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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
2020
MAGISTRATURA
ESTADUAL
DIREITO ELEITORAL
Da organização das eleições. 
Das garantias eleitorais. 
Da diplomação dos eleitos.
(PONTO 9)
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Sumário
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ....................................................................................3
1. DOUTRINA (RESUMO)..............................................................................................5
2. LEGISLAÇÃO ..........................................................................................................26
3. JURISPRUDÊNCIA ...................................................................................................71
4. QUESTÕES DE CONCURSOS ..................................................................................72
4.1 COMENTÁRIOS................................................................................................74
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3
DIREITO ELEITORAL
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
(Conforme Edital Mege)
Atualizado em 04/05/2020
9 Da organização das eleições. Das garantias eleitorais. 
Da diplomação dos eleitos.
Camila Penteado
@ /cursomege @cursomege 99.98262-2200atendimento@mege.com.br
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Neste ponto do Edital do Mege, discorreremos sobre a organização das eleições, 
garan�as e diplomação dos eleitos. Deve-se ter atenção, principalmente, às normas referentes 
à votação, desde o início até as nulidades. Os concursos também cobram muito a respeito da 
votação eletrônica, de modo que o conhecimento das resoluções do TSE é de extrema 
importância. Os principais disposi�vos relacionados ao tema e os mais cobrados nas provas 
foram abordados ao longo da parte doutrinária. Não se esqueçam de resolver diversas questões 
sobre o assunto para melhor fixação do conteúdo estudado.
Bons estudos!
Apresentação
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OBSERVAÇÃO:
1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. DA ORGANIZAÇÃO DAS ELEIÇÕES
O processo eleitoral tem início com o alistamento eleitoral e seu termo com a 
diplomação dos eleitos. Excepcionalmente, a jus�ça eleitoral exerce função jurisdicional após a 
diplomação, a exemplo do art. 14, § 10, CF, in verbis:
Art. 14. (...) § 10. O mandato ele�vo poderá ser impugnado ante a Jus�ça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso 
do poder econômico, corrupção ou fraude. 
Como já exposto no ponto 03 do Edital do Mege, a eleição se refere à circunscrição 
eleitoral, que consiste na divisão territorial, delimitando o âmbito da votação.
Essa circunscrição é dividida em zonas eleitorais que se aludem ao espaço territorial sob 
jurisdição do juiz eleitoral. Nem sempre coincidem com o território de um município (tanto uma zona 
pode abranger mais de um município, quanto um município pode ser composto por várias zonas). 
As zonas são subdivididas, pelo juiz eleitoral (art. 35, X, CE), em seções eleitorais, que 
correspondem ao local onde os eleitores comparecem para votar. Essas seções terão, como 
número mínimo, 50 eleitores e, no máximo, 400 eleitores na capital e 300 eleitores nas demais 
localidades.
Importante mencionar que o art. 117, § 2º, do CE, aponta a u�lização de seções des�nadas a 
deficientes visuais e, caso o número de eleitores não alcançasse o mínimo exigido, esse se 
completaria com outros, ainda que não possuíssem tal deficiência.
Todavia, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) assegura à pessoa com 
deficiência todos os direitos polí�cos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de 
condições com as demais pessoas, vedando, inclusive, instalação de seções eleitorais 
exclusivas para a pessoa com deficiência (art. 76, § 1º, I).
Assim, em atenção à proteção e integração social das pessoas com deficiência (art. 24, XIV, 
CF), as seções eleitorais devem atender às necessidades destas, com o fim de possibilitá-las o 
exercício do direito de voto, sem a necessidade de se criar seções especiais des�nadas 
exclusivamente para tanto.
De todo modo, fique atento ao modo como o enunciado e as asser�vas da questão do 
concurso se colocam para, assim, respondê-la.
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6OBSERVAÇÃO:
Importante mencionar que, em situações excepcionais, os TRE´s poderão autorizar 
que esses números máximos de eleitores sejam ultrapassados, desde que tenha o condão de 
facilitar o exercício do voto, aproximando o eleitor do local designado para a votação.
O juiz eleitoral divulgará as seções eleitorais (locais de votação) até 60 dias antes do 
pleito (art. 35, XIII, CE). Em regra, as seções eleitorais funcionarão, preferencialmente, em 
prédios públicos. Apenas serão apostas em propriedades par�culares se faltarem prédios 
públicos ou esses não �verem as condições adequadas para a realização da votação.
De todo modo, o CE impõe restrições ao uso de propriedade par�cular:
i) será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim;
ii) vedado uso de propriedade pertencente a candidato, membro do diretório de 
par�do, delegado de par�do OU autoridade policial, bem como dos respec�vos 
cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive;
iii) não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazenda sí�o ou qualquer 
propriedade rural privada, mesmo exis�ndo no local prédio público, incorrendo o juiz 
nas penas do crime do art. 312 do CE (detenção até dois anos), em caso de infringência.
O juiz eleitoral precisa, até 10 dias antes da eleição, comunicar aos chefes das repar�ções 
públicas e aos proprietários, arrendatários ou administradores das propriedades par�culares 
a resolução de que os respec�vos espaços serão u�lizados para a votação.
