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Livro - crianças com austimo

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orientações de
brincadeiras 
para famílias com 
crianças com
transtorno do ESPECTRO
autista
01
02
Esta car�lha traz orientações sobre estratégias sensoriais para apoiar crianças, 
maiores de 4 anos, com Transtorno do Espectro Au�sta (TEA), em especial, diante da 
Pandemia COVID-19.
De forma prá�ca, cria�va e obje�va, descreve situações desafiadoras do dia a dia, 
associando a informações educa�vas sobre cada um dos sistemas sensoriais e o que fazer 
para ajudar no desenvolvimento infan�l de crianças com au�smo.
ORGANIZAÇÃO:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL - ABIS
SECRETARIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA - SNDPD
MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS - MMFDH
ELABORAÇÃO:
ULÂNOVA XAVIER COÊLHO - TERAPEUTA OCUPACIONAL CREFITO 6383-TO
REVISÃO:
ULÂNOVA XAVIER COÊLHO - TERAPEUTA OCUPACIONAL CREFITO 6383-TO
DERIVAN BRITO DA SILVA - TERAPEUTA OCUPACIONAL CREFITO 5776 -TO
JOSÉ NAUM DE MESQUITA CHAGAS - TERAPEUTA OCUPACIONAL CREFITO 8498-TO
ILUSTRAÇÕES, ARTE E DIAGRAMAÇÃO:
Isis Vieira Barbosa - Ar�sta Plás�ca
APOIO: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS - ABRATO
03
Claudia Omairi - Presidente
Terapeuta Ocupacional
Crefito 2178 - TO
 
Aline Medina - Vice-Presidente
Terapeuta Ocupacional
Crefito 8868 - TO
 
Giovana Mar�ni - 1ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 6596 - TO
Daniela Zimmer - 2ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 3751 - TO
 
Fernanda GuinterHerter - 3ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 16743 - TO
 
Leyla Maria Achtschin de Oliveira - 4ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 1987- TO
 
Lídia Ruela - 1ª Tesoureira
Terapeuta Ocupacional
Crefito 8295 - TO 
 
Janet Winter - Conselho Fiscal
Terapeuta Ocupacional
Crefito 2426 - TO
DIRETORIA DA ABIS:
04
Nossos agradecimentos especiais a Ulânova Xavier, Terapeuta 
Ocupacional, com a ideia inicial deste trabalho, a Lídia Ruela por sua 
poesia, a Isis Vieira Barbosa, Ar�sta Plás�ca, pelas ilustrações e 
diagramação e aos revisores Derivan Brito da Silva e José Naum de 
Mesquita Chagas.
05
06
Os Terapeutas Ocupacionais estão entre os profissionais que buscam avaliar e 
es�mular o desenvolvimento infan�l. O desenvolvimento infan�l envolve, 
minimamente, a criança, sua família e os ambientes e contexto em que vivem. As 
brincadeiras, quando analisadas e u�lizadas adequadamente oferecem possibilidades 
para a es�mulação do desenvolvimento infan�l. Assim, esta car�lha, voltada para famílias 
com crianças com Transtorno do Espectro Au�sta - TEA, está composta por estratégias 
sensoriais de apoio ao desenvolvimento infan�l baseada em brincadeiras. Lembramos 
que essas estratégias não subs�tuem intervenções profissionais junto à criança e sua 
família, em especial, aquelas realizadas por Terapeutas Ocupacionais com cer�ficação em 
Integração Sensorial de Ayres®.
Crianças com transtorno do espectro autISTA (TEA)
Possibilitar que a criança com TEA tenha acesso a estratégias sensoriais em seu co�diano 
possibilita a organização do comportamento necessária ao seu desenvolvimento global.
Todas as crianças precisam de mais informações sensoriais do ambiente e de seu próprio 
corpo para se desenvolverem, e isso não é diferente em crianças com au�smo. As crianças, para 
a�ngirem os marcos do desenvolvimento neuropsicomotor, exploram o ambiente que as cercam, 
manuseam diferentes formas de objetos e brinquedos, fazem ruídos para descobrir sons e 
sensações orais e audi�vas, movem seu corpo por longos períodos e repe�das vezes. Nesses 
marcos se incluem, também, as questões afe�vo-relacionais.
Estudos apontam que 80 a 100% de crianças com TEA apresentam disfunção de 
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7integração sensorial , que se traduz em dificuldade de processar e integrar sensações 
vindas do próprio corpo e/ou do ambiente, permi�ndo a organização do comportamento e o uso 
eficiente do corpo nas ações e a�vidades que fazemos ro�neiramente. Observa-se que diante da 
Pandemia da COVID-19 há uma significa�va mudança nas formas de exploração dos objetos e 
ambientes pela criança, bem como na forma como ela se relaciona com as pessoas que a cercam. 
Estas mudanças podem diminuir as sensações e informações sensoriais dos ambientes, objetos e 
brinquedos que a criança acessa, a sua liberdade de movimento, produção de sons e o seu 
envolvimento em relações sociais, as quais são essenciais para o desenvolvimento infan�l.
Diante da Pandemia da COVID-19 é muito importante ampliar ações para o maior alcance 
de desenvolvimento das crianças com TEA, mesmo com restrição de acesso a diferentes locais de 
circulação, exploração de ambientes e objetos, bem como a suspensão de algumas a�vidades 
que fazem parte de sua ro�na diária.
Assim, o propósito desta car�lha é de incen�var mães, pais e demais familiares a criarem 
oportunidades sensoriais para crianças com TEA, em ambientes internos ou externos, para um 
melhor equilíbrio e convivência no período de afastamento social.
07
SENTIR... QUAL A IMPORTÂNCIA DOS SISTEMAS SENSORIAIS
PARA CRIANÇAS COM TEA?
O processamento sensorial é um termo que se refere ao modo que o nosso cérebro recebe 
as sensações do corpo e do ambiente e assim interage com o mundo ao redor. Constantemente a 
criança recebe sensações que chegam de fora de seu corpo e também de dentro de seu corpo. 
