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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
2020
MAGISTRATURA
ESTADUAL
DIREITO ELEITORAL
Da arrecadação de recursos. 
Da prestação de contas nas campanhas eleitorais.
(PONTO 7)
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Sumário
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3
1. DOUTRINA (RESUMO)...............................................................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................24
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................40
4. QUESTÕES DE CONCURSOS ..................................................................................43
4.1 COMENTÁRIOS................................................................................................45
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DIREITO ELEITORAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)
Atualizado em 25/03/2020
7 Da arrecadação de recursos. Da prestação de contas nas campanhas eleitorais.
Camila Penteado
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Neste ponto do Edital do Mege, discorreremos sobre a arrecadação de recursos e a 
prestação de contas das campanhas eleitorais. O assunto se encontra disciplinado na Lei das 
Eleições, com as alterações trazidas pelas Leis 13.877/19 e 13.878/19. Como se trata de um 
tema de alta relevância prá�ca e, em razão da impossibilidade de a legislação abarcar 
especificamente todas as hipóteses relacionadas à arrecadação de receitas e à realização de 
despesas, o TSE tem analisado vários casos concretos, de modo que a análise casuís�ca do 
assunto passa ser de extrema relevância para o estudo. Por isso, ao final, há diversos 
posicionamentos do TSE que devem ser acompanhados para complementação do estudo em 
questão.
Bons estudos!
Professora Camila Penteado.
Apresentação
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1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. DA ARRECADAÇÃO DE RECURSOS
1.1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
 
Trata-se de tema polêmico, com diversas discussões doutrinárias e polí�cas a respeito. 
Alguns defendem o financiamento de campanha com a u�lização exclusiva de dinheiro privado; 
outros, por meio de recursos públicos; e há aqueles que defendem um sistema misto, como o 
adotado atualmente.
O sistema de arrecadamento de recursos para a campanha eleitoral permite que tanto 
dinheiro privado quanto dinheiro público a financiem.
Muitos ar�gos sofreram alterações com as minirreformas de 2015 e 2017 e, em 
setembro de 2019, outras duas leis trouxeram consideráveis modificações a respeito da 
arrecadação de receitas para o financiamento de campanha e a efe�vação dos respec�vos 
gastos – as Leis 13.877/19 e 13.878/19.
A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) disciplina normas gerais sobre a matéria em seus arts. 
16-C a 32. Nesses ar�gos, a lei trata exaus�vamente sobre a forma de arrecadação e gastos na 
campanha eleitoral, especificando a forma de escrituração, origem e des�nação dos recursos.
Os arts. 16-C e 16-D foram introduzidos na Lei das Eleições por meio da Lei nº 
13.487/2017, ins�tuindo o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para custear 
as campanhas eleitorais. Esse fundo é cons�tuído por dotações orçamentárias da União em 
ano eleitoral, cujos valores terão como parâmetro os definidos na lei.
Os valores serão entregues aos par�dos, obedecidos os critérios e percentuais 
previstos na lei. As agremiações podem comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral até o primeiro 
dia ú�l do mês de junho a renúncia ao FEFC, vedada a redistribuição desses recursos aos demais 
par�dos (art. 16-C, §16, incluído pela Lei nº 13.877, de 2019).
Caso os recursos do FEFC não sejam u�lizados na campanha em sua totalidade, o 
excedente deverá ser devolvido integralmente ao Tesouro Nacional no momento da 
apresentação da respec�va prestação de contas (§ 11, art. 16-C, Lei das Eleições).
Segue a esquema�zação simplificada adiante:
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De acordo com o entendimento do TSE, na distribuição dos recursos do FEFC, devem-
se observar os percentuais mínimos de candidatura por gênero, nos termos do art. 10, § 3º, da 
Lei Geral das Eleições, na linha da orientação do STF na ADI nº 5.617 (Ac.-TSE, de 22.5.2018, na 
Cta nº 060025218).
ADI 5.617/STF:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL E ELEITORAL. 
ART. 9º DA LEI 13.165/2015. FIXAÇÃO DE PISO (5%) E DE TETO (15%) DO MONTANTE DO 
FUNDO PARTIDÁRIO DESTINADO AO FINANCIMENTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS 
PARA A APLICAÇÃO NAS CAMPANHAS DE CANDIDATAS. PRELIMINAR DE 
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEIÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. OFENSA 
À IGUALDADE E À NÃO-DISCRIMINAÇÃO. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. O Supremo 
Tribunal Federal, ao examinar as alegações de incons�tucionalidade de norma, deve 
fixar a interpretação que cons�tucionalmente a densifique, a fim de fazer incidir o 
conteúdo norma�vo cuja efe�vidade independe de ato do Poder Legisla�vo. 
Precedentes. 2. O princípio da igualdade material é pres�giados por ações afirma�vas. 
No entanto, u�lizar, para qualquer outro fim, a diferença estabelecida com o obje�vo de 
superar a discriminação ofende o mesmo princípio da igualdade, que veda tratamento 
discriminatório fundado em circunstâncias que estão fora do controle das pessoas, como 
a raça, o sexo, a cor da pele ou qualquer outra diferenciação arbitrariamente 
considerada. Precedente do CEDAW. 3. A autonomia par�dária não consagra regra que 
exima o par�do do respeito incondicional aos direitos fundamentais, pois é 
precisamente na ar�ficiosa segmentação entre o público e o privado que reside a 
principal forma de discriminação das mulheres. 4. Ação direta julgada procedente para: 
(i) declarar a incons�tucionalidade da expressão “três ” con�da no art. 9º da Lei 
13.165/2015; (ii) dar interpretação conforme à Cons�tuição ao art. 9º da Lei 
13.165/2015 de modo a (a) equiparar o patamar legal mínimo de candidaturas femininas 
(hoje o do art. 10, § 3º, da Lei 9.504/1997, isto é, ao menos 30% de cidadãs), ao mínimo 
de recursos do Fundo Par�dário a lhes serem des�nados, que deve ser interpretado 
como também de 30% do montante do fundo alocado a cada par�do, para eleições 
majoritárias e proporcionais, e (b) fixar que, havendo percentual mais elevado de 
candidaturas femininas, o mínimo de recursos globais do par�do des�nados a 
campanhas lhes seja alocado na mesma proporção; (iii) declarar a incons�tucionalidade, 
por arrastamento, do § 5º-A e do § 7º do art. 44 da Lei 9.096/95. (ADI 5617, Relator(a): 
Min. EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, julgado em 15/03/2018, PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-211 DIVULG 02-10-2018 PUBLIC 03-10-2018).
Ao final da presente exposição, há a íntegra desses disposi�vos inseridos, os quais 
devem ser lidos com atenção, já que podem ser objeto de ques�onamento em prova.
 
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ATENÇÃO!
ATENÇÃO!OBSERVAÇÃO:
1.1.2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DA CAMPANHA ELEITORAL
Inicialmente, importante mencionar que as despesas com as campanhas eleitorais são 
de responsabilidade dos par�dos polí�cos ou de seus candidatos e financiadas na forma da lei 
(art. 17 da Lei das Eleições).
Não confunda a disciplina sobre os gastos de campanha eleitoral, con�da na Lei das Eleições, 
com as normas de arrecadação e gastos de recursos pelos par�dos polí�cos registrados em 
suas prestações de contas anuais, cuja disposição se encontra na Lei dos Par�dos Polí�cos 
(Lei nº 9.096/95).
Qualquer descumprimento dessas normas sobre arrecadação e gasto de campanha 
pelo par�do polí�co, ensejará na perda do direito ao recebimento da cota do Fundo Par�dário 
do ano seguinte, sem prejuízo de os candidatos beneficiados responderem por abuso do poder 
econômico (art. 25 da Lei das Eleições).
Essa sanção de suspensão de repasse do Fundo Par�dário ocorrerá por desaprovação 
total ou parcial das contas, mas deverá ser aplicada de forma proporcional e razoável, entre 01 e 
12 meses de suspensão ou por meio do desconto, do valor a ser repassado, na importância 
apontada como irregular.
Por outro lado, essa suspensão não será aplicada caso a prestação de contas não seja 
julgada, pelo juízo ou tribunal competente, após 05 anos de sua apresentação (parte final do 
parágrafo único do art. 25 da Lei das Eleições). 
