Buscar

direito-eleitoral-ponto-5--da-convencao-partidaria-do-registro-das-candidaturas-17292

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
2020
MAGISTRATURA
ESTADUAL
DIREITO ELEITORAL
Da convenção partidária. 
Do registro das candidaturas.
(PONTO 5)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Sumário
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3
1.DOUTRINA (RESUMO) ...............................................................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................24
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................31
4. QUESTÕES DE CONCURSOS ..................................................................................34
4.1 COMENTÁRIOS................................................................................................36
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
3
DIREITO ELEITORAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)
Atualizado em 11/03/2020
5 Da convenção partidária. Do registro das candidaturas.
Camila Penteado
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
4
Neste ponto do edital do Mege, discorreremos sobre a convenção par�dária e o 
registro de candidatos. Abordaremos as normas con�das na Lei das Eleições, juntamente com 
uma análise dos entendimentos do TSE sobre o tema, colacionando-se diversas súmulas desse 
tribunal. Fiquem atentos aos prazos para as convenções e o posterior registro dos candidatos.
Bons estudos!
Professora Camila Penteado.
Apresentação
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
5
ATENÇÃO!
1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. DA CONVENÇÃO PARTIDÁRIA
1.1.1. CONDIÇÕES GERAIS
A convenção par�dária é o instante em que os par�dos se reúnem para definir os seus 
candidatos e as coligações da eleição seguinte.
A Lei das Eleições define que essas convenções devem ocorrer entre os dias 20 de julho 
a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, conforme caput do art. 8º:
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos par�dos e a deliberação sobre coligações 
deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se 
realizarem as eleições, lavrando-se a respec�va ata em livro aberto, rubricado pela 
Jus�ça Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de 
comunicação. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Importante frisar que a CF, além de outras atribuições, confere aos par�dos polí�cos 
autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre sua organização e 
funcionamento e, ainda, para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações (art. 
17, § 1º, CF).
Do mesmo modo, cabe aos par�dos polí�cos disciplinarem, em seus estatutos jurídicos, 
as normas de escolha e subs�tuição dos candidatos e, também, para a formação de coligações, 
observadas as normas legais sobre o tema, conforme estabelece o art. 7º da Lei nº 9.504/97:
Art. 7º As normas para a escolha e subs�tuição dos candidatos e para a formação de 
coligações serão estabelecidas no estatuto do par�do, observadas as disposições 
desta Lei.
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do par�do 
estabelecer as normas a que se refere este ar�go, publicando-as no Diário Oficial da 
União até cento e oitenta dias ANTES das eleições.
Não é uma convenção nacional que define essas normas suplementares, mas o próprio órgão 
de direção nacional do par�do polí�co.
§ 2º Se a convenção par�dária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre 
coligações, às diretrizes legi�mamente estabelecidas pelo órgão de direção 
nacional, nos termos do respec�vo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação 
e os atos dela decorrentes. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
6
ATENÇÃO!
§ 3º As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção par�dária, na 
condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Jus�ça Eleitoral no prazo de 
30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei 
nº 12.034, de 2009)
§ 4º Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido 
de registro deverá ser apresentado à Jus�ça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à 
deliberação, observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Constata-se que, primeiramente, devem ser observadas as regras constantes no 
estatuto do par�do e na Lei das Eleições para a escolha dos candidatos e das coligações. Apenas 
no caso de omissão, será atribuída a competência ao órgão de direção nacional para 
elaboração de normas suplementares, caso em que essas deverão ser publicadas no Diário 
Oficial da União ATÉ 180 dias ANTES das eleições.
Como já explanado em ponto anteriores, com o advento da EC nº 97 de 04 de outubro de 
2017, resta vedada a celebração de coligações nas eleições proporcionais, a par�r das 
próximas eleições de 2020, por força do art. 2º dessa emenda.
De todo modo, as coligações serão permi�das nas eleições majoritárias (art. 17, § 1º, CF).
Outro ponto se refere ao local das convenções para a escolha dos candidatos. Os 
prédios públicos poderão ser u�lizados pelos par�dos polí�cos para tal fim, os quais se 
responsabilizarão pelos eventuais danos causados com a realização do evento (§ 2º, art. 8º, Lei 
das Eleições). A disciplina desta u�lização está prevista, ainda, na Resolução 23.602/2019 do 
TSE, que dispõe sobre a escolha e o registro de candidatos para as eleições.
As convenções podem ser nacionais, regionais e municipais. 
Nas nacionais, os par�dos deliberam acerca da escolha dos candidatos a presidente e 
vice-presidente da república, além das respec�vas coligações. 
As convenções regionais, por sua vez, ocorrem para a escolha dos candidatos a 
governador e vice-governador, deputados estaduais, distritais e federais.
Já as convenções municipais, apenas se referem aos cargos das eleições municipais, 
quais sejam, prefeito, vice-prefeito e vereadores.
Por fim, impende destacar que todos aqueles que pretendam concorrer às eleições 
devem, além de preencher os requisitos necessários, se submeter às convenções par�dárias. 
Isso porque o § 1º do art. 8º da Lei das Eleições foi suspenso pela decisão do STF na ADI 
2.530-9. Esse disposi�vo possibilitava aos detentores de mandato de Deputado Federal, 
Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e aos que �vessem exercido esses cargos em qualquer 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
7
OBSERVAÇÃO:
período da legislatura que es�vesse em curso, o registro de candidatura para o mesmo cargo 
pelo par�do a que estejam filiados.
Assim, não é permi�da a chamada candidatura nata.
1.1.2. DOS CANDIDATOS
Inicialmente, deve a pessoa preencher as condições de elegibilidade con�das no § 3º 
do art. 14 da CF. Duas delas que merecem destaque são: a filiação em par�do polí�co (inciso V) e 
domicílio eleitoral na circunscrição (inciso IV).
A filiação ao par�do polí�co é obrigatória, não podendo a pessoa se candidatara 
qualquer cargo polí�co sem o preenchimento dessa condição de elegibilidade. 
Outrossim, com o advento da Lei nº 13.488, de 06 de outubro de 2017, a legislação 
infracons�tucional vedou, expressamente, a candidatura avulsa (sem par�cipação do par�do 
polí�co), ainda que o requerente tenha filiação par�dária. Veja o § 14 do art. 11 da Lei das 
Eleições adiante transcrito:
Lei nº 9.504/97
Art. 11.
§ 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação 
par�dária. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Por exemplo: João é filiado ao par�do “X”, todavia, requer o seu registro perante à JE 
como candidato a Prefeito de uma determinada cidade, de forma autônoma, sem ser através do 
par�do “X” ao qual é filiado.
Nesse caso, embora João tenha filiação par�dária, preenchendo o requisito de 
elegibilidade do art. 14, V, da CF, não poderá ter seu registro de candidatura deferido porque 
não basta ser filiado, tem que se candidatar por meio do par�do polí�co ao qual está vinculado.
Além da filiação par�dária, o requerente deve possuir domicílio eleitoral na respec�va 
circunscrição (condição de elegibilidade).
Para relembrar, conceituamos circunscrição no ponto 03 do edital do Mege:
Circunscrição Eleitoral → é considerada uma divisão territorial, variando, contudo, de acordo 
com o pleito. Nas municipais (prefeito, vice-prefeito e vereadores), cada município corresponde a 
uma circunscrição; nas estaduais (governador, vice-governador, deputados federais, deputados 
estaduais e senadores), cada Estado será uma circunscrição; nas presidenciais (presidente e vice-
presidente), a circunscrição corresponderá a todo o país. Delimitam, assim, o âmbito da votação.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
8
OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO!
De todo modo, ainda não é o bastante a simples filiação par�dária e domicílio eleitoral 
na circunscrição. A legislação infracons�tucional aponta um e prazo mínimo dessa filiação do 
domicílio para que o requerente tenha seu registro da candidatura deferido.
Impende destacar que esse prazo já sofreu alteração em 2015, através da chamada 
minirreforma eleitoral da Lei nº 13.165/2015. E, no ano de 2017, por meio da Lei nº 13.488, de 
06 de outubro de 2017, novamente se modificou o prazo mínimo em questão.