Cumpre destacar que o juiz eleitoral, ao escolher os locais das seções eleitorais, deve 
levar em consideração aqueles que garantam acessibilidade para o eleitor com deficiência ou 
com mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão 
acesso. Para tanto, os TRE´s deverão, a cada eleição, expedir instruções para orientar os juízes 
eleitorais nessa escolha (art. 135, § 6º-A, CE).
Da designação das seções eleitorais, caberá impugnação no prazo de 03 dias, a par�r 
da publicação, devendo ser proferida decisão em 48 horas. 
Conforme o art. 135, § 7º, do CE, caberá ao par�do polí�co a legi�midade para tal 
impugnação. Contudo, essa legi�midade também se estende às coligações (art. 6º, § 1º, Lei das 
Eleições) e ao ministério público eleitoral (art. 72, Lc nº 75/93).
Lei das Eleições
Art. 6º (...)
§ 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser a junção de todas as siglas dos 
par�dos que a integram, sendo a ela atribuídas as prerroga�vas e obrigações de par�do 
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ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
polí�co no que se refere ao processo eleitoral, e devendo funcionar como um só par�do 
no relacionamento com a Jus�ça Eleitoral e no trato dos interesses interpar�dários.
Lc nº 75/93
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que couber, junto à Jus�çaEleitoral, as funções do Ministério Público, atuando em todas as fases e instâncias do 
processo eleitoral.
Cabe ao Ministério Público Federal exercer as funções eleitorais em todas as fases e 
instâncias.
Excepcionalmente, delega-se aos promotores de jus�ça estaduais as funções eleitorais a 
serem exercidas APENAS na jus�ça eleitoral de PRIMEIRA instância.
Dessa decisão de impugnação às seções recurso ao TRE eleitorais, caberá , no prazo de 
03 dias, a contar da publicação, devendo o tribunal proferir decisão também em 03 dias. 
Compete ao juiz eleitoral elaborar a eleitoral e enviar ao lista de eleitores da seção
presidente da mesa receptora, pelo menos .72 horas antes da eleição
Cada seção eleitoral terá 01 (uma) mesa receptora de votos, que tem o condão de 
conduzir os trabalhos da eleição dentro da seção eleitoral. 
A mesa receptora é nomeada pelo juiz eleitoral, e pode sofrer impugnação no prazo de 
5 dias recurso ao TRE, no prazo de 3 dias, a , com 48 horas para decisão. Dessa decisão, caberá 
contar da publicação, o qual deverá decidir também em 3 dias.
A mesa receptora terá, de acordo com o art. 120, caput, do Código Eleitoral, o número 
máximo de 6 membros, sendo: Presidente; primeiro e segundo mesários; dois secretários; e um 
suplente.
Trata-se, como dito, de número máximo. De acordo com a Resolução TSE nº 
23.511/2019, em regra, cons�tuirão as mesas receptoras de votos e as de jus�fica�vas, 1 
presidente, 1 primeiro e 1 segundo mesários e 1 secretário.
O presidente da mesa e os mesários (primeiro e segundo) não poderão ser menores de 18 
anos, conforme art. 63, § 2º, Lei das Eleições.
Apenas para fixar: se o presidente da mesa não pode ser menor de 18 anos, os mesários 
também não podem, uma vez que são os subs�tutos legais do presidente da mesa, nos 
termos do art. 123 do CE.
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ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
Não confunda a mesa receptora de votação, que possui a responsabilidade de organizar a 
votação dentro da seção eleitoral, com a mesa receptora de jus�fica�va, cujo obje�vo é 
receber as jus�ficações de ausências aos compromissos eleitorais. 
No caso das mesas receptoras de jus�fica�va, o TSE possui o entendimento de que podem 
ser reduzidas para até 2 membros (art. 16, parágrafo único, Resolução TSE nº 23.611/2019).
O Código Eleitoral (art. 120, § 1º) e a Lei das Eleições (arts. 63, § 2º; 64) apresentam 
vedações para a nomeação das mesas receptoras. Assim, dos presidentes e dos mesários
conforme esses disposi�vos, :não podem ser nomeados presidentes e mesários
i) ainda que por afinidade, até candidatos e seus cônjuges e parentes, 2º grau;
ii) que exerçam função execu�va;membros de diretórios de par�dos
iii) autoridades e agentes policiais;
iv) no desempenho de ;funcionários cargos de confiança do Execu�vo
v) da jus�ça ;servidores eleitoral
vi) . menores de 18 anos
Também se encontra vedada, pelo art. 64 da Lei das Eleições, a par�cipação, na mesma mesa 
receptora, de parentes em qualquer grau OU de servidores da mesma repar�ção pública ou 
empresa privada.
Cabe ao receptora a presidente da mesa e ao juiz eleitoral polícia dos trabalhos
eleitorais (art. 139, CE). 
Entretanto, compete ao presidente da mesa, durante os trabalhos da seção, exercer o 
poder de polícia, podendo, caso necessário, requisitar força policial.
A força armada deve ficar, no mínimo, a 100 metros da seção eleitoral, só podendo dela se 
aproximar ou penetrar com a autorização do presidente da mesa receptora. 