Imagem, som, toque, gosto, cheiro – cinco sen�dos familiares que trazem informações do 
ambiente ao corpo, que permitem ouvir o �c-tac do relógio ao fundo, sen�r a brisa entrando pela 
janela, sen�r o cheiro do bolo que está no forno. Além disso, o corpo também fornece ao cérebro 
informações internas de seu funcionamento e estas nós chamaremos aqui de sistemas sensoriais 
escondidos, que são o sistema propriocep�vo e o ves�bular. Eles nos dão a sensação de 
velocidade, movimento, pressão em nossas ar�culações e músculos e nos ajudam a iden�ficar 
com precisão a posição dos nossos corpos. Além disso, há um terceiro sistema, chamado 
interocepção, que refere ao nosso cérebro a sensação dos nossos órgãos internos, permi�ndo 
com ele, que saibamos quando estamos com vontade de ir ao banheiro ou quando estamos com 
dor no estômago, por exemplo.
08
OS SISTEMAS SENSORIAIS NÃO TRABALHAM ISOLADAMENTE
Muitas a�vidades simples de nossa vida enviam várias sensações ao nosso cérebro para 
que ele elabore uma ação diante do que está sen�ndo. Sendo assim, podemos dizer que ao 
descascar uma mexerica (tangerina), por exemplo, nosso cérebro se u�liza de sensações, tais 
como, a sensação rugosa da casca e a sensação úmida do interior da mexerica, a sensação da 
posição dos dedos e força necessária para segurar e manusear, a sensação de velocidade e 
precisão do movimento que irá coordenar o movimento fino dos dedos e coordenar o 
movimento dos olhos para visualizar a ação, a sensação do cheiro e, enfim, a imagem da ação.
Quantas sensações... enquanto isso, nosso cérebro trabalha ocultamente com todas essas 
sensações que chegam até ele para organizar as ações para descascar a fruta.
NOSSO CÉREBRO, PARA PODER TRABALHAR, PRECISA RECEBER AS INFORMAÇÕES 
SENSORIAIS. SEM ELAS ELE NÃO SERIA CAPAZ DE NOS AJUDAR A REALIZAR AÇÕES SIMPLES EM 
NOSSO COTIDIANO.
Todos nós recebemos estas informações sensoriais em nosso cérebro e isso não podemos 
ver. O que podemos ver é o comportamento que resulta de tudo isso: nosso cérebro recebe as 
sensações e organiza como responder a essas sensações por meio dos nossos comportamentos.
Além disso, cada criança tem uma forma diferente para responder as sensações que 
chegam em seu cérebro, por exemplo, ao movimento, ao toque, à altura, aos sons e luzes e a 
outras sensações. 
Algumas situações os adultos precisarão estar prontos para alterar as a�vidades e fazer 
modificações no ambiente para ajudar algumas crianças que não gostam de algumas sensações 
comuns, tais como: o som do liquidificador, tocar a comida, lavar o cabelo, o cheiro dos alimentos 
e outros. 
09
É importante compreender o que está ocorrendo com a criança para ajudá-la,realizando 
modificações necessárias às suas necessidades. 
Nossa dica é: Quando es�ver brincando com seu filho, observe:
Observe seus sinais corporais, expressões faciais, sua respiração, que podem indicar 
ritmos respiratórios acelerados, transpiração em excesso, palidez, ba�mentos cardíacos 
acelerados ou riso exagerado. Estes sinais sugerem que é hora de parar.
Esta car�lha tem como obje�vo atuar com a promoção e a prevenção no contexto da 
saúde, ensinando aos pais, familiares e cuidadores os princípios envolvidos em algumas 
estratégias sensoriais que podem beneficiar as crianças durante o isolamento temporário devido 
a situação de pandemia. Não se trata de prescrever tratamento em situações já iden�ficadas ou 
em suspeita de Disfunções de Integração Sensorial (DIS), tampouco subs�tuir a avaliação e a 
intervenção de um terapeuta ocupacional cer�ficado no método de Integracao Sensorial de 
Ayres®. 
Aproveitem as dicas...
10
Preste atenção no que agora vou contar
Os sistemas sensoriais vou apresentar
São nomes um pouco difíceis de falar
E todos entenderão quando eu explicar
Visão, olfato, audição, tato, paladar
Mais conhecidos irão ficar
Mas ainda preciso acrescentar
Propriocepção, Interocepção e Vestibular
Prontos para começar?
11
TOCAR:
O TATO
12
TOCAR: O TATO
O sistema tá�l tem importante influência no comportamento das crianças de uma 
forma geral. Algumas crianças podem ter dificuldades em perceber as sensações táteis, outras 
podem sen�r mais que as outras crianças e não querer tocar em algumas texturas. Além disso, 
também podem ocorrer de algumas crianças não conseguirem sen�r bem as sensações táteis, 
tais como, saber se esse objeto é liso, rugoso, tem pontas ou buraquinhos. 
Todos nós precisamos da sensação tá�l para nos mantermos organizados e saudáveis. 
Nós obtemos informações táteis por meio de nossa pele, da cabeça aos pés. As sensações 
táteis envolvem pressão, vibração, movimento, alongamento da pele, dor e temperatura. A 
habilidade do nosso cérebro de obter e elaborar respostas às sensações táteis é muito 
importante, pois o tato trabalha em conjunto com muitos outros sistemas sensoriais para 
ajudar no sucesso de algumas funções, tais como: planejar um movimento fino com as mãos 
para escrever, encaixar peças em um brinquedo pequeno, mas também pode dificultar a 
aprendizagem acadêmica, a segurança emocional e as habilidades sociais. 
O sistema tá�l tem duas funções: a função de defesa e de discriminação, ou seja, 
iden�ficar as caracterís�cas do objeto tocado.
A função de proteção (ou defesa), alerta nosso cérebro de perigo – algo que tocou 
minha pele pode ser prejudicial para mim. O TOQUE LEVE de um mosquito pousando na nossa 
pele pode nos fazer responder nega�vamente como forma de auto-proteção. Em outros 
momentos, o TOQUE LEVE, como um ato de carinho, respondemos posi�vamente. A medida 
que interagimos com outras pessoas e objetos aprendemos a inibir algumas sensações e a 
tolerar outras, a iden�ficar e diferenciar situações de perigo e situações de afeto. 