Veja o disposi�vo vigente:
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na 
respec�va circunscrição estar com a filiação deferida pelo pelo prazo de seis meses e 
par�do no mesmo prazo. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
Parágrafo único. Havendo de par�dos após o prazo es�pulado fusão ou incorporação
no caput, será considerada, para efeito de filiação par�dária, a data de filiação do 
candidato ao par�do de origem.
Esse prazo já foi objeto de diversas questões de concursos públicos. Portanto, pode ser item 
de pergunta de prova, buscando do candidato a atualização legisla�va.
Atente que esse prazo es�pulado pela legislação é o mínimo geral, podendo o par�do 
polí�co ampliá-lo em razão de sua autonomia. 
Para sinte�zar a legislação vigente, observe para o esquema adiante:
O parágrafo único do art. 9º antes transcrito ainda traz a hipótese de a fusão e a 
incorporação de par�dos polí�cos (vide arts. 27 a 29 da Lei nº 9.096/95) ocorrer após esses 
prazos mínimos. Nesses casos, será considerada a data de filiação do candidato ao par�do de 
origem para efeito de filiação par�dária.
No concurso para a magistratura do TJSC de 2017, a FCC, em consideração ao disposto literal 
con�do no art. 29, § 9º, da Lei dos Par�dos Polí�cos, apontou como correta a asser�va: “A 
incorporação de par�do polí�co somente é cabível em relação a par�dos polí�cos que tenham 
ob�do registro defini�vo do Tribunal Superior Eleitoral há, pelo menos, 5 (cinco) anos.”
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
9
OBSERVAÇÃO:
Desse modo, fique atento ao disposto nos arts. 27 a 29 dessa lei, que trata “da Fusão, 
Incorporação e Ex�nção dos Par�dos Polí�cos”, uma vez que pode ser objeto de 
ques�onamento, também, em outros concursos, buscando do candidato o conhecimento da 
literalidade da lei sobre o tema.
Questão peculiar se refere aos magistrados, membros dos Tribunais de Contas e 
membros do Ministério Público.
Todos não podem exercer a�vidade polí�co-par�dária (arts. 95, parágrafo único, III; 
128, § 5º, II, “e”; 130, todos da CF).
Quanto aos membros do MP, observe o exposto no ponto 03 do edital do Mege, a respeito do 
MP Eleitoral, ocasião em que se consignou:
“Assim, os membros que ingressaram ANTES da EC nº 45/2004 PODEM exercer a�vidade 
polí�co-par�dária; já os que adentraram na ins�tuição APÓS a referida emenda, NÃO 
PODEM exercer a�vidade polí�co-par�dária.”
Por esse mo�vo, devem se afastar defini�vamente de suas a�vidades e, assim, 
realizar sua filiação em par�do polí�co até os prazos es�pulados para desincompa�bilização 
con�dos na Lc nº 64/90.
Nessa linha, observe o posicionamento do TSE:
(...) Os magistrados, os membros dos tribunais de contas e os do Ministério Público, 
devem filiar-se a par�do polí�co e afastar-se defini�vamente de suas funções até 
seis meses antes das eleições. (Art. 13, da Res.-TSE nº 22.156, de 13.3.2006.) (...) (TSE - 
Ac. de 21.9.2006 no RO nº 993, rel. Min. Cesar Asfor Rocha.)
Magistrados. Filiação par�dária. Desincompa�bilização. Magistrados e membros dos 
tribunais de contas, por estarem subme�dos à vedação cons�tucional de filiação 
par�dária, , estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixado em lei ordinária
devendo sa�sfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, 
prazo de desincompa�bilização estabelecido pela Lei Complementar nº 64/90. (TSE - 
Res. nº 19.978, de 25.9.97, rel. Min. Costa Leite)
1.2. DO REGISTRO DE CANDIDATOS
O número de candidatos a serem registrados pelo par�do ou coligação dependerá do 
sistema eleitoral (majoritário ou proporcional).
No caso do sistema majoritário, o par�do ou coligação apenas registrará candidatos de 
acordo com o número de vagas a serem preenchidas. 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
10
ATENÇÃO!
Assim, nos cargos a Chefe do Poder Execu�vo (Presidente e Vice-Presidente da 
República, Governador e Vice-Governador, Prefeito e Vice-Prefeito), só poderá lançar um 
candidato para cada cargo. 
Importante mencionar que, em se tratando de coligação, o candidato a Presidente da 
República, por exemplo, pode pertencer a um par�do e o candidato a Vice-Presidente pode ser 
vinculado a outro par�do, desde que pertencentes à mesma coligação.
Lembre-se que os candidatos ao sistema majoritário se submetem ao princípio da 
unicidade da chapa, isto é, elegendo o candidato “principal”, também se elege o 
“secundário”. Desse modo, a par�r do momento que se elege qualquer membro do Poder 
Execu�vo (Presidente, Governador ou Prefeito), igualmente se elege seu respec�vo Vice. Isso 
também ocorre com os candidatos ao Senado, pois, ao se eleger um Senador da República, 
elegem-se seus respec�vos suplentes.
É nesse sen�do que se encontra também o teor da súmula 38 do TSE:
Súmula 38. Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há 
li�sconsórcio passivo necessário entre o �tular e o respec�vo vice da chapa majoritária.
Já no cargo de Senador, há uma peculiaridade. Embora seja eleito pelo sistema 
majoritário, a CF/88 es�pula que cada Estado e o DF elegerão 03 Senadores, com mandato de 08 
anos, renovando-se a representação a cada 04 anos, alternando-se por 1/3 e 2/3.
Destarte,a cada 04 anos haverá eleição para Senador, contudo, em uma eleição terá de 
ser eleito 01 Senador, com dois suplentes, e, na outra eleição, haverá eleição de mais 02 
Senadores, cada um com seus respec�vos 2 suplentes.
Observe a redação do art. 46 da CF:
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito 
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Com isso, verifica-se que, na eleição para Senador, em que se preencherá 01 vaga, cada 
par�do ou coligação só indicará a registro 01 candidato, com mais 02 suplentes; se, por outro 
lado, a eleição comportar o preenchimento de 02 vagas ao Senado, o par�do ou coligação 
apontará a registro 02 candidatos, com os respec�vos 02 suplentes de cada.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
11
ATENÇÃO!
Destaque-se, também, que, no caso de coligação, o candidato a Senador pode 
pertencer a um par�do e o candidato a suplente pode estar vinculado a outro par�do, desde 
que pertencentes à mesma coligação.
Já os candidatos ao sistema proporcional (deputado federal, estadual, distrital e 
vereadores), o par�do ou coligação poderá indicar ao registro mais candidatos que o número de 
vagas.
O art. 10 da Lei nº 9.504/97 traz uma regra geral e a exceção. Veja o disposi�vo em questão:
Art. 10. Cada par�do ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos 
Deputados, a Câmara Legisla�va, as Assembleias Legisla�vas e as Câmaras Municipais 
no total de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, 
salvo: (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara 
dos Deputados não exceder a doze, nas quais cada par�do ou coligação poderá registrar 
candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% 
(duzentos por cento) das respec�vas vagas; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - nos Municípios de até cem mil ELEITORES, nos quais cada coligação poderá 
registrar candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares 
a preencher. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste ar�go, cada par�do ou 
coligação preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta 
por cento) para candidaturas de cada sexo. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e 
igualada a um, se igual ou superior.
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número 
máximo de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos par�dos 
respec�vos poderão preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do 
pleito. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Perceba que a regra geral se encontra no caput do art. 10 acima. Portanto, cada par�do 
ou coligação poderá registrar até 150% do número de vagas a preencher (regra geral). 
Veja que esse percentual de 150% do n úmero de vagas é máximo, pois a legislação aponta 
“ATÉ”. De todo modo, se a convenção não indicar o percentual máximo de candidatos, caberá 
aos órgãos de direção dos par�dos da circunscrição preencher as vagas remanescentes até 
30 dias antes do pleito.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
12
OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO!