O presidente da mesa receptora, durante os trabalhos, se perfaz a autoridade superior, 
devendo re�rar do recinto ou do edi�cio quem não guardar a ordem e a compostura devida e 
es�ver pra�cando qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral.
O CE também limita as pessoas que podem permanecer na seção eleitoral, com vistas a 
preservar os trabalhos da mesa. Conforme o caput do art. 140 desse diploma:
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Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa receptora os seus 
membros, os candidatos, um fiscal, um delegado de cada par�do e, durante o tempo 
necessário à votação, o eleitor.
Ademais, nenhuma autoridade estranha à mesa receptora pode intervir no seu 
funcionamento, salvo o juiz eleitoral, segundo o art. 140, § 2º, CE.
Perceba que o CE tenta proteger o regular exercício dos trabalhos da mesa receptora 
para que haja uma maior lisura no processo eleitoral.
Diante do que foi explanado acima, veja o seguinte esquema:
1.1.1. DA VOTAÇÃO
Atualmente, a votação se dá por meio das urnas eletrônicas, nos moldes do art. 59 e 
seguintes da Lei das Eleições. Apenas em caráter excepcional, com autorização do TSE, poder-
se-á realizar a votação por cédula.
O eleitor deverá digitar na urna o número do candidato ou da legenda par�dária 
(nesse caso, apenas para as eleições proporcionais). Se, nas eleições proporcionais, o eleitor 
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digitar um número que iden�fique a legenda par�dária, mas não se iden�fique o candidato 
correspondente, o voto será computado para a legenda.
A urna eletrônica mostra, primeiramente, a votação para as eleições proporcionais e, 
em seguida, as eleições majoritárias. 
Veja o art. 59 da Lei das Eleições:
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por sistema eletrônico, 
podendo o Tribunal Superior Eleitoral autorizar, em caráter excepcional, a aplicação 
das regras fixadas nos arts. 83 a 89.
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda par�dária, 
devendo o nome e fotografia do candidato e o nome do par�do ou a legenda 
par�dária aparecer no painel da urna eletrônica, com a expressão designadora do 
cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso.
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a legenda 
par�dária os votos em que não seja possível a iden�ficação do candidato, desde que 
o número iden�ficador do par�do seja digitado de forma correta.
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor os painéis na seguinte ordem: (Redação 
dada pela Lei nº 12.976, de 2014)
I - para as eleições de que trata o inciso I do parágrafo único do art. 1º, Deputado 
Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Senador, Governador e Vice-Governador de 
Estado ou do Distrito Federal, Presidente e Vice-Presidente da República; (Incluído 
pela Lei nº 12.976, de 2014)
II - para as eleições de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 1º, Vereador, 
Prefeito e Vice-Prefeito. (Incluído pela Lei nº 12.976, de 2014)
§ 4º A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, permitam 
o registro digital de cada voto e a iden�ficação da urna em que foi registrado, 
resguardado o anonimato do eleitor. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 2003)
§ 5º Caberá à Jus�ça Eleitoral definir a chave de segurança e a iden�ficação da urna 
eletrônica de que trata o § 4º. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 2003)
§ 6º Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à assinatura digital do arquivo de 
votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do bole�m de urna, de 
maneira a impedir a subs�tuição de votos e a alteração dos registros dos termos de 
início e término da votação. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 2003)
§ 7º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos eleitores urnas 
eletrônicas des�nadas a treinamento. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 2003)
§ 8º O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposiçãodos eleitores urnas eletrônicas 
des�nadas a treinamento. (Incluído pela Lei nº 10.408, de 2002)
Cada voto será computado, de forma sigilosa e inviolável, garan�da aos par�dos 
polí�cos, coligações e candidatos ampla fiscalização.
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ATENÇÃO!
É permi�da a impressão do voto computado na urna eletrônica?
A Lei nº 12.034/2009, em seu art. 5º, ins�tuiu o voto impresso a ser conferido pelo eleitor; 
quando o eleitor realizasse sua votação na urna eletrônica, essa exibiria o voto completo ao 
eleitor para sua conferência e confirmação final do voto. Após, o voto seria depositado de 
forma automá�ca, sem contato manual do eleitor, em local previamente lacrado.
O STF, por meio da ADI 4543, j. 06.11.2013, declarou incons�tucional tal disposi�vo por 
afrontar o sigilo do voto.
Posteriormente, através da Lei nº 13.165/2015, foi inserido na Lei das Eleições o art. 59-A:
Art. 59-A. No processo de votação eletrônica, a urna imprimirá o registro de cada voto, que 
será depositado, de forma automá�ca e sem contato manual do eleitor, em local previamente 
lacrado. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Parágrafo único. O processo de votação não será concluído até que o eleitor confirme a 
correspondência entre o teor de seu voto e o registro impresso e exibido pela urna eletrônica. 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Todavia, o STF, por maioria e nos termos do voto do Ministro Alexandre de Moraes, deferiu a 
medida cautelar, com efeitos ex tunc, para suspender a eficácia do art. 59-A da Lei 
9.504/1997, incluído pelo art. 2º da Lei 13.165/2015 (ADI 5889, Pleno, j. 06.06.2018).
Portanto, por ora, NÃO PODE SER IMPRESSO o voto realizado na urna eletrônica.