 Essa sanção de suspensão de repasse do Fundo Par�dário con�da no art. 25 da Lei das 
Eleições é diversa da penalidade por ausência de prestação de contas anuais dos par�dos 
polí�cos prevista no art. 37-A da Lei dos Par�dos Polí�cos (Lei nº 9.096/95), podendo, 
inclusive, ser aplicadas cumula�vamente.
Essas despesas em campanha eleitoral devem seguir os limites impostos pela lei 
eleitoral, os quais serão divulgados pelo TSE. Caso ultrapassado o limite, ensejará em multa de 
100% do valor extrapolado, sem prejuízo da apuração por prá�ca de abuso do poder econômico.
No sistema majoritário, como a eleição se refere à chapa única, o limite de gastos do Vice 
integra o limite do �tular da chapa.
Impende frisar que alguns autores defendem a necessidade de essa multa por excesso 
de gastos ser imposta por meio de ação autônoma, com o rito disciplinado no art. 96 da Lei das 
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ATENÇÃO!
Eleições. Outros apontam que, no próprio processo de prestação de contas, seria possível a 
aplicação dessa multa.
O TSE proferiu decisão, por maioria, sobre a necessidade de aplicação da multa por 
excesso de gasto em ação autônoma. Observe que, embora tenha sido o resultado do 
julgamento da Corte, a decisão se formou por maioria. Veja o trecho da ementa:
Descabe a condenação, no processo de prestação de contas, da multa pelo excesso 
de gastos, cuja imposição exige o ajuizamento de processo autônomo. Multa 
afastada por este mo�vo. , ao argumento de Divergência de entendimento no ponto
que a aplicação da multa pode ser realizada no momento do exame da prestação de 
contas dos candidatos e dos par�dos polí�cos, sem prejuízo de a matéria ser também 
examinada em outros feitos. (TSE - Recurso Especial Eleitoral nº 235186, Rel. Min. 
Maria Thereza Rocha, DJE 14.04.2016)
A Lei das Eleições ainda determina que as despesas realizadas pelos candidatos, 
somadas às despesas dos par�dos que puderem ser individualizadas, serão contabilizadas nos 
limites de gastos de cada campanha.
Por exemplo: o candidato realiza despesa com operação de carro de som de 
propaganda eleitoral (art. 26, VIII, Lei das Eleições), gasto que será contabilizado; o par�do 
desse candidato, que des�nar verba individualizada para ele efetuar uma despesa de 
campanha, também será contabilizada para o limite de gastos desse mesmo candidato na 
campanha eleitoral. Ou seja, nesse caso, somam-se as despesas do candidato e as do par�do.
Por outro lado, se o par�do realizar uma despesa que não possa ser individualizada 
para esse candidato específico, ainda que indiretamente o beneficie, não poderá ser 
computada para efeito de gasto de campanha.
Embora sejam consideradas gastos eleitorais, as despesas com consultoria, assessoria e 
pagamento de honorários realizadas em decorrência da prestação de serviços advoca�cios 
e de contabilidade no curso das campanhas eleitorais serão excluídas do limite de gastos de 
campanha. (Art. 26, §4º, incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Assim, nos termos dos §§ 5º e 6º do art. 27:
§ 5º Para fins de pagamento das despesas de que trata este ar�go, inclusive as do § 4º deste 
ar�go, poderão ser u�lizados recursos da campanha, do candidato, do fundo par�dário ou 
do FEFC. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 6º Os recursos originados do fundo de que trata o art. 16-C desta Lei u�lizados para 
pagamento das despesas previstas no § 4º deste ar�go serão informados em anexo à 
prestação de contas dos candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
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OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO!
Antes, cabia ao TSE definir os limites de gastos em campanha eleitoral, com base nos 
parâmetros definidos em lei.
Com o advento da Lei nº 13.488/2017, os limites de gastos de campanha serão DEFINIDOS 
em LEI e divulgados pelo TSE (art. 18, Lei das Eleições).
Ainda com relação ao limite de gastos, a Lei nº 13.878/19 inseriu na Lei das Eleições o 
art. 18-C, com o seguinte teor:
Art. 18-C. O limite de gastos nas campanhas dos candidatos às eleições para prefeito e 
vereador, na respec�va circunscrição, será equivalente ao limite para os respec�vos 
cargos nas eleições de 2016, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor 
Amplo (IPCA), aferido pela Fundação Ins�tuto Brasileiro de Geografia e Esta�s�ca 
(IBGE), ou por índice que o subs�tuir. (Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
Parágrafo único. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde 
houver, o limite de gastos de cada candidato será de 40% (quarenta por cento) do 
limite previsto no caput deste ar�go. 
Por se tratar de inovação legisla�va, há grandes chances de ser cobrada nos próximos 
concursos, haja vista a proximidade das eleições municipais.
Importante mencionar que caberá ao próprio candidato, ou pessoa por ele indicada, 
a administração dos recursos de sua campanha, cujos valores podem advir: de seu par�do, 
inclusive os rela�vos à cota do Fundo Par�dário e do Fundo Especial de Financiamento de 
Campanha; de recursos próprios; ou de doações de pessoas �sicas.
A �tulo de complementação, cabe informar que o TSE, na Resolução nº 23.553/2017, 
alterada pela Resolução nº 23.575/18 recursos admi�dos para as , aponta, em seu art. 17, os 
campanhas eleitorais. Transcreve-se:
Art. 17. Os recursos des�nados às campanhas eleitorais, respeitados os limites previstos, 
somente são admi�dos quando provenientes de:
I - recursos próprios dos candidatos;
II - doações financeiras ou es�máveis em dinheiro de pessoas �sicas;
III - doações de outros par�dos polí�cos e de outros candidatos;
IV - comercialização de bens e/ou serviços ou promoção de eventos de arrecadação 
realizados diretamente pelo candidato ou pelo par�do polí�co;
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ATENÇÃO!
V - recursos próprios dos par�dos polí�cos, desde que iden�ficada a sua origem e que sejam 
provenientes:
a) do Fundo Par�dário, de que trata o ;art. 38 da Lei nº 9.096/1995
b) do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC);
c) de doações de pessoas �sicas efetuadas aos par�dos polí�cos;
d) decontribuição dos seus filiados;
e) da comercialização de bens, serviços ou promoção de eventos de arrecadação;
f) de rendimentos decorrentes da locação de bens próprios dos par�dos polí�cos.
VI - rendimentos gerados pela aplicação de suas disponibilidades.
Caso o candidato indique uma pessoa para gerir a administração contábil e financeira 
de sua campanha, serão solidariamente responsáveis pela veracidade das informações, 
devendo ambos assinar a respec�va prestação de contas.
Essa movimentação contábil também requer fiscalização da JE, razão pela qual a Lei 
das Eleições trouxe normas exigindo a abertura de conta bancária específica para a campanha 
eleitoral pelos par�dos e candidatos, bem como a inscrição obrigatória do candidato no 
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.
A abertura de conta bancária específica para a campanha eleitoral apenas não é exigida à 
candidatura para Prefeito e Vereador em Municípios onde não haja agência bancária ou 
posto de atendimento bancário (§ 2º, art. 22, Lei das Eleições).
Nas demais hipóteses, é imprescindível a abertura de conta bancária, ainda que não haja 
movimentação financeira, sob pena de desaprovação das contas (Ac.-TSE, de 21.2.2019, no 
AgR-REspe nº 71110 e, de 7.8.2018, no AgR-AI nº 33643).
Com o fim de viabilizar a criação dessa conta específica, o § 1º do art. 22 da Lei das 
Eleições impõe aos bancos:
i) a obrigatoriedade de abrir a conta em até 03 dias, sem condicionar a depósito 
mínimo ou à cobrança de taxas ou despesas de manutenção; 
ii) iden�ficar, nos extratos da conta, o CPF ou CNPJ do doador; e
iii) encerrar a conta ao final da eleição, transferindo saldo existente à conta indicada 
pelo diretório do par�do e informar à JE.
A criação da conta específica e a inscrição no CNPJ são tão importantes que a lei condiciona a 
promoção de arrecadação de recursos para a campanha ao cumprimento de tais exigências. 
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OBSERVAÇÃO:
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Nesse sen�do, o TSE entende que cons�tui irregularidade insanável a arrecadação de 
recursos e a realização de despesas antes da abertura de conta específica (Ac.-TSE, de 2.8.2018, 
no AgR-Respe nº 060035378 e, de 13.12.2011, no AgR-AI nº 149794).