Em se tratando de eleições para deputados federais, estaduais e distritais, essa regra 
será aplicada se o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados for superior a 
12 vagas (a par�r de 13 lugares). Se o número de lugares a preencher não exceder a doze, cada 
par�do ou coligação poderá registrar até 200% das respec�vas vagas (exceção).
Já para as eleições de vereadores, a exceção se refere ao número de eleitores do 
Município. Se esse número for até cem mil eleitores, cada coligação poderá registrar até 200% do 
número de lugares a preencher. Note que essa exceção apenas se aplica às coligações. Os par�dos 
polí�cos não coligados se sujeitam ao limite de 150% das vagas para a Câmara dos Vereadores.
Como já adver�do alhures, com o advento da EC nº 97 de 04 de outubro de 2017, resta 
vedada a celebração de coligações nas eleições proporcionais. 
Essa mudança, todavia, apenas será aplicada às eleições de 2020, por força do art. 2º da EC nº 
97/2017.
Cuidado com as provas do concurso, pois a alteração, embora só possa ser aplicada nas 
próximas eleições, já se encontra vigente. Então, observe o enunciado de uma possível 
questão do concurso a respeito do tema para não cair em erro.
De todo modo, a par�r das eleições de 2020, as coligações apenas serão permi�das nas 
eleições majoritárias (art. 17, § 1º, CF).
Conforme o § 3º acima, será necessário distribuir as candidaturas nos percentuais de, 
no mínimo, 30% e, no máximo, de 70% para cada sexo. 
Sabe-se que a finalidade da norma foi incen�var a par�cipação feminina na polí�ca.
Todavia, observe que os percentuais mínimos e máximos de 30% e 70%, respec�vamente, 
não são especificados para qual gênero (masculino ou feminino) deve ser aplicado; o que a 
legislação prevê é que haja essa distribuição dos gêneros, independentemente se o 
percentual mínimo de registros se refere a mulheres e o máximo a homens e vice-versa.
Não obstante, o TSE, dando nova interpretação ao § 3º do art. 10 em comento, apontou que a 
expressão “cada sexo (...) refere-se ao gênero, e não ao sexo biológico, de forma que tanto os 
homens como as mulheres transexuais e traves�s podem ser contabilizados nas respec�vas 
cotas de candidaturas masculina ou feminina. Para tanto, devem figurar como tal nos 
requerimentos de alistamento eleitoral, nos termos estabelecidos pelo art. 91, caput, da Lei 
das Eleições, haja vista que a verificação do gênero para o efeito de registro de candidatura 
deverá atender aos requisitos previstos na Res.-TSE nº 21.538/2003 e demais normas de 
regência.” (TSE - Ac.-TSE, de 1º.3.2018, na Cta nº 060405458)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
13
Com base nesse entendimento, nas eleições de 2016 para o cargo de Vereador da cidade de 
São Paulo, houve descumprimento da cota de gênero por parte do PP, à época, par�do do 
candidato Thammy Miranda.
A Portaria Conjunta TSE nº 1/2018 norma�zou o entendimento, determinando que, para fins 
de cálculos dos percentuais, “será considerado o gênero declarado no Cadastro Eleitoral”.
Outro destaque que merece ser apontado: recursos recebidos pelo Par�do do Fundo Par�dário 
e aplicação mínima nas campanhas das mulheres candidatas. O STF, em atenção à necessidade 
de incen�vo das mulheres na polí�ca, decidiu que o Par�do deve des�nar, no mínimo, “30% do 
montante do fundo alocado a cada par�do, para as eleições majoritárias e proporcionais” das 
campanhas das mulheres e, caso haja “percentual mais elevado de candidaturas femininas, o 
mínimo de recursos globais do par�do des�nados a campanhas lhes seja alçado na mesma 
proporção” (STF - ADI 5617, Pleno, j. 15.03.2018). Por exemplo: se o Par�do possuir 40% de 
mulheres candidatas, serão des�nados 40% para as campanhas delas.
Atente, ainda, que esses percentuaisdevem ser observados em razão do número de 
candidaturas efe�vamente requeridas pelo par�do, com a devida autorização do candidato 
ou candidata (Resolução TSE 23.609/2019) e não sobre o total de candidaturas possíveis, 
conforme entendimento do TSE. Veja trecho da decisão do tribunal:
O cálculo dos percentuais deverá considerar o número de candidatos efe�vamente 
lançados pelo par�do ou coligação, não se levando em conta os limites estabelecidos 
no art. 10, caput e § 1º, da Lei nº 9.504/97. (TSE - Ac. de 12.8.2010 no REspe nº 78432, 
rel. Min. Arnaldo Versiani)
O § 4º antes transcrito determina, ainda, que, em todos os cálculos, será sempre 
desprezada a fração, se inferior a 0,5 (meio), e igualada a 1,0 (um), se igual ou superior.
Entretanto, para efeito do cálculo do percentual mínimo de 30%, caso a fração dê 
inferior a 0,5 e essa seja desprezada, não se a�ngirá o percentual mínimo. Por esse mo�vo, o TSE 
possui o entendimento de que, “na reserva de vagas por sexo, qualquer fração será igualada a 
um no cálculo do percentual mínimo para um dos sexos e desprezada no cálculo das vagas 
restantes para o outro sexo.” (TSE - Ac. nº 22.764, de 13.10.2004, rel. Min. Gilmar Mendes)
Por exemplo: se o par�do ou coligação for registrar a quan�dade de 38 candidatos. 
Para aplicar os percentuais mínimos (30%) e máximos (70%) sobre esse valor, chegaria 
a um resultado de 11,4 para o percentual mínimo; nesse caso, conforme TSE, se iguala a 1,0 e o 
par�do ou coligação poderá indicar 12 candidatos do gênero feminino. 
Aplicando-se o percentual de 70% sobre as 38 vagas, chega-se a um resultado de 26,6; 
assim, despreza-se a fração e ter-se-á um número máximo de 26 candidatos do gênero 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
14
masculino. Somando-se ambos os cálculos (12 mulheres e 26 homens candidatos), chega-se ao 
número possível de registro desse par�do ou coligação de 38 candidatos.
O pedido de registro dos candidatos deve ser realizado até às 19 horas do dia 15 de 
AGOSTO do ano que se realizarem as eleições, acompanhado de diversos documentos 
enumerados nos incisos do § 1º do art. 11 da Lei das Eleições:
Art. 11. Os par�dos e coligações solicitarão à Jus�ça Eleitoral o registro de seus 
candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as 
eleições. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - cópia da ata a que se refere o art. 8º (ata da convenção par�dária que homologou a 
candidatura);
II - autorização do candidato, por escrito;
III - prova de filiação par�dária;
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;
V - cópia do �tulo eleitoral ou cer�dão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o 
candidato é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de 
domicílio no prazo previsto no art. 9º;
VI - cer�dão de quitação eleitoral;
VII - cer�dões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Jus�ça Eleitoral, 
Federal e Estadual;
VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Jus�ça 
Eleitoral, para efeito do disposto no § 1º do art. 59;
IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a 
Presidente da República. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Cumpre destacar que os delegados dos par�dos podem realizar o registro de seus 
candidatos, desde que expressamente autorizados em documento autên�co (art. 94 do CE).
Na hipótese de o par�do ou coligação não requerer o registro, os próprios candidatos (pré-
candidatos) poderão fazê-lo perante a Jus�ça Eleitoral, observado o prazo máximo de 48 horas 
seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Jus�ça Eleitoral (§ 4º, art. 11, Lei das Eleições).
Importante frisar que esse pedido de registro pelos pré-candidatos somente ocorre 
quanto àqueles filiados que �verem sido escolhidos em convenção par�dária, conforme decidiu 
o TSE (Ac.-TSE, de 29.9.2010, no AgR-REspe nº 224358). Até porque, como explicado 
anteriormente, o § 14 do art. 11 da Lei das Eleições veda a candidatura avulsa.
