FINA-
LIDADES QUE INDICA.
O GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, neste ato representado 
pelo seu governador, dr. JOSÉ COSTA BARROS, brasileiro, casado, RG nº 
153.831-5, SSP-CE, CPF nº 000121232-10, e por intermédio da SECRETA-
RIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ, com sede em 
Fortaleza, Ceará, doravante denominada apenas Seduc, inscrita no CPF 
n.º 07.954.914/0001-25, neste ato representada pelo secretário da Educação 
Básica, professor OTÁVIO MARCONI DE SOUZA, brasileiro, casado, RG 
n.º 831.153-CE, CPF sob o n.º 989765301-20, resolvem celebrar o presente 
CONVÊNIO, que se regerá, no que couber, pelas normas constantes da Lei 
n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores, mediante as 
Cláusulas e Condições a seguir especificadas:
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
Nessa Cláusula define-se o objetivo do Convênio e a que se destina.
CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES
Aqui são estabelecidas todas as obrigações das partes, no que tange à garan-
tia do suprimento de recursos financeiros, humanos e materiais. Para maior 
clareza do Convênio é conveniente que se divida as obrigações por entidade 
envolvida, por exemplo:
I – SEDUC
II – UFC
CLÁUSULA TERCEIRA – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Nessa Cláusula descreve-se toda a sistemática operacional do projeto que 
será executado. A competência funcional de cada parceiro conveniado, pro-
grama, clientela a ser atendida, metas etc.
CLÁUSULA QUARTA – DO VALOR E DA FORMA DE PAGAMENTO
Em virtude da maioria dos Convênios fixar valores para consecução dos 
objetivos, convém arbitrar um cronograma para desembolso dos recursos.
CLÁUSULA QUINTA – DA RESCISÃO
Em geral três elementos impedem a continuidade de um convênio, abaixo 
descritos:
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106 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
O presente Convênio será rescindido:
a) pela não observância de qualquer uma de suas cláusulas;
b) pela superveniência de norma legal que o torne inexequível;
c) pela vontade das partes.
CLÁUSULA NONA - DO FORO
Nesse caso específico, o foro escolhido para dirimir pendências é o de For-
taleza. No entanto, como as exemplificações contemplam os municípios do 
estado, o foro escolhido será o do município onde se celebra o Convênio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E por estarem assim de pleno acordo com as Cláusulas e Condições aqui 
acertadas, assinam o presente instrumento em X vias originais, de igual teor 
e para os mesmos fins, na presença de duas (2) testemunhas idôneas que 
também o assinam, devendo o seu Extrato ser publicado no Diário Oficial 
do Estado (ou simplesmente afixado em local público), para que surtam os 
seus efeitos jurídicos e legais.
Data e Local
Assinaturas dos convenientes e testemunhas
2.6 Edital
Visa dar conhecimento ao público, através da mídia ou de órgão de 
publicação oficial, notificação, devidamente numerado, datado, as-
sinado e expedido por autoridade pública, para convocação de con-
curso público e divulgação dos aprovados, tomada de preços por Co-
missão de Licitação, intimar servidor para assumir funções e outros 
eventos que exijam maior transparência e publicidade.
Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
EDITAL Nº 014/2011-GAB
O Secretário Municipal da Educação de Palhinha, no uso de suas atri-
buições legais, torna público, a relação dos candidatos aprovados na segunda 
etapa da seleção para o preenchimento do Cargo em Comissão (DNS-3) de 
Diretor de Escola, conforme Edital publicado no Diário Oficial do Estado, de 
25 de março de 2014.
Ataulfo Nogueira Alves
Carmem Barbosa Miranda
Emilia Batista de Araújo
José Domenico Queirós
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107Curso Técnico em Secretaria Escolar
Orestes Viana Babosa
Zenilda Clementina Ferreira
Secretaria Municipal da Educação do Município de Palhinha,
em 25 de março de 2012.
Aliomar Monteiro
Secretário Municipal de Educação
O exemplo de Edital acima é um dos mais comuns. Quando se 
tratar de Edital para Concurso Público é necessário especificar por 
itens numerados: modalidade de inscrição, prazos, requisitos para 
inscrição, tipo da classificação e outros elementos indispensáveis 
para a clareza do candidato.Faz-se necessário, igualmente, inserir 
anexo ao Edital, o programa das disciplinas que serão exigidas numa 
prova escrita, se for o caso.
2.7 Exposição de Motivos
Documento encaminhado a uma autoridade superior esclarecendo 
e postulando uma determinada ação. No geral, não se diferencia do 
ofício (que veremos posteriormente), salvo a exclusão do destinatário 
no rodapé do expediente. Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Palhinha, 25 de setembro de 2012.
Senhor Prefeito,
Com a vigência da Lei Federal nº 9.424, de 24 de dezembro de 
1996, tornou-se obrigatória a criação, pelo município, de um Con-
selho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundef, 
com as representações instituídas pelo Art. 4º, item IV, e alíneas do 
referido diploma legal.
Com efeito, o Conselho Municipal já foi criado, em janeiro de 
1999. No entanto, por inúmeras razões, o referido colegiado sempre 
encontrou dificuldade de funcionamento. Agora, decorridos dois 
anos, os mandatos de seus integrantes foram concluídos, situação 
que requer, imediatamente, as reconduções para um novo mandato 
ou a indicação de novos conselheiros, respeitado o Decreto Munici-
pal que disciplinou as respectivas representações e mandatos.
Isso posto, sugiro a V. Exa. a segunda opção, isto é, designar no-
vos conselheiros para compor a instituição.
Assim sendo, apraz-me indicar os nomes abaixo declinados 
com suas respectivas entidades representativas:
Maria Alcione Aguiar – representante dos servidores da Secreta-
ria Municipal de Educação;
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108 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Tomásio Galeno – representante do Sindicato dos Professores;
Maria de Fátima da Silva – representante do segmento de pais de 
alunos do Ensino Fundamental;
Francisco Adamastor Melo – representante das Associações Comu-
nitárias;
Patrícia Damasceno de Queiroz – representante dos alunos de Ensino 
Fundamental.
Atenciosamente,
João Dantas
Secretário Municipal de Educação
2.8 Fax
O fac-símile, popularmente conhecido como fax, não é exatamente 
uma forma de redação. Trata-se de um instrumento de reprodução, 
que tanto pode ter forma própria, como reproduzir Exposição de Moti-
vo, Ofício, Comunicado Interno, Circular e outros, para uma transmissão 
mais veloz.
Usa-se, na maioria das vezes, timbre próprio, como no exemplo a 
seguir:
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
Eu, Rosy Mary Macêdo Pinto, diretora desta Unidade Escolar, autorizo a profes-
sora Maria Valda Saraiva, matricula nº 27127.1.7, receber todos os certificados do 
curso de Formação Continuada.
2.9 Ofício
É o documento, por natureza, mais usado nos trâmites do serviço 
público. Descreve os assuntos oficiais entre as diferentes instituições 
públicas entre si ou para entidades privadas. Deve iniciar com núme-
ro do ofício, local e data e, em seguida (de 3 a 5 linhas, dependendo 
do tamanho do texto), da autoridade ou pessoa a que se dirige.
Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Ofício nº 71/2013 
Paracuru, 25 de março de 2013
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109Curso Técnico em Secretaria Escolar
Senhor Prefeito,
Com meus cumprimentos, dirijo-me a V. Exa. para solicitar a cessão do 
servidor Guilherme de Almeida, mat. nº 021654-1-0, lotado na Secretaria de 
Ação Social dessa Prefeitura Municipal, para ocupar cargo comissionado nesta 
Secretaria Municipal de Educação, com ônus para a origem.
Devo esclarecer, por oportuno, que o servidor supracitado já ocupou 
outras funções nesta pasta, sempre com dedicação e competência, motivo 
pelo qual a postulação em apreço.
Atenciosamente,
Ana Karina de Almeida
Secretária Municipal de Educação
Exmo. Sr.
Ambrósio de Alenquer Guimarães
Prefeito Municipal de Paracuru
Praça da Matriz, S/N
Paracuru - Ceará
CEP 62.800-000
2.10 Ofício-Circular ou, simplesmente, Circular
Não difere, fundamentalmente, do ofício. Tem as mesmas normas 
(número, local e data) e vocativo. Sua diferença reside no fato de, 
no ofício comum, somente existir um destinatário, ao passo que no 
ofício-circular, o texto é único, porém, se destina para várias pes-
soas. Exemplo:
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
CIRCULAR PMG/ SEAR/ n.º 115 Paracuru, 10 de março de 2011
Para: Titulares de Órgãos Públicos
Assunto: Manual de Organização
A Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação deverá ela-
borar, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, o seu Manual de Organização, 
conforme o art. 10º do Decreto n.º 35.657, de 05 de fevereiro de 2011.
Para este fim, solicito encaminhar à Assessoria de Comunicação 
da referida Secretaria, responsável pela organização do citado Ma-
nual, os documentos referentes à estrutura básica, competência e or-
ganogramas para subsidiar os trabalhos de edição.
Atenciosamente
MARIA JOSÉ DA SILVA
Superintendente de Desenvolvimento Institucional
2.11 Parecer
É emissão, de preferência concisa, de opinião fundamentada 
sobre determinado assunto, submetida ao exame de um especia-
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110 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
lista, de caráter consultivo (não tem força de decisão), contrário ou 
favorável a determinados pleitos, sendo submetida à autoridade su-
perior, responsável pelo julgamento final.
No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição
Parecer nº 2345/13
Recebeu esta Coordenaria o Linguagem e Ciências para Crianças, de 
Olegária Muniz, publicado pela Editora Novo Mundo, para análise e pa-
recer da Coordenadoria de Ensino dessa Secretaria Municipal.
O título analisado apresenta uma leitura interessante, de fácil 
interpretação, apropriada para alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino 
Fundamental, porquanto é instrutivo, e mostra que a discriminação 
se acha presente também na vida dos animais.
Indicado para o estudo da Língua Portuguesa e Ciências, princi-
palmente, para a exploração da interpretação e elaboração de peque-
nas histórias sobre os pássaros.
Isto posto, sugerimos a aquisição deste com a finalidade de enri-
quecer o acervo da biblioteca de nossas escolas públicas.
Palhinha, 23 de julho de 2014
Assinatura e cargo
2.12 Portaria
Ato administrativo de qualquer autoridade pública, contendo instru-
ções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de 
caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações, demissões, 
punições, ou qualquer outra determinação de sua competência.
Exemplo:
Portaria nº 2435/2013
O Secretário Municipal da Educação de Palhinha, no uso de suas 
atribuições legais que lhe confere (cita a base legal) e considerando o pro-
cesso nº 12345-6 de que trata o Ofício nº 113/13, de 25 de março de 2013, 
do presidente da Comissão designada pela Portaria nº 25/2001-GAB, de 
20 de fevereiro de 2013, publicada no D.O.E. nº 118, de 20 de fevereiro de 
2013, páginas 18 e 19, composta pelo servidor Flávio Coelho Muniz, para, 
apurar os fatos relatados no processo nº 35432/13, resolve PRORROGAR 
por mais 15 (quinze) dias o prazo de realização da referida sindicância, 
de conformidade com o disposto (cita legislação pertinente).
Secretaria Municipal da Educação de Palhinha, em Fortaleza, aos 25 
dias de setembro de 2013.
Nome/Assinatura
Cargo/Função
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111Curso Técnico em Secretaria Escolar
2.13 Requerimento
Ato ou efeito do servidor público, ou não, de solicitar à autoridade 
pública, mediante documento escrito, o que lhe presume ser de direi-
to, dentro das formalidades legais, para se alcançar algum benefício. 
“Petição” e “Representação” são, igualmente, sinônimos de “Reque-
rimento”.
Exemplo:
Exmo.(Ilmo). sr.(a) presidente da _________________
Nome completo, nacionalidade, estado civil, portador da CI nº..........., 
SSP-....., CPF nº .............., servidor público municipal, matrícula nº.........,lotado na .........................., residente e domiciliado em ............., na rua 
.........., nº......, vem mui respeitosamente requerer a V. Sa. que se digne 
conceder-lhe 30 (trinta) dias de licença, para tratar de assuntos particula-
res, sem ônus para o Serviço Público Municipal.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e Data
Nome/Assinatura
2.14 Telegrama
Trata-se de mensagem escrita, transmitida por telegrafia, para ser en-
tregue a determinado(a) destinatário (a) com relativa urgência. Sua 
linguagem deve ser simples e precisa, utilizando-se de períodos cur-
tos. Sua característica é a agilidade com que a mensagem é produzida 
e encaminhada. A linguagem telegráfica é, necessariamente, abrevia-
da e reduzida. Nela utiliza-se algumas abreviaturas para substituir 
sinais gráficos, como “pt” ao invés de “.”; “vg” ao invés de “, “; ou 
palavras como “SDS”, no lugar de “saudações.” Exemplo:
Destinatário (nome)
Endereço (rua, avenida, praça, vila com respectivo número)
Local (cidade e estado)
CEP (código de endereçamento postal)
Ensejo passagem seu natalício externo votos congratulações vg exten-
sivo seus familiares pt Receba nesta data meu apreço et as bênçãos divinas 
sds Júlio Badaró pt
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112 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
1. Redija um ofício ao diretor da escola informando a falta de 
formulários de matrícula para o ano seguinte e solicitando a 
compra dos mesmos.
2. Elabore um comunicado interno informando horários de 
atendimento a professores e alunos dos serviços da Secreta-
ria da Escola.
3. Faça um requerimento solicitando um auxiliar de serviços 
gerais para apoio ao trabalho da secretaria da escola.
4. Redija um telegrama informando sobre o feriado correspon-
dente ao aniversário da escola.
Hora da prática
Observação importante: 
Usou-se o telegrama, apenas, como instrumento de comunica-
ção, no entanto, com advento de novas mídias já quase não se 
utiliza esse recurso como recurso comunicacional. Com efeito, 
tornou-se dominante hoje em dia a utilização de recursos como 
o e-mail, redes sociais e smartphone para esses fins.
3. Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são palavras e locuções que funcionam 
como verdadeiros pronomes pessoais e são utilizados para designar 
o interlocutor.
