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97Curso Técnico em Secretaria Escolar 5 Noções de Redação Oficial Carlos Alberto de Castro 1. Comunicação Oficial, um Rito Burocrático? 2. Modelos de Documentos Oficiais 3. Pronomes de Tratamento 4. Maíusculas e minúsculas 5. Pontuação Módulo 2 UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE - ensino a distância® E st e fa sc íc ul o é pa rt e in te gr an te d o C u rs o T éc n ic o e m S ec re ta ri a E sc o la r da F un da çã o D em óc rit o R oc ha | U ni ve rs id ad e A be rt a do N or de st e | I S B N - 9 78 -8 5- 75 29 -6 08 -0 3ª Edição revista e atualizada SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 97 23/10/2015 09:25:25 98 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste Objetivos do módulo O módulo 2, de Redação Oficial e Informática, é composto de 3 fascículos que buscam instrumentalizar o aluno para o exercício das inúmeras atividades existentes numa Secretaria Escolar. Os conteú- dos estão organizados em três fascículos, a saber: F5 – Redação Oficial F6 – Informática: editor de textos F7 – Informática: editor de planilhas No fascículo 5, o aluno conhecerá modelos de documentos ofi- ciais, bem como o tipo de texto mais adequado para cada um deles, noções básicas de gramática importantes para a redação oficial, e os pronomes de tratamento e as regras de pontuação. O fascículo 6 é dedicado a noções básicas de editores de tex- to, mais especificamente o Word da Microsoft Office e o Writer da OpenOffice.org. Nele, o aluno se familiarizará com a formatação, edição, salvamento e impressão de arquivos eletrônicos. O fascículo 7 também trata de Informática, apresenta conceitos básicos para uso do Excel da Microsoft Office e do Calc da OpenOffice. org, muito úteis para as atividades relativas à organização de dados da Secretaria Escolar, elaboração de gráficos e tabelas e outros tipos de pastas e arquivos necessários ao setor. Com este módulo, de caráter instrumental, espera-se que o alu- no se aproprie das ferramentas imprescindíveis para que possa ini- ciar a sua prática profissional. Objetivos do fascículo Ao final deste fascículo, o aluno deverá ser capaz de: • Conhecer aspectos referentes à redação de documentos oficiais; • Descrever, através de exemplos, a forma mais usual de texto para cada tipo de documento oficial; • Identificar elementos da gramática da língua portuguesa importantes para a escrita da redação oficial; • Listar e usar corretamente os pronomes de tratamento; • Conhecer as noções básicas de pontuação. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 98 23/10/2015 09:25:25 99Curso Técnico em Secretaria Escolar O presente fascículo visa o aperfeiçoamento e domínio das técnicas de linguagem no contexto da administração pública e procura ex- por, de modo ordenado e sistemático, as normas de estilo universal- mente consagradas no âmbito da redação oficial. Com efeito, a assim chamada “redação oficial” encerra um esti- lo próprio que se diferencia, marcadamente, das diferentes formas de comunicação dominantes nas outras esferas de atividades. Tome-se como exemplo, a linguagem literária com suas metáforas1 e anáforas2, ou a linguagem comercial carregada de pragmatismo3 e objetividade4. Essas qualidades estilísticas não são, certamente, ocasionais. As diferentes formas de expressão escritas obedecem a critérios pró- prios, a alvos distintos como o tipo de leitor, ou ainda, a interesses específicos (empresarial, produtivo) que não permitem uma forma universal de comunicação, restrita a um padrão único. A comunicação oficial destaca-se nessa constelação por sua na- tureza intrinsecamente relacionada ao serviço público, que requer transparência e publicidade, concisão e clareza do texto5, os ritos e formalidades exigidos pela administração pública. Reuniu-se no presente fascículo uma sequência de instrumen- tos comunicativos utilizados na rotina do serviço público, em obe- diência às regras instituídas pelos órgãos competentes e às con- venções próprias que orientam e consagram sua utilização. As exemplificações aqui abordadas contemplam, exclusiva- mente, o Poder Executivo, visto que as ações das outras esferas de Poder obedecem a uma outra ordem de linguagem que extra- pola os objetivos do presente fascículo. Ainda nessa ordem de ideias, faz-se necessário esclarecer que as exemplificações recomendadas têm em vista o uso consagrado pela administração pública, sem nenhuma intenção de ineditismo ou mesmo de originalidade. Assim sendo, não se deve esperar o advento de um guia nor- mativo, inusitado, com modelos rígidos, autoritários, uma vez que se respeitará as diferentes formas usadas na correspondência oficial, recomendando-se tão somente o bom senso, a beleza estética e a uti- lização do padrão culto da língua, sem cair no pernosticismo6 de um lado ou na vulgaridade por outro. 1. Comunicação Oficial, um Rito Burocrático? Já se tornou lugar-comum a afirmação de que a administração pública é muito “burocrática”, no seu sentido mais pejorativo, em razão dos processos que exigem um amontoado de procedimentos e, mais que isso, uma infinidade de documentos escritos – requerimentos, ofícios, pareceres etc. O mais provável é que ocorra uma meia-verdade. Há realmente, uma panaceia7 de procedimentos dispensáveis no rito administrati- 1. Metáfora: designação de um objeto ou qualidade median- te uma palavra que designa outro objeto ou qualidade que tem com o primeiro uma relação de semelhança. Exem- plo: “Ele tem uma vontade de ferro”, para designar uma “vontade forte, como o ferro”. 2. Anáfora: repetição de uma palavra ou grupo de palavras no início de duas ou mais frases sucessivas para enfa- tizar o termo repetido. Por exemplo: “Este amor que tudo toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira, e que um dia nos há de salvar.” 3. Pragmatismo: ênfase do pensamento filosófico, na aplicação das ideias e nas consequências práticas de conceitos e conhecimentos; filosofia utilitária. 4. Objetividade: qualidade, caráter ou condição do que é objetivo. 5. Clareza é a qualidade do que é facilmente compreen- sível, entendido. Para isso, é natural que o pensamento de quem se comunica também seja claro, objetivo, com or- denação de ideias (começo, meio e fim), pontuação correta e uma boa construção de fra- se, de preferência em ordem direta, sem precisar, para isso, “enfeitar o texto”. 6. Pernosticismo: qualidade ou modos de pernóstico; aque- le que é presumido, afetado, pretensioso. 7. Panaceia: qualquer coisa que se acredite que possa remediar vários ou todos os males. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 99 23/10/2015 09:25:25 100 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste vo, embora exista, também, um legado cultural que inibe a produção escrita, em contraste com o nosso tradicional verbalismo. Essa he- rança é antiga, se examinarmos as estatísticas educacionais do baixo nível de escolaridade no passado recente do país. Essa talvez seja a motivação maior para a resistência da produção escrita. A escrita, no entanto, é um recurso indispensável na comunica- ção humana e remonta aos tempos mais distantes da civilização. A Bíblia registra, ainda, no Velho Testamento, a existência do correio e as epístolas reais, o que se presume uma correspondência oficial. Vale a pena relembrar que o primeiro registro do “Descobrimen- to do Brasil” foi uma longa e exaustiva carta de Pero Vaz de Caminha à Coroa Portuguesa e não um relato verbal. Visto assim, conclui-se que a atividade administrativa exige nor- mas escritas, documentais, transparentes, de tal forma que a socie- dade possa dela tomar conhecimento, executar suas recomendações, questionar, postular, recorrer. Esse é o princípio da legalidade que justifica a adoção da norma escrita na ação pública. A esse princípio devem-se adicionar alguns critérios que embasam os escritos oficiais como a clareza, a exatidão e a impessoalidade, expostos numa lin-guagem formal e pura. Assim, deve-se conceituar a redação oficial como a maneira através da qual são elaborados os documentos de cunho infor- mativo ou normativo, a serem expedidos pelo agente público no exercício de alguma função estatal, dirigidos à própria administração pública, com eficácia no âmbito dos órgãos e entidades que a compõem, ou ao público, enquanto conjunto de cidadãos e instituições que formam a sociedade. 2. Modelos de Documentos Oficiais A seguir, um elenco de modelos de comunicação oficial, de nature- za meramente sugestiva e sem nenhuma intenção impositiva, que orientará o usuário na produção de documentos no seu dia a dia de trabalho. Para facilitar o ordenamento desses modelos optou-se pela sua ordem alfabética e não pelo grau de importância ou frequência com que é usado. 