Assim, em regra, somente após o cumprimento de tais obrigações legais, ficam os 
candidatos autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a realizar as 
despesas necessárias à campanha eleitoral (§ 2º, art. 22-A, Lei das Eleições).
A exceção fica a cargo de arrecadação prévia de recursos por meio de financiamento 
cole�vo (crowdfunding) em sites na internet, aplica�vos eletrônicos e outros recursos 
similares. Trata-se, em verdade, das chamadas “vaquinhas virtuais”, promovidas na internet.
Nessa situação, as eventuais fraudes ou erros come�dos pelo doador, sem 
conhecimento dos candidatos, par�dos ou coligações, não ensejarão a responsabilidade 
destes nem a rejeição de suas contas eleitorais (art. 23, § 6º, Lei das Eleições, com redação dada 
pela Lei nº 13.488/2017). 
Esse �po de arrecadação prévia pode ser iniciado em 15 de maio do ano eleitoral, mas 
a despesa apenas pode ser realizada em observância do calendário eleitoral, além de a 
liberação do recurso ser condicionada ao registro da candidatura. Se o registro não for 
efe�vado, as quan�as arrecadadas devem ser devolvidas aos doadores.
Antes da reforma de 2017, o TSE não aceitava a prá�ca de crowdfunding (financiamento 
cole�vo), sob a alegação de a prá�ca impossibilitar a iden�ficação/individualização dos 
doadores.
Com a reforma, essa prá�ca foi permi�da, desde que atendidas as exigências legais e, dentre 
elas, a iden�ficação do CPF do doador e a respec�va quan�a doada.
Para que seja possível essa prá�ca de arrecadação de recursos para a campanha 
eleitoral, deve-se atender aos seguintes requisitos do art. 23, § 4º, IV, “a” a “h”, Lei das Eleições. 
Observe os disposi�vos legais referentes ao tema:
Art. 22. É obrigatório para o par�do e para os candidatos abrir conta bancária 
específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica - CNPJ. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º Desde o dia 15 de maio do ano eleitoral, é facultada aos pré-candidatos a 
oarrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV do § 4 do art. 23 
desta Lei, mas a liberação de recursos por parte das en�dades arrecadadoras fica 
condicionada ao registro da candidatura, e a realização de despesas de campanha 
deverá observar o calendário eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
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o o§ 4 Na hipótese prevista no § 3 deste ar�go, se não for efe�vado o registro da 
candidatura, as en�dades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados 
aos doadores. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Art. 23.
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta 
mencionada no art. 22 desta Lei por meio de: 
IV - ins�tuições que promovam técnicas e serviços de financiamento cole�vo por 
meio de sí�os na internet, aplica�vos eletrônicos e outros recursos similares, que 
deverão atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
a) cadastro prévio na Jus�ça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para 
prestação de contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se 
houver, e repasses aos candidatos; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
b) iden�ficação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quan�as doadas; 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
c) disponibilização em sí�o eletrônico de lista com iden�ficação dos doadores e das 
respec�vas quan�as doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação; 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, rela�vo a cada doação realizada, sob 
a responsabilidade da en�dade arrecadadora, com envio imediato para a Jus�ça 
Eleitoral e para o candidato de todas as informações rela�vas à doação; (Incluído 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administra�vas a serem 
cobradas pela realização do serviço;(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei; (Incluído 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do 
operíodo de arrecadação financeira, nos termos dispostos no § 2 do art. 22-A desta Lei; 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
h) observância dos disposi�vos desta Lei relacionados à propaganda na internet; 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
Vislumbra-se que, para se realizar a arrecadação e gastos na campanha eleitoral, 
necessária a observância de certos requisitos:
i) requerimento de registro de candidatura (salvo os gastos de pré-campanha, a 
movimentação dos valores só pode ocorrer após a formalização do registro);
ii) inscrição no CNPJ;
iii) abertura de conta bancária específica;
iv) emissão de recibos eleitorais.
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ATENÇÃO!
OBSERVAÇÃO:
1.1.3. DOAÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS
As pessoas �sicas poderão fazer doações em dinheiro ou es�máveis em dinheiro para 
campanhas eleitorais, limitadas a 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano 
anterior à eleição.
Esse limitede 10% dos rendimentos brutos no ano anterior não se aplica a doações es�máveis 
em dinheiro rela�vas à u�lização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou à 
prestação de serviços próprios, desde que o valor es�mado não ultrapasse R$40.000,00 por 
doador (art. 23, § 7º, Lei das Eleições, com redação dada pela Lei nº 13.488/2017).
O pagamento efetuado por pessoas �sicas, candidatos ou par�dos em decorrência de 
honorários de serviços advoca�cios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços 
em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de 
defesa de interesses de candidato ou par�do polí�co, não será considerado para a aferição 
do limite previsto no § 1º do ar�go 23 e não cons�tui doação de bens e serviços es�máveis 
em dinheiro. (art. 23, §10, incluído pela Lei nº 13.877, de 2019).
Com relação à “doação” feita pelo próprio candidato, o §2º-A, inserido pela Lei nº 
13.878/19 aduz que:
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 
10% (dez por cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que 
concorrer.
As alhures doações em dinheiro devem ser efe�vadas na conta específica
mencionada e, caso sejam doações , hão de ser efe�vadas mediante es�máveis em dinheiro
recibo, assinado pelo doador. 
Entretanto, não será necessária a emissão de recibo nas seguintes exceções legais: 
i) cessão de por pessoa cedente; bens móveis, limitada ao valor de R$4.000,00
ii) , decorrentes do doações es�máveis em dinheiro entre candidatos ou par�dos uso 
comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral, cujo gasto 
deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da 
despesa; e 
iii) cessão de automóvel de propriedade do candidato, do cônjuge e de seus parentes 
até o terceiro grau para seu uso pessoal durante a campanha.
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ATENÇÃO!
OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO!
A exceção de ausência de recibo na cessão de automóvel para uso durante a campanha (item 
iii acima) foi introduzida no art. 28, § 6º, inciso III, Lei das Eleições, com redação dada pela Lei 
13.488/2017, portanto, pode ser objeto de ques�onamento em provas de concursos.
Atente que esse automóvel cedido para o uso na campanha eleitoral pode ser de propriedade 
do próprio candidato, do cônjuge ou de seus parentes até o 3º grau. A norma não abre espaço 
para bens de terceiros sem esse grau de parentesco.
Outro aspecto é a possibilidade de as pessoas �sicas realizarem doações por meio de 
cartões de débito e de crédito (art. 23, § 9º, Lei das Eleições, com redação dada pela Lei nº 
13.488/2017).
As pessoas �sicas também poderão doar pela internet, inclusive se u�lizando de cartão 
de crédito, desde que seja:
i) obedecido o limite de 10% dos rendimentos brutos do doador, auferidos no ano 
anterior à eleição; 
ii) iden�ficado o doador; e 
iii) emi�do o recibo eleitoral.
Nessa situação, as eventuais fraudes ou erros come�dos pelo doador, sem 
conhecimento dos candidatos, par�dos ou coligações, não ensejarão a responsabilidade 
destes nem a rejeição de suas contas eleitorais (art. 23, § 6º, Lei das Eleições, com redação dada 
pela Lei nº 13.488/2017). 
A doação de quan�a acima dos limites legais sujeita o infrator ao pagamento de multa no 
valor de até 100% da quan�a em excesso (art. 23, § 3º, Lei das Eleições, com redação dada 
pela Lei nº 13.488/2017).
De acordo com o TSE, não se aplica o princípio da insignificância às representações por 
doação acima do limite legal (Ac.-TSE, de 27.9.2016, no REspe nº 2007 e, de 17.12.2014, no 
AgR-REspe nº 16628). 
Atualmente, tanto a despesa em campanha eleitoral como a doação que ultrapassarem os 
limites legais, sujeitarão os infratores a uma multa de 100% sobre o excesso. 
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ATENÇÃO!
1.1.4. DOAÇÕES VEDADAS
Cumpre destacar, de início, que não é permi�da a doação por pessoas jurídicas a 
campanhas eleitorais. 