O quadro a seguir apresenta os principais pronomes de trata-
mento e em que situações eles são usados.
Quadro 1
Pronomes
de tratamento
Abreviaturas Usado para
Singular Plural
Você v. (não se usa) tratamento informal
Senhor/Senhora sr., sra. srs., sras. tratamento formal ou cerimonioso
Vossa Alteza V.A. VV.AA. príncipes, princesas, duques, duquesas
Vossa Eminência V.Em.a. V.Em.as cardeais
Vossa Excelência V.Ex.a V.Ex.as elevadas autoridades
Vossa Magnificência V.Mag.a. V.Mag.as. reitores de universidades
Vossa Meritíssima (não se usa) (não se usa) juízes de direito
Vossa Reverendíssima V. Rev.ma. V.Rev.ma. sacerdotes
Vossa Senhoria V.Sa. V.Sas. autoridades, tratamento respeitoso, correspon-
dência comercial
Vossa Santidade V.S. (não se usa) Papa; Dalai Lama
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113Curso Técnico em Secretaria Escolar
No que se refere ao uso das formas de tratamen-
to, convém lembrar:
a) são usadas sempre com a forma verbal da ter-
ceira pessoa, embora estejamos nos dirigindo 
diretamente à(s) pessoa(s) que merece(m) esse 
tratamento respeitoso;
b) são usadas com os possessivos Sua, Suas, 
em vez de Vossa, Vossas, quando em con-
versa com um interlocutor fazemos referên-
cia a essa(s) pessoa(s) ou seja, quando ocupa(m) o 
lugar de terceira pessoa do discurso;
c) são usadas com outros pronomes, quando for o 
caso, também na terceira pessoa gramatical.
A seguir, apresentamos os pronomes de tratamen-
to mais usuais em documentos escritos com fins oficiais.
1. Presidente da República
a) Tratamento: Vossa Excelência
b) Abreviatura: Não se usa
c) Vocativo: Excelentíssimo Senhor
d) Endereçamento: Ao Excelentíssimo sr. Fulano 
de Tal, presidente da República...
2. Vice-presidente da República; ministro de Esta-
do; secretário-geral da Presidência da República; 
consultor geral da República; chefe do Estado-Maior das Forças 
Armadas; chefe do Gabinete Militar da Presidência da Repú-
blica; chefe do Gabinete Pessoal do presidente da República; 
secretários da Presidência da República; procurador-geral da 
República; procuradores-gerais dos Tribunais; chefes de Estado-
Maior das Três Armas; oficiais-generais; embaixadores; secretá-
rio executivo e nacional de Ministérios; membros do Congresso 
Nacional; governadores de Estado e do Distrito Federal; vice-
governadores; procurador-geral do Estado; chefe do Gabinete 
do governador; comandante da Polícia Militar; comandante do 
Corpo de Bombeiros Militar; chefe da Casa Militar; secretários 
de Estado dos governadores estaduais; Prefeitos municipais; 
presidente, vice-presidente e membros das Assembleias Legis-
lativas Estaduais; presidentes das Câmaras Municipais; presi-
dente e membros do Tribunal de Contas da União; presiden-
tes e membros dos Tribunais de Contas Estaduais; presidente 
e membros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal 
de Justiça, do Supremo Tribunal Militar, do Tribunal Superior 
Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Re-
gionais Eleitorais e dos Tribunais Regionais do Trabalho; juízes 
e desembargadores; auditores da Justiça Militar.
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114 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
a) Tratamento: Vossa Excelência
b) Abreviatura: V. Ex.a
c) Vocativo: Excelentíssimo Senhor
d) Endereçamento: Ao Ex.mo. sr. Fulano de tal...
3. Reitores de universidades
a) Tratamento: Vossa Magnificência
b) Abreviatura: não há.
c) Vocativo: Magnífico Reitor
d) Endereçamento: Ao senhor Fulano de Tal, Magnífico Reitor da 
Universidade...
4. Papa
a) Tratamento: Vossa Santidade
b) Abreviatura: V. S.
c) Vocativo: Santíssimo Padre
d) Endereçamento: Ao Santíssimo Padre Papa...
5. Cardeais
a) Tratamento: Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima
b) Abreviatura: V. Em.a. ou V. Em.a. Rev.ma.
c) Vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal
d) Endereçamento: Ao Eminentíssimo Senhor Dom. ... Cardeal de...
6. Arcebispos e Bispos
a) Tratamento: Vossa Excelência Reverendíssima
b) Abreviatura: V. Ex.a. Rev.ma.
c) Vocativo: Reverendíssimo Senhor
d) Endereçamento: Ao Reverendíssimo senhor Dom... Bispo de....
7. Monsenhores, Cônegos, Padres e demais religiosos
a) Tratamento: Vossa Senhoria Reverendíssima 
ou Vossa Reverendíssima
b) Abreviatura: V. Sa. Rev.ma. ou V. Rev.ma.
c) Vocativo: Reverendíssimo (a) Senhor (a)
d) Endereçamento: Ao Reverendíssimo senhor Padre...
8. Demais autoridades e particulares
a) Tratamento: Vossa Senhoria
b) Abreviatura: V. Sa.
c) Vocativo: Prezado senhor
d) Endereçamento: Ao senhor Fulano de Tal, presidente da..... ou 
diretor da ...
O plural das expressões de tratamento dá-se mediante o acrésci-
mo de um “s” à letra “a”. Exemplo: V. Sas. V. Ex.as.
Observe também que quando nos dirigimos às pessoas dire-
tamente, sempre utilizamos o pronome “Vossa”. No entanto, ao 
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115Curso Técnico em Secretaria Escolar
nos referirmos a essas pessoas, falando com outras, utilizamos o 
pronome “Sua”. Exemplo: “Solicito a Vossa Excelência autorização 
para aquisição dos seguintes itens.” e “Sua Excelência viajou ontem 
em visita oficial a países estrangeiros.”
Deve-se observar, igualmente, que os pronomes V. Sa. e V. Ex.a. 
requerem tratamento de 3ª pessoa. Como no exemplo: “Dirijo-me a 
V. Sa. para solicitar os seus préstimos”.
Não se usa, atualmente, o termo “digníssimo”(DD.) em relação às 
autoridades listadas anteriormente, uma vez que a dignidade já está 
implícita como requisito essencial para o exercício de qualquer cargo 
público, sendo, portanto, uma menção perfeitamente desnecessária.
Deigual forma, dispensa-se, também, o emprego do superlativo 
“ilustríssimo” para autoridades que recebem o tratamento de “Vossa 
Senhoria”, sendo suficiente o uso do termo “Senhor”.
Não se deve, igualmente, utilizar a expressão “doutor” como for-
ma de tratamento. O “doutor” só será utilizado em comunicações fei-
tas a pessoas que obtiveram o grau por terem, realmente, concluído 
curso de doutorado.
Outro vício, perfeitamente dispensável na correspondência oficial, é 
o uso de lugares-comuns, como: “Com meus cumprimentos, renovo pro-
testos de estima e respeito”, no fecho do documento. Quanto ao encerra-
mento do texto devem ser usados os advérbios de modo abaixo:
Aos chefes de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário): 
Respeitosamente.