2.1 Atas (memória de reunião) São os registros dos fatos desenvolvidos, sobretudo as decisões toma- das, numa reunião de qualquer natureza, seja com pequenos grupos, seja uma assembleia com um grande número de pessoas. Embora a ata tenha obedecido a uma elaboração demasiada- mente formal no passado, com um início declinando a hora e a data por extenso, necessariamente manuscrita em livro próprio, sem a permissão de espaço ou lacunas, hoje, entretanto, com o ad- Outras qualidades fundamentais para a Redação Oficial: Coesão: quando o texto apresenta palavras, orações, períodos e parágrafos interligados e coerentemente dispostos. Concisão: quando o texto consegue expressar o máximo de informações com um mínimo de palavras. Correção Gramatical: quando o texto é escrito sem desrespeito ao padrão formal da língua, utilizando corretamente as suas regras fundamentais. Formalidade e uniformidade: quando o texto observa as normas de tratamento usuais na correspondência oficial, sendo polido, apresentando um padrão, inclusive no uso de papéis uniformes e em sua diagramação. Impessoalidade: quando no texto impera o tratamento impessoal, sem interferência do indivíduo que o elabora. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 100 23/10/2015 09:25:25 101Curso Técnico em Secretaria Escolar vento da informática e de outros instrumen- tos mecanográficos, não faz mais sentido a fidelidade aos recursos primitivos da escri- ta manual. Mesmo que se alegue a sua va- lidade jurídica e a possibilidade de fraude, ainda assim, ambas (manual e mecânica) correm o mesmo risco. Como exemplificação de uma ata (ou memória de reunião), foi utiliza- do o texto integral da primeira reu- nião extraordinária do Conselho Esta- dual de Acompanhamento e Controle Social do Fundef que renovou o mandato da sua mesa diretiva. Do presente texto deve- se, apenas, excluir a sua numeração ordinal, considerando que nem todas as atas são ela- boradas obedecendo uma sequência numérica. Se, no entanto, as reuniões obedecerem a um ordenamento sequencial, convém que as atas sejam numeradas ordinalmente. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Governo doEstado do Ceará Secretaria da Educação Básica Conselho Estadual de Acompanhamento e Controle Social do Fundef Memória de Reunião: Primeira Reunião Extraordinária Data: 22 de março de 2001 Horário: das 14h30min às 17h30min. Local: Sala de Reunião do Gabinete Pauta da reunião: Eleição do presidente e vice-presidente do Conselho Presentes: Edgar Linhares (CEE-suplente), Expedito Mesquita (Un- dime), Francisco das Chagas Fernandes (CNTE), Francisco Reginaldo Pi- nheiro (Sefaz), Jaime Albuquerque Filho (Seduc), Jayme Alencar (Apeoc), José Irineu de Carvalho (Aprece), Joseleide Souza (Sead), Vera Lúcia Mar- tins (representante dos pais). a) Encaminhamento Aberta a reunião pelo subsecretário Jaime Cavalcante, que solicita ao Secretário Executivo do Conselho fazer a leitura dos dispositivos legais relacionados com o processo de escolha do presidente e vice-presidente para o biênio 2001-2003, em face do término de mandato e respectivo afas- tamento da dra. Ana Cristina de Paula Cavalcante Parahyba, a seu pedido, pelas razões esclarecidas na reunião anterior, e pela vacância do cargo de SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 101 23/10/2015 09:25:26 102 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste vice-presidente. Em seguida é procedida a leitura do artigo 4º do Regimen- to do Conselho, abaixo transcrito: Art. 4º - O Conselho escolherá dentre seus membros titulares, no início de cada período administrativo, 1 (um) presidente e 1 (um) vice-presidente para um mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida uma recondução por igual período. Após os procedimentos de rotina, Jaime (subsecretário) solicita aos conselheiros a indicação de candidatos aos cargos vagos para votação e registro em ata. Encaminhando o processo, tem a palavra o conselheiro Irineu que co- loca seu nome à disposição dos demais conselheiros à presidência do Con- selho, em decorrência de posicionamento dos prefeitos filiados à Aprece, que postulam essa função para seu representante no Conselho. Destaca sua preocupação com a capacitação dos conselheiros municipais e a ruralidade dos valores do Fundef, a exemplo da diferença entre séries iniciais e termi- nais do Ensino Fundamental como proposta de trabalho. Indica, igualmen- te, o nome do conselheiro Jayme Alencar a fim de ocupar a vice-presidência para o mesmo exercício administrativo. Com a palavra, Jayme disserta sobre o processo de escolha da mesa di- retiva, ressaltando que num primeiro momento aventou a possibilidade de submeter seu nome à consideração de seus pares, levando em conta sua tra- jetória de luta, assiduidade às reuniões do Conselho e proposta de trabalho. Entretanto, sente-se honrado e aceita a indicação para vice-presidente do Irineu, considerando a integridade, competência e liderança que o mesmo exerce no meio municipal. Defende, contudo, uma candidatura assentada numa plataforma de trabalho, citando linhas pontuais de ação, a ser priori- zadas pela nova mesa diretiva, abaixo descrita: • prestar assessoria aos Conselhos Municipais; • instrumentalizar os conselheiros municipais para o exercício pleno e com- petente de seu mandato; • colocar o Conselho Estadual à disposição das Secretarias Municipais de Educação e Conselhos Municipais do Fundef para intercâmbio e parcerias; • fazer gestão junto à Aprece no sentido de ceder sala para o Conselho Esta- dual de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEF abrigar seus ar- quivos e realizar as reuniões ordinárias e extraordinárias, como igualmente servir de referência para as pessoas que necessitam de seus serviços. Chagas solicita incluir no plano de trabalho engajamento do Conselho Estadual na luta nacional desenvolvida por outras entida- des, visando aumentar o valor do custo-aluno previsto em Lei. Re- quer, outrossim, cobrança do Conselho junto às instâncias federais, pela regularidade nas transferências de complementação de recursos devidos pela União e a fiscalização do “Projeto Alvorada” que con- templa educação de jovens e adultos. Edgar questiona eficiência do Fundef com relação aos professo- res e sugere a realização de um seminário para discutir a matéria. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 102 23/10/2015 09:25:26 103Curso Técnico em Secretaria Escolar Encerrando os encaminhamentos, Expedito usa da palavra para desta- car a qualidade intelectual e moral dos candidatos Irineu para presidência e Jayme para vice-presidente. Apoia propostas de assessoramento e intercâm- bio com os Conselhos Municipais, considerando a autoridade e isenção do Conselho Estadual para prestar tão relevante serviço. b) Votação Procedida a chamada nominal dos conselheiros e respectivo voto aber- to, foram eleitos por unanimidade Irineu Carvalho e Jayme Alencar, respec- tivamente, presidente e vice-presidente do Conselho Estadual de Acompa- nhamento e Controle Social do Fundef para o período de março de 2001 a março de 2003. 2.2 Atestado/Declaração Objetivafavorecer a terceiro, atestando situação ou ocorrência com este, para fins específicos, assinado por uma ou mais pessoas investi- das de funções públicas. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição ATESTADO Atesto para fins de concurso público, que o sr. Manuel Bandeira, portador da CI nº 123654 - SSP-CE, CPF nº 987456321-62, servidor público estadual, ma- trícula nº 052175-1-8, brasileiro, divorciado, residente e domiciliado em Fortale- za, Ceará, é possuidor de boa conduta e reconhecida idoneidade moral. Fortaleza, 15 de agosto de 2013 Damião Fernandes Diretor do Núcleo de Recursos Humanos Obs: Quando envolver fatos ocorridos com registro constante nos li- vros da entidade, como período de trabalho, função exercida, carga horária etc., recomenda-se o uso da Certidão que, basicamente, só di- ferencia do atestado por essas particularidades. 2.3 Cartão O cartão é a forma mais coloquial de comunicação, dispensando os tratamentos formais. Utiliza-se no encaminhamento de publicações, no agradecimento de impressos recebidos, ou de outros que sejam permitidos uma comunicação mais pessoal, uma linguagem cotidiana. Exemplos: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Fortaleza, 28 de fevereiro de 2012 Prezado Hélio, SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 103 23/10/2015 09:25:26 104 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste Ao cumprimentá-lo, acuso o recebimento das revistas Tempo de Aprender e Notícias, publicações dessa instituição que, certamente, se- rão úteis às equipes técnicas da Secretaria de Educação Básica/Seduc. Cordialmente, Justiniano de Serpa Secretário da Educação Básica No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Fortaleza, 15 de agosto de 2012 Estimada Ana Maria, Com justificado entusiasmo, apresento meus sinceros agrade- cimentos aos componentes do Coral “Canto Novo”, pela brilhante apresentação no ensejo da solenidade de lançamento do “Projeto To- dos por uma Educação de Qualidade”. Parabéns! Cordialmente, Raimundo Sales de Azevedo Secretário da Cultura e Desporto 2.4 Comunicado interno/Correspondência interna (CI) Trata-se de comunicação expedida no âmbito interno de uma reparti- ção pública, que poderá ser emitida por meios convencionais ou por correio eletrônico. Seu objetivo básico é informar ou cobrar providên- cias, tendo como característica a agilidade no seu processamento. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição CI Nº 0142/98 - Fortaleza, 6 de dezembro de 2011 De: Raquel Cavalcante de Azevedo, chefe de Gabinete Para: Mário de Queiroz, coordenador de Planejamento e Política Educacional Prezado Senhor, Ao cumprimentá-lo, comunico a V. Sa. que o dia 8 de dezembro do ano em curso será ponto facultativo por determinação do senhor governador do Estado. Recomendo-lhe, por oportuno, dar ciência aos servidores dessa Coordena- doria do presente comunicado. Atenciosamente, Raquel Cavalcante de Azevedo Chefe de Gabinete 2.5 Convênio É um acordo celebrado entre duas ou mais partes, visando um ob- SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 104 23/10/2015 09:25:26 105Curso Técnico em Secretaria Escolar jetivo comum. O Convênio é regido por cláusulas, artigos e parágra- fos que definem objetivos, competências, deveres, prazo de vigência, foro, cronograma de atividade, dentre outros. Exemplo (por ser muito extenso o texto de convênios, considera- remos, a seguir, apenas as suas características fundamentais, porém, facilmente de ser aplicadas, na maioria das situações práticas): CONVÊNIO QUE ENTRE SI CELEBRAM O GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, POR IN- TERMÉDIO DA SECRETARIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ, E A UNIVER- SIDADE FEDERAL DO CEARÁ, PARA AS FINA- LIDADES QUE INDICA. O GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ, neste ato representado pelo seu governador, dr. JOSÉ COSTA BARROS, brasileiro, casado, RG nº 153.831-5, SSP-CE, CPF nº 000121232-10, e por intermédio da SECRETA- RIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ, com sede em Fortaleza, Ceará, doravante denominada apenas Seduc, inscrita no CPF n.º 07.954.914/0001-25, neste ato representada pelo secretário da Educação Básica, professor OTÁVIO MARCONI DE SOUZA, brasileiro, casado, RG n.º 831.153-CE, CPF sob o n.º 989765301-20, resolvem celebrar o presente CONVÊNIO, que se regerá, no que couber, pelas normas constantes da Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas alterações posteriores, mediante as Cláusulas e Condições a seguir especificadas: CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO Nessa Cláusula define-se o objetivo do Convênio e a que se destina. CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES Aqui são estabelecidas todas as obrigações das partes, no que tange à garan- tia do suprimento de recursos financeiros, humanos e materiais. Para maior clareza do Convênio é conveniente que se divida as obrigações por entidade envolvida, por exemplo: I – SEDUC II – UFC CLÁUSULA TERCEIRA – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Nessa Cláusula descreve-se toda a sistemática operacional do projeto que será executado. A competência funcional de cada parceiro conveniado, pro- grama, clientela a ser atendida, metas etc. CLÁUSULA QUARTA – DO VALOR E DA FORMA DE PAGAMENTO Em virtude da maioria dos Convênios fixar valores para consecução dos objetivos, convém arbitrar um cronograma para desembolso dos recursos. CLÁUSULA QUINTA – DA RESCISÃO Em geral três elementos impedem a continuidade de um convênio, abaixo descritos: SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 105 23/10/2015 09:25:26 106 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste O presente Convênio será rescindido: a) pela não observância de qualquer uma de suas cláusulas; b) pela superveniência de norma legal que o torne inexequível; c) pela vontade das partes. CLÁUSULA NONA - DO FORO Nesse caso específico, o foro escolhido para dirimir pendências é o de For- taleza. No entanto, como as exemplificações contemplam os municípios do estado, o foro escolhido será o do município onde se celebra o Convênio. CONSIDERAÇÕES FINAIS E por estarem assim de pleno acordo com as Cláusulas e Condições aqui acertadas, assinam o presente instrumento em X vias originais, de igual teor e para os mesmos fins, na presença de duas (2) testemunhas idôneas que também o assinam, devendo o seu Extrato ser publicado no Diário Oficial do Estado (ou simplesmente afixado em local público), para que surtam os seus efeitos jurídicos e legais. Data e Local Assinaturas dos convenientes e testemunhas 2.6 Edital Visa dar conhecimento ao público, através da mídia ou de órgão de publicação oficial, notificação, devidamente numerado, datado, as- sinado e expedido por autoridade pública, para convocação de con- curso público e divulgação dos aprovados, tomada de preços por Co- missão de Licitação, intimar servidor para assumir funções e outros eventos que exijam maior transparência e publicidade. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição EDITAL Nº 014/2011-GAB O Secretário Municipal da Educação de Palhinha, no uso de suas atri- buições legais, torna público, a relação dos candidatos aprovados na segunda etapa da seleção para o preenchimento do Cargo em Comissão (DNS-3) de Diretor de Escola, conforme Edital publicado no Diário Oficial do Estado, de 25 de março de 2014. Ataulfo Nogueira Alves Carmem Barbosa Miranda Emilia Batista de Araújo José Domenico Queirós SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 106 23/10/2015 09:25:26 107Curso Técnico em Secretaria Escolar Orestes Viana Babosa Zenilda Clementina Ferreira Secretaria Municipal da Educação do Município de Palhinha, em 25 de março de 2012. Aliomar Monteiro Secretário Municipal de Educação O exemplo de Edital acima é um dos mais comuns. Quando se tratar de Edital para Concurso Público é necessário especificar por itens numerados: modalidade de inscrição, prazos, requisitos para inscrição, tipo da classificação e outros elementos indispensáveis para a clareza do candidato.Faz-se necessário, igualmente, inserir anexo ao Edital, o programa das disciplinas que serão exigidas numa prova escrita, se for o caso. 2.7 Exposição de Motivos Documento encaminhado a uma autoridade superior esclarecendo e postulando uma determinada ação. No geral, não se diferencia do ofício (que veremos posteriormente), salvo a exclusão do destinatário no rodapé do expediente. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Palhinha, 25 de setembro de 2012. Senhor Prefeito, Com a vigência da Lei Federal nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, tornou-se obrigatória a criação, pelo município, de um Con- selho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundef, com as representações instituídas pelo Art. 4º, item IV, e alíneas do referido diploma legal. Com efeito, o Conselho Municipal já foi criado, em janeiro de 1999. No entanto, por inúmeras razões, o referido colegiado sempre encontrou dificuldade de funcionamento. Agora, decorridos dois anos, os mandatos de seus integrantes foram concluídos, situação que requer, imediatamente, as reconduções para um novo mandato ou a indicação de novos conselheiros, respeitado o Decreto Munici- pal que disciplinou as respectivas representações e mandatos. Isso posto, sugiro a V. Exa. a segunda opção, isto é, designar no- vos conselheiros para compor a instituição. Assim sendo, apraz-me indicar os nomes abaixo declinados com suas respectivas entidades representativas: Maria Alcione Aguiar – representante dos servidores da Secreta- ria Municipal de Educação; SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 107 23/10/2015 09:25:26 108 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste Tomásio Galeno – representante do Sindicato dos Professores; Maria de Fátima da Silva – representante do segmento de pais de alunos do Ensino Fundamental; Francisco Adamastor Melo – representante das Associações Comu- nitárias; Patrícia Damasceno de Queiroz – representante dos alunos de Ensino Fundamental. Atenciosamente, João Dantas Secretário Municipal de Educação 2.8 Fax O fac-símile, popularmente conhecido como fax, não é exatamente uma forma de redação. Trata-se de um instrumento de reprodução, que tanto pode ter forma própria, como reproduzir Exposição de Moti- vo, Ofício, Comunicado Interno, Circular e outros, para uma transmissão mais veloz. Usa-se, na maioria das vezes, timbre próprio, como no exemplo a seguir: GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA Eu, Rosy Mary Macêdo Pinto, diretora desta Unidade Escolar, autorizo a profes- sora Maria Valda Saraiva, matricula nº 27127.1.7, receber todos os certificados do curso de Formação Continuada. 2.9 Ofício É o documento, por natureza, mais usado nos trâmites do serviço público. Descreve os assuntos oficiais entre as diferentes instituições públicas entre si ou para entidades privadas. Deve iniciar com núme- ro do ofício, local e data e, em seguida (de 3 a 5 linhas, dependendo do tamanho do texto), da autoridade ou pessoa a que se dirige. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Ofício nº 71/2013 Paracuru, 25 de março de 2013 SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 108 23/10/2015 09:25:26 109Curso Técnico em Secretaria Escolar Senhor Prefeito, Com meus cumprimentos, dirijo-me a V. Exa. para solicitar a cessão do servidor Guilherme de Almeida, mat. nº 021654-1-0, lotado na Secretaria de Ação Social dessa Prefeitura Municipal, para ocupar cargo comissionado nesta Secretaria Municipal de Educação, com ônus para a origem. Devo esclarecer, por oportuno, que o servidor supracitado já ocupou outras funções nesta pasta, sempre com dedicação e competência, motivo pelo qual a postulação em apreço. Atenciosamente, Ana Karina de Almeida Secretária Municipal de Educação Exmo. Sr. Ambrósio de Alenquer Guimarães Prefeito Municipal de Paracuru Praça da Matriz, S/N Paracuru - Ceará CEP 62.800-000 2.10 Ofício-Circular ou, simplesmente, Circular Não difere, fundamentalmente, do ofício. Tem as mesmas normas (número, local e data) e vocativo. Sua diferença reside no fato de, no ofício comum, somente existir um destinatário, ao passo que no ofício-circular, o texto é único, porém, se destina para várias pes- soas. Exemplo: No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição CIRCULAR PMG/ SEAR/ n.º 115 Paracuru, 10 de março de 2011 Para: Titulares de Órgãos Públicos Assunto: Manual de Organização A Secretaria de Estado de Administração e Reestruturação deverá ela- borar, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, o seu Manual de Organização, conforme o art. 10º do Decreto n.º 35.657, de 05 de fevereiro de 2011. Para este fim, solicito encaminhar à Assessoria de Comunicação da referida Secretaria, responsável pela organização do citado Ma- nual, os documentos referentes à estrutura básica, competência e or- ganogramas para subsidiar os trabalhos de edição. Atenciosamente MARIA JOSÉ DA SILVA Superintendente de Desenvolvimento Institucional 2.11 Parecer É emissão, de preferência concisa, de opinião fundamentada sobre determinado assunto, submetida ao exame de um especia- SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 109 23/10/2015 09:25:26 110 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste lista, de caráter consultivo (não tem força de decisão), contrário ou favorável a determinados pleitos, sendo submetida à autoridade su- perior, responsável pelo julgamento final. No cabeçalho: logomarca do órgão público ou instituição Parecer nº 2345/13 Recebeu esta Coordenaria o Linguagem e Ciências para Crianças, de Olegária Muniz, publicado pela Editora Novo Mundo, para análise e pa- recer da Coordenadoria de Ensino dessa Secretaria Municipal. O título analisado apresenta uma leitura interessante, de fácil interpretação, apropriada para alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Fundamental, porquanto é instrutivo, e mostra que a discriminação se acha presente também na vida dos animais. Indicado para o estudo da Língua Portuguesa e Ciências, princi- palmente, para a exploração da interpretação e elaboração de peque- nas histórias sobre os pássaros. Isto posto, sugerimos a aquisição deste com a finalidade de enri- quecer o acervo da biblioteca de nossas escolas públicas. Palhinha, 23 de julho de 2014 Assinatura e cargo 2.12 Portaria Ato administrativo de qualquer autoridade pública, contendo instru- ções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra determinação de sua competência. Exemplo: Portaria nº 2435/2013 O Secretário Municipal da Educação de Palhinha, no uso de suas atribuições legais que lhe confere (cita a base legal) e considerando o pro- cesso nº 12345-6 de que trata o Ofício nº 113/13, de 25 de março de 2013, do presidente da Comissão designada pela Portaria nº 25/2001-GAB, de 20 de fevereiro de 2013, publicada no D.O.E. nº 118, de 20 de fevereiro de 2013, páginas 18 e 19, composta pelo servidor Flávio Coelho Muniz, para, apurar os fatos relatados no processo nº 35432/13, resolve PRORROGAR por mais 15 (quinze) dias o prazo de realização da referida sindicância, de conformidade com o disposto (cita legislação pertinente). Secretaria Municipal da Educação de Palhinha, em Fortaleza, aos 25 dias de setembro de 2013. Nome/Assinatura Cargo/Função SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 110 23/10/2015 09:25:26 111Curso Técnico em Secretaria Escolar 2.13 Requerimento Ato ou efeito do servidor público, ou não, de solicitar à autoridade pública, mediante documento escrito, o que lhe presume ser de direi- to, dentro das formalidades legais, para se alcançar algum benefício. “Petição” e “Representação” são, igualmente, sinônimos de “Reque- rimento”. Exemplo: Exmo.(Ilmo). sr.(a) presidente da _________________ Nome completo, nacionalidade, estado civil, portador da CI nº..........., SSP-....., CPF nº .............., servidor público municipal, matrícula nº.........,lotado na .........................., residente e domiciliado em ............., na rua .........., nº......, vem mui respeitosamente requerer a V. Sa. que se digne conceder-lhe 30 (trinta) dias de licença, para tratar de assuntos particula- res, sem ônus para o Serviço Público Municipal. Nestes Termos Pede Deferimento Local e Data Nome/Assinatura 2.14 Telegrama Trata-se de mensagem escrita, transmitida por telegrafia, para ser en- tregue a determinado(a) destinatário (a) com relativa urgência. Sua linguagem deve ser simples e precisa, utilizando-se de períodos cur- tos. Sua característica é a agilidade com que a mensagem é produzida e encaminhada. A linguagem telegráfica é, necessariamente, abrevia- da e reduzida. Nela utiliza-se algumas abreviaturas para substituir sinais gráficos, como “pt” ao invés de “.”; “vg” ao invés de “, “; ou palavras como “SDS”, no lugar de “saudações.” Exemplo: Destinatário (nome) Endereço (rua, avenida, praça, vila com respectivo número) Local (cidade e estado) CEP (código de endereçamento postal) Ensejo passagem seu natalício externo votos congratulações vg exten- sivo seus familiares pt Receba nesta data meu apreço et as bênçãos divinas sds Júlio Badaró pt SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 111 23/10/2015 09:25:26 112 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste 1. Redija um ofício ao diretor da escola informando a falta de formulários de matrícula para o ano seguinte e solicitando a compra dos mesmos. 2. Elabore um comunicado interno informando horários de atendimento a professores e alunos dos serviços da Secreta- ria da Escola. 3. Faça um requerimento solicitando um auxiliar de serviços gerais para apoio ao trabalho da secretaria da escola. 4. Redija um telegrama informando sobre o feriado correspon- dente ao aniversário da escola. Hora da prática Observação importante: Usou-se o telegrama, apenas, como instrumento de comunica- ção, no entanto, com advento de novas mídias já quase não se utiliza esse recurso como recurso comunicacional. Com efeito, tornou-se dominante hoje em dia a utilização de recursos como o e-mail, redes sociais e smartphone para esses fins. 3. Pronomes de Tratamento Os pronomes de tratamento são palavras e locuções que funcionam como verdadeiros pronomes pessoais e são utilizados para designar o interlocutor. O quadro a seguir apresenta os principais pronomes de trata- mento e em que situações eles são usados. Quadro 1 Pronomes de tratamento Abreviaturas Usado para Singular Plural Você v. (não se usa) tratamento informal Senhor/Senhora sr., sra. srs., sras. tratamento formal ou cerimonioso Vossa Alteza V.A. VV.AA. príncipes, princesas, duques, duquesas Vossa Eminência V.Em.a. V.Em.as cardeais Vossa Excelência V.Ex.a V.Ex.as elevadas autoridades Vossa Magnificência V.Mag.a. V.Mag.as. reitores de universidades Vossa Meritíssima (não se usa) (não se usa) juízes de direito Vossa Reverendíssima V. Rev.ma. V.Rev.ma. sacerdotes Vossa Senhoria V.Sa. V.Sas. autoridades, tratamento respeitoso, correspon- dência comercial Vossa Santidade V.S. (não se usa) Papa; Dalai Lama SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 112 23/10/2015 09:25:26 113Curso Técnico em Secretaria Escolar No que se refere ao uso das formas de tratamen- to, convém lembrar: a) são usadas sempre com a forma verbal da ter- ceira pessoa, embora estejamos nos dirigindo diretamente à(s) pessoa(s) que merece(m) esse tratamento respeitoso; b) são usadas com os possessivos Sua, Suas, em vez de Vossa, Vossas, quando em con- versa com um interlocutor fazemos referên- cia a essa(s) pessoa(s) ou seja, quando ocupa(m) o lugar de terceira pessoa do discurso; c) são usadas com outros pronomes, quando for o caso, também na terceira pessoa gramatical. A seguir, apresentamos os pronomes de tratamen- to mais usuais em documentos escritos com fins oficiais. 1. Presidente da República a) Tratamento: Vossa Excelência b) Abreviatura: Não se usa c) Vocativo: Excelentíssimo Senhor d) Endereçamento: Ao Excelentíssimo sr. Fulano de Tal, presidente da República... 