Há, contudo, uma proposta de emenda à Cons�tuição em tramitação no Congresso Nacional, 
visando inserir um parágrafo no ar�go 14 da CF para determinar que, na votação e apuração 
de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas �sicas, 
conferíveis pelo eleitor, “a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.
Somente poderão votar eleitores cujos nomes es�verem nas respec�vas folhas de 
votação, cabendo ao TSE disciplinar a hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o 
regular processo de votação. Nessa situação, as ocorrências devem estar consignadas na ata da 
mesa receptora de votos.
Impende registrar que os concursos públicos têm cobrado bastante as hipóteses de 
falhas das urnas eletrônicas, razão pela qual se transcreve trecho da Resolução nº 23.611/2019 
que dispõe sobre o assunto:
Art. 107. Na hipótese de falha na urna, em qualquer momento da votação, o 
presidente da mesa, à vista dos fiscais presentes, deverá desligar e religar a urna, 
digitando o código de reinício da votação.
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§ 1º Persis�ndo a falha, o presidente da mesa solicitará a presença de equipe 
designada pelo juiz eleitoral, à qual caberá analisar a situação e adotar, em qualquer 
ordem, um ou mais dos seguintes procedimentos para a solução do problema:
I - reposicionar a mídia de votação;
II - subs�tuir a urna defeituosa por uma de con�ngência, remetendo a urna com 
defeito ao local designado pela Jus�ça Eleitoral;
III - subs�tuir a mídia defeituosa por uma de con�ngência, acondicionando a mídia 
de votação danificada em envelope específico e remetendo-a ao local designado pela 
Jus�ça Eleitoral.
§ 2º Os lacres das urnas rompidos durante os procedimentos deverão ser repostos e 
assinados pelo juiz eleitoral ou, na sua impossibilidade, pelos componentes da mesa 
receptora de votos, bem como pelos fiscais dos par�dos polí�cos e das coligações 
presentes.
§ 3º A equipe designada pelo juiz eleitoral poderá realizar mais de uma tenta�va 
entre as previstas neste ar�go.
Art. 108. No dia da votação, poderá ser efetuada carga, a qualquer momento, em 
urnas para con�ngência ou jus�fica�va, observado, no que couber, o disposto nos 
arts. 68, 73 e 79 desta Resolução.
Art. 109. Na hipótese de ocorrer falha na urna que impeça a con�nuidade da votação 
eletrônica antes que o segundo eleitor conclua seu voto e esgotadas as 
possibilidades previstas no art. 107 desta Resolução, deverá o primeiro eleitor votar 
novamente, em outra urna ou em cédulas, sendo o voto sufragado na urna danificada 
considerado insubsistente.
Parágrafo único. Para garan�r o uso do sistema eletrônico, poderá ser realizada carga 
de urna de seção, obedecendo, no que couber, ao disposto nos arts. 68, 73 e 79 desta 
Resolução.
Art. 110. Não havendo êxito nos procedimentos de con�ngência, a votação se dará 
por cédulas até seu encerramento, devendo a pessoa designada pelo juiz eleitoral 
adotar as seguintes providências:
I - retornar a mídia de votação à urna defeituosa;
II - lacrar a urna defeituosa, enviando-a, ao final da votação, à junta eleitoral, com os 
demais materiais de votação;
III - lacrar a urna de con�ngência, que ficará sob a guarda da equipe designada pelo juiz 
eleitoral;
IV - colocar a mídia de con�ngência em envelope específico, que deverá ser lacrado e 
reme�do ao local designado pela jus�ça eleitoral, não podendo ser reu�lizada.
Art. 111. Todas as ocorrências descritas nos arts. 107 a 110 deverão ser consignadas 
na Ata da Mesa Receptora, com as providências adotadas e o resultado ob�do.
Art. 112. Uma vez iniciada a votação por cédulas, não se poderá retornar ao processo 
eletrônico de votação na mesma seção eleitoral.
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Art. 113. É proibido realizar manutenção de urna eletrônica na seção eleitoral no dia 
da votação, salvo ajuste ou troca de bateria e de módulo impressor, ressalvados os 
procedimentos descritos no art. 107.
Art. 114. Todas as ocorrências rela�vas às urnas deverão ser comunicadas pelos juízes 
eleitorais, por meio de sistema de registro de ocorrências, aos tribunais regionais 
eleitorais durante o processo de votação. 
A votação terá início às 08 horas da manhã e terminará às 17 horas, salvo se ainda 
houver eleitores na fila de votação, caso em que o presidente da mesa os convidará, em voz alta, 
a entregar à mesa seus �tulos e, no mesmo ato, entregará senhas em ordem numérica, para que 
sejam admi�dos a votar. Após a votação daqueles que es�verem com as respec�vas senhas, ser-
lhe-ão entregues seus respec�vos �tulos.
No dia da eleição, às 07 horas da manhã (ou seja, 01 hora antes do início da votação), 
cabe ao presidente da mesa receptora, aos mesários e aos secretários verificarem o material 
enviado pelo juiz eleitoral, a urna e a presença dos fiscais dos par�dos. Caso haja alguma 
deficiência, o presidente da mesa deve saná-las antes de iniciar a votação.