Outrossim, é no momento da formalização do pedido do registro da candidatura que 
as condições de elegibilidade devem estar sa�sfeitas e as causas de inelegibilidade verificadas, 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
15
ATENÇÃO!
ressalvadas as alterações, fá�cas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a 
inelegibilidade (§ 10 do art. 11 da Lei das Eleições).
Impende destacar que a IDADE MÍNIMA para se eleger con�da na CF deve ser aferida na DATA 
DA POSSE, SALVO a es�pulada em 18 anos (Vereador), hipótese em que será verificada na 
data-limite para o pedido de registro (até às 19h de 15 de agosto do ano da eleição), nos 
termos do art. 11, § 2º, da Lei das Eleições.
Quanto à competência para registrar os candidatos, o Código Eleitoral aponta os 
órgãos que realizarão o registro, a depender da eleição. 
Portanto, o pedido de registro deve observar a competência atribuída no art. 89 do CE 
adiante transcrito:
Art. 89. Serão registrados:
I – no Tribunal Superior Eleitoral os candidatos a Presidente e Vice-Presidente da 
República;
II – nos Tribunais Regionais Eleitorais os candidatos a Senador, Deputado Federal, 
Governador e Vice-Governador e Deputado Estadual;
III – nos Juízos Eleitorais os candidatos a Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito e Juiz de Paz.
Sobre o Pedido de Registro de candidatura, caso o aluno queira um maior 
aprofundamento, para as fases mais avançadas dos concursos, recomendamos a leitura a 
Resolução TSE nº 23.609/2019 (art. 18 e seguintes), que especifica, em detalhes, todas as 
peculiaridades aplicáveis ao caso. 
1.2.1. DA QUITAÇÃO ELEITORAL
Questão importante se refere à cer�dão de quitação eleitoral. A abrangência dessa 
quitação eleitoral se encontra discriminada no § 7º do art. 11 da Lei das Eleições, in verbis:
§ 7º A cer�dão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo 
dos direitos polí�cos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da 
Jus�ça Eleitoral para auxiliar os trabalhos rela�vos ao pleito, a inexistência de multas 
aplicadas, em caráter defini�vo, pela Jus�ça Eleitoral e não remi�das, e a 
apresentação de contas de campanha eleitoral.
Em relação à apresentação de contas (parte final do disposi�vo), o TSE entende que a 
simples apresentação de contas já supre a exigência legal para efeito da emissão da cer�dão 
da quitação eleitoral. Ou seja, não importa se as contas tenham ou não sido indeferidas. 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
16
ATENÇÃO!
Nesse sen�do, observe o entendimento sumulado do TSE:
Súmula 42. A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o 
candidato de obter a cer�dão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao 
qual concorreu, persis�ndo esses efeitos, após esse período, até a efe�va 
apresentação das contas.
Súmula 57. A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da 
quitação eleitoral, nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 
9.504/97, pela Lei nº 12.034/2009.
Quanto às multas eleitorais, a cer�dão de quitação eleitoral pode ser expedida se 
houver pagamento ou parcelamento na forma da legislação. Nessa linha, veja a súmula 50 do 
TSE:
Súmula 50. O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do 
cumprimento regular de seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do 
julgamento respec�vo, afasta a ausência de quitaçãoeleitoral.
O § 8º do art. 11 da Lei das Eleições dispõe acerca da quitação dessas multas:
§ 8º Para fins de expedição da cer�dão de que trata o § 7º, considerar-se-ão quites 
aqueles que: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu 
pedido de registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da 
dívida regularmente cumprido; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
II - pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer 
modalidade de responsabil idade solidária , mesmo quando imposta 
concomitantemente com outros candidatos e em razão do mesmo fato. (Incluído pela 
Lei nº 12.034, de 2009)
Para efeito de quitação eleitoral, apenas se considera o pagamento da multa que couber 
individualmente.
Não se observa qualquer modalidade de responsabilidade solidária.
III - o eleitorais é direito dos parcelamento das multas cidadãos e das pessoas 
jurídicas até 60 (SESSENTA) meses valor da e pode ser feito em , SALVO quando o 
parcela ultrapassar 5% da renda mensal ou 2% (cinco por cento) , no caso de cidadão, 
(dois por cento) , no caso de pessoa jurídica, do faturamento hipótese em que poderá 
estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem os 
referidos limites; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
17
OBSERVAÇÃO:
Atente que, antes, o valor máximo de parcelamento das multas eleitorais para pessoa �sica era no 
percentual de 10%, contudo, a mudança legisla�va de 2017 reduziu para 5% da renda mensal;
Também se incluiu o parcelamento para as pessoas jurídicas, limitado a 2% do faturamento bruto.
IV - o parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e débitos de natureza não 
eleitoral imputados pelo poder público é garan�do também aos par�dos polí�cos em 
até 60 (SESSENTA) meses, SALVO se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2% (dois 
por cento) do repasse mensal do Fundo Par�dário, hipótese em que poderá 
estender-se por prazo superior, de modo que as parcelas não ultrapassem o referido 
limite. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
O parcelamento dessas multas observará as regras de parcelamento previstas na 
legislação tributária federal (§ 11, art. 11 da Lei das Eleições).
Finalmente, o § 9º do art. 11 da Lei das Eleições dispõe que, até o dia 5 de junho do ano 
da eleição, a Jus�ça Eleitoral enviará aos par�dos polí�cos, na respec�va circunscrição, a 
relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das cer�dões 
de quitação eleitoral.
1.2.2. DO REGISTRO DO CANDIDATO SUB JUDICE
Pode exis�r, ainda, o registro de candidato sub judice, o qual poderá pra�car todos os 
atos da campanha eleitoral, até o trânsito em julgado da ação de impugnação ao registro da 
candidatura. O candidato pode, inclusive, par�cipar da eleição, porém os votos recebidos por 
ele ficarão condicionados ao deferimento do registro ao final do processo.
Essa situação se encontra disciplinada no art. 16-A da Lei das Eleições. Veja o teor:
Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar TODOS os atos 
rela�vos à campanha eleitoral, inclusive u�lizar o horário eleitoral gratuito no rádio e 
na televisão e ter seu nome man�do na urna eletrônica enquanto es�ver sob essa 
condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento 
de seu registro por instância superior. 
Parágrafo único. O cômputo, para o respec�vo par�do ou coligação, dos votos 
atribuídos ao candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica 
condicionado ao deferimento do registro do candidato.
Tem-se, portanto, que, se o candidato sub judice, na data da eleição, �ver seu pedido 
indeferido ou declarado inelegível após a mesma, os votos por ele recebidos não terão efeito algum.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
18
Cumpre frisar, também, a situação do candidato que protocolou seu pedido de registro 
na data correta, mas não teve seu pedido analisado pela JE. Nesse caso, poderá realizar todos os 
atos para sua campanha eleitoral, segundo disciplina do art. 16-B da Lei das Eleições:
Art. 16-B. O disposto no art. 16-A quanto ao direito de par�cipar da campanha 
eleitoral, inclusive u�lizar o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao 
candidato cujo pedido de registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não 
tenha sido apreciado pela Jus�ça Eleitoral. 
Por úl�mo, destaca-se que se o candidato, até a data da eleição, for expulso de seu 
par�do, este poderá requerer o cancelamento do registro desse candidato à JE, desde que 
tenha sido assegurada a ampla defesa e observada as normas estatutárias para o processo de 
expulsão. Veja o teor do art. 14 da Lei das Eleições adiante:
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da 
eleição, forem expulsos do par�do, em processo no qual seja assegurada ampla 
defesa e sejam observadas as normas estatutárias.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Jus�ça 
Eleitoral, após solicitação do par�do.
1.2.3. DA INDICAÇÃO DOS NOMES DOS CANDIDATOS
A Lei das Eleições determina, ainda, que o candidato às eleições proporcionais, no ato 
do registro, indique até, no máximo, 03 (três) opções de nomes pelo qual seja mais conhecido, 
mencionando a ordem de preferência entre eles. 