2. Vice-presidente da República; ministro de Esta- do; secretário-geral da Presidência da República; consultor geral da República; chefe do Estado-Maior das Forças Armadas; chefe do Gabinete Militar da Presidência da Repú- blica; chefe do Gabinete Pessoal do presidente da República; secretários da Presidência da República; procurador-geral da República; procuradores-gerais dos Tribunais; chefes de Estado- Maior das Três Armas; oficiais-generais; embaixadores; secretá- rio executivo e nacional de Ministérios; membros do Congresso Nacional; governadores de Estado e do Distrito Federal; vice- governadores; procurador-geral do Estado; chefe do Gabinete do governador; comandante da Polícia Militar; comandante do Corpo de Bombeiros Militar; chefe da Casa Militar; secretários de Estado dos governadores estaduais; Prefeitos municipais; presidente, vice-presidente e membros das Assembleias Legis- lativas Estaduais; presidentes das Câmaras Municipais; presi- dente e membros do Tribunal de Contas da União; presiden- tes e membros dos Tribunais de Contas Estaduais; presidente e membros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Re- gionais Eleitorais e dos Tribunais Regionais do Trabalho; juízes e desembargadores; auditores da Justiça Militar. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 113 23/10/2015 09:25:26 114 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste a) Tratamento: Vossa Excelência b) Abreviatura: V. Ex.a c) Vocativo: Excelentíssimo Senhor d) Endereçamento: Ao Ex.mo. sr. Fulano de tal... 3. Reitores de universidades a) Tratamento: Vossa Magnificência b) Abreviatura: não há. c) Vocativo: Magnífico Reitor d) Endereçamento: Ao senhor Fulano de Tal, Magnífico Reitor da Universidade... 4. Papa a) Tratamento: Vossa Santidade b) Abreviatura: V. S. c) Vocativo: Santíssimo Padre d) Endereçamento: Ao Santíssimo Padre Papa... 5. Cardeais a) Tratamento: Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima b) Abreviatura: V. Em.a. ou V. Em.a. Rev.ma. c) Vocativo: Eminentíssimo Senhor Cardeal d) Endereçamento: Ao Eminentíssimo Senhor Dom. ... Cardeal de... 6. Arcebispos e Bispos a) Tratamento: Vossa Excelência Reverendíssima b) Abreviatura: V. Ex.a. Rev.ma. c) Vocativo: Reverendíssimo Senhor d) Endereçamento: Ao Reverendíssimo senhor Dom... Bispo de.... 7. Monsenhores, Cônegos, Padres e demais religiosos a) Tratamento: Vossa Senhoria Reverendíssima ou Vossa Reverendíssima b) Abreviatura: V. Sa. Rev.ma. ou V. Rev.ma. c) Vocativo: Reverendíssimo (a) Senhor (a) d) Endereçamento: Ao Reverendíssimo senhor Padre... 8. Demais autoridades e particulares a) Tratamento: Vossa Senhoria b) Abreviatura: V. Sa. c) Vocativo: Prezado senhor d) Endereçamento: Ao senhor Fulano de Tal, presidente da..... ou diretor da ... O plural das expressões de tratamento dá-se mediante o acrésci- mo de um “s” à letra “a”. Exemplo: V. Sas. V. Ex.as. Observe também que quando nos dirigimos às pessoas dire- tamente, sempre utilizamos o pronome “Vossa”. No entanto, ao SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 114 23/10/2015 09:25:26 115Curso Técnico em Secretaria Escolar nos referirmos a essas pessoas, falando com outras, utilizamos o pronome “Sua”. Exemplo: “Solicito a Vossa Excelência autorização para aquisição dos seguintes itens.” e “Sua Excelência viajou ontem em visita oficial a países estrangeiros.” Deve-se observar, igualmente, que os pronomes V. Sa. e V. Ex.a. requerem tratamento de 3ª pessoa. Como no exemplo: “Dirijo-me a V. Sa. para solicitar os seus préstimos”. Não se usa, atualmente, o termo “digníssimo”(DD.) em relação às autoridades listadas anteriormente, uma vez que a dignidade já está implícita como requisito essencial para o exercício de qualquer cargo público, sendo, portanto, uma menção perfeitamente desnecessária. Deigual forma, dispensa-se, também, o emprego do superlativo “ilustríssimo” para autoridades que recebem o tratamento de “Vossa Senhoria”, sendo suficiente o uso do termo “Senhor”. Não se deve, igualmente, utilizar a expressão “doutor” como for- ma de tratamento. O “doutor” só será utilizado em comunicações fei- tas a pessoas que obtiveram o grau por terem, realmente, concluído curso de doutorado. Outro vício, perfeitamente dispensável na correspondência oficial, é o uso de lugares-comuns, como: “Com meus cumprimentos, renovo pro- testos de estima e respeito”, no fecho do documento. Quanto ao encerra- mento do texto devem ser usados os advérbios de modo abaixo: Aos chefes de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário): Respeitosamente. Para as demais autoridades ou do mesmo nível: Atenciosamente. 4. Maiúsculas e Minúsculas Uma fonte de constantes equívocos em qualquer tipo de redação é o em- prego de maiúsculas e minúsculas. Para facilitar o trabalho dos que têm o encargo da redação oficial, apresentamos a seguir algumas normas recomendadas pelo Manual de Redação e Estilo da Folha de S. Paulo, aqui utilizado por se tratar de um excelente guia para todos aqueles que têm dúvida na elaboração de seus textos: Use maiúsculas 1. No início de período: O preço dos combustíveis aumentará novamente. 2. No início de citação: Deputado acusa: “O governo não governa.” Já dizia Machado de Assis: “Ao vencedor, as batatas.” Se depois dos dois pontos vier um mero desdobramento da frase (e não ci- tação textual) ou uma enumeração, a palavra começará com mi- núscula. “Comerciantes alertam: faltarão brinquedos no Natal.” ou “prefeitura definiu as prioridades do orçamento: metrô, pavimen- tação e obras na periferia.” SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 115 23/10/2015 09:25:27 116 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste 3. Nos nomes próprios, incluindo-se, entre eles, as figuras mitológi- cas: João, Magalhães, Tietê, Mantiqueira, Deus, Júpiter, Baco. 4. Nas datas oficiais e nomes de fatos históricos e importantes, de atos solenes e de grandes empreendimentos públicos: Sete de Setembro, Quinze de Novembro, Inconfidência Mineira, Procla- mação da República, Guerra do Paraguai, Revolução dos Cravos, Renascimento, Revolução Francesa, Dia das Mães, Dia da Criança, Dia da Ave, Questão Religiosa, 2.ª Guerra Mundial, Reforma Orto- gráfica, Descobrimento da América, Plano Real, Projeto Rondon, Programa de Metas, Acordo Luso-Brasileiro, Plano Diretor. 5. Nos conceitos políticos ou filosóficos relevantes: País (o Brasil), Estado (significando uma nação), Igreja, Justiça, República, Impé- rio, Constituição (e seus sinônimos, como Carta Magna, Carta, Lei Magna), Congresso, Parlamento, Constituinte. 6. Nos nomes de corpos celestes: Terra, Lua, Saturno, Andrômeda, Sírius, Sol, Vega, Via-Láctea. 7. Nos títulos de livros, jornais, revistas, artigos e produções ar- tísticas, literárias e científicas em geral (filmes, peças, músicas, telas, teses, etc.), que vão em itálico ou entre aspas: Grande Sertão: Veredas, Histórias sem Data, Os Sertões, Jornal da Tarde, Jornal do Bra- sil, Veja, Newsweek, Time, Oito e Meio, Platoon, “Com Açúcar e com Afeto”, “Coração de Estudante”, “Álbum de Família”, “Abajur Lilás”, “Abaporu”, “Guernica”, A Volta ao Mundo em 80 Dias. Escrevem-se com inicial minúscula, no entanto, as partículas con- tidas nesses títulos, independentemente do número de sílabas (con- sidere partículas, no caso, os artigos, preposições e suas contrações, conjunções e advérbios). Assim, além de o, a, os, as, de, da, das, do, dos, em, na, nas, no, nos, e, sem, com, etc., veja outros exemplos de partículas em minús- culas: Com a Pulga atrás da Orelha, Reflexões sobre a Vaidade dos Homens, “Passagem para a Índia”, Memórias de um Sargento de Milícias, “Um Homem, uma Mulher”, Tia Zulmira e Eu, “O Samba agora Vai”, “Mas Deus é Grande”, A Lápide sob a Lua, “Sermões dum Leigo”, Elos de uma Corrente, Uma Telha de menos, “A Falta Que Ela me Faz”, “Sempre aos Domingos”, Nas Serras e nas Furnas, Os Meus Amores. 8. Na designação de regiões: Baixada Santista, Baixada Fluminen- se, Alta Araraquarense, Mogiana, Região Norte, Região Sul, Cone Sul, Recôncavo Baiano, Vale do Paraíba, Triângulo das Bermudas, Triângulo Mineiro, Planalto Central. Observação: use inicial minúscula, porém, para designações como in- terior, exterior, litoral, litoral sul, zona leste, zona sul, etc. 9. Nos pontos cardeais, quando indicam as grandes regiões do Bra- sil ou do mundo: Sul, Nordeste, Sudeste, Oriente Médio, Leste Europeu, Ocidente, Sudeste Asiático, etc. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 116 23/10/2015 09:25:27 117Curso Técnico em Secretaria Escolar A inicial é minúscula, no entanto, se o ponto cardeal define direção ou limite geográfico: o nordeste de Goiás, o sudeste da Europa, o norte do Irã, o sudoeste dos EUA, o leste da Espanha. Igualmente: “Percorreu o país de sul a norte”. “O metrô avança no rumo sul”. “A cidade fica no leste da França”. “O furacão causou estragos no oeste das Antilhas”. 10. Nos nomes de eras históricas ou épocas notáveis: Antiguidade, Idade Média, Era Cristã, Quinhentos (o século 16), Hégira. Em minúsculas, porém, quando não se configurar uma era histórica: era espacial, era nuclear, era industrial, idade das trevas. 