13
A segunda função do tato, de discriminação, é também muito importante. E nos diz 
que �po de toque nós estamos sen�ndo? Sen�r a maciez da pele da mamãe ou a rugosidade 
da barba do papai, a grama na sola dos nossos pés, faz com que ganhemos consciência e 
conhecimento sobre o mundo. Nos traz memórias tais como: Onde eu sen� este toque 
anteriormente? O que este toque significa? E o que devemos fazer com ele? Com esta 
capacidade de relembrar e interpretar o significado dos toques, nós gradualmente 
desenvolvemos a discriminação tá�l. 
Desta forma, nosso sistema nervoso nos diz se estamos tocando algo ou se algo está 
nos tocando; em qual parte do corpo que este toque está ocorrendo; se este toque é leve ou 
pesado; e como perceber os atributos do objeto tocado – seu tamanho, forma, peso, 
densidade, temperatura e textura.
14
O sistema tátil é importante
Para nossa defesa e discriminação
Pois se encostarmos na panela quente
Nosso cérebro é avisado imediatamente
Levando-nos à autoproteção
Macio ou rugoso podemos sentir
Muito aprendizado pode fluir
Se discriminarmos também a esta altura
Tamanho, peso, forma, temperatura e textura
TOCAR: O TATO
15
16
MASSINHA
ESPUMA DE BARBEAR
 
ENCONTRE OS PARES (OLHOS FECHADOS) 
CAIXA DE GRÃOS (cuidado com crianças pequenas) 
CIRCUITO COM DIFERENTES TEXTURAS
BACIA COM DIFERENTES OBJETOS:
Na hora do banho, use bacias ou banheiras, coloque diferentes esponjas/buchas de 
banho ou texturas variadas junto com a criança. Uma variação é u�lizar uma fralda descartável, 
molhar e deixar ela bem inchada, abrir e brincar com os floquinhos de gel dentro da banheira 
(não recomendado se a criança for pequena e coloca coisas na boca e/ou se for alérgica). Não se 
assuste com a sujeira! 
Acrescente aos poucos texturas diferentes e que a criança tolere. A água na bacia ajuda a 
criança a tocar com mais facilidade as texturas que podem ser mais desafiadoras.
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA TÁTIL?
SISTEMA TÁTIL
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA TÁTIL?
SISTEMA TÁTIL
17
Com espuma de barbear vamos brincar
E os pares de olhos fechados encontrar
Por cima de diferentes texturas vamos andar
E uma caixa de grãos explorar
Mas atenção eu digo
Para as crianças pequenas há perigo
Não deixem que os objetos em miniatura
Sejam levados à boca a esta altura
ALERTAS DO SISTEMA TÁTIL
Há respostas que a criança emite
Quando tocadas ou tocam algo
Se nas respostas hiper-reativas¹
Até um beijo assusta
Quem dirá outra textura
Se hipo-reativas² são
Outra importante informação
Podem não sentir um machucado
O que também atrapalha o aprendizado
Vamos facilitar
Para nossa criança se organizar
Pressão profunda pode ajudar
E de “cachorro quente” vamos brincar
¹. Significa que a resposta é exagerada, aumentada, mais que o �pico (regular)
². Significa que a resposta é diminuída, lenta
18
SISTEMA TÁTIL
ALERTAS DO SISTEMA TÁTIL
Cachorro-quente:
Usando bola macia ou terapêu�ca ou edredom: convide a criança a deitar-se de barriga para 
baixo no chão/colchonete e diga: “Farei um cachorro quente e preciso ver se esta salsicha (que é a 
criança de “faz de conta”) está bem macia”. Comece a fazer pressão profunda com a bola sobre 
todo o corpo da criança. Caso não tenha uma bola, use suas mãos inteiramente fechadas. “Agora 
preciso colocar esta salsicha no pão”. Enrole a criança em um edredom, firmemente (mantendo 
sempre sua cabeça para fora). 
Aos poucos, vá brincando de colocar mais ingredientes (almofadas, travesseiros, bolas pequenas 
pesadas) e a cada ingrediente faça pequenas pressões e represente como ingredientes da 
brincadeira: mostarda, ketchup, bata-palha. “Quero ter certeza de que este cachorro quente 
esteja bem embalado também”. Pergunte: “Você quer que eu pressione mais forte?”. ”Não tão 
forte?”, ”Mais?”, ”Diga-me quando você quer que eu pare.” (Dê à criança a chance de estar no 
controle e de guiar a a�vidade).
19
ALERTAS DO SISTEMA TÁTIL
Devemos estar atentos à forma que as crianças respondem ao tato. Algumas podem 
apresentar uma resposta nega�va e de forma mais intensa a algumas sensações que a maioria 
dos seus colegas não se incomodaria. Outros podem ficar muito tempo em contato com a 
informação tá�l, mais que as outras crianças, deixando de brincar apenas para sen�r a sensação 
de uma textura, por muito tempo. 
Algumas crianças podem ter a tendência de responder nega�vamente a sensações 
inesperadas e/ou a diferentes texturas e/ou a toques leves. Outras podem ter comportamentos 
muito antes da sensação tá�l ocorrer, como forma de evitar uma situação que lhe incomoda. 
Podem lutar com os braços enquanto estão sendo ves�das ou podem empurrar quem se 
aproxima delas. Podem começar a chorar ao saber que é a hora do banho. Mas, sabemos que as 
crianças precisam de informações táteis para aprender sobre o mundo. Então, como estas 
crianças adquirem estasinformações? Tocando! A resposta é saber o �po de informação que é 
mais fácil e agradável a esta criança e qual ela evita. Geralmente estas crianças evitam toques que 
vem do outro e de forma inesperada - toques leves, um beijo, por exemplo - mas toleram um 
abraço bem apertado (toque profundo). 