Para as demais autoridades ou do mesmo nível: Atenciosamente.
4. Maiúsculas e Minúsculas
Uma fonte de constantes equívocos em qualquer tipo de redação é o em-
prego de maiúsculas e minúsculas.
Para facilitar o trabalho dos que têm o encargo da redação oficial, 
apresentamos a seguir algumas normas recomendadas pelo Manual 
de Redação e Estilo da Folha de S. Paulo, aqui utilizado por se tratar de 
um excelente guia para todos aqueles que têm dúvida na elaboração 
de seus textos:
Use maiúsculas
1. No início de período: O preço dos combustíveis aumentará novamente.
2. No início de citação: Deputado acusa: “O governo não governa.” 
Já dizia Machado de Assis: “Ao vencedor, as batatas.” Se depois 
dos dois pontos vier um mero desdobramento da frase (e não ci-
tação textual) ou uma enumeração, a palavra começará com mi-
núscula. “Comerciantes alertam: faltarão brinquedos no Natal.” ou 
“prefeitura definiu as prioridades do orçamento: metrô, pavimen-
tação e obras na periferia.”
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116 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
3. Nos nomes próprios, incluindo-se, entre eles, as figuras mitológi-
cas: João, Magalhães, Tietê, Mantiqueira, Deus, Júpiter, Baco.
4. Nas datas oficiais e nomes de fatos históricos e importantes, de 
atos solenes e de grandes empreendimentos públicos: Sete de 
Setembro, Quinze de Novembro, Inconfidência Mineira, Procla-
mação da República, Guerra do Paraguai, Revolução dos Cravos, 
Renascimento, Revolução Francesa, Dia das Mães, Dia da Criança, 
Dia da Ave, Questão Religiosa, 2.ª Guerra Mundial, Reforma Orto-
gráfica, Descobrimento da América, Plano Real, Projeto Rondon, 
Programa de Metas, Acordo Luso-Brasileiro, Plano Diretor.
5. Nos conceitos políticos ou filosóficos relevantes: País (o Brasil), 
Estado (significando uma nação), Igreja, Justiça, República, Impé-
rio, Constituição (e seus sinônimos, como Carta Magna, Carta, Lei 
Magna), Congresso, Parlamento, Constituinte.
6. Nos nomes de corpos celestes: Terra, Lua, Saturno, Andrômeda, 
Sírius, Sol, Vega, Via-Láctea.
7. Nos títulos de livros, jornais, revistas, artigos e produções ar-
tísticas, literárias e científicas em geral (filmes, peças, músicas, 
telas, teses, etc.), que vão em itálico ou entre aspas: Grande Sertão: 
Veredas, Histórias sem Data, Os Sertões, Jornal da Tarde, Jornal do Bra-
sil, Veja, Newsweek, Time, Oito e Meio, Platoon, “Com Açúcar e com 
Afeto”, “Coração de Estudante”, “Álbum de Família”, “Abajur 
Lilás”, “Abaporu”, “Guernica”, A Volta ao Mundo em 80 Dias.
Escrevem-se com inicial minúscula, no entanto, as partículas con-
tidas nesses títulos, independentemente do número de sílabas (con-
sidere partículas, no caso, os artigos, preposições e suas contrações, 
conjunções e advérbios).
Assim, além de o, a, os, as, de, da, das, do, dos, em, na, nas, no, 
nos, e, sem, com, etc., veja outros exemplos de partículas em minús-
culas: Com a Pulga atrás da Orelha, Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, 
“Passagem para a Índia”, Memórias de um Sargento de Milícias, “Um 
Homem, uma Mulher”, Tia Zulmira e Eu, “O Samba agora Vai”, “Mas 
Deus é Grande”, A Lápide sob a Lua, “Sermões dum Leigo”, Elos de uma 
Corrente, Uma Telha de menos, “A Falta Que Ela me Faz”, “Sempre 
aos Domingos”, Nas Serras e nas Furnas, Os Meus Amores.
8. Na designação de regiões: Baixada Santista, Baixada Fluminen-
se, Alta Araraquarense, Mogiana, Região Norte, Região Sul, Cone 
Sul, Recôncavo Baiano, Vale do Paraíba, Triângulo das Bermudas, 
Triângulo Mineiro, Planalto Central.
Observação: use inicial minúscula, porém, para designações como in-
terior, exterior, litoral, litoral sul, zona leste, zona sul, etc.
9. Nos pontos cardeais, quando indicam as grandes regiões do Bra-
sil ou do mundo: Sul, Nordeste, Sudeste, Oriente Médio, Leste 
Europeu, Ocidente, Sudeste Asiático, etc.
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117Curso Técnico em Secretaria Escolar
 A inicial é minúscula, no entanto, se o ponto cardeal define direção 
ou limite geográfico: o nordeste de Goiás, o sudeste da Europa, o 
norte do Irã, o sudoeste dos EUA, o leste da Espanha. Igualmente: 
“Percorreu o país de sul a norte”. “O metrô avança no rumo sul”. “A 
cidade fica no leste da França”. “O furacão causou estragos no oeste 
das Antilhas”.
10. Nos nomes de eras históricas ou épocas notáveis: Antiguidade, 
Idade Média, Era Cristã, Quinhentos (o século 16), Hégira. Em 
minúsculas, porém, quando não se configurar uma era histórica: 
era espacial, era nuclear, era industrial, idade das trevas.
11. Nos ramos do conhecimento humano, quando tomados em sua 
dimensão mais ampla: Ética, Filosofia, Medicina, Português, Ar-
quitetura, Astronáutica, Arte, Cultura. Se não houver necessidade 
de relevo especial, use minúsculas: “Estuda português”. “Gosta 
muito de matemática”. “Formou-se em agronomia”. Escreva em 
maiúsculas as disciplinas de um exame: “Fuvest realiza amanhã 
as provas de Língua Portuguesa e Biologia”. “O teste de Física foi 
considerado o mais difícil”.
12. Nas leis ou normas econômicas e políticas consagradas por sua 
importância: Lei de Diretrizes e Bases, Lei de Comércio dos EUA, 
Imposto Predial e Territorial Urbano, Imposto de Renda, Lei Afon-
so Arinos, Lei de Segurança Nacional, Código Penal. Entretanto, 
nas leis com números, use minúsculas: lei nº 5.250, portaria nº 
123, medida provisória 296.
13. Nos qualificativos ou apelidos de personalidades: Ivã, o Terrí-
vel; Catarina, a Grande; Ricardo Coração de Leão.
14. Nos nomes das festas religiosas: Páscoa, Natal, Quaresma, Con-
fraternização Universal, Ressurreição, Reis, Finados, Semana San-
ta, Corpus Christi.