Nesse sen�do, o STF, no julgamento da ADI 4650, entendeu ser incons�tucional a doação 
por pessoas jurídicas, em razão de ser contrária ao princípio republicano. Nas palavras da Corte: 
A doação por pessoas jurídicas a campanhas eleitorais, antes de refle�r eventuais 
preferências polí�cas, denota um agir estratégico destes grandes doadores, no afã 
de estreitar suas relações com o poder público, em pactos, muitas vezes, 
desprovidos de espírito republicano. O telos subjacente ao art. 24, da Lei das Eleições, 
que elenca um rol de en�dades da sociedade civil que estão proibidas de financiarem 
campanhas eleitorais, des�na-se a bloquear a formação de relações e alianças 
promíscuas e não republicanas entre aludidas ins�tuições e o Poder Público, de 
maneira que a não extensão desses mesmos critérios às demais pessoas jurídicas 
evidencia desequiparação desprovida de qualquer fundamento cons�tucional 
idôneo. (STF - ADI 4650, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, j. 17.09.2015)
 Após essa decisão, tentou-se incluir os arts. 24-A e 24-B na Lei das Eleições, pela Lei nº 
13.165/2015, que possibilitava a doação por pessoas jurídicas a campanhas eleitorais, e acabou 
sendo vetada pela Presidência da República, sob a jus�ficação da ADI 4650 julgada pelo STF.
Portanto, as pessoas jurídicas não podem doar recursos para as campanhas eleitorais.
Vale ressaltar que, de acordo com o TSE, é vedado o uso de bem móvel que o candidato 
possui em copar�cipação com pessoa jurídica, haja vista se tratar, em úl�ma análise, de bem de 
pessoa jurídica e, portanto, não passível de doação:
“Não é possível o uso na campanha eleitoral de bem móvel, aí consideradas as três 
modalidades de meio de transporte, de propriedade do candidato em copar�cipação 
com pessoa jurídica. Os bens móveis, sejam eles veículo automotor, embarcação e/ou 
aeronave, seguem a lógica da sua indivisibilidade. A sua u�lização, em se tratando de 
bem, ainda que em parte de propriedade de pessoa jurídica, configura doação vedada 
com a revogação do art. 81 da Lei nº 9.504/97” (Ac. de 12.6.2018 na CTA 60045055, rel 
Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto).
Os empresários individuais não estão impedidos de realizar doações, mas estão sujeitos aos 
limites de doação para pessoas �sicas.
Nesse sen�do, observe a decisão do TSE que esclarece o ponto:
“2. A equiparação do empresário ou da firma individual a uma pessoa jurídica por ficção 
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jurídica para efeito tributário não transmuda a sua natureza. 3. As doações eleitorais 
realizadas por firmas individuais devem observar os limites impostos às pessoas �sicas de 
acordo com o art. 23, § 1º, I, da Lei nº 9.504/97. 4. Entendimento que não se aplica às 
empresas individuais de responsabilidade limitada – EIRELI (...), as quais estão, em princípio, 
sujeitas aos limites impostos às pessoas jurídicas.” (TSE – REsp nº 33379/PR, j. 01.04.2014).
Não obstante os empresários individuais estarem limitados ao percentual de 10% do 
rendimento bruto do ano anterior ao da eleição, o TSE, em 12.09.2017 – info 12, decidiu, por 
unanimidade, que, para efeito de cálculo desse limite, pode-se somar os rendimentos 
percebidos como pessoa natural e como empresário individual.
Nas palavras do Ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, em seu voto-vista, ao acompanhar o 
relator: “para fins de aferição do limite passível de doação, deve ser considerado o SOMATÓRIO 
DOS RENDIMENTOS percebidos como pessoa natural E empresário individual.(...)”.
Assim, se a receita bruta da empresa individual, do ano anterior à eleição, foi de 
R$100.000,00 e o da pessoa �sica do empresário foi de R$50.000,00, o limite de doação será 
de R$15.000,00 (10% das receitas somadas).
O art. 24 da Lei das Eleições apresenta um rol de pessoas que se encontram vedadas 
de doar, direta ou indiretamente, dinheiro ou es�mável em dinheiro, inclusive por meio de 
publicidade de qualquer espécie.
Assim, nem o par�do nem o candidato poderão receber doações, ainda que 
indiretamente, das seguintes pessoas:
I - en�dade ou governo estrangeiro;
II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação man�da com 
recursos provenientes do Poder Público;
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
IV - en�dade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição 
compulsória em virtude de disposição legal;
V - en�dade de u�lidade pública;
VI - en�dade de classe ou sindical;
VII - pessoa jurídica sem fins lucra�vos que receba recursos do exterior;
VIII - en�dades beneficentes e religiosas; 
IX - en�dades espor�vas; 
X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos; 
XI - organizações da sociedade civil de interesse público.
Essas vedações, segundo o STF, des�nam-se a “bloquear a formação de relações e 
alianças promíscuas e não republicanas entre aludidas ins�tuições e o Poder Público”.
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Além de proteger o princípio republicano, possui o fim de combater eventuais abusos 
do poder econômico e preservar o equilíbrio econômico nas campanhas eleitorais.
Nessa linha, o TSE, no informa�vo nº 11 de 2018 (Recurso Ordinário n° 5370-03, Belo 
Horizonte/MG, rel. Min. Rosa Weber, j. 21.08.2018), decidiu que: “Configura abuso de poder 
econômico o uso de evento religioso de grande proporção e de elevado valor econômico a 
favor de candidatura, às vésperas do pleito, não declarado em prestação de contas e 
integralmente custeado por en�dade religiosa.”.
Impende destacar o disposto no art. 24, § 4º, da Lei das Eleições, in verbis:
§ 4º O par�do ou candidato que receber recursos provenientes de fontes vedadas ou 
de origem não iden�ficada deverá proceder à devolução dos valores recebidos ou, 
não sendo possível a iden�ficação da fonte, transferi-los para a conta única do 
Tesouro Nacional.
Com base nesse parágrafo, observa-se que, se a origem da receita for iden�ficada, 
caberá ao par�do ou candidato devolver a quan�a recebida indevidamente, diante da vedação 
legal.
Por outro lado, não sendo possível a iden�ficação da fonte, compe�rá ao par�do ou 
candidato transferir o valor para a conta única do Tesouro Nacional.
Sobre esse úl�mo caso, o TSE, no informa�vo nº 08 de 2017, decidiu que a ausência de 
iden�ficação do doador originário de recursos recebidos por um candidato, posteriormente e 
repassados de forma indireta à campanha de outro, caracteriza recurso de origem não 
iden�ficada, devendo este ser recolhido ao Tesouro Nacional.
O TSE também decidiu que, ainda que a doação seja legal, o candidato pode devolver a 
quan�a doada, seja com base em critérios estabelecidos em sua campanha para arrecadação 
de recursos ou por razões subje�vas. 
Conforme o Min. Barroso, “o candidato donatário detém prerroga�va de recusar 
doações recebidas, ainda que perfeitamente legais”. (Info 01/2019 - Prestação de Contas nº 
0601225-70, Brasília/DF, rel. Min. Luís Roberto Barroso, julgada em 4.12.2018.)
Por fim, registre-se que qualquer eleitor poderá realizar gastos, em a candidato apoio
de sua preferência, até a quan�a equivalente a um mil UFIR, , não sujeitos a contabilização
desde que não reembolsados (art. 27 da Lei das Eleições).
No mesmo sen�do que as demais inserções realizadas pela Lei 13.877/2019, os 
parágrafos do art. 27 preceituam que:
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OBSERVAÇÃO:
§ 1º Fica excluído do limite previsto no caput deste ar�go o pagamento de honorários 
decorrentes da prestação de serviços advoca�cios e de contabilidade, relacionados 
às campanhas eleitorais e em favor destas. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 2º Para fins do previsto no § 1º deste ar�go, o pagamento efetuado por terceiro não 
compreende doação eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
1.2. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS
A prestação de contas cristaliza a vida financeira da campanha eleitoral, apontando 
toda a movimentação de arrecadação e de gastos.
Desse modo, persiste o dever de prestar contas àqueles candidatos que desis�ram, 
renunciaram, tenham sido subs�tuídos ou �veram seus registros indeferidos. Nessas 
situações, a prestação das contas vai se referir ao período em que atuou na campanha eleitoral.
A Lei das Eleições determina que a prestação de contas será realizada pelo próprio 
candidato, seja das eleições majoritárias seja das eleições proporcionais. 