A�vidades que envolvem “pressão profunda” assim como no abraço forte e em 
massagens corporais, organizam o sistema tá�l e são calmantes e reguladoras e, desta forma, são 
uma opção para fazer antes ou depois de qualquer a�vidade que envolva sensações táteis 
durante o período de afastamento social e isso pode ser feito por meio de brincadeiras muito 
diver�das.
20
SISTEMA TÁTIL
Outra dica importante
É oferecer informação tátil naturalmente
Com pouca roupa ao ar livre brincar
E variar texturas das roupas para o mundo explorar
Não force a criança
Com medo de tocar algo
Devemos respeitar
O que ela conseguir tolerar
21
ALERTAS DO SISTEMA TÁTIL
MOVIMENTO:
VESTIBULAR
22
MOVIMENTO: VESTIBULAR
O sistema ves�bular fornece informações ao nosso cérebro sempre que a cabeça se move 
em uma direção. Este sistema iden�fica qual a posição do corpo em relação a gravidade terrestre, 
sendo esta sua principal função, mas não a única. 
Podemos, por exemplo, iden�ficar quando estamos caindo para um lado e, elaborar uma 
resposta motora para corrigir nossa posição em relação a gravidade. Fazendo uma análise mais 
detalhada desta ação aparentemente simples, o sistema ves�bular iden�fica a posição do corpo 
e o movimento de “queda”, logo em seguida ajudando a planejar e executar o movimento para 
sua correção. 
Além disso, esse sistema trabalha em conjunto com outros sistemas para o 
desenvolvimento de funções, tais como: o esquema corporal, a percepção espacial, a 
coordenação do movimento corporal, funções acadêmicas tais como escrever e ler por meio da 
coordenação do movimento dos olhos e pescoço e da coordenação dos movimentos minuciosos 
da escrita. Para o desenvolvimento das funções citadas, ele atua em conjunto com outros 
sistemas sensoriais, tais como o sistema propriocep�vo, o sistema visual e o sistema tá�l.
Como um exemplo, podemos citar uma criança subindo uma montanha de areia. Para que 
ela consiga alcançar o topo da montanha, o seu sistema ves�bular percebe e ajusta a posição de 
seu corpo e seus movimentos para que ela não caia durante a subida; o sistema propriocep�vo 
calcula a força que deve aplicar no movimento de subida; o sistema visual auxilia o planejamento 
para o alcance do topo e o sistema tá�l auxilia com a textura e o quanto ela é fofa para calcular o 
movimento de subida.
Duas funções importantes do sistema ves�bular serão aqui descritas: perceber e 
discriminar o movimento.
Quando estamos em movimento, percebemos que nosso corpo se moveu porque 
�vemos aceleração de nossa cabeça em determinada direção. Além de perceber, nosso sistema 
também é capaz de discriminar se este movimento foi rápido, devagar, linear, curvo, rotatório, 
para cima ou para baixo. 
23
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTAM O SISTEMA VESTIBULAR
MOVIMENTO: VESTIBULAR
Duas funções importantes do sistema ves�bular
Precisamos destacar
Perceber e discriminar o movimento
Como a cabeça e corpo se movem a todo momento
Atua também no equilíbrio e tônus muscular¹
Em conjunto com outros sistemas, no controle ocular
Importante no futuro escolar
Para matéria do quadro copiar
Imaginem a diversão
Ser puxada pelo chão
A criança sentada em lençol ou papelão²
Imaginem os sorrisos
Quando a criança na cama pular
E ainda por cima uma almofada agarrar
Imaginem a emoção
Rolar ladeira abaixo
De um monte de colchão
24
¹. Significa estado/quan�dade de tensão do músculo
². Caso a criança não tenha controle de tronco (bom equilíbrio sentada), deve-se deitar a criança
para realizar esta brincadeira
MOVIMENTO: VESTIBULAR
25
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTAM O SISTEMA VESTIBULAR
MOVIMENTO: VESTIBULAR
O movimento vamos incentivar
Circuitos criar
Para a criança...
Passar
Pular
Agachar
Engatinhar
Balançar
Nutrir o cérebro com experiência vestibular
Em conjunto com outros sistemas sensoriais
Vamos juntos nos movimentar!
26
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTAM O SISTEMA VESTIBULAR
27
Sentar no edredom:
-No chão ou dentro de caixa de papelão e puxar a criança em vários movimentos 
diferentes (rápido/devagar, zigue-zague, rodopiando, curvas...) 
Pular na cama: 
- Pular da cama e agarrar uma almofada
- Pular da cama e fazer cesta na bacia com a almofada.
Brincar de cambalhota
Passar a bola no túnel de lençol 
Rolar abaixo uma montanha de colchão
Balançar com lençol ou edredom, imitando rede 
Balançar no barco: com uma almofada, travesseiro ou colchão macio, colocar a 
criança dentro de uma caixa de papelão/de brinquedos e sacudir essa caixa como se es�vesse 
em “um barco em alto mar com tempestade”.
SISTEMA VESTIBULAR
ALERTAS DO SISTEMA VESTIBULAR
Naturalmente, cada criança poderá ter diferentes reações ao movimento: algumas vão 
apresentar prazer em a�vidades de movimento e outras, não; algumas terão mais facilidade em 
planejar movimentos mais elaborados e outras, não; algumas terão melhor equilíbrio e outras, 
não. É importante estar atento a forma que as crianças reagem as informações ves�bulares e ao 
fato de que nunca devemos forçar uma criança a realizar um movimento quando este não a 
agrada. Isso pode ser percebido quando a criança tem medo de altura, de escalar, de ir em 
brinquedos comuns em parques ou até correr em grupo com os amigos. 
Além disso, há crianças que podem passar horas se movimentando intensamente, dando 
a sensação de não se cansar, e gerando comportamentos desorganizados, birras ou choros, após 
muitas horas de movimento - pulando, rolando, escalando diariamente, várias horas ao dia, 
dentro e fora de casa. Ambas as situações, recusa/medo de deslocamento e de movimento 
exacerbado frequente que pode levar a deterioração do comportamento, podem estar presentes 
durante o isolamento e, assim, sugerimos algumas a�vidades que acalmam o sistema ves�bular.