Esses nomes não podem estabelecer dúvida quanto a sua iden�dade, ou atentar 
contra o pudor, ou ser ridículo ou irrelevante. E, em caso de os nomes serem homônimos, a 
legislação aponta algumas alterna�vas. Observe o disposi�vo legal:
Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de 
seu nome completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo 
de três opções, que poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, 
apelido ou nome pelo qual é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida 
quanto à sua iden�dade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente, 
mencionando em que ordem de preferência deseja registrar-se.
§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Jus�ça Eleitoral procederá atendendo ao 
seguinte:
I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada 
opção de nome, indicada no pedido de registro;
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
19
II - ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato 
ele�vo ou o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha 
candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, 
ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
III - ao candidato que, pela sua vida polí�ca, social ou profissional, seja iden�ficado 
por um dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, 
observado o disposto na parte final do inciso anterior;
IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois 
incisos anteriores, a Jus�ça Eleitoral deverá no�ficá-los para que, em dois dias, 
cheguem a acordo sobre os respec�vos nomes a serem usados;
V - não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Jus�ça Eleitoral registrará cada 
candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a 
ordem de preferência ali definida.
§ 2º A Jus�ça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por 
determinada opção de nome porele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor.
§ 3º A Jus�ça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com 
nome de candidato a eleição majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo 
mandato ele�vo ou o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que, nesse mesmo 
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.
Veja que a simples dúvida pode ser dirimida através de prova do conhecimento público 
do nome do candidato. Não sendo esse o caso, é deferido ao candidato usar o nome escolhido 
se es�ver exercendo mandato ele�vo ou o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que 
nesse mesmo prazo se tenha candidatado com um dos nomes que indicou. 
Se, ainda assim, não se resolver, será deferido ao candidato que, pela sua vida polí�ca, 
social ou profissional, seja iden�ficado por um dado nome que tenha indicado. Persis�ndo a 
situação de homonímia, a JE no�fica os candidatos para chegarem a um acordo. Não havendo 
acordo, a Jus�ça Eleitoral registrará cada candidato com o nome e sobrenome constantes do 
pedido de registro, observada a ordem de preferência ali definida.
Outra questão é que o nome do candidato ao sistema proporcional não pode 
coincidir com nome de candidato à eleição majoritária, salvo para candidato que esteja 
exercendo mandato ele�vo ou o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que, nesse mesmo 
prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente.
Na análise do pedido dos nomes, não se tratando de nenhuma das preferências 
indicadas pelos incisos alhures transcritos, a JE poderá decidir com base na precedência do 
pedido de registro, isto é, decidindo atribuir o nome àquele que, primeiramente, requereu o 
registro. Nesse sen�do, o TSE sumulou o entendimento:
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
20
Súmula 04. Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da 
mesma variação nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.
Além do nome para iden�ficar os candidatos, há a iden�ficação numérica. O art. 15 da 
Lei das Eleições traz critérios para definição dos números dos candidatos, cuja leitura se perfaz 
suficiente. Veja:
Art. 15. A iden�ficação numérica dos candidatos se dará mediante a observação dos 
seguintes critérios:
I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o número iden�ficador do 
par�do ao qual es�verem filiados;
II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do par�do ao 
qual es�verem filiados, acrescido de dois algarismos à direita;
III - os candidatos às Assembléias Legisla�vas e à Câmara Distrital concorrerão com o 
número do par�do ao qual es�verem filiados acrescido de três algarismos à direita;
IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a numeração dos candidatos 
concorrentes às eleições municipais.
§ 1º Aos par�dos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua 
legenda na eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os 
números que lhes foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.
§ 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art. 8º, é permi�do requerer novo 
número ao órgão de direção de seu par�do, independentemente do sorteio a que se 
refere o § 2º do art. 100 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
§ 3º Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão registrados com o 
número de legenda do respec�vo par�do e, nas eleições proporcionais, com o 
número de legenda do respec�vo par�do acrescido do número que lhes couber, 
observado o disposto no parágrafo anterior.
1.2.4. DA SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS APÓS O PRAZO PARA REGISTRO
Esse tema foi tratado no ponto 02 do edital, contudo, convém reproduzi-lo porque se 
perfaz per�nente ao tema ora tratado.
Pode ocorrer de, no processo eleitoral, haver causa de inelegibilidade, renúncia, 
falecimento ou �ver registro indeferido ou cancelado de algum dos membros da chapa. 
Nesse caso, é possível a sua subs�tuição pelo par�do ou coligação, desde que o 
requerimento seja registrado até 10 dias após o mo�vo que ocasionou a dissolução da chapa. 
Entretanto, o pedido deve ser feito à Jus�ça Eleitoral até 20 dias antes do pleito (eleições 
majoritárias e proporcionais), exceto em caso de falecimento de candidato, quando a 
subs�tuição poderá ser efe�vada após esse prazo. 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
21
ATENÇÃO!
Veja o que dispõe o art. 13 da Lei das Eleições:
Art. 13. É facultado ao par�do ou coligação subs�tuir candidato que for considerado 
inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, 
�ver seu registro indeferido ou cancelado.
§ 1º A escolha do subs�tuto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do par�do a 
que pertencer o subs�tuído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias 
contados do fato ou da no�ficação do par�do da decisão judicial que deu origem à 
subs�tuição. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a subs�tuição deverá 
fazer-se por decisão da maioria absoluta dos órgãos execu�vos de direção dos par�dos 
coligados, podendo o subs�tuto ser filiado a qualquer par�do dela integrante, desde 
que o par�do ao qual pertencia o subs�tuído renuncie ao direito de preferência.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a subs�tuição só se 
efe�vará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto 
em caso de falecimento de candidato, quando a subs�tuição poderá ser efe�vada 
após esse prazo. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Com o intuito de sistema�zar as disposições legais acima, confira o seguinte esquema:
No caso de renúncia do candidato, o prazo de 10 dias para o registro do pedido, conta-se do 
pedido de renúncia e não de qualquer homologação da JE, pois o TSE já decidiu que “a 
renúncia à candidatura é ato unilateral e não depende de homologação para produzir 
efeitos.” (Ac.- TSE, de 11.12.2014, no REspe nº 61245 e, de 18.3.2010, no REspe nº 36150).
Em se tratando de eleições majoritárias, impende destacar o disposto no art. 77, §§ 4º 
e 5º, da CF/88, que prevê a situação de morte, desistência ou impedimento entre o primeiro e o 
segundo turno. Nessa hipótese, tal norma possibilita a convocação do candidato de maior 
votação dentre os remanescentes ou, em caso de empate, o mais idoso, in verbis:
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
22
ATENÇÃO!
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no úl�mo domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Cons�tucional nº 16, de 1997)
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele 
registrado.
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por par�do polí�co, 
ob�ver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á 
nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois 
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que ob�ver a maioria dos 
votos válidos.
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento 
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º Se,na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais 
de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Se o caso de morte, desistência ou impedimento, entre o primeiro e segundo turno, for do 
candidato à Chefia do Execu�vo (Presidente, Governador ou Prefeito), não há indicação da CF 
para que o Vice assuma o pleito da chapa. Portanto, nesse caso, a chapa inteira deixará a 
disputa eleitoral.
Diante do princípio da simetria, bem como o disposto nos arts. 28; 32, § 2º; 29, II, todos 
da CF/88; e o art. 2º, § 2º da Lei das Eleições, também se aplica os §§ 4º e 5º do art. 77 às eleições 
de Governadores dos Estados e do DF e Prefeitos (nesse caso, cujas cidades tenham mais de 200 
mil eleitores).
Questão polêmica se refere às subs�tuições dos candidatos à Vice, nessa hipótese de 
morte, desistência ou impedimento entre o primeiro e segundo turno. Isso porque não há 
indicação norma�va para essa situação. 
Embora a doutrina divirja nesse ponto, o TSE já decidiu sobre a possibilidade de 
subs�tuição do Vice, aplicando-se, na hipótese o disposto no art. 13, § 2º, da Lei das Eleições, ou 
seja, permi�da a subs�tuição desde que o subs�tuto seja de par�do já integrante da coligação 
no primeiro turno (TSE – Ac. no 20.141, de 26-3-1998; TSE – Ac. no 14.340, de 12-5-1994).