Conforme o § 1º do art. 28 da Lei das Eleições, o candidato das eleições majoritárias 
deve apresentar sua prestação de contas acompanhada dos extratos das contas bancárias 
referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação dos 
cheques recebidos, com a indicação dos respec�vos números, valores e emitentes.
Em razão da transparência e lisura das eleições, os par�dos polí�cos, as coligações e 
os candidatos são obrigados, durante as campanhas eleitorais, a divulgar os recursos 
recebidos em site, criado pela JE para esse fim, na internet. 
Trata-se de uma prestação de contas quase instantânea, permi�ndo que os eleitores 
acompanhem os valores recebidos e os gastos na campanha eleitoral dos candidatos. Isso, de 
outro modo, não afasta a prestação de contas a ser realizada ao final das eleições.
O TSE, em atenção à transparência nos gastos das campanhas eleitorais, já decidiu que “os 
dados rela�vos às prestações de contas são públicos e podem ser consultados livremente 
pelos interessados, que, se desejarem, poderão solicitar cópias, impressas ou em meio 
magné�co, ficando responsáveis pelos respec�vos custos e pela u�lização que derem às 
informações recebidas.”(Res. nº 21.228, de 1º.10.2002, rel. Min. Fernando Neves.)
Tal divulgação de contas, que ocorre durante o processo deve ser feita em face das 
seguintes situações (§ 4º, I e II, do art. 28 da Lei das Eleições):
I - os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, 
em até 72 (setenta e duas) horas de seu recebimento; 
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II - no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo 
Par�dário, os recursos em dinheiro e os es�máveis em dinheiro recebidos, bem 
como os gastos realizados.
Por sua vez, a prestação de contas final deve ser encaminhada à JE até o 30º dia 
posterior à realização das eleições. 
Todavia, para os candidatos que sigam em segundo turno de votação, suas respec�vas 
prestações de contas poderão ser entregues até o 20º dia posterior à sua realização. 
O não cumprimento desses prazos impede a diplomação enquanto perdurar a omissão.
Eventuais débitos de campanha, não quitados até a data de apresentação da 
prestação de contas, poderão ser assumidos pelo par�do polí�co, por decisão do seu órgão 
nacional de direção par�dária. 
Nesse caso, o órgão par�dário da respec�va circunscrição eleitoral passará a 
responder por todas as dívidas solidariamente com o candidato, hipótese em que a existência 
do débito não poderá ser considerada como causa para a rejeiçãodas contas.
Frisa-se, ainda, que o TSE entende que a existência de dívida de campanha não implica 
em desaprovação das contas do candidato, caso seja assumida a obrigação pelo par�do. Veja:
A existência de dívida de campanha não obsta a aprovação das contas do candidato 
ou do comitê financeiro, caso seja assumida a obrigação pelo par�do, que deverá 
indicar na sua prestação de contas anual as rubricas referentes às despesas de 
campanha não quitadas. (TSE - Ac.-TSE, de 8.2.2011, na Pet nº 2597)
Diante de todo explanado alhures, vislumbra-se que a lei eleitoral busca trazer uma 
maior transparência aos gastos de campanhas, exigindo-se a iden�ficação dos doadores e 
respec�vos valores doados; es�pulando limites de doação; e vedando certas pessoas de 
doarem recursos para campanhas eleitorais. 
Não por outra razão, a Lei nº 13.877/19 alterou o §12 do art. 28, determinando a 
necessidade de individualização dos doadores dos recursos tanto nas prestações de contas dos 
par�dos quanto nas dos candidatos:
§ 12. Os valores transferidos pelos par�dos polí�cos oriundos de doações serão 
registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos par�dos e, 
na prestação de contas anual dos par�dos, como transferência aos candidatos. 
(Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019)
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1.2.1. DO JULGAMENTO DAS CONTAS
Apresentadas as contas à JE, caberá o seu respec�vo julgamento, cujo resultado se 
dará em sessão ATÉ 03 dias ANTES da diplomação.
Se a JE necessitar de apoio técnico para averiguar as contas apresentadas, poderá 
requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, pelo tempo que for necessário.
Cabe informar que, antes do julgamento, havendo indício de irregularidade na 
prestação de contas, a JE poderá requisitar do candidato as informações adicionais necessárias, 
bem como determinar diligências para a complementação dos dados ou o saneamento das 
falhas. 
O julgamento das contas poderá ensejar quatro resultados: aprovação, aprovação com 
ressalvas, desaprovação ou não prestação das contas. Observe o esquema adiante:
Por sua vez, os §§ 1º e 2º do art. 30 apresentam duas hipóteses em que os erros não 
acarretarão na rejeição das contas nem na consequente sanção. Conforme esses parágrafos, os 
erros formais e materiais corrigidos ou irrelevantes no conjunto da prestação de contas não 
acarretarão em sua rejeição ou aplicação de penalidade ao candidato ou ao par�do.
Após a decisão da JE a respeito da prestação de contas, caberá recurso ao órgão 
superior do prolator da decisão, no prazo de 03 dias, contados da publicação no DO.
Se a decisão for do TRE, caberá recurso especial ao TSE, no prazo de 03 dias, contados 
da publicação no DO, contudo, apenas nas hipóteses do art. 121, § 4º, I e II, da CF:
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§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:
I - forem proferidas contra disposição expressa desta Cons�tuição ou de lei;
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
O prazo para julgamento é de até 03 dias antes da DIPLOMAÇÃO.
O prazo para recurso é de 03 dias contados da publicação no DIÁRIO OFICIAL (DO).
1.2.2. DA REPRESENTAÇÃO PELAS IRREGULARIDADES NAS PRESTAÇÕES DE CONTAS 
(ARRECADAÇÃO E GASTOS)
Qualquer poderá à JE, no par�do polí�co ou coligação representar prazo de 15 dias da 
diplomação relatando fatos e indicando provas pedir abertura de inves�gação judicial, , e a para 
apurar condutas em desacordo com as normas da Lei das Eleições, rela�vas à arrecadação e 
gastos de recursos.
Art. 30-A. Qualquer par�do polí�co ou coligação poderá representar à Jus�ça Eleitoral, no 
prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a 
abertura de inves�gação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta 
Lei, rela�vas à arrecadação e gastos de recursos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Candidato não é legi�mado! Ministério Público Eleitoral é legi�mado, embora não 
mencionado no ar�go, porquanto guardião da ordem jurídica. 
§ 1º Na apuração de que trata este ar�go, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 
22 da Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, no que couber. (Incluído pela 
Lei nº 11.300, de 2006)
§ 2º Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será 
negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado. (Incluído pela 
Lei nº 11.300, de 2006)
§ 3º O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com 
base neste ar�go será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no 
Diário Oficial. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Assim, havendo irregularidades, poder-se-á propor a ação por captação e gastos ilícitos 
de recursos, cujo procedimento se encontra previsto no art. 22 da Lc nº 64/90, no que couber.
A omissão de despesa, inclusive a decorrente do serviço advoca�cio, pode, em tese, 
caracterizar abuso de poder econômico ou violação a este ar�go (Ac.-TSE, de 3.8.2015, no AgR-
REspe nº 79227).
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A captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, deverá ser comprovada na 
ação e, nesse caso, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
Mesmo que comprovada a captação ou gastos ilícitos, esses devem possuir relevância 
jurídica do ilícito, não bastando a simples potencialidade do dano em face do pleito, 
conforme entendimento do TSE.
Contudo, importante saber que o TSE também decidiu que “em crimes de reconhecida 
dificuldade probatória, como o referido neste ar�go, o estado-juiz está autorizado a apoiar-se 
no conjunto de indícios confirmados na fase instrutória, que devem ser admi�dos como meio 
de prova suficiente para a condenação” (Ac.-TSE, de 22.3.2018, no RO nº 122086).
Dessa decisão que nega a diplomação ou a cassa caberá a recurso no prazo de 03 dias,
contar da data da .publicação do julgamento no DO
1.2.3. DAS SOBRAS DE CAMPANHA ELEITORAL
As sobras da campanha se referem aos recursos arrecadados para o seu custeio e que 
não foram u�lizados.
Destarte, o na prestação de contas do excedente de arrecadação deverá ser declarado
candidato após o julgamento de todos os recursos, e, transferido ao par�do ou ao órgão 
dire�vo da circunscrição. 