28
ALERTAS DO SISTEMA VESTIBULAR
29
Reações diferentes ao movimento
As crianças irão apresentar
Atentos devemos estar
Para do limite não passar
Ajuda a regular o sistema vestibular
Balançar na rede de forma linear¹
Podendo puxar corda
Para a rede impulsionar
¹Movimentos da rede para frente e para trás de maneira suave
SISTEMA VESTIBULAR
ALGUMAS DICAS
30
Incen�var a criança a brincar com movimento durante o afastamento social é muito 
importante. Mesmo que esteja em ambientes mais fechados como apartamento ou ambientes 
muito pequenos; criar circuitos-obstáculos, realizar diferentes posturas tais como agachar, 
enga�nhar, subir no sofá como uma sequência de movimentos vai ajudar a criança a ter 
experiência ves�bular associada a outras sensações importantes para nutrir seu cérebro.
IMPORTANTE: 
Nunca force uma criança com sinais de dificuldades para tolerar informações ves�bulares 
a fazer algo que ela não queira. A criança pode acabar evitando um maior número de a�vidades e 
desenvolver um medo ou apreensão a certos ambientes e a�vidades sociais, tais com ir a parques 
infan�s.
OLHAR:
vISÃO
31
OLHAR: visão
A visão é o mais sofis�cado e obje�vo de todos os sen�dos, pois nos conta sobre nosso 
mundo externo, envolvendo posição, distância, tamanho, cor e forma dos objetos e pessoas que 
estão ao redor. 
E isto ocorre diante de um funcionamento visual que envolve um processo neurológico 
complexo e diferentes funções visuais. No entanto, a visão não funciona de forma isolada, 
cons�tuindo apenas uma das fontes de informações para a criança em seu papel de 
desenvolvimento e aprendizagem. 
O sistema visual trabalha como parte de um sistema dinâmico de interações 
intersensoriais que mo�vam, guiam e corrigem o comportamento. De todos estes sen�dos, a 
visão, quando presente, é o sistema unificador que integra todos os outros sistemase possibilita 
que o indivíduo aprenda sobre, interaja com e sobreviva neste mundo. Ela está in�mamente 
correlacionada com outras a�vidades sensoriais, par�cularmente com os sistemas audi�vo, tá�l, 
propriocep�vo e ves�bular. 
A criança vê, mas a organização do seu sistema nervoso depende de sensações mais 
básicas. Nós percebemos nosso corpo, outras pessoas e objetos porque nosso cérebro integrou 
estas informações sensoriais em formas e relações significa�vas. Por exemplo, quando uma 
criança olha para uma laranja, nosso cérebro integra as sensações dos nossos olhos e, então, 
experenciamos sua cor e forma. Ao tocarmos na laranja, as sensações que chegam nos nossos 
dedos e mãos são integradas para formar o conhecimento de que ela é áspera por fora e úmida 
por dentro. 
32
A integração das sensações vindas do ato de cheirar nos diz que ela tem um odor cítrico. 
Ao segurá-la, tenho noção do peso, da intensidade de força necessária para mantê-la em minha 
mão e da posição que ela ocupa no espaço, em relação à minha posição neste espaço. Desta 
forma, a visão nos fornece informações em conjunto com todos os outros sistemas.
A visão interfere em todo processo de desenvolvimento, sendo um meio pelo qual a 
criança vai adquirindo habilidades motoras, mentais e sociais, aumentando o grau de interação 
com o meio já que, à medida que a visão vai se aperfeiçoando a criança passa a explorar mais as 
situações, desenvolvendo-se.
OLHAR: visão
33
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAs
QUE INCREMENTAM O SISTEMA visual?
Uma brincadeira conhecida e importante
Para o sistema visual estimular
É brincar de sombras
Para muitos animais formar
Podemos também usar lanterna
Para a criança acompanhar a luz
Seus olhinhos irão buscar
O que no escuro reluz
O mundo precisamos enxergar
Através dos olhos explorar
Cores e luzes por toda parte estão
Para isto, precisamos da visão
OLHAR: visão
34
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAs
QUE INCREMENTAM O SISTEMA visual?
Brincar de achar com a lanterna: Esconda em um ambiente dois ou três brinquedos 
no ambiente. Escureça o ambiente e brinque de achar com a lanterna.
Levando as frutas para a casinha: Separe frutas redondas (cítricas) em uma bacia 
(limão, laranja, mexerica, maracujá) e sacolas de papel (serão as casinhas). A brincadeira começa 
levando cada fru�nha para sua casinha (casinha do limão, da laranja, do maracujá e da mexerica). 
Elas devem ir rolando até cada casinha para criança acompanhar visualmente.
35
36
Vamos de barriga balançar?
Materias: Rede, bacia e bolinhas
A criança fica de barriga na rede, coleta as argolinhas no chão e acerta a garrafinha
SISTEMA visual
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAs
QUE INCREMENTAM O SISTEMA visual?
Ventiladores rodam
Luzes piscam
Cores irradiam
Há crianças que se irritam
Outras, destes estímulos necessitam
SISTEMA VISUAL
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OUVIR:
AUDITIVO
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OUVIR: AUDITIVOOUVIR: AUDITIVO
A audição, o ouvir, é capacidade de receber os sons. Os receptores do sistema audi�vo 
localizam-se no ouvido interno, onde as informações recebidas do ambiente começam a ser 
processadas. A informação audi�va é integrada, no tronco cerebral, com as informações do 
sistema ves�bular, visual e propriocep�vo, tornando-nos capazes de interpretar os sons que nos 
são significa�vos, como, por exemplo, os da fala.
Durante o desenvolvimento, a criança aprende a interpretar o que ouve, e desenvolve 
competências de processamento audi�vo cada vez mais sofis�cadas, necessárias para 
discriminar diferentes sons, assim como sons em primeiro plano e ruído de fundo no ambiente e 
ainda no que se refere à interpretação das palavras.