15. Nos nomes de corporações, repartições públicas, entidades, escolas, 
honrarias, prêmios, feiras, festas, exposições, seminários, simpósios 
e congressos: Ministério da Fazenda, Presidência da República, Es-
tado-Maior das Forças Armadas, Receita Federal, Federação das In-
dústrias, Faculdade de Filosofia, Universidade de São Paulo, Colégio 
Objetivo, Escola Caetano de Campos, Associação de Pais e Amigos 
dos Excepcionais, Associação de Amigos de Santo Amaro, Feira de 
Utilidades Domésticas, Exposição de Móveis Coloniais, Congresso 
Brasileiro de Radiodifusão, Festa do Peão de Boiadeiro, Seminário de 
Direitos Autorais, Ordem de Rio Branco, Prêmio Nobel de Literatu-
ra, Prêmio Eldorado, Troféu Villa-Lobos.
16. Na denominação de edifícios, monumentos, estabelecimentos 
públicos ou particulares, estádios, ginásios, autódromos, hipó-
dromos, aeroportos, ferrovias, rodovias, cemitérios, igrejas (en-
fim, em todos os casos em que uma designação se incorpore ao 
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118 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
nome próprio): Torre Eiffel, Torre do Tombo, Monumento ao Sol-
dado Desconhecido, Edifício Itália, Paço Imperial, Biblioteca Na-
cional, Palácio do Planalto, Palácio dos Bandeirantes, Editora Nova 
Fronteira, Casa Fretin, Gráfica Argos, OESP Gráfica, Lojas Ameri-
canas, Shopping Center Iguatemi, Cine Ipiranga, Rádio Eldorado, 
Rede Globo, Rede Bandeirantes, Armazém Guararapes, Fazenda 
Ipanema, Circo Orlando Orfei, Confeitaria Brunella, Danceteria 
Pé-de-Valsa,Gafieira Som de Cristal, Sambão A Voz do Morro, 
Metalúrgica Almeida, Refinaria do Planalto, Siderúrgica Pereira, 
Supermercado América.
 Ficarão em minúsculas, porém, as simples indicações a respeito 
de um nome próprio: estádio do Guarani, aeroporto de Cascavel, 
a livraria do Conjunto Pereira, a igreja de Taquaritinga, o hotel de 
Abrolhos, o teatro da Galeria Amigos da Arte, o autódromo de 
Ribeirão Preto, a rádio de Bons Ares, o restaurante do João (desde 
que esse não seja o nome da casa), etc.
17. Nos acidentes geográficos, quando fizeram parte de nome pró-
prio: Cabo Verde, Ilhas Salomão, Costa do Marfim, , Serra do Mar, 
Monte Belo, etc. Mas se escreve com minúsculas o substantivo que 
designa a espécie: mar Morto, trópico de Câncer, baía de Guana-
bara, oceano Atlântico, praça da República, serra do Mar, vale do 
Paraíba, etc.
18. Nos nomes de vias e lugares públicos: avenida Paulista, rua Au-
gusta, largo da Carioca, praça do Ferreira, ladeira General Carnei-
ro, travessa da Piedade, igreja do Carmo, parque do Ibirapuera, 
marginal do Pinheiros, beco do Carmo, túnel Rebouças, represa 
Billings.
19. Nos títulos e formas cerimoniosas de tratamento e suas abrevia-
turas: Vossa Excelência, Vossa Eminência, Sua Senhoria, Vossa 
Santidade, Nossa Senhora, V. Exa., V. Em.a., S. Sa., V. S., N. Sa. 
Permanecerão em minúsculas as formas de tratamento comuns e 
suas abreviaturas: doutor, doutora, senhor, senhora, dom, dona, 
sir, mister, dr., dra., sr., sra., d., mr.
20. Além da palavra Deus (quando se referir à entidade absoluta), 
nas demais a ele referentes ou nos seus equivalentes em outras 
religiões: o Pai, o Onipotente, o Seu nome, Ele, o Criador, o Se-
nhor, o Todo-Poderoso, Jeová, Padre Eterno, Buda, Alá e o Diabo. 
Mas quando as entidades não são entidades absolutas, se escre-
vem em minúsculas: são Mateus, arcanjo Gabriel, caboclo Pena 
Branca, são Paulo, santa Marta, são Miguel.
21. Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados: 
a Virtude, o Amor, a Ira, o Bem, o Mal, o Lobo, o Cordeiro, a Cigar-
ra, a Formiga, o País (Brasil), a Nação (Brasil).
22. Na designação dos orixás ou figuras da umbanda: Xangô, Iansã, 
Iemanjá, Ogum, Oxum, Oxalá, Exu.
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119Curso Técnico em Secretaria Escolar
23. Nos nomes de torneios e campeonatos: Torneio Sul-América, 
Campeonato Paulista de Futebol, Campeonato Gaúcho, Campeo-
nato Sul-Americano, o Sul-Americano, Jogos Abertos, Jogos Olím-
picos, Jogos Pan-Americanos, o Pan-Americano, Torneio da Ami-
zade, Copa do Mundo, Copa União, Taça América, Troféu Brasil.
24. Nos nomes próprios compostos (unidos por hífen), todos os 
seus elementos vão em maiúsculas: Acordo Luso-Franco-Bra-
sileiro, Grã-Bretanha, Pantanal Mato-Grossense, Grupo Anti-Se-
questro, Associação Extra-Sensorial, Todo-Poderoso, Decreto-Lei 
n.º 5, Procuradoria-Geral, Vice-Presidência, Instituto Médico-Le-
gal, Inquérito Policial-Militar.
Hora da prática
1. Assinale a correspondência de tratamento/pessoa incorreta.
a) Vossa Magnificência – reitores de universidades
b) Vossa Alteza – príncipes
c) Vossa Santidade – bispos
d) Vossa Eminência – cardeais
e) Vossa Excelência – elevadas autoridades do governo
2. Numere a segunda coluna de acordo com a abreviatura da for-
ma de tratamento adequada:
1. V. Exª Rev.ma ( ) Reitor de universidade
2. V. Mag.a ( ) Papa
3. V. Em. a ( ) Bispo e cardeal
4. V. S. ( ) Cardeal
a) 1 – 4 – 3 – 2
b) 2 – 4 – 1 – 3
c) 3 – 4 – 2 – 1
d) 4 – 2 – 3 – 1
e) 2 – 4 – 3 – 1
3. Assinale a opção em que a abreviação está indicada corretamente.
a) Vossa Eminência – V. Emi.
b) Vossa Senhoria – V. S.
c) Vossa Magnificência – V. M.
d) Vossa Alteza – V. Alt.
e) Vossa Excelência – V. Ex.a.
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120 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
4. Assinale a alternativa onde o pronome de tratamento está sendo 
usado de maneira INCORRETA. 
a) Os reitores das universidades recebem o título de Vossa Magni-
ficência. 
b) Senhor deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua 
oração. 
c) Sua Eminência, o papa Francisco, assistiu à solenidade. 
d) Procurei a chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a 
ouvir minhas explicações. 
5. Nas frases abaixo, assinale a alternativa onde o pronome de tra-
tamento está empregado corretamente:
a) O magnífico reitor assistiu à colação de grau dos alunos.
b) Pretendo ir à prefeitura e pedir ao Meritíssimo Prefeito que libe-
re verba para a merenda escolar.
c) Sua Excelência Reverendíssima, o papa, deverá aparecer para os 
fiéis hoje, às 14 horas.
d) Quem está cuidando da igreja hoje é Sua Santidade, o padre João.