Ao verificar a urna eletrônica, o presidente da seção deve ligá-la na presença dos 
mesários, dos secretários e dos fiscais dos par�dos polí�cos para atestarem que não existe voto 
registrado para nenhum candidato antes do início da votação. Essa constatação se dá através 
do documento impresso pela urna eletrônica chamado “zerésima”.
Essa “zerésima” deve ser assinada pelo presidente, mesários e fiscais dos par�dos ou 
coligações presentes.
Já, ao final dos trabalhos, serão preenchidos e reme�dos os bole�ns de urna e de 
jus�fica�vas. Conforme art. 160 da Resolução nº 23.611/2019, o bole�m de urna deve conter:
Art. 160. Os bole�ns de urna conterão os seguintes dados (Lei nº 9.504/1997 art. 68):
I - a data da eleição; 
II - a iden�ficação do município, da zona eleitoral e da seção; 
III - a datae o horário de encerramento da votação;
IV - o código de iden�ficação da urna; V a quan�dade de eleitores aptos;
VI - a quan�dade de eleitores que compareceram;
VII - a votação individual de cada candidato;
VIII - os votos para cada legenda par�dária;
IX - os votos nulos;
X - os votos em branco;
XI - a soma geral dos votos;
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ATENÇÃO!
XII - a quan�dade de eleitores cuja habilitação para votar não ocorreu por 
reconhecimento biométrico;
XIII - código de barras bidimensional (Código QR).
Parágrafo único. O inciso XII aplica-se apenas às seções com biometria.
No momento da votação, o eleitor deve apresentar, obrigatoriamente, documento 
oficial com foto. Embora o art. 91-A da Lei das Eleições exija a exibição, também, do �tulo de 
eleitor, o STF decidiu, em sede de medida cautelar, que sua apresentação se perfaz faculta�va.
Veja o disposi�vo em análise e trechos da decisão do STF:
Art. 91-A. No momento da votação, além da exibição do respec�vo �tulo, o eleitor 
deverá apresentar documento de iden�ficação com fotografia. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009)
Parágrafo único. Fica vedado portar aparelho de telefonia celular, máquinas fotográficas 
e filmadoras, dentro da cabina de votação. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
A apresentação do atual �tulo de eleitor, por si só, já não oferece qualquer garan�a 
de lisura nesse momento crucial de revelação da vontade do eleitorado. Por outro 
lado, as experiências das úl�mas eleições realizadas no Brasil demonstraram uma 
maior confiabilidade na iden�ficação aferida com base em documentos oficiais de 
iden�dade dotados de fotografia, a saber: as carteiras de iden�dade, de trabalho e 
de motorista, o cer�ficado de reservista e o passaporte. (...) Medida cautelar 
deferida para dar às normas ora impugnadas interpretação conforme à Cons�tuição 
Federal, no sen�do de que apenas a ausência de documento oficial de iden�dade 
com fotografia impede o exercício do direito de voto. (STF - ADI 4467 MC, Rel. Min. 
Ellen Gracie, Tribunal Pleno, j. 30.09.2010)
No dia da eleição, somente se faz necessária a apresentação de documento oficial com foto: 
carteiras de iden�dade, de trabalho, de motorista e de categoria profissional reconhecida por 
lei, o cer�ficado de reservista e o passaporte.
A Resolução nº 23.611/2019, em seu art. 94, I, aceita como comprovação da iden�dade, 
ainda, a via digital do �tulo de eleitor (e-Título).
O CE apresenta regras para que o eleitor possa exercer seu direito ao voto, caso esteja 
em trânsito, fora de seu domicílio eleitoral, a saber:
Art. 225. Nas eleições para presidente e vice-presidente da República poderá votar o 
eleitor que se encontrar no exterior.
§ 1º Para esse fim serão organizadas seções eleitorais, nas sedes das Embaixadas e 
Consulados Gerais.
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§ 2º Sendo necessário instalar duas ou mais seções poderá ser u�lizado local em que 
funcione serviço do governo brasileiro.
Art. 233-A. Aos eleitores em trânsito no território nacional é assegurado o direito de 
votar para Presidente da República, Governador, Senador, Deputado Federal, 
Deputado Estadual e Deputado Distrital em urnas especialmente instaladas nas 
capitais e nos Municípios com mais de cem mil eleitores. (Redação dada pela Lei nº 
13.165, de 2015)
§ 1º O exercício do direito previsto neste ar�go sujeita-se à observância das regras 
seguintes: (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - para votar em trânsito, o eleitor deverá habilitar-se perante a Jus�ça Eleitoral no 
período de até quarenta e cinco dias da data marcada para a eleição, indicando o 
local em que pretende votar; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - aos eleitores que se encontrarem fora da unidade da Federação de seu domicílio 
eleitoral somente é assegurado o direito à habilitação para votar em trânsito nas 
eleições para Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
III - os eleitores que se encontrarem em trânsito dentro da unidade da Federação de 
seu domicílio eleitoral poderão votar nas eleições para Presidente da República, 
Governador, Senador, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital. 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
§ 2º Os membros das Forças Armadas, os integrantes dos órgãos de segurança pública 
a que se refere o art. 144 da Cons�tuição Federal, bem como os integrantes das 
guardas municipais mencionados no § 8º do mesmo art. 144, poderão votar em 
trânsito se es�verem em serviço por ocasião das eleições. (Incluído pela Lei nº 
13.165, de 2015)
§ 3º As chefias ou comandos dos órgãos a que es�verem subordinados os eleitores 
mencionados no § 2º enviarão obrigatoriamente à Jus�ça Eleitoral, em até quarenta e 
cinco dias da data das eleições, a listagem dos que estarão em serviço no dia da 
eleição com indicação das seções eleitorais de origem e des�no. (Incluído pela Lei nº 
13.165, de 2015)
§ 4º Os eleitores mencionados no § 2º, uma vez habilitados na forma do § 3º, serão 
cadastrados e votarão nas seções eleitorais indicadas nas listagens mencionadas no § 
3º independentemente do número de eleitores do Município.