11. Nos ramos do conhecimento humano, quando tomados em sua dimensão mais ampla: Ética, Filosofia, Medicina, Português, Ar- quitetura, Astronáutica, Arte, Cultura. Se não houver necessidade de relevo especial, use minúsculas: “Estuda português”. “Gosta muito de matemática”. “Formou-se em agronomia”. Escreva em maiúsculas as disciplinas de um exame: “Fuvest realiza amanhã as provas de Língua Portuguesa e Biologia”. “O teste de Física foi considerado o mais difícil”. 12. Nas leis ou normas econômicas e políticas consagradas por sua importância: Lei de Diretrizes e Bases, Lei de Comércio dos EUA, Imposto Predial e Territorial Urbano, Imposto de Renda, Lei Afon- so Arinos, Lei de Segurança Nacional, Código Penal. Entretanto, nas leis com números, use minúsculas: lei nº 5.250, portaria nº 123, medida provisória 296. 13. Nos qualificativos ou apelidos de personalidades: Ivã, o Terrí- vel; Catarina, a Grande; Ricardo Coração de Leão. 14. Nos nomes das festas religiosas: Páscoa, Natal, Quaresma, Con- fraternização Universal, Ressurreição, Reis, Finados, Semana San- ta, Corpus Christi. 15. Nos nomes de corporações, repartições públicas, entidades, escolas, honrarias, prêmios, feiras, festas, exposições, seminários, simpósios e congressos: Ministério da Fazenda, Presidência da República, Es- tado-Maior das Forças Armadas, Receita Federal, Federação das In- dústrias, Faculdade de Filosofia, Universidade de São Paulo, Colégio Objetivo, Escola Caetano de Campos, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, Associação de Amigos de Santo Amaro, Feira de Utilidades Domésticas, Exposição de Móveis Coloniais, Congresso Brasileiro de Radiodifusão, Festa do Peão de Boiadeiro, Seminário de Direitos Autorais, Ordem de Rio Branco, Prêmio Nobel de Literatu- ra, Prêmio Eldorado, Troféu Villa-Lobos. 16. Na denominação de edifícios, monumentos, estabelecimentos públicos ou particulares, estádios, ginásios, autódromos, hipó- dromos, aeroportos, ferrovias, rodovias, cemitérios, igrejas (en- fim, em todos os casos em que uma designação se incorpore ao SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 117 23/10/2015 09:25:27 118 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste nome próprio): Torre Eiffel, Torre do Tombo, Monumento ao Sol- dado Desconhecido, Edifício Itália, Paço Imperial, Biblioteca Na- cional, Palácio do Planalto, Palácio dos Bandeirantes, Editora Nova Fronteira, Casa Fretin, Gráfica Argos, OESP Gráfica, Lojas Ameri- canas, Shopping Center Iguatemi, Cine Ipiranga, Rádio Eldorado, Rede Globo, Rede Bandeirantes, Armazém Guararapes, Fazenda Ipanema, Circo Orlando Orfei, Confeitaria Brunella, Danceteria Pé-de-Valsa,Gafieira Som de Cristal, Sambão A Voz do Morro, Metalúrgica Almeida, Refinaria do Planalto, Siderúrgica Pereira, Supermercado América. Ficarão em minúsculas, porém, as simples indicações a respeito de um nome próprio: estádio do Guarani, aeroporto de Cascavel, a livraria do Conjunto Pereira, a igreja de Taquaritinga, o hotel de Abrolhos, o teatro da Galeria Amigos da Arte, o autódromo de Ribeirão Preto, a rádio de Bons Ares, o restaurante do João (desde que esse não seja o nome da casa), etc. 17. Nos acidentes geográficos, quando fizeram parte de nome pró- prio: Cabo Verde, Ilhas Salomão, Costa do Marfim, , Serra do Mar, Monte Belo, etc. Mas se escreve com minúsculas o substantivo que designa a espécie: mar Morto, trópico de Câncer, baía de Guana- bara, oceano Atlântico, praça da República, serra do Mar, vale do Paraíba, etc. 18. Nos nomes de vias e lugares públicos: avenida Paulista, rua Au- gusta, largo da Carioca, praça do Ferreira, ladeira General Carnei- ro, travessa da Piedade, igreja do Carmo, parque do Ibirapuera, marginal do Pinheiros, beco do Carmo, túnel Rebouças, represa Billings. 19. Nos títulos e formas cerimoniosas de tratamento e suas abrevia- turas: Vossa Excelência, Vossa Eminência, Sua Senhoria, Vossa Santidade, Nossa Senhora, V. Exa., V. Em.a., S. Sa., V. S., N. Sa. Permanecerão em minúsculas as formas de tratamento comuns e suas abreviaturas: doutor, doutora, senhor, senhora, dom, dona, sir, mister, dr., dra., sr., sra., d., mr. 20. Além da palavra Deus (quando se referir à entidade absoluta), nas demais a ele referentes ou nos seus equivalentes em outras religiões: o Pai, o Onipotente, o Seu nome, Ele, o Criador, o Se- nhor, o Todo-Poderoso, Jeová, Padre Eterno, Buda, Alá e o Diabo. Mas quando as entidades não são entidades absolutas, se escre- vem em minúsculas: são Mateus, arcanjo Gabriel, caboclo Pena Branca, são Paulo, santa Marta, são Miguel. 21. Nos nomes comuns, quando personificados ou individualizados: a Virtude, o Amor, a Ira, o Bem, o Mal, o Lobo, o Cordeiro, a Cigar- ra, a Formiga, o País (Brasil), a Nação (Brasil). 22. Na designação dos orixás ou figuras da umbanda: Xangô, Iansã, Iemanjá, Ogum, Oxum, Oxalá, Exu. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 118 23/10/2015 09:25:27 119Curso Técnico em Secretaria Escolar 23. Nos nomes de torneios e campeonatos: Torneio Sul-América, Campeonato Paulista de Futebol, Campeonato Gaúcho, Campeo- nato Sul-Americano, o Sul-Americano, Jogos Abertos, Jogos Olím- picos, Jogos Pan-Americanos, o Pan-Americano, Torneio da Ami- zade, Copa do Mundo, Copa União, Taça América, Troféu Brasil. 24. Nos nomes próprios compostos (unidos por hífen), todos os seus elementos vão em maiúsculas: Acordo Luso-Franco-Bra- sileiro, Grã-Bretanha, Pantanal Mato-Grossense, Grupo Anti-Se- questro, Associação Extra-Sensorial, Todo-Poderoso, Decreto-Lei n.º 5, Procuradoria-Geral, Vice-Presidência, Instituto Médico-Le- gal, Inquérito Policial-Militar. Hora da prática 1. Assinale a correspondência de tratamento/pessoa incorreta. a) Vossa Magnificência – reitores de universidades b) Vossa Alteza – príncipes c) Vossa Santidade – bispos d) Vossa Eminência – cardeais e) Vossa Excelência – elevadas autoridades do governo 2. Numere a segunda coluna de acordo com a abreviatura da for- ma de tratamento adequada: 1. V. Exª Rev.ma ( ) Reitor de universidade 2. V. Mag.a ( ) Papa 3. V. Em. a ( ) Bispo e cardeal 4. V. S. ( ) Cardeal a) 1 – 4 – 3 – 2 b) 2 – 4 – 1 – 3 c) 3 – 4 – 2 – 1 d) 4 – 2 – 3 – 1 e) 2 – 4 – 3 – 1 3. Assinale a opção em que a abreviação está indicada corretamente. a) Vossa Eminência – V. Emi. b) Vossa Senhoria – V. S. c) Vossa Magnificência – V. M. d) Vossa Alteza – V. Alt. e) Vossa Excelência – V. Ex.a. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 119 23/10/2015 09:25:27 120 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste 4. Assinale a alternativa onde o pronome de tratamento está sendo usado de maneira INCORRETA. a) Os reitores das universidades recebem o título de Vossa Magni- ficência. b) Senhor deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração. c) Sua Eminência, o papa Francisco, assistiu à solenidade. d) Procurei a chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir minhas explicações. 5. Nas frases abaixo, assinale a alternativa onde o pronome de tra- tamento está empregado corretamente: a) O magnífico reitor assistiu à colação de grau dos alunos. b) Pretendo ir à prefeitura e pedir ao Meritíssimo Prefeito que libe- re verba para a merenda escolar. c) Sua Excelência Reverendíssima, o papa, deverá aparecer para os fiéis hoje, às 14 horas. d) Quem está cuidando da igreja hoje é Sua Santidade, o padre João. 4.2 Use minúsculas 1. Para designar as estações do ano, os meses e os dias da semana: primavera, verão, janeiro, dezembro, segunda-feira, sábado. Quando os meses fazem parte de datas históricas ou dos nomes de lugares públicos, escrevem-se com inicial maiúscula: largo 7 de Setembro, avenida 9 de Julho, rua 13 de Maio, o 7 de Setembro, o 15 de Novembro, etc. 2. Na designação das profissões e dos ocupantes de cargos, como pre- sidente, ministro, governador, secretário, prefeito, papa, arcebispo, cardeal, princesa, príncipe, rei, rainha, barão, duque, visconde, di- retor, superintendente, inspetor, advogado, engenheiro, professor: O presidente Lula, a ministra Marta Suplicy, o prefeito Roberto Cláu- dio, o papa Francisco, a princesa Anne, o príncipe Charles, a rainha Elizabeth, o duque de Caxias, o visconde de Ouro Preto, o diretor da Receita Federal, o chefe do Gabinete Civil, o superintendente da Sunab, o inspetor de Ensino, o advogado João da Silva. As instituições, entretanto, vão em maiúsculas: Presidência da República, Vice-Presidência da República, Ministério da Justiça, Secretaria da Fazenda, Chefia de Gabinete, Diretoria de Trânsito, Inspetoria de Ensino, Comissão de Finanças, Superintendência do Abastecimento, Câmara Municipal, Justiça Federal, Senado. Exce- ção: governo. 3. Na designação das festas pagãs: carnaval, bacanais, saturnais. 4. Nos compostos em que o nome próprio se torna parte inte- grante de um substantivo comum: coco-da-baía, pau-brasil, SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 120 23/10/2015 09:25:27 121Curso Técnico em Secretaria Escolar castanha-do-pará, joão-de-barro, ao deus-dará, banho-maria, água-de-colônia. 