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Roteiro de Estudos – Filosofia: razão e modernidade 1º. Unidade: Universo Mítico 1. Para que serve a Filosofia? A filosofia é uma ferramenta como uma base de compreensão da realidade, que era apenas aceita anteriormente, é um processo de metacognição, é a razão acordada, é o ato de refletir, de perguntar como, onde, do porquê, e do pra quê, é onde todo o saber se constitui. A atitude filosófica promove o distanciamento da vida cotidiana, para que o sujeito interrogue a si mesmo. É decidir não aceitar como óbvias e evidentes as coisas sem antes investiga-las. A filosofia consiste em dizer não ao senso comum e interrogar as coisas e nós mesmos. 2. Qual a origem etimológica e histórica da Filosofia Pitágoras criou a palavra filosofia Philos + Sophia, que literalmente significa a amizade pela sabedoria, respeito pelo saber, procura amorosa da verdade A filosofia é grega. Os gregos foram aqueles que instituíram para o Ocidente Europeu as bases e os princípios fundamentais que chamamos de: razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, etc. O surgimento da filosofia se deu quando se racionalizou que a verdade dos humanos e do mundo poderia ser conhecida por todos, através da razão, além de conhecida, essa sabedoria podia também ser ensinada e transmitida a todos. Alguns acontecimentos históricos também influenciaram para o surgimento da filosofia, como as viagens marítimas, a invenção do calendário, da moeda e da política, o surgimento da vida urbana, etc. 3. Como se deu a passagem do mito ao logos? A passagem do mito ao logos é designada pela passagem dos homens, que anteriormente justificavam todos os acontecimentos às divindades e passaram a utilizar da razão para compreender o mundo que os cercava. 3.1. Cosmogonia/cosmologia A origem do cosmos era dada e compreendida pelos deuses, a passagem para a cosmologia através do conhecimento racional da ordem do universo. 3.2. Pré-reflexividade/reflexividade filosófica Período mítico, o ser vive da espontaneidade da realidade, sem explicação, o aqui e gora são importantes com a vivência, através da circularidade mítica. 3.3. Ontologia/epistemologia Ontologia – Dimensão mítica que é universal. Parte da filosofia que estuda as propriedades mais gerais do ser, o sentido abrangente do ser, analisa as coisas existentes no mundo, a natureza do ser e a realidade - Estudo das propriedades mais gerais do ser, com um todo, através da dualidade das coisas mal/bem, luz/trevas, amor/ódio Epistemologia – Dimensão narrativa, representativa da realidade. Área da filosofia que estuda o conhecimento, sua formação, a diferença entre ciência e senso comum a validade do saber científico - diferentes perspectivas que existem de uma mesma coisa com natureza empírica (experiência, observação) 4. Diferencie mito simbólico de mito significante. Mito simbólico é a expressão natural e genuína do universal (místico e transcendental, universal) e mito significante (representação ideológica de acordo com a vivência do universal, aparenta ser simbólico e universal) 5. Conceitue e dê um exemplo: 5.1. Mito (Ação em movimento circular, unidade entre as forças que não se fragmentaram)Relato de algo ocorrido primordialmente com a intervenção de entes sobrenaturais, tem representação coletiva, é transmitida por gerações, relatando uma explicação do mundo, modo de significação, uma ideia, uma forma e não um conceito. Ele não é um ato, é uma ação em movimento, é ilógico, anacrônico e irracional, é uma codificação da religião primitiva e da sabedoria prática. Tem por finalidade apenas a si mesmo acreditar nele é algo que envolve vontade e fé, como exemplo temos a Pandora. 5.2. Mitologia É a narrativa simbólica e alegórica de um mito. 5.3. Mitologema Aquele elemento que constitui a saga do herói, o percurso, o modo que ele irá seguir em seu contexto, Tiradentes mitologema inconfidência mineira, saga de Tancredo neves → saga do diretas já 5.4. Mitema Elemento comum de todos os heróis. Viveram e deram a vida em função da coletividade. São as menores unidades com algum sentido e que formam o mito em si, os mitemas são redundantes e podem ser encontrados em diversos mitologemas, e é justamente a repetição destes mitemas que dá sentido a narrativa mítica. Não são diacrônicos Ex.: Morte precoce (preferem ser imemoráveis em relação às suas ações, a ter uma vida longeva) 5.5. Mitocrítica É a ferramenta, o recuso para fazer a análise racional de um mito, desconstruindo-o e criticando, ver as intenções. 6. Classifique as três fases do capitalismo e do consumo 6.1. Taylorismo – sedução/distração Revolução cientifica, matematização da produção, Gargalo, consumo desenfreado da produção, mas comedido Administração científica, racionalização dos meios de produção 6.2. Fordismo – padronização/massa Trabalho em série, serialização, na indústria automobilística, controle do operário dentro e fora da empresa, consumo é padronizado, consumo de massa, ostentação e exibição 6.3. Toyotismo – caprichoso/emocional Processo produtivo de altas tecnologias para o controle da produção, poucos recursos do pós guerra e escassez da mão de obra, mão de obra desqualificada da mulher, consumo baseado em escolhas mais emocionais 7. Relacione: 7.1. Sociedade de hiperconsumo e mito significante. Sociedade que o turboconsumidor acha que é possível chegar à felicidade pelo consumo, hommo felix, homem feliz. Se alicerça pelo mito significante, por uma figura idealizada como um deus, que ordena de forma absoluta e inquestionada, obedece aos ordenamentos do capitalismo 7.2. Mito simbólico e significante. É universal e nunca terá um fim, eterno Artificialização da história, tentativa ideológica de reproduzir o universal, se beneficia do mito simbólico, mas de forma corrompida 8. Justifique a continuidade do mito simbólico no horizonte logocêntrico ocidental. Mito simbólico sobrevive, ele atravessa a história, é cíclico e é atemporal, não está submetido aos tempos históricos, por isso ele sobrevive e continuará sobrevivendo, ele é independente de tudo.
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