Verifica-se que a legislação eleitoral aponta 3 situações dis�ntas, assim sistema�zadas 
na seguinte tabela:
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1.1.1.1. Nulidade da votação
Conforme o princípio do aproveitamento do voto, visto no ponto 01 do edital do 
Mege, o direito eleitoral tem de preservar a vontade do eleitor, ou seja, assegurar o pleno 
exercício da vontade polí�ca manifestada no voto, não podendo pronunciar nulidade sem que 
haja mácula ou prejuízo à essa vontade.
Assim, se não houver qualquer prejuízo, o juiz eleitoral não deve decretar a nulidade.
O CE trata do tema das nulidades da votação em seus arts. 219 a 224. 
O art. 220 aponta hipóteses de nulidade da votação; já o arts. 221 e 222, apresentam 
hipóteses de anulabilidade das eleições; o art. 223 contém a preclusão da alegação da nulidade, 
caso não seja decretada pela junta.
No tocante ao art. 224 do CE, o TSE entende que não há nulidade da eleição quando 
mais da metade dos eleitores decidem anular seu voto ou votar em branco, pois se trata 
apenas de manifestação apolí�ca voluntária.
Esse disposi�vo é aplicado apenas se houver declaração posterior de nulidade dos 
votos atribuídos nas eleições e não quando há manifestação apolí�ca de forma voluntária. 
Convém transcrever os disposi�vos em comento para se ter uma maior visualização da 
matéria:
Art. 219. Na aplicação da lei eleitoral o juiz atenderá sempre aos fins e resultados a 
que ela se dirige, abstendo-se de pronunciar nulidades sem demonstração de 
prejuízo.
Ac.-TSE, de 8.11.2016, no AgR-REspe nº 126692: nulidade processual deve ser 
suscitada na primeira oportunidade que couber ao interessado se manifestar nos 
autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único. A declaração de nulidade não poderá ser requerida pela parte que lhe 
deu causa nem a ela aproveitar.
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- Presidente e Vice-Presidente da República.
- Presidente e Vice-Presidente da República;
- Governador e Vice-Governador;
- Senador;
- Deputado Federal;
- Deputado Estadual;
- Deputado Distrital.
- Presidente e Vice-Presidente da República.
ELEITOR EM TRÂNSITO
EXTERIOR
MESMA UNIDADE DA FEDERAÇÃO
FORA DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO
PODE VOTAR NAS ELEIÇÕES PARA
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Art. 220. É nula a votação:
I - quando feita perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral, ou cons�tuída com 
ofensa à letra da lei;
II - quando efetuada em folhas de votação falsas;
III - quando realizada em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada 
antes das 17 horas;
IV - quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios;
Ac.-TSE, de 2.9.2010, no PA nº 108906: cômputo, na urna eletrônica, de um único voto, 
ainda que isso implique, em tese, o afastamento do sigilo.
V - quando a seção eleitoral �ver sido localizada com infração do disposto nos §§ 4º e 
5º do art. 135. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Parágrafo único. A nulidade será pronunciada quando o órgão apurador conhecer do 
ato ou dos seus efeitos e o encontrar provada, não lhe sendo lícito supri-la, ainda que 
haja consenso das partes.
Art. 221. É anulável a votação:
I - quando houver extravio de documento reputado essencial; (Renumerado do inciso 
II pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
II - quando for negado ou sofrer restrição o direito de fiscalizar, e o fato constar da ata 
ou de protesto interposto, por escrito, no momento; (Renumerado do inciso III pela Lei 
nº 4.961, de 4.5.1966)
III - quando votar, sem as cautelas do Art. 147, § 2º. (Renumerado do inciso IV pela Lei 
nº 4.961, de 4.5.1966)
a) eleitor excluído por sentença não cumprida por ocasião da remessa das folhas 
individuais de votação à mesa, desde que haja oportuna reclamação de par�do;
b) eleitor de outra seção, salvo a hipótese do Art. 145;
c) alguém com falsa iden�dade em lugar do eleitor chamado.
Ac.-TSE, de 6.3.2007, no REspe nº 25556 e, de 26.10.1999, no REspe nº 14998: a 
impugnação rela�va à iden�dade do eleitor deve ser feita no momento da votação, 
sob pena de preclusão.