1.2.5. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA - AIRC
O pedido de registro da candidatura pode ser impugnado perante a JE. O art. 3º da Lc nº 
64/90 disciplina o procedimento a ser observado nessa ação.
Esse tema será melhor tratado quando do ponto 12 do edital do Mege, na parte das 
ações eleitorais.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
23
ATENÇÃO!
De todo modo, como se trata de tema per�nente ao presente ponto do edital do Mege, 
transcreve-se o art. 3º da Lc nº 64/90 apenas para conhecimento prévio:
 Art. 3º Caberá a qualquer candidato, a par�do polí�co, coligação ou ao Ministério 
Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do pedido de registro do 
candidato, impugná-lo em pe�ção fundamentada.
§ 1º A impugnação, por parte do candidato, par�do polí�co ou coligação, não impede 
a ação do Ministério Público no mesmo sen�do.
§ 2º Não poderá impugnar o registro de candidato o representante do Ministério 
Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo ele�vo, integrado 
diretório de par�do ou exercido a�vidade polí�co-par�dária.
§ 3º O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende 
demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no 
máximo de 6 (seis).
Sobre o prazo de quatro anos trazido pelo §2º acima, é necessário ter muita atenção ao enunciado 
da questão. De acordo com a literalidade da LC 64/90, o prazo de “quarentena” a ser observado 
pelo membro do Ministério Público que exerceu a�vidade polí�co-par�dária é de 4 anos. 
Contudo, a Lei Complementar 75/93 dispõe, em seu art. 80, que “filiação a par�do polí�co 
impede o exercício de funções eleitorais por membro do Ministério Público até dois anos do 
seu cancelamento”.
Por se tratar de norma posterior e especial, o TSE vem observando este úl�mo prazo como sendo o 
aplicável à hipótese. Desta feita, prevê o art. 40, §3º, da Resolução TSE nº 23.609/2019 que: 
§3º. Não pode impugnar o registro o representante do Ministério Público que, nos 2 (dois) 
anos anteriores, tenha disputado cargo ele�vo, integrado diretório de par�do polí�co ou 
exercido a�vidade polí�co-par�dária (Lei Complementar n° 64/1 990, art. 30, § 20, da Lei 
Complementar nº 75/1993, art 80).
Assim, recomendamos que o aluno tenha muita atenção e cuidado ao responder as questões de 
prova obje�va. Se a questão exigir, expressamente, o conteúdo de acordo com a LC 64/90, embora 
passível de recurso, é recomendável assinalar o prazo de 4 anos. Contudo, se a questão não 
mencionar o diploma legal e exigir apenas o prazo, o recomendado é assinalar o prazo de 2 anos.
Perceba, desde logo, que a norma não permite que o cidadão comum realize a 
impugnação ao registro da candidatura. Por outro lado, registre-se, desde já, que o TSE possui o 
entendimento de que o cidadão pode no�ciar causa de inelegibilidade ao juiz eleitoral, no 
prazo de cinco dias contados da publicação do edital rela�vo ao pedido de registro (art. 44 da 
Resolução nº 23.609/2019 do TSE).
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
24
2. LEGISLAÇÃO
Lei nº 9.504/97 – LEI DAS ELEIÇÕES
Das Convenções para a Escolha de Candidatos
Art. 7º As normas para a escolha e subs�tuição dos candidatos e para a formação de 
coligações serão estabelecidas no estatuto do par�do, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do par�do 
estabelecer as normas a que se refere este ar�go, publicando-as no Diário Oficial da União até 
cento e oitenta dias ANTES das eleições.
§ 2º Se a convenção par�dária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às 
diretrizes legi�mamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do 
respec�vo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes. 
(Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 3º As anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção par�dária, na condição 
acima estabelecida, deverão ser comunicadas à Jus�ça Eleitoral no prazo de 30 (trinta) dias 
após a data limite para o registro de candidatos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4º Se, da anulação, decorrer a necessidade de escolha de novos candidatos, o pedido de 
registro deverá ser apresentado à Jus�ça Eleitoral nos 10 (dez) dias seguintes à deliberação, 
observado o disposto no art. 13. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 8º A escolha dos candidatos pelos par�dos e a deliberação sobre coligações deverão ser 
feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, 
lavrando-se a respec�va ata em livro aberto, rubricado pela Jus�ça Eleitoral, publicada em vinte 
e quatro horas em qualquer meio de comunicação. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º Aos detentores de mandato de Deputado Federal, Estadual ou Distrital, ou de Vereador, e 
aos que tenham exercido esses cargos em qualquer período da legislatura que es�ver em curso, 
é assegurado o registro de candidatura para o mesmo cargo pelo par�do a que estejam filiados. 
(suspenso pela decisão do STF na ADI 2.530-9) (Vide ADIN - 2.530-9)
§ 2º Para a realização das convenções de escolha de candidatos, os par�dos polí�cos poderão 
usar gratuitamente prédios públicos, responsabilizando-se por danos causados com a 
realização do evento.
Art. 9º Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respec�va 
circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo par�do no mesmo 
prazo. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
Parágrafo único. Havendo fusão ou incorporação de par�dos após o prazo es�pulado no caput, 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
25
será considerada, para efeito de filiação par�dária, a data de filiação do candidato ao par�do 
de origem.
Do Registro de Candidatos
Art. 10. Cada par�do ou coligação poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a 
Câmara Legisla�va, as Assembleias Legisla�vas e as Câmaras Municipais no total de até 150% 
(cento e cinquenta por cento) do número de lugares a preencher, salvo: (Redação dada pela Lei 
nº 13.165, de 2015)
I - nas unidades da Federação em queo número de lugares a preencher para a Câmara dos 
Deputados não exceder a doze, nas quais cada par�do ou coligação poderá registrar 
candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 200% 
(duzentos por cento) das respec�vas vagas; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - nos Municípios de até cem mil ELEITORES, nos quais cada coligação poderá registrar 
candidatos no total de até 200% (duzentos por cento) do número de lugares a preencher. 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º Do número de vagas resultante das regras previstas neste ar�go, cada par�do ou coligação 
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por cento) para 
candidaturas de cada sexo. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 4º Em todos os cálculos, será sempre desprezada a fração, se inferior a meio, e igualada a um, 
se igual ou superior.
§ 5º No caso de as convenções para a escolha de candidatos não indicarem o número máximo 
de candidatos previsto no caput, os órgãos de direção dos par�dos respec�vos poderão 
preencher as vagas remanescentes até trinta dias antes do pleito. (Redação dada pela Lei nº 
13.165, de 2015)
Art. 11. Os par�dos e coligações solicitarão à Jus�ça Eleitoral o registro de seus candidatos até as 
dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. (Redação dada 
pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - cópia da ata a que se refere o art. 8º (ata da convenção par�dária que homologou a candidatura);
II - autorização do candidato, por escrito;
III - prova de filiação par�dária;
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
26
IV - declaração de bens, assinada pelo candidato;
V - cópia do �tulo eleitoral ou cer�dão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato é 
eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo 
previsto no art. 9º;
VI - cer�dão de quitação eleitoral;
VII - cer�dões criminais fornecidas pelos órgãos de distribuição da Jus�ça Eleitoral, Federal e 
Estadual;
VIII - fotografia do candidato, nas dimensões estabelecidas em instrução da Jus�ça Eleitoral, 
para efeito do disposto no § 1º do art. 59.
IX - propostas defendidas pelo candidato a Prefeito, a Governador de Estado e a Presidente da 
República. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 2º A idade mínima cons�tucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é 
verificada tendo por referência a data da posse, salvo quando fixada em dezoito anos, hipótese 
em que será aferida na data-limite para o pedido de registro. (Redação dada pela Lei nº 13.165, 
de 2015)
§ 3º Caso entenda necessário, o Juiz abrirá prazo de setenta e duas horas para diligências.