A criança com hiper-rea�vidade audi�va pode apesentar dificuldade em prestar atenção 
a uma voz ou som sem se distrair com outros sons; distrair-se ou ter medo de sons inesperados 
como fogos de ar��cio, la�do de cachorro; ficar incomodada com ruídos do ambiente que não 
incomodam as outras pessoas, como ven�lador, ar condicionado; tampar os ouvidos com sons 
inesperados; recusar-se ou ficar nervosa em lugares públicos, como festas ou shopping.
A criança com hipo-rea�vidade audi�va pode apresentar dificuldade em compreender ou 
lembrar o que ouve; dificuldade em seguir instruções com mais de duas sequências; gostar de 
fazer barulhos e ouvir música e televisão muito altos; pode também melhorar a capacidade de 
falar ao movimentar-se.
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QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA AUDITIVO?
OUVIR: AUDITIVO
Notícias temos do ambiente
Através dos sons constantemente
Nossos ouvidos recebem sons baixos ou altos
Para assimilarmos com os fatos
Que ao nosso redor acontecem
Os sons vamos explorar
Canções vamos cantar
Ouviremos músicas diferentes
Tocaremos buzina de repente
Falaremos usando rolo de papel higiênico
E brincaremos com muitos instrumentos
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SHIC!
BL
ÉIM
! SHIC!
SHIC!
BL
ÉIM
!
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA AUDITIVO?
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Cante canções simples que são acompanhadas por seus filhos.
Ouça diferentes �pos de música.
Coloque um sino ou buzina na bicicleta em posição para que a criança possa tocá-lo.
Emita um som por meio de um balão colocado no corpo ou na face da criança.
Use o rolo de papel higiênico de papelão como um alto-falante.
Imite vocalizações da criança.
U�lize os instrumentos musicais.
ALERTAS DO SISTEMA AUDITIVO
Uma cena muito vista
É a criança incomodada
Tampa os ouvidos
Protegendo-se dos sons
E assim devemos respeitá-la
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Ao contrário da hiper-reatividade¹
Não se assuste não
No caso da hipo-reatividade²
A criança produz muitos sons
SISTEMA auditivo
¹. Significa que a resposta é exagerada, aumentada, mais que o �pico (regular)
². Significa que a resposta é diminuída, lenta
GOSTO:
GUSTATIVO
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GOSTO: GUSTATIVO
O sistema gusta�vo é composto por receptores que estão localizados na língua, no céu e 
ao redor da boca, nas bochechas e na garganta. Esses receptores recebem informações vindas do 
ambiente externo como também do nosso do corpo. 
Todos esses receptores vão fornecer informações para que nosso corpo consiga ter uma 
resposta adequada ao es�mulo e com isso poderemos sugar, morder, mas�gar, engolir e até 
mesmo conversar. Quando falamos de Gustação a primeira coisa que nos vem a cabeça é o sabor, 
mas esse sistema assim como todos, trabalham de forma integrada devido a complexidade para 
se alimentar e sen�r o sabor do alimento. 
O sistema gusta�vo está bem ligado ao sistema tá�l pois por meio deles podemos 
perceber texturas, vibrações, movimentos na parte externa e interna da nossa cavidade oral, ou 
seja, nossa boca. Algumas alterações podem ser visíveis nesse processamento gusta�vo, o que 
chamamos de hiper-rea�vidade ou hipo-rea�vidade ao sistema gusta�vo. Na hiper-rea�vidade 
teremos uma reação excessiva, ou seja a criança sente mais intensamente essa sensação, 
podendo apresentar alguns sinais caracterís�cos como: a criança pode opor-se ao gosto, textura 
e/ou temperatura de certos alimentos, pode ter dificuldade em movimentar o alimento dentro 
da boca, incomodar com comida no rosto ou lábio, preferir água a outros líquidos, engasgar-se 
com a comida, dentre outras caracterís�cas. 
Diante dessa dificuldade hiper-rea�va vamos sugerir algumas estratégias: ofereça à sua 
criança doces duros com sabores suaves, apresentar gradualmente novos alimentos, introduzir 
alimentos quentes e depois frios, firmes e depois moles. Em oposição a esse padrão sensorial 
temos a hipo-rea�vidade, onde nossas crianças sentem com menor intensidade essa sensação 
44
ou seja tem pouca consciência do sabor podendo apresentar alguns desses sinais: comer 
ou lamber objetos não comes�veis, encher demais a boca ao se alimentar, não perceber que seu 
rosto está sujo, pode regurgitar ao comer, ter desejo para comer alimentos com sabores fortes 
e/ou picantes.
Diante dessa hipo-rea�vidade podemos usar estratégias como oferecer gomas de mascar 
com sabores fortes, usar durante a escovação umaescova que vibra, brincar com �nta facial, 
oferecer lanches crocantes, picantes, azedos ou salgados, brincar com instrumentos musicais 
como flauta, apito e gaita. Nessa situação ter cuidado quando oferecer comidas quentes.
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QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTeM O SISTEMA GUSTATIVO?
Dentro da boca há um tesouro escondido
Chama-se sistema gustativo
Combinação de experiências sensoriais
Ajuda-nos a perceber sabores, texturas e muito mais
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QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTeM O SISTEMA GUSTATIVO?
Tem gosto de quê? Molinho ou durinho?
Separe alimentos que a criança goste e já esteja acostumada a se alimentar, pique 
pequenos pedaços. Vamos brincar de adivinhar o que é?
Dica: Separe doces e salgados, cítricos. Texturas diferentes também, mais 
molinhas, e mais crocantes.
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ALERTAS DO SISTEMA GUSTATIVO
Em oposição, existe a hipo-reatividade²
As crianças sentem maior necessidade
De sabores fortes ou picantes
E de encher a boca com quantidade significante
Um pensamento comum vou dizer
Todas as crianças comem o que oferecer
Exceto as crianças que têm hiper-reatividade¹
Rejeitam alimentos com facilidade
¹. Significa que a resposta é exagerada, aumentada, mais que o �pico (regular). Neste caso a criança pode apresentar 
dificuldade em tolerar alimento de determinado sabor.