5. Nos nomes próprios que se tornaram sinônimos de outros co- muns: “Foi escolhido para cristo”. “Era o judas da escola”. “Agia como um dom-quixote”. “Tornou-se um mecenas”. “Comporta- va-se como um barba-azul”. “O país deixou de ser o eldorado do futebol”. 6. Nos adjetivos pátrios e gentílicos e nos nomes de tribos indíge- nas: os brasileiros, os alemães, os romanos, os guaranis, os xavan- tes, os tucanos, os tremembés, os tapebas. 7. Nos nomes de personagens ou entidades do folclore: saci, mula- sem-cabeça, curupira, caipora, cuca, lobisomem, iara. 8. Com o nome palácio quando isolado: “O presidente voltou a pa- lácio”. “O deputado estava em palácio com o governador”. “O prefeito vai a palácio amanhã”. 9. Nas formas adjetivas que designam dinastias: carolíngios, an- gevinos, sassânidas. 10. Nas partículas contidas nas expressões ou locuções em maiúscu- las (ver a segunda parte do item 7 das instruções referentes às iniciais maiúsculas, que se aplica a todos os casos deste fascículo). 4.3 Casos especiais 4.3.1. Quando se faz a segunda referência a um órgão, entida- de, estabelecimento ou empresa, deve-se usar minúsculas: “O Ministério da Fazenda divulgou ontem o novo pacote econô- mico. Com ele, o ministério pretende...” “A Comissão de Sis- tematização encerrou os trabalhos de redação da nova Carta. Agora, a comissão...” “A Rádio Eldorado divulgou as normas de seu prêmio de música. A rádio distribuirá...” “Joseph Ro- thblat ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1995. O prêmio, no valor...” “A Universidade de São Paulo mudou as normas do seu vestibular. Pelo novo regulamento, a universidade...”“O Imposto de Renda aumentou novamente suas alíquotas. Por elas, o imposto...” “O Shopping Center Benfica vai comemorar mais um aniversário. Desta vez, o shopping center fará...” “O Tribunal Federal de Recursos negou ontem a liminar. Segundo o julgamento do tribunal...” Algumas exceções: o Fundo (Monetário Internacional), o Clube (de Paris), o Supremo (Tribunal Federal), o Congresso (Nacio- nal), a Câmara (Municipal), a Assembleia (Legislativa). 4.3.2. Continuará com inicial maiúscula a palavra que servir para designar o nome de dois ou mais órgãos, empresas, entidades, leis, normas econômicas ou políticas, corporações, repartições, prêmios, feiras, edifícios, monumentos, estabelecimentos, es- SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 121 23/10/2015 09:25:27 122 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste tádios, ginásios, ruas, vias, regiões, acidentes geográficos, etc.: os Ministérios da Economia e da Justiça, as Federações da Indús- tria e do Comércio, as Leis Falcão e Fleury, os Impostos Predial e de Renda, os Planos Cruzado e Real, os Colégios Objetivo e Arquidiocesano, os Prêmios Eldorado e Molière, os Aeroportos de Cumbica e Congonhas, os Edifícios Itália e Copan, os Cines Ipiranga e Marabá, os Estádios do Pacaembu e do Morumbi, os Palácios do Planalto e da Alvorada, os Atos Institucionais n.º 2 e n.º 5, as Torres Eiffel e do Tombo, as Igrejas da Candelária e da Consolação, as Copas União e Brasil, as Baixadas Santista e Flu- minense, as Regiões Sudeste e Nordeste, os Vales do Paraíba, do Ribeira e do Jequitinhonha, os Campeonatos Paulista e Gaúcho, as Ruas Augusta e Direita, as Avenidas Paulista e Ipiranga, os Parques do Ibirapuera e do Carmo, as Marginais do Pinheiros e do Tietê, as Rodovias Castelo Branco e Fernão Dias, as Baías de Guanabara e de Paranaguá, os Picos do Jaraguá e da Neblina, os Rios Tocantins e Xingu. 4.3.3. Ver em cada verbete as normas para o uso (maiúsculas ou mi- núsculas) das palavras Estado, País, Prefeitura, Município, mi- nistério, secretaria, administração regional, interior, exterior, li- toral e capital. 5. Pontuação Quando falamos, nos comunicamos por meio de palavras, gestos e entoação diferenciada da voz. Ao escrever, porém, não dispomos de tantos recursos comunicativos, nos restando somente a palavra. Os sinais de pontuação podem auxiliar muito, porque a pontua- ção é para o escritor o que a entonação é para o falante. Os sinais de pontuação que mais empregamos são: Quadro 2 ponto (.) ponto de interrogação (?) vírgula (,) ponto de exclamação (!) ponto-e-vírgula (;) parênteses ( ) dois pontos (:) travessão (---) reticências (...) aspas (" ") 5.1 Emprego da vírgula 5.1.1. Usa-se a vírgula entre os termos da oração: a) em caso de aposto: Giuseppe Garibaldi, o herói de duas pátrias, lutou pela liberdade. b) em caso de vocativo: “Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando...” (Aníbal Machado) c) em caso de enumeração: Os homens, os animais, os vegetais fa- zem parte do ecossistema. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 122 23/10/2015 09:25:27 123Curso Técnico em Secretaria Escolar d) em datas: Belo Horizonte, 21 de abril de 1992. e) com certas palavras e/ou expressões explicativas, conclusivas, re- tificativas ou enfáticas, tais como: pois, porém, outrossim, isto é, a saber, assim, bem, com efeito, sim, não ou melhor, digo, por exemplo, etc.: “Com efeito, valeu a pena o nosso esforço”; “Todos viram o fil- me, ou melhor, a maioria”. f) em caso de supressão do verbo (zeugma): “Excelente jogador, aque- le ponta-direita” (A vírgula está no lugar do verbo ser); “Pedro lê contos; Luciana, romances” (A vírgula está no lugar do verbo ler); “São Paulo e Botafogo, perto da final” (A vírgula está no lugar do verbo estar). g) com adjuntos adverbiais, especialmente quando deslocados de sua posição normal: “O caboclo enrolava seu cigarro no banqui- nho de três pés”(posição normal); “No banquinho de três pés, o caboclo enrolava seu cigarro”(deslocado). Nota: no caso de o adjunto adverbial ser curto, ainda que desloca- do, não precisa ser isolado por vírgula, a não ser que haja uma se- quência de advérbios. Observe os exemplos: “O chefe voltou hoje; Hoje o chefe voltou”; “Hoje, agorinha mesmo, inesperadamente, o chefe voltou”. h) em caso de um adjunto adverbial modificando uma oração inteira: “Lamentavelmente, ele não vai a Barcelona”. i) em caso de complemento repetido (pleonasmo): “Aos jovens, devemos lhes falar a verdade”; “A mentira, sempre a detestei”; “Devotei-te, a ti, máxima estima”. j) entre o nome da rua e o número do imóvel: rua 24 de Outubro, 702. l) antes da abreviação etc.: “O juiz mostrou-se, amável, educado, etc.”; “Ele comprou tinta, pincel, óleo, etc.” m) em caso de transposição de elementos: “Contente e vitorioso, en- trou o chefe da equipe”. n) em casos de gradação: “Aqui, canta-se; ali, dança-se; acolá, bebe-se”. Sem a vírgula, o pronome oblíquo se teria que vir anteposto, atraído pelos adjuntos adverbiais aqui, ali, acolá: “aqui se canta; ali se dança; acolá se bebe”. 5.1.2. Nos seguintes casos, não se usa vírgula: a) entre o verbo e o seu complemento (objeto direto ou indireto), tanto na ordem direta como na inversa: “Ofereci um livro ao ami- go”; “Ao amigo ofereci um livro”; “Um livro ofereci ao amigo”. b) entre o verbo e o seu sujeito, por mais extenso que seja: “A en- xurrada provocou deslizamentos”; “A oferta internacional de produtos primários diminui”. c) entre o nome e seu complemento ou adjunto: “Todos temos ne- cessidade de auxílio mútuo”. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 123 23/10/2015 09:25:27 124 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste d) entre o aposto especificativo e a palavra fundamental, se ele for colocado antes: “O orador romano Cícero era senador”; “O impe- rador do Brasil d. Pedro I proclamou a Independência”. e) entre o verbo e o último termo de um sujeito composto: “A terra, o céu, o mar são obras de Deus”. 5.1.3. O correto emprego da vírgula entre orações: a) Para separar orações coordenadas assindéticas: “[O pequeno jor- naleiro] vai, vem, corre, galopa, atravessa as ruas...” (G. Ramos) b) Para separar orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas pela conjunção e: “Todos leram o livro, mas poucos gostaram”; “A palestra foi interessante, porém tudo foi ilustrado”; “Estudas, trabalhas e ainda praticas esporte”. Obs: As orações coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção “e” são também isoladas por vírgula quando: • têm sujeitos diferentes: “Ele terminou a tarefa, e nós partimos”. • a conjunção “e” é repetida por motivos estilísticos e enfáticos (po- lissíndeto): “Clamo, e reclamo, e fico”. (R. Barata); “Antônio entrou, e reclamou, e desculpou-se, e depois conversou calmamente, e ficou para jantar”. (Alexandre Passos). • a oração tem valor adversativo: “Tinha tudo na vida, e faltava- lhe a saúde”. c) Para isolar orações intercaladas: “Abaixem as velas, gritava o corsá- rio, que a tempestade vem forte!” d) Para separar as partes de provérbios: “Papagaio come milho, periquito leva a fama”; “A razão é dos homens, mas a justiça é de Deus”; “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. e) Para separar orações subordinadas adverbiais: “Se venta um pou- co o minuano, logo o clima esfria”; “Começavam a briga, mal se viam”. f) Para separar orações subordinadas adjetivas explicativas: “A neve, que é branca, cobriu as árvores”. Obs: Em orações adjetivas restritivas, quando longas, aceitam vírgula depois. “O ecologista que dissertou longamente sobre a mata atlântica, foi elogiado”. 