§ 4º Na hipótese de o par�do ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, estes 
poderão fazê-lo perante a Jus�ça Eleitoral, observado o prazo máximo de quarenta e oito horas 
seguintes à publicação da lista dos candidatos pela Jus�ça Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 
12.034, de 2009)
§ 5º Até a data a que se refere este ar�go, os Tribunais e Conselhos de Contas deverão tornar 
disponíveis à Jus�ça Eleitoral relação dos que �veram suas contas rela�vas ao exercício de 
cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível 
do órgão competente, ressalvados os casos em que a questão es�ver sendo subme�da à 
apreciação do Poder Judiciário, ou que haja sentença judicial favorável ao interessado.
§ 6º A Jus�ça Eleitoral possibilitará aos interessados acesso aos documentos apresentados 
para os fins do disposto no § 1º. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 7º A cer�dão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos 
polí�cos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Jus�ça Eleitoral para auxiliar 
os trabalhos rela�vos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter defini�vo, pela 
Jus�ça Eleitoral e não remi�das, e a apresentação de contas de campanha eleitoral. 
§ 8º Para fins de expedição da cer�dão de que trata o § 7º, considerar-se-ão quites aqueles que: 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
27
I - condenados ao pagamento de multa, tenham, até a data da formalização do seu pedido de 
registro de candidatura, comprovado o pagamento ou o parcelamento da dívida regularmente 
cumprido; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
II - pagarem a multa que lhes couber individualmente, excluindo-se qualquer modalidade de 
responsabilidade solidária, mesmo quando imposta concomitantemente com outros 
candidatos e em razão do mesmo fato. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito dos cidadãos e das pessoas jurídicas e pode 
ser feito em até 60 (SESSENTA) meses, SALVO quando o valor da parcela ultrapassar 5% (cinco 
por cento) da renda mensal, no caso de cidadão, ou 2% (dois por cento) do faturamento, no 
caso de pessoa jurídica, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo que 
as parcelas não ultrapassem os referidos limites; (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
IV - o parcelamento de multas eleitorais e de outras multas e débitos de natureza não eleitoral 
imputados pelo poder público é garan�do também aos par�dos polí�cos em até 60 (SESSENTA) 
meses, SALVO se o valor da parcela ultrapassar o limite de 2% (dois por cento) do repasse 
mensal do Fundo Par�dário, hipótese em que poderá estender-se por prazo superior, de modo 
que as parcelas não ultrapassem o referido limite. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 9º A Jus�ça Eleitoral enviará aos par�dos polí�cos, na respec�va circunscrição, até o dia 5 de 
junho do ano da eleição, a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a 
expedição das cer�dões de quitação eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no 
momento da formalização do pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, 
fá�cas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a inelegibilidade. 
§ 11. A Jus�ça Eleitoral observará, no parcelamento a que se refere o § 8º deste ar�go, as regras de 
parcelamento previstas na legislação tributária federal. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 12. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 13. Fica dispensada a apresentação pelo par�do, coligação ou candidato de documentos 
produzidos a par�r de informações de�das pela Jus�ça Eleitoral, entre eles os indicados nos 
incisos III, V e VI do § 1º deste ar�go. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 14. É vedado o registro de candidatura avulsa, ainda que o requerente tenha filiação 
par�dária. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Art. 12. O candidato às eleições proporcionais indicará, no pedido de registro, além de seu nome 
completo, as variações nominais com que deseja ser registrado, até o máximo de três opções, que 
poderão ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual é 
mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto à sua iden�dade, não atente contra o 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
28
pudor e não seja ridículo ou irreverente, mencionando em que ordem de preferência deseja 
registrar-se.§ 1º Verificada a ocorrência de homonímia, a Jus�ça Eleitoral procederá atendendo ao 
seguinte:
I - havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por dada opção de 
nome, indicada no pedido de registro;
II - ao candidato que, na data máxima prevista para o registro, esteja exercendo mandato 
ele�vo ou o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que nesse mesmo prazo se tenha 
candidatado com um dos nomes que indicou, será deferido o seu uso no registro, ficando 
outros candidatos impedidos de fazer propaganda com esse mesmo nome;
III - ao candidato que, pela sua vida polí�ca, social ou profissional, seja iden�ficado por um 
dado nome que tenha indicado, será deferido o registro com esse nome, observado o disposto 
na parte final do inciso anterior;
IV - tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos dois incisos 
anteriores, a Jus�ça Eleitoral deverá no�ficá-los para que, em dois dias, cheguem a acordo 
sobre os respec�vos nomes a serem usados;
V - não havendo acordo no caso do inciso anterior, a Jus�ça Eleitoral registrará cada candidato 
com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro, observada a ordem de preferência 
ali definida.
§ 2º A Jus�ça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por determinada 
opção de nome por ele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor.
§ 3º A Jus�ça Eleitoral indeferirá todo pedido de variação de nome coincidente com nome de 
candidato a eleição majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato ele�vo ou 
o tenha exercido nos úl�mos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em 
eleição com o nome coincidente.
§ 4º Ao decidir sobre os pedidos de registro, a Jus�ça Eleitoral publicará as variações de nome 
deferidas aos candidatos.
§ 5º A Jus�ça Eleitoral organizará e publicará, até trinta dias antes da eleição, as seguintes 
relações, para uso na votação e apuração:
I - a primeira, ordenada por par�dos, com a lista dos respec�vos candidatos em ordem numérica, 
com as três variações de nome correspondentes a cada um, na ordem escolhida pelo candidato;
II - a segunda, com o índice onomás�co e organizada em ordem alfabé�ca, nela constando o 
nome completo de cada candidato e cada variação de nome, também em ordem alfabé�ca, 
seguidos da respec�va legenda e número.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
29
Art. 13. É facultado ao par�do ou coligação subs�tuir candidato que for considerado inelegível, 
renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, ainda, �ver seu registro 
indeferido ou cancelado.
§ 1º A escolha do subs�tuto far-se-á na forma estabelecida no estatuto do par�do a que 
pertencer o subs�tuído, e o registro deverá ser requerido até 10 (dez) dias contados do fato ou 
da no�ficação do par�do da decisão judicial que deu origem à subs�tuição. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a subs�tuição deverá fazer-se 
por decisão da maioria absoluta dos órgãos execu�vos de direção dos par�dos coligados, 
podendo o subs�tuto ser filiado a qualquer par�do dela integrante, desde que o par�do ao 
qual pertencia o subs�tuído renuncie ao direito de preferência.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a subs�tuição só se efe�vará se o 
novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em caso de 
falecimento de candidato, quando a subs�tuição poderá ser efe�vada após esse prazo. 
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Art. 14. Estão sujeitos ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, 
forem expulsos do par�do, em processo no qual seja assegurada ampla defesa e sejam 
observadas as normas estatutárias.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do candidato será decretado pela Jus�ça Eleitoral, 
após solicitação do par�do.
Art. 15. A iden�ficação numérica dos candidatos se dará mediante a observação dos seguintes 
critérios:
I - os candidatos aos cargos majoritários concorrerão com o número iden�ficador do par�do ao 
qual es�verem filiados;
II - os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do par�do ao qual 
es�verem filiados, acrescido de dois algarismos à direita;
III - os candidatos às Assembléias Legisla�vas e à Câmara Distrital concorrerão com o número 
do par�do ao qual es�verem filiados acrescido de três algarismos à direita;
IV - o Tribunal Superior Eleitoral baixará resolução sobre a numeração dos candidatos 
concorrentes às eleições municipais.
§ 1º Aos par�dos fica assegurado o direito de manter os números atribuídos à sua legenda na 
eleição anterior, e aos candidatos, nesta hipótese, o direito de manter os números que lhes 
foram atribuídos na eleição anterior para o mesmo cargo.
§ 2º Aos candidatos a que se refere o § 1º do art. 8º, é permi�do requerer novo número ao órgão 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
30
de direção de seu par�do, independentemente do sorteio a que se refere o § 2º do art. 100 da 
Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
§ 3º Os candidatos de coligações, nas eleições majoritárias, serão registrados com o número 
de legenda do respec�vo par�do e, nas eleições proporcionais, com o número de legenda do 
respec�vo par�do acrescido do número que lhes couber, observado o disposto no parágrafo 
anterior.