4.2 Use minúsculas
1. Para designar as estações do ano, os meses e os dias da semana: 
primavera, verão, janeiro, dezembro, segunda-feira, sábado. 
Quando os meses fazem parte de datas históricas ou dos nomes 
de lugares públicos, escrevem-se com inicial maiúscula: largo 7 
de Setembro, avenida 9 de Julho, rua 13 de Maio, o 7 de Setembro, 
o 15 de Novembro, etc.
2. Na designação das profissões e dos ocupantes de cargos, como pre-
sidente, ministro, governador, secretário, prefeito, papa, arcebispo, 
cardeal, princesa, príncipe, rei, rainha, barão, duque, visconde, di-
retor, superintendente, inspetor, advogado, engenheiro, professor: 
O presidente Lula, a ministra Marta Suplicy, o prefeito Roberto Cláu-
dio, o papa Francisco, a princesa Anne, o príncipe Charles, a rainha 
Elizabeth, o duque de Caxias, o visconde de Ouro Preto, o diretor 
da Receita Federal, o chefe do Gabinete Civil, o superintendente da 
Sunab, o inspetor de Ensino, o advogado João da Silva.
 As instituições, entretanto, vão em maiúsculas: Presidência da 
República, Vice-Presidência da República, Ministério da Justiça, 
Secretaria da Fazenda, Chefia de Gabinete, Diretoria de Trânsito, 
Inspetoria de Ensino, Comissão de Finanças, Superintendência do 
Abastecimento, Câmara Municipal, Justiça Federal, Senado. Exce-
ção: governo.
3. Na designação das festas pagãs: carnaval, bacanais, saturnais.
4. Nos compostos em que o nome próprio se torna parte inte-
grante de um substantivo comum: coco-da-baía, pau-brasil, 
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121Curso Técnico em Secretaria Escolar
castanha-do-pará, joão-de-barro, ao deus-dará, banho-maria, 
água-de-colônia.
5. Nos nomes próprios que se tornaram sinônimos de outros co-
muns: “Foi escolhido para cristo”. “Era o judas da escola”. “Agia 
como um dom-quixote”. “Tornou-se um mecenas”. “Comporta-
va-se como um barba-azul”. “O país deixou de ser o eldorado do 
futebol”.
6. Nos adjetivos pátrios e gentílicos e nos nomes de tribos indíge-
nas: os brasileiros, os alemães, os romanos, os guaranis, os xavan-
tes, os tucanos, os tremembés, os tapebas.
7. Nos nomes de personagens ou entidades do folclore: saci, mula-
sem-cabeça, curupira, caipora, cuca, lobisomem, iara.
8. Com o nome palácio quando isolado: “O presidente voltou a pa-
lácio”. “O deputado estava em palácio com o governador”. “O 
prefeito vai a palácio amanhã”.
9. Nas formas adjetivas que designam dinastias: carolíngios, an-
gevinos, sassânidas.
10. Nas partículas contidas nas expressões ou locuções em maiúscu-
las (ver a segunda parte do item 7 das instruções referentes às 
iniciais maiúsculas, que se aplica a todos os casos deste fascículo).
4.3 Casos especiais
4.3.1. Quando se faz a segunda referência a um órgão, entida-
de, estabelecimento ou empresa, deve-se usar minúsculas: “O 
Ministério da Fazenda divulgou ontem o novo pacote econô-
mico. Com ele, o ministério pretende...” “A Comissão de Sis-
tematização encerrou os trabalhos de redação da nova Carta. 
Agora, a comissão...” “A Rádio Eldorado divulgou as normas 
de seu prêmio de música. A rádio distribuirá...” “Joseph Ro-
thblat ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1995. O prêmio, no 
valor...” “A Universidade de São Paulo mudou as normas do 
seu vestibular. Pelo novo regulamento, a universidade...”“O 
Imposto de Renda aumentou novamente suas alíquotas. Por 
elas, o imposto...” “O Shopping Center Benfica vai comemorar 
mais um aniversário. Desta vez, o shopping center fará...” “O 
Tribunal Federal de Recursos negou ontem a liminar. Segundo 
o julgamento do tribunal...”
 Algumas exceções: o Fundo (Monetário Internacional), o Clube 
(de Paris), o Supremo (Tribunal Federal), o Congresso (Nacio-
nal), a Câmara (Municipal), a Assembleia (Legislativa).
4.3.2. Continuará com inicial maiúscula a palavra que servir para 
designar o nome de dois ou mais órgãos, empresas, entidades, 
leis, normas econômicas ou políticas, corporações, repartições, 
prêmios, feiras, edifícios, monumentos, estabelecimentos, es-
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122 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
tádios, ginásios, ruas, vias, regiões, acidentes geográficos, etc.: 
os Ministérios da Economia e da Justiça, as Federações da Indús-
tria e do Comércio, as Leis Falcão e Fleury, os Impostos Predial 
e de Renda, os Planos Cruzado e Real, os Colégios Objetivo e 
Arquidiocesano, os Prêmios Eldorado e Molière, os Aeroportos 
de Cumbica e Congonhas, os Edifícios Itália e Copan, os Cines 
Ipiranga e Marabá, os Estádios do Pacaembu e do Morumbi, os 
Palácios do Planalto e da Alvorada, os Atos Institucionais n.º 2 
e n.º 5, as Torres Eiffel e do Tombo, as Igrejas da Candelária e da 
Consolação, as Copas União e Brasil, as Baixadas Santista e Flu-
minense, as Regiões Sudeste e Nordeste, os Vales do Paraíba, do 
Ribeira e do Jequitinhonha, os Campeonatos Paulista e Gaúcho, 
as Ruas Augusta e Direita, as Avenidas Paulista e Ipiranga, os 
Parques do Ibirapuera e do Carmo, as Marginais do Pinheiros e 
do Tietê, as Rodovias Castelo Branco e Fernão Dias, as Baías de 
Guanabara e de Paranaguá, os Picos do Jaraguá e da Neblina, os 
Rios Tocantins e Xingu.
4.3.3. Ver em cada verbete as normas para o uso (maiúsculas ou mi-
núsculas) das palavras Estado, País, Prefeitura, Município, mi-
nistério, secretaria, administração regional, interior, exterior, li-
toral e capital.
5. Pontuação
Quando falamos, nos comunicamos por meio de palavras, gestos 
e entoação diferenciada da voz. Ao escrever, porém, não dispomos de 
tantos recursos comunicativos, nos restando somente a palavra.
Os sinais de pontuação podem auxiliar muito, porque a pontua-
ção é para o escritor o que a entonação é para o falante. Os sinais de 
pontuação que mais empregamos são:
Quadro 2
ponto (.) ponto de interrogação (?)
vírgula (,) ponto de exclamação (!)
ponto-e-vírgula (;) parênteses ( )
dois pontos (:) travessão (---)
reticências (...) aspas (" ")
5.1 Emprego da vírgula
5.1.1. Usa-se a vírgula entre os termos da oração:
a) em caso de aposto: Giuseppe Garibaldi, o herói de duas pátrias, 
lutou pela liberdade.
b) em caso de vocativo: “Um minutinho, estrangeiro, que teu café já 
vem cheirando...” (Aníbal Machado)
c) em caso de enumeração: Os homens, os animais, os vegetais fa-
zem parte do ecossistema.