². Significa que a resposta é diminuída, lenta. Neste caso, a criança pode apresentar necessidade de alimentos com 
sabores fortes ou picantes, ou encher a boca com quan�dade grande de alimento.
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Algumas estratégias vamos sugerir
Para a necessidade da criança suprir
Diante da hiper-reatividade
Ofereça alimentos novos gradualmente
Em crianças hipo-reativas
Usamos diferentes estratégias divertidas
Tinta facial, escova elétrica, apitos e lanches crocantes
Mas cuidado com alimentos quentes
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ALERTAS DO SISTEMA GUSTATIVO
CHEIRAR:
oLFATO
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cheirar: olfato
Os receptores do sistema olfa�vo estão localizados no nosso nariz, que nos informa sobre 
quais �pos de odores estamos sen�ndo. 
Esse sistema também tem como função a proteção, nos sinalizando por exemplo, 
possíveis perigos como cheiro de um escape de gás de cozinha ou fumaça, ele está in�mamente 
relacionado ao nosso sistema gusta�vo. Quando há dificuldades no processamento sensorial 
olfa�vo temos um padrão de hiper-rea�vidade onde uma pessoa pode ser excessivamente 
sensível aos cheiros, por exemplo: evita alimentos, objetos, lugares ou pessoas devido ao cheiro; 
interpretam mau cheiro quando não há. 
Em outros casos podem parecer pouco sensíveis a cheiros, que são as pessoas hipo-
rea�vas. Elas podem não perceber odores desagradáveis, gostam de cheirar objetos e pessoas 
inapropriadamente, tem a necessidade de cheirar odores fortes e podem até gostar de brincar 
com fezes.
51
Quem se lembra do cheiro da infância
Da terra molhada ou cheiro da fumaça?
O sistema olfativo é memória e alerta
Importante para nossa vida que ao mundo nos conecta
Que suco é esse?
Separe copinhos pequenos com 
diferentes sucos: limão, laranja, maracujá 
e uva.
Vamos adivinhar que suco é esse?
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA OLFATIVO?
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cheirar: olfato
Quanta dificuldade acontece
Se hiper-reativo¹ este sistema aparece
Sensível em excesso à cheiros
A criança evita alimentos e lugares corriqueiros
Se até odores desagradáveis
A criança não percebe
Hipo-reatividade² é o nome
Da resposta sensorial que acontece
¹. Significa que a resposta é exagerada, aumentada, mais que o �pico (regular)
². Significa que a resposta é diminuída, lenta
53
cheirar: olfato
ALERTAS DO SISTEMA OLFATIVO
Atividades para crianças sensíveis aos odores:
 Em casa, use cheiros calmantes como baunilha ou lavanda em purificadores.
 Coloque um perfume favorito de sua criança em algum brinquedo de pelúcia.
 Introduzir cheiros gradualmente no dia a dia da criança.
Atividades para crianças que não percebem bem os odores:
 Usar difusores no ambiente com cheiros mais fortes como de frutas cítricas e hortelã.
 Brincar com massinha de modelar perfumada.
 Frascos com essências de frutas: abacaxi, limão, banana, etc combinado com uma folha com 
o desenho de cada fruta usada. Fazer a a�vidade com a criança e mais duas pessoas. Cada pessoa, 
após cheirar o frasco, deve assinalar a fruta que achar que corresponde ao cheiro.
¹. Significa que a resposta é exagerada, aumentada, mais que o �pico (regular).
². Significa que a resposta é diminuída, lenta.
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PERCEPÇÃO CORPORAL:
PROPRIOCEPTIVO
55
A propriocepção ou sen�do cinestésico nos informa como o nosso corpo está em relação 
ao espaço sem o uso da visão, os receptores estão localizados nos músculos, ligamentos, 
ar�culações, tendões e tecido conjun�vo, que nos dão a sensação de gravidade e movimento. 
Para ficar claro, nosso sen�do propriocep�vo nos informa o quanto necessitamos de força e 
pressão para usarmos nas a�vidades co�dianas, como por exemplo: pedalar uma bicicleta. Esse 
sen�do nos permite compreender a posição do nosso corpo quando estamos sentados em uma 
cadeira lendo um livro, ou de pé na pia lavando louças e nos ajuda a controlar e planejar o 
movimento. 
Algumas crianças apresentam dificuldades no processamento propriocep�vo que são, 
em determinados casos, acompanhadas de problemas no sistema ves�bular e/ou tá�l.
Além disso, podemos perceber alterações nesse sen�do e alguns sinais como dificuldades 
nas habilidades motoras finas e grossas, como por exemplo, não conseguir usar força de precisão 
para segurar um copo plás�co e tomar água, usar muita força para escrever, quebrar com 
facilidade seus brinquedos e achar di�cil manipular objetos pequenos como abotoar um botão 
de sua roupa. São crianças que esbarram muito em coisas e acabam sendo conhecidas como: 
“desastradas”, gostam de posicionar o corpo com posturas estranhas ou dificuldades em manter 
postura, giram o corpo todo para olhar para alguma coisa etc.
PERCEPÇÃO CORPORAL: PROPRIOCEPTIVO
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De olhos fechados consigo saber
Pelo sistema proprioceptivo
A posição do meu corpo perceber
E a força e pressão adequadas acontecer
Brincar de fazer massagens com toque profundo
Subir escaladas
Brincar de queda de braço
Pula- pula
Tocar instrumentos de percussão
Mexer bolos ou massas
Cabo de guerra
Brincar de rebater bolas com raquete
Brincar de estátua
Arremessar tiro ao alvo
Basquete
PERCEPÇÃO CORPORAL: PROPRIOCEPTIVO
QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO?
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Segurar um copo de plástico é fácil
Se adequada força utilizamos
Mas se torna difícil
Quando há dificuldade no sistema proprioceptivo
Impacta nas atividades motoras que realizamos
SISTEMA PROPRIOCEPTIVO
ALERTAS DO SISTEMA PROPRIOCEPTIVO
SISTEMA PROPRIOCEPTIVO
ALERTAS DO SISTEMA PROPRIOCEPTIVO
Estas brincadeiras as crianças irão gostar
Pula- pula, cabo de guerra e paredes escalar
Pode também ajudar a mamãe em casa
A fazer receitas mexendo bolos ou massas
dicas
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QUE TAL FAZERMOS ALGUMAS BRINCADEIRAS
QUE INCREMENTEM O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO?