Art. 16. Até vinte dias antes da data das eleições, os Tribunais Regionais Eleitorais enviarão ao 
Tribunal Superior Eleitoral, para fins de centralização e divulgação de dados, a relação dos 
candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, da qual constará obrigatoriamente a 
referência ao sexo e ao cargo a que concorrem. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º Até a data prevista no caput, todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os 
impugnados e os respec�vos recursos, devem estar julgados pelas instâncias ordinárias, e 
publicadas as decisões a eles rela�vas. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º Os processos de registro de candidaturas terão prioridade sobre quaisquer outros, 
devendo a Jus�ça Eleitoral adotar as providências necessárias para o cumprimento do prazo 
previsto no § 1º, inclusive com a realização de sessões extraordinárias e a convocação dos juízes 
suplentes pelos Tribunais, sem prejuízo da eventual aplicação do disposto no art. 97 e de 
representação ao Conselho Nacional de Jus�ça. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar TODOS os atos rela�vos à 
campanha eleitoral, inclusive u�lizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu 
nome man�do na urna eletrônica enquanto es�ver sob essa condição, ficando a validade dos 
votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. 
Parágrafo único. O cômputo, para o respec�vo par�do ou coligação, dos votos atribuídos ao 
candidato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição fica condicionado ao deferimento do 
registro do candidato.
Art. 16-B. O disposto no art. 16-A quanto ao direito de par�cipar da campanha eleitoral, 
inclusive u�lizar o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao candidato cujo pedido de 
registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não tenha sido apreciado pela Jus�ça 
Eleitoral.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
31
3. JURISPRUDÊNCIA
SÚMULAS DO TSE
Súmula 03. No processo de registro de candidatos, não tendo o juizaberto prazo para o 
suprimento de defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver mo�vado o 
indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário.
Súmula 04. Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma 
variação nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido.
Súmula 10. No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em cartório 
antes de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo 
in�mação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo.
Súmula 11. No processo de registro de candidatos, o par�do que não o impugnou não tem 
legi�midade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria 
cons�tucional.
Súmula 20. A prova de filiação par�dária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de 
que trata o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de convicção, 
salvo quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, des�tuídos de fé pública.
Súmula 38. Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há li�sconsórcio 
passivo necessário entre o �tular e o respec�vo vice da chapa majoritária.
Súmula 39. Não há formação de li�sconsórcio necessário em processos de registro de 
candidatura.
Súmula 42. A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de 
obter a cer�dão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu, 
persis�ndo esses efeitos, após esse período, até a efe�va apresentação das contas.
Súmula 43. As alterações fá�cas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o 
candidato, nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser 
admi�das para as condições de elegibilidade.
Súmula 45. Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de o�cio da 
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde que 
resguardados o contraditório e a ampla defesa.
Súmula 49. O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público 
impugnar o registro inicia-se com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra 
que determina a sua in�mação pessoal.
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
32
Súmula 50. O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento 
regular de seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respec�vo, 
afasta a ausência de quitação eleitoral.
Súmula 52. Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão 
que examinou, em processo específico, a filiação par�dária do eleitor.
Súmula 53. O filiado a par�do polí�co, ainda que não seja candidato, possui legi�midade e 
interesse para impugnar pedido de registro de coligação par�dária da qual é integrante, em 
razão de eventuais irregularidades havidas em convenção.
Súmula 55. A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao 
deferimento do registro de candidatura.
Súmula 57. A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da quitação 
eleitoral, nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/97, pela Lei nº 
12.034/2009.
Súmula 58. Não compete à Jus�ça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a 
prescrição da pretensão puni�va ou executória do candidato e declarar a ex�nção da pena 
imposta pela Jus�ça Comum.
Súmula 70. O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição cons�tui fato 
superveniente que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/1997.
JULGADOS DO TSE
- Representação. Eleição proporcional. Percentuais legais por sexo. Alegação. Descumprimento 
posterior. Renúncia de candidatas do sexo feminino. 1. Os percentuais de gênero previstos no 
art. 10, § 3º, da Lei nº 9.504/97 devem ser observados tanto no momento do registro da 
candidatura, quanto em eventual preenchimento de vagas remanescentes ou na subs�tuição 
de candidatos, conforme previsto no § 6º do art. 20 da Res.-TSE nº 23.373[...]. (Ac. de 23.5.2013 
no REspe nº 21498, rel. Min. Henrique Neves.)
- Conforme decidido pelo TSE nas eleições de 2010, o § 3º do art. 10 da Lei nº 9.504/97, na 
redação dada pela Lei nº 12.034/2009, estabelece a observância obrigatória dos percentuais 
mínimo e máximo de cada sexo, o que é aferido de acordo com o número de candidatos 
efe�vamente registrados. 2. Não cabe a par�do ou coligação pretender o preenchimento de 
vagas des�nadas a um sexo por candidatos do outro sexo, a pretexto de ausência de candidatas 
do sexo feminino na circunscrição eleitoral, pois se tornaria inócua a previsão legal de reforço da 
par�cipação feminina nas eleições, com reiterado descumprimento da lei. 3. Sendo 
eventualmente impossível o registro de candidaturas femininas com o percentual mínimo de 
30%, a única alterna�va que o par�do ou a coligação dispõe é a de reduzir o número de 
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
33
candidatos masculinos para adequar os respec�vos percentuais, cuja providência, caso não 
atendida, ensejará o indeferimento do demonstra�vo de regularidade dos atos par�dários 
(DRAP). [...] (Ac. de 6.11.2012 no REspe nº 2939, rel. Min. Arnaldo Versiani.)
- A ocorrência de fraude na convenção de um ou mais par�dos integrantes de coligação não 
acarreta, necessariamente, o indeferimento do registro da coligação, mas a exclusão dos 
par�dos cujas convenções tenham sido consideradas inválidas. (Ac.-TSE, de 1º.4.2014, no 
REspe nº 2204)
- O requerimento de registro de candidatura (RRC) pode ser subscrito por procurador 
cons�tuído por instrumento par�cular (Ac.-TSE, de 16.9.2014, no REspe nº 276524).
- No julgamento dos registros de candidaturas, o órgão jurisdicional deve considerar o 
documento juntado de forma tardia, enquanto não esgotada a instância ordinária. (Ac.-TSE, 
de 25.9.2014, no AgR-REspe nº 184028 e, de 4.9.2014, no REspe nº 38455).
- A quitação eleitoral abrange tanto as multas decorrentes das condenações por ilícitos 
eleitorais quanto as penalidades pecuniárias por ausência às urnas (Ac.-TSE, de 4.6.2013, nos 
ED-AgR-REspe nº 18354 e Ac-TSE, de 15.9.2010, no REspe nº 108352).
- As circunstâncias fá�cas e jurídicas supervenientes ao registro de candidatura que afastam a 
inelegibilidade podem ser conhecidas em qualquer grau de jurisdição, inclusive nas instâncias 
extraordinárias, até a data da diplomação (Ac.-TSE, de 23.11.2016, no RO nº 9671).
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
34
1. (CESPE/TJ-AM/JUIZ DE DIREITO/2016) 
Considerando que, em um estado da 
Federação com direito a eleger vinte 
deputados federais, um par�do polí�co 
regularmente inscrito par�cipará das eleições 
sem estar coligado a nenhum outro, assinale a 
opção que apresenta uma quan�dade correta 
de candidatos que poderão concorrer ao cargo 
de deputado(a) federal pelo referido par�do.
a) vinte homens – vinte mulheres.
b) nove homens – vinte e uma mulheres.
c) vinte homens – duas mulheres.
d) vinte e dois homens – oito mulheres.
e) trinta homens – dez mulheres.
2. (FCC/TJ-SE/JUIZ DE DIREITO/2015) Para fins 
de expedição da cer�dão de quitação 
eleitoral des�nada a instruir o pedido de 
registro de candidaturas, analise:
I. Considerar-se-ão quites os candidatos que, 
condenados ao pagamento de multa, tenham, 
até a data de formalização do pedido de 
registro de sua candidatura, comprovado o 
pagamento

Continue navegando