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Kimberlitos: Rochas Matrizes do Diamante

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Kimberlitos
Clesio Chongo, Frederico, Maura Sacaunha
Universidade Wutive – UniTiva, Maputo, Mocambique 
1. Introducão 
Os kimberlitos são a mais importante fonte de diamantes. Os diamantes são formados no manto, em profundidade superior a 150km e as duas rochas responsáveis pelo transporte do diamante até a superfície são os: kimberlitos e lamproítos. O kimberlito é uma rocha ígnea intrusiva, um peridotito composto por olivina (normalmente serpentinizada). A existência dos diamentes nessas rochas só se tornou conhecida no ano de 1866. Os depósitos da região de Kimberley na África do Sul foram os primeiros reconhecidos e deram origem ao nome O kimberlito ocorre principalmente nas zo nas de crátons, porções da crosta terrestre estáveis desde o período Pré-Cambriano. 
2. Genise 
Os kimberlitos são formados pela fusão parcial do manto a profundidades maiores que 150km. O magma kimberlítico durante sua ascensão do manto para a crosta, comumente, transporta fragmentos de rochas e minerais - também conhecidos como xenólitos e xenocristais (entre eles o diamante). O kimberlito pode trazer diamante até a superfície desde que tenha passado por regiões no manto/crosta que sejam ricas neste mineral e que sua velocidade de ascensão seja rápida o suficiente para não desestabilizar a estrutura do diamante, que caso contrário se converteria em grafite (polimorfo estável do carbono na pressão ambiente). Ressalta-se, portanto, que o magma que forma o kimberlito não é o produtor de diamante, apenas um meio de transporte.
3. Teoria de Formacao por Vulcanismo Explosivo
Esta teoria envolve o apontamento de magma kimberlítico em baixas profundidades e o subseqüente acúmulo de voláteis. Quando a pressão confinada é suficiente para romper a rocha superior segue-se uma erupção. Acreditava-se que epicentro da erupção encontravase no contato da fácie abissal com a diatrema. Através da extensiva atividade mineradora desenvolvida nas regiões kimberlíticas tornou-se claro que esta teoria não é sustentável. Não foi encontrada nenhuma câmara intermediária nas profundidades sugeridas.
4. Estrutura
Os kimberlitos são um grupo de rochas ultrabásicas ricas em voláteis (principalmente dióxido de carbono). Normalmente apresentam textura inequigranular característica, resultando na presença de macro-cristalizações inseridas em uma matriz de grãos finos. Os minerais da matriz incluem olivina e/ou flogopita juntamente com perovskita, espinélio, diopsídio, monticellita, apatita, calcita e serpentina. Sulfetos de níquel e rutilo são minerais acessórios comuns. A substituição de olivina, flogopita, e apatita por serpetina e calcita é comum. Segundo Kopylova (2005), em referência a Clement e Skinner (1985), o kimberlito pode ser dividido em três unidades, baseadas em sua morfologia e petrologia.
Fig.2. O "modelo Sul-Africano clássico" de um pipe de kimberlito (MITCHELL, 1986)
5. Classificação 
Trata-se de um peridotito, e seu nome deriva da região de Kimberley, na África do Sul, onde é feita a extração de diamantes. Comumente é uma rocha porfirítica que ocorre na forma de chaminés verticais chamadas de “pipes”. Kimberlito é considerada a rocha matriz do diamante. É classificada como uma rocha ultrabásica, insaturada, alcalina potássica. Kimberlitos dividem-se em Grupo I e Grupo II
KIMBERLITOS DO GRUPO I 
Ricos em CO2 e predomina a mistura de olivina, forsterítica, ilmenita magnesiana, piropo cromiano, piropo-almandina, diopsídio cromiano (em alguns casos subcálcico), flogopita, enstatita e cromita pobre em titânio. Exibem textura inequigranular distintiva com macro-cristalizações (0 ,5-10mm) a megacristalizações (10-200mm), fenocristais de olivina, piropo, diopsídio, cromiano, ilmenita, magnesiana e flogopita em uma massa de grãos finos a médios. 
KIMBERLITOS DO GRUPO II 
Também conhecidos como orangeítos são ricos em H2O. A característica distintiva dos orangeítos são as macro e megacristalizações de flogopita, juntamente com presença de micas que variam em composição de flogopita até tetraferroflogopita (flogopita anomalamente rica em Fe). Macro-cristalizações de olivina ou cristais euédricos primários de olivina reabsorvidos são comuns mas não são constituintes essenciais
6. Aplicações
O uso como adorno(gema) é milenar, por ter grande de refracção é a gema mais brilhante, por ser a substancia mais dura na natureza, não arranha por isso seu brilho é eterno. Os diamantes que não tem uso joalheiro terão uso industrial, pois são grandes abrasivos. Por serem tão duros, são usados em furadeiras e em outras ferramentas utilizadas para cortar materiais sólidos e resistentes. Também são transformados em pó e utilizados para polir vários tipos de superfície. Os diamantes são usados para confeccionar vários tipos de jóias.
7. Ocorrência em Moçambique 
Moçambique acaba de confirmar a ocorrência de diamantes no distrito de Massangena, na província de Gaza, sul do país. Naquela região decorrem trabalhos de pesquisa, envolvendo empresas nacionais e estrangeiras. O jornal Notícias, editado em Maputo, também cita o director nacional de Minas, Elias Daude, a afirmar que Moçambique está a trabalhar para formalizar a sua adesão ao processo Kimberley, que permite a exportação formal deste minério.
As províncias do Niassa, Tete, Manica, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo são apontadas como sendo as que acolhem os trabalhos de pesquisa e prospecção de diamantes. Acredita-se que todo o vale do Save seja propenso à ocorrência de diamantes. Mesmo assim, Elias Daúde refere que hoje em dia, quase todas as empresas envolvidas nas pesquisas estão concentradas na zona de Gaza.
8. Considerações Finais 
A importância do kimberlito para toda a sociedade fica clara quando se analisa o impacto que a descoberta de kimberlito mineralizado causa sobre a economia das províncias minerais. A descoberta de uma única chaminé kimberlítica mineralizada na Austrália a colocou como maior produtora mundial de diamantes 
9. Referências Bibliográficas 
BARBOSA. R.C, Morfologia, formacao e kimberlitos diamantiferos em Minas Gerais.
https://www.passeidireto.com/arquivo/40775441?utm_campaign=android-arquivo&utm_medium=mobile
https://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Imprensa/Noticias/Confirmada-ocorrencia-de-diamantes-em-Mocambique
https://museuhe.com.br/rocha/kimberlito/
https://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/1499-exploracao-de-diamantes-mocambique-pode-contar-com-assistencia-angolana.html

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