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Projeto Mário Travassos Aluno David NPOR Macapá 2021 - Livro: Segunda Guerra Mundial: As Grandes Decisões Estratégicas

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 Projeto Mário Travassos 
Livro: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: AS GRANDES DECISÕES ESTRATÉGICAS
Autores: Diretoria de História Militar do Departamento do Exército dos EUA
 Aluno LUCAS ROCHA DAVID
 
 2021
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 Projeto Mário Travassos
 RESENHA CRÍTICA
Livro: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: AS GRANDES DECISÕES ESTRATÉGICAS
Autores: Diretoria de História Militar do Departamento do Exército dos EUA
 
 Os Agentes do Destino das Nações
 Aluno LUCAS ROCHA DAVID
 
 2021
O livro escrito em conjunto por diversos autores, “Segunda Guerra Mundial: As Grandes Decisões Estratégicas” (Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército Editora, 2004), é dividido em 20 partes, cada uma delas abordando um fato/decisão de grandes líderes e generais em momentos cruciais da Segunda Guerra Mundial. Os autores buscaram, desde a primeira estratégia, tratar de cada tema partindo do ponto de vista dos agentes em questão, sejam eles pertencentes aos países do Eixo ou Aliados. Com isso, é possível observar que os autores tiveram uma grande preocupação em relatar os fatos de acordo com a realidade, buscando fontes de arquivos secretos e conversações/conferências entre países para um melhor entendimento desde dentro das principais nações que participaram do conflito.
ANÁLISE DESDE CADA ESTRATÉGIA
É possível observar, já na estratégia 1 “Primeiro a Alemanha”, como ocorrerá o desenvolvimento do livro e quais ênfases históricas principais serão abordadas, com os autores focando principalmente nas ações de pessoas singulares e suas diversas nuances e discussões ao buscar empregar o meio de ação mais eficiente do problema em questão. Nesta primeira tem-se a participação direta de generais e comandantes, junto ao presidente Americano, na formulação de um plano para uma possível futura guerra com o Japão, que nas conversas e documentações era chamado de “laranja”. O livro começa tratando de um tema do qual os autores parecem ter uma vasta documentação, tendo em vista a meticulosidade da abordagem e desenrolar do tema, é perceptível que a bibliografia disponibilizada foi suficiente para dar ao relato uma sensação de continuidade e coerência aos leitores. 
Já na segunda estratégia, onde o autor escreve sobre a invasão Nazista á Noruega, é possível perceber uma maior generalização dos relatos históricos mencionados, em que Hitler aparenta ser o grande e único personagem que manda e desmanda em todas as ações da Alemanha. É factual que Hitler exercia uma autoridade maior sobre seus subordinados do que, por exemplo, Roosevelt, mas isso não exclui o fato de que milhares de decisões em uma guerra não podem, por impossibilidade intrínseca da própria existência humana, ser tomadas e executadas por apenas um agente. Logo pode-se observar um menor domínio dos autores sobre as informações mais particulares das ações dos países do Eixo, fazendo essas estratégias passarem ao leitor uma sensação de afastamento do acontecimento histórico. Porém, mesmo com tal déficit de informações, o autor consegue expressar a ideia desejada e transmitir uma compreensão do que se passou e nas decisões que foram tomadas até chegar ao fato consumado.
O CAMINHO LÓGICO QUE O LIVRO VAI SEGUIR
A partir dessas duas análises divergentes, tem-se uma base geral de como vai se desenvolver a leitura do livro, onde as estratégias Americanas vão dar uma aparência de maior detalhamento e especificação, enquanto as estratégias principalmente dos países do Eixo vão ser sempre trazidas com uma menor objetividade (salvo algumas exceções como a estratégia 4 dos Japoneses de entrar na guerra, que mesmo não sendo uma estratégia Americana, o autor conseguiu colher informações suficientes para satisfazer com muitos detalhes o passo a passo desde as reuniões de comando até o bombardeio de Pearl Harbor). Essa carência de fontes e dados particulares em algumas análises estratégicas em comparação com outras traz dois tipos de abordagens históricas conhecidas, uma delas definida muito bem pelo escritor russo Liev Tolstói, onde o curso da história não se define apenas por movimentos culturais ou vontades individuais, mas pela ação e participação de cada agente vivo naquele teatro histórico. Contrariando o método da maioria historiadores da época e até mesmo dos tempos atuais, que procuram ver os acontecimentos como fatores simples e com explicações rasas, como por exemplo: “Napoleão decidiu conquistar a Europa porque era malvado”. Nesse sentido, tem-se um exemplo dentro do livro que apresenta categoricamente essa diferença entre os capítulos: Estratégia Número 11: O General Lucas em Ânzio. Esta é, com certeza, a estratégia melhor abordada dentro do livro, feita pelo autor Martin Blumenson. As características e os pormenores são tão específicos que trazem ao leitor a sensação de estar na pele do General Lucas naqueles dias que antecederam o desembarque no oeste da Itália, trazendo até mesmo cartas pessoais e o diário do General relatando suas preocupações e desconfianças para com a missão que deveria cumprir. Dando até a oportunidade de correlacionar esse acontecimento com outro menos detalhado que vem anterior deste: 10- A decisão de Hitler sobre a defesa da Itália.
CONSIDERAÇÕES
Apesar desse pequeno detalhe que, na realidade, demonstra muito mais a falta de informações que até hoje os historiadores carecem sobre muitas ações de países do Eixo do que qualquer outra coisa, o livro pode ser considerado uma obra prima e única, com uma coleta de documentos, informações, entrevistas sobre essas estratégias trazidas em primeira mão, e utilizando-se de um método histórico que facilita aos leitores se sentirem dentro das maiores decisões tomadas na grande guerra: Os fatos contados considerando a presença de agentes históricos, suas vontades, seus sentimentos e suas tomadas de decisões como fatores chave para o destino de um movimento ou de uma nação. Método este muito semelhante ao da teoria de Tolstói, porém um pouco mais orientado para a importância das ações dos grandes líderes e influenciadores da história mundial. Olavo de Carvalho, escritor e filósofo Brasileiro, já definiu essa abordagem histórica como “...um bom meio de iniciar uma investigação histórica, mas não de concluí-la.”.
O livro tem, no seu todo, uma leitura fácil e tranquila, porém que exige um pouco de conhecimentos gerais prévios, como geografia e conceitos Militares. Tendo esses conhecimentos, o mesmo se torna uma verdadeira aventura dentro da história, cada autor tem seu estilo próprio, mas todos procuraram trazer uma unidade no raciocínio e conseguiram fazer isso com êxito. Cada estratégia consegue cativar a atenção dos leitores e floresce o imaginário com as descrições dos terrenos e as cartas mostrando o teatro de ações onde ocorreu todo o desdobramento. Muito mais que um livro histórico, é um livro puramente estratégico, de uma originalidade formidável.
Por: Lucas Rocha David, Aluno NPOR Macapá
 REFERÊNCIAS
DE CARVALHO, O. O método para não entender nada, Diário do Comércio, 3 de dezembro de 2013
Disponível em: https://olavodecarvalho.org/o-metodo-para-nao-entender-nada/
TOLSTÓI, L. GUERRA E PAZ Vol. 2. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

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