Não confunda a devolução do excedente da arrecadação da campanha ao par�do polí�co 
ou ao órgão da circunscrição (acima tratado), nos termos do art. 31 da Lei das Eleições, com a 
devolução ao Tesouro Nacional dos recursos provenientes do FEFC (art. 16-C, § 11, Lei das 
Eleições).
O par�do poderá u�lizar esse dinheiro das sobras, desde que declarado em suas 
prestações de contas perante à JE, com a iden�ficação dos candidatos.
O art. 32 da Lei das Eleições determina que os candidatos ou par�dos devem conservar a 
documentação concernente às suas contas até 180 dias após a diplomação.
Entretanto, se houver pendência de julgamento rela�vo às contas, devem ser guardadas até a 
decisão final do processo. 
Os incisos do art. 31 da Lei das Eleições apontam critérios para des�nação desses 
recursos das sobras eleitorais, a saber:
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Art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, esta deve ser 
declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, transferida ao 
par�do, obedecendo aos seguintes critérios: 
I - no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser 
transferidos para o órgão dire�vo municipal do par�do na cidade onde ocorreu a 
eleição, o qual será responsável exclusivo pela iden�ficação desses recursos, sua 
u�lização, contabilização e respec�va prestação de contas perante o juízo eleitoral 
correspondente;
II - no caso de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e 
Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transferidos para o órgão 
dire�vo regional do par�do no Estado onde ocorreu a eleição ou no Distrito Federal, 
se for o caso, o qual será responsável exclusivo pela iden�ficação desses recursos, sua 
u�lização, contabilização e respec�va prestação de contas perante o Tribunal Regional 
Eleitoral correspondente; 
III - no caso de candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, esses recursos 
deverão ser transferidos para o órgão dire�vo nacional do par�do, o qual será 
responsável exclusivo pela iden�ficação desses recursos, sua u�lização, 
contabilização e respec�va prestação de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral;
IV - o órgão dire�vo nacional do par�do não poderá ser responsabilizado nem 
penalizado pelo descumprimento do disposto neste ar�go por parte dos órgãos 
dire�vos municipais e regionais. 
Parágrafo único. As sobras de recursos financeiros de campanha serão u�lizadas 
pelos par�dos polí�cos, devendo tais valores ser declarados em suas prestações de 
contas perante a Jus�ça Eleitoral, com a iden�ficação dos candidatos.
Desse modo, a depender da circunscrição da campanha eleitoral (nacional, estadual, 
distrital ou municipal), as sobras serão des�nadas ao órgão do par�do responsável.
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2. LEGISLAÇÃO
LEI Nº 9.504/97 – LEI DAS ELEIÇÕES
Do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC)
(Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
Art. 16-C. O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) é cons�tuído por dotações 
orçamentárias da União em ano eleitoral, em valor ao menos equivalente: (Incluído pela Lei nº 
13.487, de 2017)
I - ao definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a cada eleição, com base nos parâmetros 
definidos em lei; (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
II - ao percentual do montante total dos recursos da reserva específica a programações 
decorrentes de emendas de bancada estadual imposi�va, que será encaminhado no projeto de 
lei orçamentária anual. (Redação dada pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 2º O Tesouro Nacional depositará os recursos no Banco do Brasil, em conta especial à disposição 
do Tribunal Superior Eleitoral, até o primeiro dia ú�l do mês de junho do ano do pleito. (Incluído 
pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 3º Nos quinze dias subsequentes ao depósito, o Tribunal Superior Eleitoral: (Incluído pela Lei 
nº 13.487, de 2017)
I - divulgará o montante de recursos disponíveis no Fundo Eleitoral; e (Incluído pela Lei nº 
13.487, de 2017)
II - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 6º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 7º Os recursos de que trata este ar�go ficarão à disposição do par�do polí�co somente após a 
definição de critérios para a sua distribuição, os quais, aprovados pela maioria absoluta dos 
membros do órgão de direção execu�va nacional do par�do, serão divulgados publicamente. 
(Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 8º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 9º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 10. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 11. Os recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha que não 
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OBSERVAÇÃO:
forem u�lizados nas campanhas eleitorais deverão ser devolvidos ao Tesouro Nacional, 
integralmente, no momento da apresentação da respec�va prestação de contas. (Incluído pela 
Lei nº 13.487, de 2017)
§ 12. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 13. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 14. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 15. O percentual dos recursos a que se refere o inciso II do caput deste ar�go poderá ser 
reduzido mediante compensação decorrente do remanejamento, se exis�rem, de dotações em 
excesso des�nadas ao Poder Legisla�vo. (Incluído pela Lei nº 13.487, de 2017)
§ 16. Os par�dos podem comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral até o 1º (primeiro) dia ú�l do 
mês de junho a renúncia ao FEFC, vedada a redistribuição desses recursos aos demais par�dos. 
(Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Art. 16-D. Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), para o 
primeiro turno das eleições, serão distribuídos entre os par�dos polí�cos, obedecidos os 
seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
I - 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os par�dos com estatutos 
registrados no Tribunal Superior Eleitoral; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
II - 35% (trinta e cinco por cento), divididos entre os par�dos que tenham pelo menos um 
representante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles ob�dos 
na úl�ma eleição geral para a Câmara dos Deputados; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
III - 48% (quarenta e oito por cento), divididos entre os par�dos, na proporção do número de 
representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos �tulares; (Incluído 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
IV - 15% (quinze por cento), divididos entre os par�dos, na proporção do número de 
representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos �tulares. (Incluído pela Lei nº 
13.488, de 2017)
Lei nº 13.488/2017
Art. 4º Em 2018, para fins do disposto nos incisos III e IV do caput do art. 16-D da Lei nº 9.504, 
de 30 de setembro de 1997, a distribuição dos recursos entre os par�dos terá por base o 
número de representantes �tulares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, apurado 
em 28 de agosto de 2017 e, nas eleições subsequentes, apurado no úl�mo dia da sessão 
legisla�va imediatamente anterior ao ano eleitoral. 
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§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 2º Para que o candidato tenha acesso aos recursos do Fundo a que se refere este ar�go, deverá fazer 
requerimento por escrito ao órgão par�dário respec�vo. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 3º Para fins do disposto no inciso III do caput deste ar�go, a distribuição dos recursos entre os 
par�dos terá por base o número de representantes eleitos para a Câmara dos Deputados na 
úl�ma eleição geral, ressalvados os casos dos detentores de mandato que migraram em razão 
de o par�do pelo qual foram eleitos não ter cumprido os requisitos previstos no § 3º do art. 17 
da Cons�tuição Federal. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 4º Para fins do disposto no inciso IV do caput deste ar�go, a distribuição dos recursos entre os 
par�dos terá por base o número de representantes eleitos para o Senado Federal na úl�ma 
eleição geral, bem como os Senadores filiadosao par�do que, na data da úl�ma eleição geral, 
encontravam-se no 1º (primeiro) quadriênio de seus mandatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 
2019)
Da Arrecadação e da Aplicação de Recursos nas Campanhas Eleitorais
Art. 17. As despesas da campanha eleitoral serão realizadas sob a responsabilidade dos 
par�dos, ou de seus candidatos, e financiadas na forma desta Lei.
Art. 18. Os limites de gastos de campanha serão definidos em lei e divulgados pelo Tribunal 
Superior Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 18-A. Serão contabilizadas nos limites de gastos de cada campanha as despesas efetuadas 
pelos candidatos e as efetuadas pelos par�dos que puderem ser individualizadas. (Incluído 
pela Lei nº 13.165, de 2015)
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput deste ar�go, os gastos advoca�cios e de 
contabilidade referentes a consultoria, assessoria e honorários, relacionados à prestação de 
serviços em campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente 
de defesa de interesses de candidato ou par�do polí�co, não estão sujeitos a limites de gastos 
ou a limites que possam impor dificuldade ao exercício da ampla defesa. (Incluído pela Lei nº 
13.877, de 2019)
Art. 18-B. O descumprimento dos limites de gastos fixados para cada campanha acarretará o 
pagamento de multa em valor equivalente a 100% (cem por cento) da quan�a que ultrapassar 
o limite estabelecido, sem prejuízo da apuração da ocorrência de abuso do poder econômico. 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
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Art. 18-C. O limite de gastos nas campanhas dos candidatos às eleições para prefeito e vereador, 
na respec�va circunscrição, será equivalente ao limite para os respec�vos cargos nas eleições 
de 2016, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aferido pela 
Fundação Ins�tuto Brasileiro de Geografia e Esta�s�ca (IBGE), ou por índice que o subs�tuir. 
(Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
Parágrafo único. Nas campanhas para segundo turno das eleições para prefeito, onde houver, o 
limite de gastos de cada candidato será de 40% (quarenta por cento) do limite previsto no caput 
deste ar�go. (Incluído pela Lei nº 13.878, de 2019)
Art. 19. (Revogado pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 20. O candidato a cargo ele�vo fará, diretamente ou por intermédio de pessoa por ele 
designada, a administração financeira de sua campanha usando recursos repassados pelo 
par�do, inclusive os rela�vos à cota do Fundo Par�dário, recursos próprios ou doações de 
pessoas �sicas, na forma estabelecida nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 21. O candidato é solidariamente responsável com a pessoa indicada na forma do art. 20 
desta Lei pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha, devendo 
ambos assinar a respec�va prestação de contas. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
 Art. 22. É obrigatório para o par�do e para os candidatos abrir conta bancária específica para 
registrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a: (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - acatar, em até três dias, o pedido de abertura de conta de qualquer candidato escolhido em 
convenção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito mínimo e à cobrança de taxas ou de 
outras despesas de manutenção; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - iden�ficar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o CPF ou o 
CNPJ do doador; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - encerrar a conta bancária no final do ano da eleição, transferindo a totalidade do saldo 
existente para a conta bancária do órgão de direção indicado pelo par�do, na forma prevista no 
art. 31, e informar o fato à Jus�ça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º O disposto neste ar�go não se aplica aos casos de candidatura para Prefeito e Vereador em 
Municípios onde não haja agência bancária ou posto de atendimento bancário. (Redação dada 
pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º O uso de recursos financeiros para pagamentos de gastos eleitorais que não provenham da conta 
específica de que trata o caput deste ar�go implicará a desaprovação da prestação de contas do 
par�do ou candidato; comprovado abuso de poder econômico, será cancelado o registro da 
candidatura ou cassado o diploma, se já houver sido outorgado. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
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§ 4º Rejeitadas as contas, a Jus�ça Eleitoral remeterá cópia de todo o processo ao Ministério 
Público Eleitoral para os fins previstos no art. 22 da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 
1990. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
Art. 22-A. Os candidatos estão obrigados à inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - 
CNPJ. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º Após o recebimento do pedido de registro da candidatura, a Jus�ça Eleitoral deverá fornecer 
em até 3 (três) dias úteis, o número de registro de CNPJ. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 2º Cumprido o disposto no § 1º deste ar�go e no § 1º do art. 22, ficam os candidatos 
autorizados a promover a arrecadação de recursos financeiros e a realizar as despesas 
necessárias à campanha eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º Desde o dia 15 de maio do ano eleitoral, é facultada aos pré-candidatos a arrecadação 
prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV do § 4º do art. 23 desta Lei, mas a 
liberação de recursos por parte das en�dades arrecadadoras fica condicionada ao registro da 
candidatura, e a realização de despesas de campanha deverá observar o calendário eleitoral. 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º deste ar�go, se não for efe�vado o registro da candidatura, as 
en�dades arrecadadoras deverão devolver os valores arrecadados aos doadores. (Incluído 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
Art. 23. Pessoas �sicas poderão fazer doações em dinheiro ou es�máveis em dinheiro para 
campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1º As doações e contribuições de que trata este ar�go ficam limitadas a 10% (dez por cento) 
dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição. (Redação dada pela 
Lei nº 13.165, de 2015)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º-A O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos 
estabelecido nesta Lei para o cargo ao qual concorre. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º-B - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º As doações es�máveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou par�do deverão ser 
feitas mediante recibo, assinado pelo doador, exceto na hipótese prevista no § 6º do art. 28. 
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 2º-A. O candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o total de 10% (dez por 
cento) dos limites previstos para gastos de campanha no cargo em que concorrer. (Incluído pela 
Lei nº 13.878, de 2019)
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§ 3º A doação de quan�a acima dos limites fixados neste ar�go sujeita o infrator ao pagamento 
de multa no valor de até 100%(cem por cento) da quan�a em excesso. (Redação dada pela Lei 
nº 13.488, de 2017)
§ 4º As doações de recursos financeiros somente poderão ser efetuadas na conta mencionada 
no art. 22 desta Lei por meio de: (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
I - cheques cruzados e nominais ou transferência eletrônica de depósitos; (Incluído pela Lei nº 
11.300, de 2006)
II - depósitos em espécie devidamente iden�ficados até o limite fixado no inciso I do § 1º deste 
ar�go. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
III - mecanismo disponível em sí�o do candidato, par�do ou coligação na internet, permi�ndo 
inclusive o uso de cartão de crédito, e que deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
a) iden�ficação do doador; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
b) emissão obrigatória de recibo eleitoral para cada doação realizada. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009)
IV - ins�tuições que promovam técnicas e serviços de financiamento cole�vo por meio de sí�os 
na internet, aplica�vos eletrônicos e outros recursos similares, que deverão atender aos 
seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
a) cadastro prévio na Jus�ça Eleitoral, que estabelecerá regulamentação para prestação de 
contas, fiscalização instantânea das doações, contas intermediárias, se houver, e repasses aos 
candidatos; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
b) iden�ficação obrigatória, com o nome completo e o número de inscrição no Cadastro de 
Pessoas Físicas (CPF) de cada um dos doadores e das quan�as doadas; (Incluído pela Lei nº 
13.488, de 2017)
c) disponibilização em sí�o eletrônico de lista com iden�ficação dos doadores e das respec�vas 
quan�as doadas, a ser atualizada instantaneamente a cada nova doação; (Incluído pela Lei nº 
13.488, de 2017)
d) emissão obrigatória de recibo para o doador, rela�vo a cada doação realizada, sob a 
responsabilidade da en�dade arrecadadora, com envio imediato para a Jus�ça Eleitoral e para o 
candidato de todas as informações rela�vas à doação; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
e) ampla ciência a candidatos e eleitores acerca das taxas administra�vas a serem cobradas pela 
realização do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
f) não incidência em quaisquer das hipóteses listadas no art. 24 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 
13.488, de 2017)
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g) observância do calendário eleitoral, especialmente no que diz respeito ao início do período 
de arrecadação financeira, nos termos dispostos no § 2º do art. 22-A desta Lei; (Incluído pela Lei 
nº 13.488, de 2017)
h) observância dos disposi�vos desta Lei relacionados à propaganda na internet; (Incluído pela 
Lei nº 13.488, de 2017)
V - comercialização de bens e/ou serviços, ou promoção de eventos de arrecadação realizados 
diretamente pelo candidato ou pelo par�do polí�co. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 4º-A Na prestação de contas das doações mencionadas no § 4º deste ar�go, é dispensada a 
apresentação de recibo eleitoral, e sua comprovação deverá ser realizada por meio de 
documento bancário que iden�fique o CPF dos doadores. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 4º-B As doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos III e IV do § 4º deste 
ar�go devem ser informadas à Jus�ça Eleitoral pelos candidatos e par�dos no prazo previsto no 
inciso I do § 4º do art. 28 desta Lei, contado a par�r do momento em que os recursos 
arrecadados forem depositados nas contas bancárias dos candidatos, par�dos ou coligações. 
(Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 5º Ficam vedadas quaisquer doações em dinheiro, bem como de troféus, prêmios, ajudas de 
qualquer espécie feitas por candidato, entre o registro e a eleição, a pessoas �sicas ou 
jurídicas. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
§ 6º Na hipótese de doações realizadas por meio das modalidades previstas nos incisos III e IV do 
§ 4º deste ar�go, fraudes ou erros come�dos pelo doador sem conhecimento dos candidatos, 
par�dos ou coligações não ensejarão a responsabilidade destes nem a rejeição de suas contas 
eleitorais. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 7º O limite previsto no § 1º deste ar�go não se aplica a doações es�máveis em dinheiro 
rela�vas à u�lização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador ou à prestação de 
serviços próprios, desde que o valor es�mado não ultrapasse R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) 
por doador. (Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 8º Ficam autorizadas a par�cipar das transações rela�vas às modalidades de doações 
o
previstas nos incisos III e IV do § 4 deste ar�go todas as ins�tuições que atendam, nos termos da 
lei e da regulamentação expedida pelo Banco Central, aos critérios para operar arranjos de 
pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 9º As ins�tuições financeiras e de pagamento não poderão recusar a u�lização de cartões de 
débito e de crédito como meio de doações eleitorais de pessoas �sicas. (Incluído pela Lei nº 
13.488, de 2017)
§ 10. O pagamento efetuado por pessoas �sicas, candidatos ou par�dos em decorrência de 
honorários de serviços advoca�cios e de contabilidade, relacionados à prestação de serviços em 
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OBSERVAÇÃO:
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campanhas eleitorais e em favor destas, bem como em processo judicial decorrente de defesa 
de interesses de candidato ou par�do polí�co, não será considerado para a aferição do limite 
previsto no § 1º deste ar�go e não cons�tui doação de bens e serviços es�máveis em dinheiro. 
(Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Art. 24. É vedado, a par�do e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou 
es�mável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - en�dade ou governo estrangeiro;
II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação man�da com recursos 
provenientes do Poder Público;
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
IV - en�dade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição 
compulsória em virtude de disposição legal;
V - en�dade de u�lidade pública;
VI - en�dade de classe ou sindical;
VII - pessoa jurídica sem fins lucra�vos que receba recursos do exterior.
VIII - en�dades beneficentes e religiosas; (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
IX - en�dades espor�vas; (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos; (Incluído pela Lei nº 
11.300, de 2006)
XI - organizações da sociedade civil de interesse público. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
XII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º Não se incluem nas vedações de que trata este ar�go as coopera�vas cujos cooperados não 
sejam concessionários ou permissionários de serviços públicos, desde que não estejam sendo 
beneficiadas com recursos públicos, observado o disposto no art. 81. (Redação dada pela Lei nº 
13.165, de 2015)
Esse § 1º é o an�go parágrafo único, tendo sido apenas renumerado § 1º pelo art. 2º da Lei nº 
13.165/2015.
O STF, na ADI 4650, declarou a incons�tucionalidade do parágrafo único do art. 24, 
portanto, esse § 1º se perfaz incons�tucional.
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
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§ 4º O par�do ou candidato que receber recursos provenientes de fontes vedadas ou de origem 
não iden�ficada deverá proceder à devoluçãodos valores recebidos ou, não sendo possível a 
iden�ficação da fonte, transferi-los para a conta única do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei nº 
13.165, de 2015)
Art. 24-A. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 24-B. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art. 24-C. O limite de doação previsto no § 1º do art. 23 será apurado anualmente pelo Tribunal 
Superior Eleitoral e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral deverá consolidar as informações sobre as doações registradas 
até 31 de dezembro do exercício financeiro a ser apurado, considerando: (Incluído pela Lei nº 
13.165, de 2015)
I - as prestações de contas anuais dos par�dos polí�cos, entregues à Jus�ça Eleitoral até 30 de 
abril do ano subsequente ao da apuração, nos termos do art. 32 da Lei nº 9.096, de 19 de 
setembro de 1995; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - as prestações de contas dos candidatos às eleições ordinárias ou suplementares que tenham 
ocorrido no exercício financeiro a ser apurado. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º O Tribunal Superior Eleitoral, após a consolidação das informações sobre os valores doados 
e apurados, encaminhá-las-á à Secretaria da Receita Federal do Brasil até 30 de maio do ano 
seguinte ao da apuração. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 3º A Secretaria da Receita Federal do Brasil fará o cruzamento dos valores doados com os 
rendimentos da pessoa �sica e, apurando indício de excesso, comunicará o fato, até 30 de julho 
do ano seguinte ao da apuração, ao Ministério Público Eleitoral, que poderá, até o final do 
exercício financeiro, apresentar representação com vistas à aplicação da penalidade prevista no 
art. 23 e de outras sanções que julgar cabíveis. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Art 25. O par�do que descumprir as normas referentes à arrecadação e aplicação de recursos 
fixadas nesta Lei perderá o direito ao recebimento da quota do Fundo Par�dário do ano seguinte, 
sem prejuízo de responderem os candidatos beneficiados por abuso do poder econômico.
Parágrafo único. A sanção de suspensão do repasse de novas quotas do Fundo Par�dário, por 
desaprovação total ou parcial da prestação de contas do candidato, deverá ser aplicada de 
forma proporcional e razoável, pelo período de 1 (um) mês a 12 (doze) meses, ou por meio do 
desconto, do valor a ser repassado, na importância apontada como irregular, não podendo ser 
aplicada a sanção de suspensão, caso a prestação de contas não seja julgada, pelo juízo ou 
tribunal competente, após 5 (cinco) anos de sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 
2009)
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Art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites fixados nesta Lei: 
(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto no § 
3º do art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - propaganda e publicidade direta ou indireta, por qualquer meio de divulgação, des�nada a 
conquistar votos;
III - aluguel de locais para a promoção de atos de campanha eleitoral;
IV - despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das 
candidaturas, observadas as exceções previstas no § 3º deste ar�go. (Redação dada pela Lei nº 
13.488, de 2017)
V - correspondência e despesas postais;
VI - despesas de instalação, organização e funcionamento de Comitês e serviços necessários às 
eleições;
VII - remuneração ou gra�ficação de qualquer espécie a pessoal que preste serviços às 
candidaturas ou aos comitês eleitorais;
VIII - montagem e operação de carros de som, de propaganda e assemelhados;
IX - a realização de comícios ou eventos des�nados à promoção de candidatura; (Redação dada 
pela Lei nº 11.300, de 2006)
X - produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, inclusive os des�nados à propaganda 
gratuita;
XI -(Revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
XII - realização de pesquisas ou testes pré-eleitorais;
XIII -(Revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
XIV - (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013);
XV - custos com a criação e inclusão de sí�os na internet e com o impulsionamento de conteúdos 
contratados diretamente com provedor da aplicação de internet com sede e foro no País; 
(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 1º São estabelecidos os seguintes limites com relação ao total do gasto da campanha: 
(Redação dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
I - alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 10% 
(dez por cento); (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento). (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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ATENÇÃO!
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§ 2º Para os fins desta Lei, inclui-se entre as formas de impulsionamento de conteúdo a 
priorização paga de conteúdos resultantes de aplicações de busca na internet. (Incluído dada 
pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 3º Não são consideradas gastos eleitorais nem se sujeitam a prestação de contas as seguintes 
despesas de natureza pessoal do candidato: (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
A regra é que sejam consideradas gastos de campanha as despesas com transporte ou 
deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas.
Contudo, as alíneas “a” a “d” abaixo trazem as exceções. 
a) combus�vel e manutenção de veículo automotor usado pelo candidato na campanha; 
(Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
b) remuneração, alimentação e hospedagem do condutor do veículo a que se refere a alínea a 
deste parágrafo; (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
c) alimentação e hospedagem própria; (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
d) uso de linhas telefônicas registradas em seu nome como pessoa �sica, até o limite de três 
linhas (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017)
§ 4º As despesas com consultoria, assessoria e pagamento de honorários realizadas em 
decorrência da prestação de serviços advoca�cios e de contabilidade no curso das campanhas 
eleitorais serão consideradas gastos eleitorais, mas serão excluídas do limite de gastos de 
campanha. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 5º Para fins de pagamento das despesas de que trata este ar�go, inclusive as do § 4º deste 
ar�go, poderão ser u�lizados recursos da campanha, do candidato, do fundo par�dário ou do 
FEFC. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 6º Os recursos originados do fundo de que trata o art. 16-C desta Lei u�lizados para 
pagamento das despesas previstas no § 4º deste ar�go serão informados em anexo à prestação 
de contas dos candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
Art. 27. Qualquer eleitor poderá realizar gastos, em apoio a candidato de sua preferência, até a 
quan�a equivalente a um mil UFIR, não sujeitos a contabilização, desde que não reembolsados.
§ 1º Fica excluído do limite previsto no caput deste ar�go o pagamento de honorários 
decorrentes da prestação de serviços advoca�cios e de contabilidade, relacionados às 
campanhas eleitorais e em favor destas. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 2º Para fins do previsto no § 1º deste ar�go, o pagamento efetuado por terceiro não 
compreende doação eleitoral. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
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Da Prestação de Contas
Art. 28. A prestação de contas será

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