5.2 Ponto-e-vírgula Um dos casos de maior emprego do ponto-e-vírgula é na separação de orações que exprimem pensamentos opostos ou concepções anta- gônicas. “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão e fazen- da; os de espírito generoso dão pelo pão a vida; os de nenhum espí- rito dão pelo pão a alma.” ‘‘Se deres um peixe a um homem, matarás sua fome deum dia; se o ensinares a pescar, matarás a sua fome por toda a vida’’ (Provérbio chinês). “Uns trabalham; outros, dormem”. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 124 23/10/2015 09:25:27 125Curso Técnico em Secretaria Escolar 5.3 Ponto final O ponto final assinala o término de um período. “Começavam os preparativos da festa, quando cheguei ao sítio”. “Nas casas dos escravos, as velhas, à noite, ensaiavam as crianças”. Também nas abreviaturas comuns se usa o ponto final. Note-se, no entanto, que só devemos colocar o ponto depois da última consoante de determinado grupo consonantal: Subst. (O “t” é a última consoante do grupo consonantal “bst”.) ou Adj. (O “j” é a última consoante do grupo consonantal “dj”.) 5.4 Reticências Usamos as reticências quando suspendemos ou interrompemos intecionalmente o sentido da frase: “Oh! se Miguel soubesse...” 5.5 Dois-pontos São usados, sobretudo, antes de uma enumeração, citação ou fala, explicação ou complementação: “Deve ser engano: nunca fui doutor .”(explicação). “Ele era e não sabia: o melhor na musculação.” (complementação). “O gaiato gritou: — Olá, pessoal, é assalto, não se assustem! “(fala) “No grupo A estão: Brasil, EUA, Croácia, Alemanha, Angola e Espanha.” (enumeração). 5.6 Ponto de interrogação É usado no fim de qualquer frase interrogativa direta. “— Como foi a abertura dos Jogos Olímpicos de Atlanta?” “— Ainda há quem assista às corridas de Fórmula 1?” 5.7 Ponto de exclamação É empregado depois de uma interjeição ou no fim de uma frase exclamativa, imperativa, etc..: “Ah, ah, ah, como é que não reconheci a sua voz, meu amigo!” 5.8 Travessão No diálogo, indica a fala de cada personagem ou a mudança de in- terlocutor. Outras vezes, é usado para realçar palavras ou expressões no meio do discurso: . “— Torce para que time? — Para o São Cristóvão — aquele que ainda está invicto.” 5.9 Aspas São empregadas no início e no fim de transições e citações, para real- çar esta ou aquela palavra, etc. Como exemplo, dois provérbios, com alteração, pelo humorado barão de Itararé: SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 125 23/10/2015 09:25:27 126 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste ‘‘Quem canta o seu mal espanta.’’ e ‘‘Mais vale um galo no terrei- ro do que dois na testa.’’ 5.10 Parênteses São empregados para destacar palavras, frases explicativas, re- flexões, pensamentos subentendidos, etc. Corri para o ilustre ateniense, para levantá-lo, mas (com dor o digo) era tarde; estava morto. Hora da prática 1. Coloque a vírgula onde for necessário: a) Triste solidário doente facilmente desistiria da empreitada. b) Aracaju 6 de abril de 1992. c) Sim hei de vencer. d) Aluísio Azevedo autor de O mulato nasceu em São Luís do Ma- ranhão. e) Nos últimos 20 anos muitos autores debruçaram-se sobre Canudos. f) Aquela frase enfática do presidente da República denotava muito patriotismo. 2. Coloque vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos, travessão e aspas onde for necessário: a) Uns trabalham esforçam-se cansam-se outros folgam dormem descuidam-se e não pensam no futuro. (Coelho Neto) b) Três paixões simples mas irresistivelmente fortes governam mi- nha vida o desejo intenso de amar a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade. (Ber- trand Russel) 3. Marque a alternativa em que a pontuação está usada corre- tamente: a) Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio e cobertor. b) Três coisas não me agradam, chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. c) Salvador. 05 de julho de 1984. d) João, há quanto tempo. SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 126 23/10/2015 09:25:27 127Curso Técnico em Secretaria Escolar 4. Assinale a alternativa incorreta quanto às normas de uso da vír- gula. Emprega-se a vírgula para... a) Separar elementos entre si coordenados (dispostos em enu- meração). b) Isolar nome de lugar, quando se transcrevem datas. c) Isolar orações ou termos intercalados. d) Depois das conjunções mas, porém, pois, embora. 5. Marque a opção na qual a frase está pontuada de maneira IN- CORRETA. a) Maria Rita, menina pobre do interior, chegou a São Paulo assustada. b) Quanta burocracia! Levei dois meses para tirar um documento de identidade! c) Eu venderei todas as minhas terras mesmo que antes disso a lavoura se recupere. d) O computador, que é uma invenção deste século, torna a nossa vida cada dia mais fácil. 6. Assinale o único item correto em relação à pontuação: a) Não nego que, ao avistar, a cidade natal tive uma boa sensação. b) Não nego, que ao avistar a cidade natal tive, uma boa sensação. c) Não nego; que ao avistar a cidade natal, tive uma boa sensação. d) Todos estão incorretos. Construção da Frase e do Parágrafo A frase Para GARCIA7 (1985, p.6), frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação. Pode expressar um juí- zo, indicar uma ação, estado ou fenômeno, transmitir um apelo, uma ordem ou exteriorizar emoções. As frases, geralmente, inte- gram dois termos, o sujeito e o predicado. Assim: • Escreva sempre obedecendo a um raciocínio lógico. • Não acumule numa só frase pensamentos que não têm muita relação entre si e com os quais se possam formar algumas frases separadas. • As ideias de um texto devem ser amarradas de tal jeito que o leitor não possa fugir delas, abandoná-las, encontrar buracos ou redundâncias. O parágrafo GARCIA (1985, p. 203) conceitua o parágrafo como "uma unida- de de composição, constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolveu ou se explana determinada ideia central a que geralmente se agregam outras secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela". 7. GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moder- na. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1985 SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 127 23/10/2015 09:25:27 128 Fundação Demócrito Rocha - Universidade Aberta do Nordeste Em sua estrutura, o parágrafo geralmente apresenta três partes: a) tópico frasal – consiste, geralmente, na frase inicial, que expres- sa, de maneira sucinta, a ideia central do parágrafo; b) desenvolvimento – é formada pelas frases que esclarecem essa ideia central, discutindo-se em detalhes; c) conclusão – está contida em uma frase final. Que enuncia a par- te mais interessante ou o clímax do parágrafo, ou ainda, que sin- tetiza o conteúdo. Exemplo: Tópico frasal: A eletricidade, desde o início da civilação industrial, esteve associada ao progresso. Desenvolvimento: O cidadão mediamente informado percebe a conexão entre a atividade econômica de uma comunidade ou país e a disponi- bilidade de energia. Já na primeira metade deste século analistas alertavam para a razão, praticamente constante, que existe entre o consumo de energia e o produto interno bruto em cada país. Conclusão: Todavia, a eletricidade sempre mereceu um destaque espe- cial, pois está, objetivamente ou não, ligada a uma aspiração de modernidade e de poder. GOMES, Gil Carlos Pereira. Manual de Redação Oficial. Campos dos Goytacazes, 2009. Referências ABAURRE, M. L.; PONTARA, M. N. Português. São Paulo: Moderna, 2000. (Coleção Base). CADORE, L. A. Curso prático de português: literatura, grámatica, redação. São Paulo: Ática, 1998. FILGUEIRAS, Itamar. Escreva e Fale Corretamente. BookMaker, Fortaleza, 1997. MARTINS, Eduardo (org). Manual de Redação e Estilo. Editora Moderna, São Paulo, 2000. Secretaria da Administração do Governo do Estado do Ceará. Manual de Comu- nicação Oficial. Fortaleza, 1994. Expediente Fundação Demócrito Rocha Presidente João Dummar Neto Universidade Aberta do Nordeste Coordenação Geral Ana Paula Costa Salmin Secretária Escolar Angela Maria Ribeiro Edições Demócrito Rocha Editora Regina Ribeiro Editor Adjunto Raymundo Netto Editor de Design Amaurício Cortez Editora Adjunta de Design Karla Saraiva Editoração Eletrônica Welton Travassos Ilustrações Carlus Campos Catalogação na Fonte Ana Kelly Pereira Este fascículoé parte integrante do Módulo 2 do Curso Técnico em Secretaria Escolar da Fundação Demócrito Rocha(FDR)/Universidade Aberta do Nordeste(Uane). ISBN 978-85-7529-608-0 SECRETARIA ESCOLAR 2015 - F05.indd 128 23/10/2015 09:25:27
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