PERCEPÇÃO CORPORAL: PROPRIOCEPTIVO
Brincar de fazer massagens com toque profundo
Subir escaladas
Brincar de queda de braço
Pula-pula
Tocar instrumentos de percussão
Mexer bolos ou massas
Cabo de guerra
Brincar de rebater bolas com raquete
Brincar de estátua
Arremessar �ro ao alvo
Basquete
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
CASO VOCÊ IDENTIFIQUE QUE SUA CRIANÇA PRECISE DE AJUDA EM RELAÇÃO ÀS 
INFORMAÇÕES APRESENTADAS NESTA CARTILHA, PROCURE UM TERAPEUTA 
OCUPACIONAL COM CERTIFICAÇAO NO MÉTODO DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL DE 
AYRES®, PARA AVALIAÇÃO E TRATAMENTO QUANDO NECESSÁRIO.
Brincar para a criança é fundamental
Para seu desenvolvimento global
Mas se alguma dificuldade apresentada aqui notar
Deve um terapeuta ocupacional qualificado procurar
61
REFERÊNCIAS
1. BOYD, B. A.; BARANEK, G. T.; SIDERIS, J.; POE, M. D.; WATSON, L. R.; PATTEN, E.; MILLER, H. 
Sensory features and repe��ve behaviors in children withau�sm and developmental delays. 
Au�sm Research, v.3, n.2, p.78-87, 2010.
2. LLOYD, M.; MACDONALD, M.; LORD, C. Motor skills of toddlers with au�sm spectrum 
disorders. Au�sm: The Interna�onal Journal of Research and Prac�ce, v.17, n.2, p.133-146, 2013.
3. BARANEK, G. T.; DAVID, F. J.; POE, M. D.; STONE, W. L.; WATSON, L. R. The Sensory Experiences 
Ques�onnaire: discrimina�ng response pa�erns in young children with au�sm, developmental 
delays, and typical development. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v.47, n.6, p.591-
601, 2006.
4. BAKER, A.; LANE, A.; ANGLEY, M.; YOUNG, R. The rela�onship between sensory processing 
pa�erns and behavioral responsiveness in au�s�c disorder: a pilot study. Journal of Au�sm and 
Developmental Disorders, v.38, n.5, p.867-875, 2008.
5. BEN-SASSON, A.; HEN, L.; FLUSS, R.; CERMAK, S. A.; ENGEL-YEGER, B.; GAL, E. A meta-analysis 
of sensory modula�on symptoms in individuals with au�sm spectrum disorders. Journal of 
Au�sm and Developmental Disorders, v.39, n.1,p.1-11, 2009.
6. CHAMAK, B.; BONNIAU, B.; JAUNAY, E.; COHEN, D. What can we learn about au�sm from 
au�s�c persons? Psychotherapy and Psychosoma�cs, v.77, n.5,p.271-279, 2008.
62
7. DAWSON, G.; WATLING, R. Interven�ons to facilitate auditory, visual, motor integra�on in 
au�sm: A review of the evidence. Journal of Au�sm and Developmental Disorders, v.30, n.5, 
p.415-421, 2000. [21:05, 06/05/2020] 
8. CULP, S. L. A Buffet of Sensory Interven�ons: Solu�ons for Middle and High School Students 
with Au�sm Spectrum Disorders. Kansas, AAPC Publishing, 2011.
 
Referências consultadas:
Ayres, A. J. Sensory Integra�on and Learning Disorders. 1972. Los Angeles, CA: Western 
Psychological Services.
_____. Sensory Integra�on and the Child. Los Angeles, CA: Western Psychological Services, 1979.
_____. Sensory Integra�on and the Child: 25th Anniversary Edi�on. Los Angeles, CA: Western 
Psychological Services, 2005.
LANE, A. E.; YOUNG, R. L.; BAKER, A. E. Z.; ANGLEY, M. T. Sensory processing subtypes in au�sm: 
Associa�on with adap�ve behavior. Journal of Au�sm and Developmental Disorders, v.40, n.1, 
p.112-122, 2010.
63
REFERÊNCIAS
créditos
ORGANIZAÇÃO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INTEGRAÇÃO SENSORIAL - ABIS
Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SNDPD
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos - MMFDH
ELABORAÇÃO:
Ulânova Xavier Coêlho - Terapeuta Ocupacional CREFITO 6383 - TO
REVISÃO
Ulânova Xavier Coêlho
Terapeuta Ocupacional CREFITO 6383 - TO
Derivan Brito da Silva
Terapeuta Ocupacional CREFITO 5776 - TO
José Naum de Mesquita Chagas 
Terapeuta Ocupacional CREFITO 8498 - TO
APOIO 
Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais - ABRATO
POESIAS
Lidia Ruela - Terapeuta Ocupacional e Poe�sa
ILUSTRAÇÕES, ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Isis Vieira Barbosa - Ar�sta Plás�ca
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créditos
DIRETORIA ABIS 
Claudia Omairi - Presidente
Terapeuta Ocupacional
Crefito 2178 - TO
 
Aline Medina - Vice-Presidente
Terapeuta Ocupacional
Crefito 8868 - TO
Giovana Mar�ni - 1ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 6596 - TO
Daniela Zimmer - 2ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 3751 - TO
 
Fernanda GuinterHerter - 3ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 16743 - TO
Leyla Maria Achtschin de Oliveira - 4ª Secretária
Terapeuta Ocupacional
Crefito 1987- TO
Lídia Ruela - 1ª Tesoureira
Terapeuta Ocupacional
Crefito 8295 - TO
Janet Winter - Conselho Fiscal
Terapeuta Ocupacional
Crefito 2426 - TO
65
orientações de BRINCADEIRAS
PARA FAMÍLIAS COM CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
2020
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