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123Curso Técnico em Secretaria Escolar
d) em datas: Belo Horizonte, 21 de abril de 1992.
e) com certas palavras e/ou expressões explicativas, conclusivas, re-
tificativas ou enfáticas, tais como: pois, porém, outrossim, isto é, a 
saber, assim, bem, com efeito, sim, não ou melhor, digo, por exemplo, 
etc.: “Com efeito, valeu a pena o nosso esforço”; “Todos viram o fil-
me, ou melhor, a maioria”.
f) em caso de supressão do verbo (zeugma): “Excelente jogador, aque-
le ponta-direita” (A vírgula está no lugar do verbo ser); “Pedro lê 
contos; Luciana, romances” (A vírgula está no lugar do verbo ler); 
“São Paulo e Botafogo, perto da final” (A vírgula está no lugar do 
verbo estar).
g) com adjuntos adverbiais, especialmente quando deslocados de 
sua posição normal: “O caboclo enrolava seu cigarro no banqui-
nho de três pés”(posição normal); “No banquinho de três pés, o 
caboclo enrolava seu cigarro”(deslocado).
 Nota: no caso de o adjunto adverbial ser curto, ainda que desloca-
do, não precisa ser isolado por vírgula, a não ser que haja uma se-
quência de advérbios. Observe os exemplos: “O chefe voltou hoje; 
Hoje o chefe voltou”; “Hoje, agorinha mesmo, inesperadamente, 
o chefe voltou”.
h) em caso de um adjunto adverbial modificando uma oração inteira: 
“Lamentavelmente, ele não vai a Barcelona”.
i) em caso de complemento repetido (pleonasmo): “Aos jovens, 
devemos lhes falar a verdade”; “A mentira, sempre a detestei”; 
“Devotei-te, a ti, máxima estima”.
j) entre o nome da rua e o número do imóvel: rua 24 de Outubro, 702.
l) antes da abreviação etc.: “O juiz mostrou-se, amável, educado, 
etc.”; “Ele comprou tinta, pincel, óleo, etc.”
m) em caso de transposição de elementos: “Contente e vitorioso, en-
trou o chefe da equipe”.
n) em casos de gradação: “Aqui, canta-se; ali, dança-se; acolá, bebe-se”.
Sem a vírgula, o pronome oblíquo se teria que vir anteposto, 
atraído pelos adjuntos adverbiais aqui, ali, acolá: “aqui se canta; ali 
se dança; acolá se bebe”.
5.1.2. Nos seguintes casos, não se usa vírgula:
a) entre o verbo e o seu complemento (objeto direto ou indireto), 
tanto na ordem direta como na inversa: “Ofereci um livro ao ami-
go”; “Ao amigo ofereci um livro”; “Um livro ofereci ao amigo”.
b) entre o verbo e o seu sujeito, por mais extenso que seja: “A en-
xurrada provocou deslizamentos”; “A oferta internacional de 
produtos primários diminui”.
c) entre o nome e seu complemento ou adjunto: “Todos temos ne-
cessidade de auxílio mútuo”.
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124 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
d) entre o aposto especificativo e a palavra fundamental, se ele for 
colocado antes: “O orador romano Cícero era senador”; “O impe-
rador do Brasil d. Pedro I proclamou a Independência”.
e) entre o verbo e o último termo de um sujeito composto: “A terra, 
o céu, o mar são obras de Deus”.
5.1.3. O correto emprego da vírgula entre orações:
a) Para separar orações coordenadas assindéticas: “[O pequeno jor-
naleiro] vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas...” (G. Ramos)
b) Para separar orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas 
pela conjunção e: “Todos leram o livro, mas poucos gostaram”; 
“A palestra foi interessante, porém tudo foi ilustrado”; “Estudas, 
trabalhas e ainda praticas esporte”.
Obs: As orações coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção 
“e” são também isoladas por vírgula quando:
• têm sujeitos diferentes:
 “Ele terminou a tarefa, e nós partimos”.
• a conjunção “e” é repetida por motivos estilísticos e enfáticos (po-
lissíndeto): “Clamo, e reclamo, e fico”. (R. Barata);
 “Antônio entrou, e reclamou, e desculpou-se, e depois conversou 
calmamente, e ficou para jantar”. (Alexandre Passos).
• a oração tem valor adversativo: “Tinha tudo na vida, e faltava-
lhe a saúde”.
c) Para isolar orações intercaladas: “Abaixem as velas, gritava o corsá-
rio, que a tempestade vem forte!”
d) Para separar as partes de provérbios: “Papagaio come milho, 
periquito leva a fama”; “A razão é dos homens, mas a justiça é de 
Deus”; “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
e) Para separar orações subordinadas adverbiais: “Se venta um pou-
co o minuano, logo o clima esfria”; “Começavam a briga, mal se 
viam”.
f) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas: “A 
neve, que é branca, cobriu as árvores”.
Obs: Em orações adjetivas restritivas, quando longas, aceitam 
vírgula depois. “O ecologista que dissertou longamente sobre a mata 
atlântica, foi elogiado”.
5.2 Ponto-e-vírgula
Um dos casos de maior emprego do ponto-e-vírgula é na separação 
de orações que exprimem pensamentos opostos ou concepções anta-
gônicas.
“Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão e fazen-
da; os de espírito generoso dão pelo pão a vida; os de nenhum espí-
rito dão pelo pão a alma.” ‘‘Se deres um peixe a um homem, matarás 
sua fome deum dia; se o ensinares a pescar, matarás a sua fome por 
toda a vida’’ (Provérbio chinês). “Uns trabalham; outros, dormem”.
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125Curso Técnico em Secretaria Escolar
5.3 Ponto final
O ponto final assinala o término de um período.
“Começavam os preparativos da festa, quando cheguei ao sítio”. 
“Nas casas dos escravos, as velhas, à noite, ensaiavam as crianças”.
Também nas abreviaturas comuns se usa o ponto final.
Note-se, no entanto, que só devemos colocar o ponto depois da 
última consoante de determinado grupo consonantal: Subst. (O “t” 
é a última consoante do grupo consonantal “bst”.) ou Adj. (O “j” é a 
última consoante do grupo consonantal “dj”.)
5.4 Reticências
Usamos as reticências quando suspendemos ou interrompemos 
intecionalmente o sentido da frase: “Oh! se Miguel soubesse...”
5.5 Dois-pontos
São usados, sobretudo, antes de uma enumeração, citação ou fala, 
explicação ou complementação:
“Deve ser engano: nunca fui doutor .”(explicação). “Ele era e não 
sabia: o melhor na musculação.” (complementação).
“O gaiato gritou: — Olá, pessoal, é assalto, não se assustem! “(fala)
“No grupo A estão: Brasil, EUA, Croácia, Alemanha, Angola e 
Espanha.” (enumeração).
5.6 Ponto de interrogação
É usado no fim de qualquer frase interrogativa direta.
“— Como foi a abertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta?”
“— Ainda há quem assista às corridas de Fórmula 1?”