Art. 222. É também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação, 
uso de meios de que trata o Art. 237, ou emprego de processo de propaganda ou 
captação de sufrágios vedado por lei.
§§ 1º e 2º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 223. A nulidade de qualquer ato, não decretada de o�cio pela Junta, só poderá 
ser arguida quando de sua prá�ca, não mais podendo ser alegada, salvo se a arguição 
se basear em mo�vo superveniente ou de ordem cons�tucional.
§ 1º Se a nulidade ocorrer em fase na qual não possa ser alegada no ato, poderá ser 
arguida na primeira oportunidade que para tanto se apresente.
§ 2º Se se basear em mo�vo superveniente deverá ser alegada imediatamente, 
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assim que se tornar conhecida, podendo as razões do recurso ser aditadas no prazo 
de 2 (dois) dias.
§ 3º A nulidade de qualquer ato, baseada em mo�vo de ordem cons�tucional, não 
poderá ser conhecida em recurso interposto fora do prazo. Perdido o prazo numa 
fase própria, só em outra que se apresentar poderá ser arguida. (Redação dada pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 224. Se a nulidade a�ngir a mais de metade dos votos do país nas eleições 
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições 
municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia 
para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
CF/1988, art. 77, §§ 2º e 3º, c.c. os arts. 28 e 29, II: votos nulos e em branco não 
computados para o cálculo da maioria nas eleições de presidente da República e vice-
presidente da República, governador e vice-governador, e prefeito e vice-prefeito de 
municípios com mais de 200 mil eleitores.
Ac.-TSE, de 10.9.2013, no REspe nº 757; de 20.10.2009, no REspe nº 35796; de 
2.8.2007, no REspe nº 28116; de 12.6.2007, no REspe nº 26140 e, de 14.2.2006, no MS 
nº 3413: impossibilidade de par�cipação, na renovação do pleito, do candidato que 
deu causa à nulidade da eleição anterior.
Ac.-TSE, de 1º.7.2013, no MS nº 17886 e, de 4.9.2008, no MS nº 3757: no caso da 
aplicação deste ar�go, o presidente do Legisla�vo Municipal é o único legi�mado a 
assumir a chefia do Execu�vo Municipal interinamente, até a realização do novo 
pleito.
Ac.-TSE de 11.10.2011, no MS nº 162058: ausente disposição específica na lei orgânica 
municipal sobre a modalidade da eleição suplementar; eleições diretas devem ser 
realizadas, ainda que a dupla vacância dos cargos de prefeito e vice-prefeito se dê no 
segundo biênio da legislatura.
Ac.-TSE, de 29.6.2006, no MS nº 3438 e, de 5.12.2006, no REspe nº 25585: "Para fins de 
aplicação do art. 224 do Código Eleitoral, não se somam aos votos anulados em 
decorrência da prá�ca de captação ilícita de sufrágio os votos nulos por manifestação 
apolí�ca de eleitores". Res.-TSE nº 22992/2008: "Os votos dados a candidatos cujos 
registros encontravam-se sub judice, tendo sido confirmados como nulos, não se 
somam, para fins de novas eleições (art. 224, CE), aos votos nulos decorrentes de 
manifestação apolí�ca do eleitor".
Ac.-TSE, de 29.6.2006, no MS nº 3438: impossibilidade de conhecimento, de o�cio, da 
matéria tratada neste disposi�vo, ainda que de ordem pública.
§ 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto 
neste ar�go, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador 
Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada 
imediatamente nova eleição.
§ 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público 
promoverá, imediatamente a punição dos culpados.
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OBSERVAÇÃO:
§ 3º A decisão da Jus�ça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do 
diploma ou a perda do mandato de CANDIDATO ELEITO EM PLEITO MAJORITÁRIO acarreta, 
após o trânsito em julgado, a realização de novas eleições, independentemente do 
número de votos anulados. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Ac.-TSE, de 28.11.2016, nos ED-REspe nº 13925: declara incidentalmente a 
incons�tucionalidade da expressão após o trânsito em julgado e fixa tese sobre 
cumprimento de decisão judicial e convocação de novas eleições. O STF, na ADI 5525, 
declarou incons�tucional a expressão “após o trânsito em julgado”, de modo que somente 
se exige a decisão final da Jus�ça Eleitoral, não precisando aguardar, por exemplo, o 
julgamento de eventual recurso extraordinário para se realizar a nova eleição (Info 893).
§ 4º A eleição a que se refere o § 3º correrá a expensas da Jus�ça Eleitoral e será: 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
I - indireta, se a vacância do cargo ocorrer a menos de seis meses do final do mandato; 
(Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
II - direta, nos demais casos. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015)
Importante destacar as hipóteses do caput e do § 3º do art. 224 acima transcrito. Em 
ambas as situações, haverá novas eleições. Entretanto, no caso do caput a nova eleição se 
concre�zará no caso em que a nulidade dos votos dados aos candidatos que não ganharam a 
eleição somarem mais de 50%; já o § 3º aponta que serão realizadas novas eleições se a 
nulidade dos votos se referir aos votos atribuídos ao candidato eleito.