5.7 Ponto de exclamação
É empregado depois de uma interjeição ou no fim de uma frase 
exclamativa, imperativa, etc..: “Ah, ah, ah, como é que não reconheci 
a sua voz, meu amigo!”
5.8 Travessão
No diálogo, indica a fala de cada personagem ou a mudança de in-
terlocutor. Outras vezes, é usado para realçar palavras ou expressões 
no meio do discurso: .
“— Torce para que time?
— Para o São Cristóvão — aquele que ainda está invicto.”
5.9 Aspas
São empregadas no início e no fim de transições e citações, para real-
çar esta ou aquela palavra, etc. Como exemplo, dois provérbios, com 
alteração, pelo humorado barão de Itararé:
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126 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
‘‘Quem canta o seu mal espanta.’’ e ‘‘Mais vale um galo no terrei-
ro do que dois na testa.’’
5.10 Parênteses
São empregados para destacar palavras, frases explicativas, re-
flexões, pensamentos subentendidos, etc.
Corri para o ilustre ateniense, para levantá-lo, mas (com dor o 
digo) era tarde; estava morto.
Hora da prática
1. Coloque a vírgula onde for necessário:
a) Triste solidário doente facilmente desistiria da empreitada.
b) Aracaju 6 de abril de 1992.
c) Sim hei de vencer.
d) Aluísio Azevedo autor de O mulato nasceu em São Luís do Ma-
ranhão.
e) Nos últimos 20 anos muitos autores debruçaram-se sobre 
Canudos.
f) Aquela frase enfática do presidente da República denotava 
muito patriotismo.
2. Coloque vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos, travessão e aspas 
onde for necessário:
a) Uns trabalham esforçam-se cansam-se outros folgam dormem 
descuidam-se e não pensam no futuro. (Coelho Neto)
b) Três paixões simples mas irresistivelmente fortes governam mi-
nha vida o desejo intenso de amar a procura do conhecimento e a 
insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade. (Ber-
trand Russel)
3. Marque a alternativa em que a pontuação está usada corre-
tamente:
a) Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio 
e cobertor.
b) Três coisas não me agradam, chuva pela manhã, frio à tarde e 
calor à noite. 
c) Salvador. 05 de julho de 1984. 
d) João, há quanto tempo. 
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127Curso Técnico em Secretaria Escolar
4. Assinale a alternativa incorreta quanto às normas de uso da vír-
gula. Emprega-se a vírgula para...
a) Separar elementos entre si coordenados (dispostos em enu-
meração).
b) Isolar nome de lugar, quando se transcrevem datas. 
c) Isolar orações ou termos intercalados.
d) Depois das conjunções mas, porém, pois, embora. 
5. Marque a opção na qual a frase está pontuada de maneira IN-
CORRETA.
a) Maria Rita, menina pobre do interior, chegou a São Paulo 
assustada.
b) Quanta burocracia! Levei dois meses para tirar um documento 
de identidade!
c) Eu venderei todas as minhas terras mesmo que antes disso a 
lavoura se recupere.
d) O computador, que é uma invenção deste século, torna a nossa 
vida cada dia mais fácil.
6. Assinale o único item correto em relação à pontuação:
a) Não nego que, ao avistar, a cidade natal tive uma boa sensação.
b) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive, uma boa sensação.
c) Não nego; que ao avistar a cidade natal, tive uma boa sensação.
d) Todos estão incorretos.
Construção da Frase e do Parágrafo
A frase
Para GARCIA7 (1985, p.6), frase é todo enunciado suficiente por 
si mesmo para estabelecer comunicação. Pode expressar um juí-
zo, indicar uma ação, estado ou fenômeno, transmitir um apelo, 
uma ordem ou exteriorizar emoções. As frases, geralmente, inte-
gram dois termos, o sujeito e o predicado. Assim:
• Escreva sempre obedecendo a um raciocínio lógico.
• Não acumule numa só frase pensamentos que não têm muita 
relação entre si e com os quais se possam formar algumas frases 
separadas.
• As ideias de um texto devem ser amarradas de tal jeito que o 
leitor não possa fugir delas, abandoná-las, encontrar buracos ou 
redundâncias.
O parágrafo
GARCIA (1985, p. 203) conceitua o parágrafo como "uma unida-
de de composição, constituída por um ou mais de um período, 
em que se desenvolveu ou se explana determinada ideia central 
a que geralmente se agregam outras secundárias, intimamente 
relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela".
7. GARCIA, O. M. 
Comunicação em prosa moder-
na. Rio de Janeiro: Fundação 
Getúlio Vargas, 1985
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128 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste
Em sua estrutura, o parágrafo geralmente apresenta três partes:
a) tópico frasal – consiste, geralmente, na frase inicial, que expres-
sa, de maneira sucinta, a ideia central do parágrafo;
b) desenvolvimento – é formada pelas frases que esclarecem essa 
ideia central, discutindo-se em detalhes;
c) conclusão – está contida em uma frase final. Que enuncia a par-
te mais interessante ou o clímax do parágrafo, ou ainda, que sin-
tetiza o conteúdo.
Exemplo:
Tópico frasal:
A eletricidade, desde o início da civilação industrial, esteve 
associada ao progresso.
Desenvolvimento:
O cidadão mediamente informado percebe a conexão entre 
a atividade econômica de uma comunidade ou país e a disponi-
bilidade de energia. Já na primeira metade deste século analistas 
alertavam para a razão, praticamente constante, que existe entre o 
consumo de energia e o produto interno bruto em cada país.
Conclusão:
Todavia, a eletricidade sempre mereceu um destaque espe-
cial, pois está, objetivamente ou não, ligada a uma aspiração de 
modernidade e de poder.
GOMES, Gil Carlos Pereira. Manual de Redação Oficial.
Campos dos Goytacazes, 2009.
Referências
ABAURRE, M. L.; PONTARA, M. N. Português. São Paulo: Moderna, 2000.
(Coleção Base).
CADORE, L. A. Curso prático de português: literatura, grámatica, redação. São 
Paulo: Ática, 1998.
FILGUEIRAS, Itamar. Escreva e Fale Corretamente. BookMaker, Fortaleza, 1997.
MARTINS, Eduardo (org). Manual de Redação e Estilo. Editora Moderna, São 
Paulo, 2000.
Secretaria da Administração do Governo do Estado do Ceará. Manual de Comu-
nicação Oficial. Fortaleza, 1994.
Expediente
Fundação Demócrito Rocha
Presidente
João Dummar Neto
Universidade Aberta do Nordeste
 
Coordenação Geral
Ana Paula Costa Salmin
Secretária Escolar
Angela Maria Ribeiro
Edições Demócrito Rocha
Editora 
Regina Ribeiro
Editor Adjunto 
Raymundo Netto
Editor de Design
Amaurício Cortez
Editora Adjunta de Design
Karla Saraiva
Editoração Eletrônica
Welton Travassos
Ilustrações
Carlus Campos
Catalogação na Fonte
Ana Kelly Pereira 
Este fascículoé parte integrante do 
Módulo 2 do Curso Técnico em 
Secretaria Escolar da Fundação 
Demócrito Rocha(FDR)/Universidade 
Aberta do Nordeste(Uane).
ISBN 978-85-7529-608-0
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