Conforme entendimento do TSE:
As hipóteses do caput e do § 3º do art. 224 do Código Eleitoral não se confundem nem 
se anulam. O caput se aplica quando a soma dos votos nulos dados a candidatos que 
não obteriam o primeiro lugar ultrapassa 50% dos votos dados a todos os candidatos 
(registrados ou não); já a regra do § 3º se aplica quando o candidato mais votado, 
independentemente do percentual de votos ob�dos, tem o seu registro negado ou o 
seu diploma ou mandato cassado. (TSE - Recurso Especial Eleitoral nº13925, 
Relator(a) Min. Henrique Neves Da Silva, Publicação: 28.11.2016)
Em caso de indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de 
candidato eleito em pleito majoritário, serão realizadas novas eleições de forma direta ou 
indireta? Aplica-se o prazo de 6 meses (§§ 3º e 4º do art. 224 do CE) ou de 02 anos (art. 81 da 
CF) ou, ainda, de 15 meses (art. 56, § 2º, CF)? 
Conforme decisão do STF no julgamento da ADI 5525 do STF, j. 07 e 08 de março de 2018, o art. 
224, § 4º, do CE não se aplica ao Presidente e Vice da República nem aos Senadores, por 
conta das normas próprias da CF (art. 81, caput e § 1º, art. 56, § 2º, respec�vamente).
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ATENÇÃO!
Por outro lado, para o caso dos Governadores e Prefeitos, há de se aplicar o disposto no art. 
224, § 4º, CE, uma vez que a CF não traz prazos específicos para esses cargos. Todavia, o STF 
também consignou que deve ser observada a competência dos Estados e dos Municípios para 
legislarem sobre causas não eleitorais (ex. vacância decorrente de morte durante o 
mandato), por se tratar de matéria polí�co-administra�va.
Assim, pode-se dizer que:
i) vacância para os cargos de Presidente e Vice, aplica-se o prazo parâmetro de 02 anos do art. 
81 da CF;
ii) vacância para o cargo de Senador, aplica-se o prazo parâmetro de 15 meses do art. 56, § 2º da 
CF;
iii) vacância para os cargos de Governadores (e Vice) e Prefeitos (e Vice), por questões 
eleitorais, aplica-se o prazo parâmetro de 06 meses do art. 224, § 4º, do CE; 
iv) vacância para os cargos de Governadores (e Vice) e Prefeitos (e Vice), por questões não 
eleitorais, aplica-se o prazo parâmetro disposto nas Cons�tuições Estaduais (para 
Governadores) e Leis Orgânicas (para Prefeitos), se houver previsão nesse sen�do. 
NÃO É NULA a votação/eleição quando a maioria dos eleitores opta pelo voto nulo!
1.1.2. VOTO OBRIGATÓRIO E JUSTIFICATIVA
Ademais, o voto é obrigatório para os que possuem idade entre 18 e 70 anos de idade, 
sendo faculta�vo apenas para os analfabetos, maiores de 70 anos e os maiores de 16 anos e 
menores de 18 anos (art. 14, § 1º, I e II, CF).
Caso o eleitor não vote ou não jus�fique a ausência da eleição ou consulta popular, 
incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral. Sem a prova de que votou na úl�ma eleição, 
pagou a respec�va multa ou de que se jus�ficou devidamente, não poderá o eleitor:
i) inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, inves�r-se ou 
empossar-se neles;
ii) receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego 
público, autárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, 
ins�tutos e sociedades de qualquer natureza, man�das ou subvencionadas pelo 
governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês 
subsequente ao da eleição;
iii) par�cipar de concorrência pública ou administra�va da União, dos Estados, dos 
Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respec�vas autarquias;
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ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
iv) obter emprés�mos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas 
econômicas federais ou estaduais, nos ins�tutos e caixas de previdência social, bem 
como em qualquer estabelecimento de crédito man�do pelo governo, ou de cuja 
administração este par�cipe, e com essas en�dades celebrar contratos;
v) obter passaporte ou carteira de iden�dade;
Esse inciso não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para 
iden�ficação e retorno ao Brasil.
vi) em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;renovar matrícula
vii) pra�car qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto 
de renda.
 
A Lei nº 6.091/74, em seus arts. 7º e 16, alterou o prazo para jus�ficação con�do no art. 7º do CE.
Assim, caso o eleitor esteja no Brasil, poderá realizar a jus�fica�va no dia da eleição ou até 60 
dias após a votação, dirigida ao juiz eleitoral de sua zona de inscrição.
Por outro lado, estando fora do Brasil, o eleitor pode jus�ficar o voto até 30 dias do seu 
retorno ao país.
Não obstante a possibilidade de jus�fica�va, pergunta-se: o eleitor, após se apresentar 
em sua seção eleitoral para realizar seu voto, pode se recusar a votar? 
Sim. Entretanto, há duas situações dis�ntas (Res. TSE nº 23.611/2019, arts. 103 e 104):
i) o eleitor se recusa ANTES de proferir seu primeiro voto: deverá o presidente da 
mesa receptora de votos do eleitor por meio de suspender a liberação de votação
código próprio, o comprovante de votação, assegurando ao eleitor o exercício do reter
direito do voto até o encerramento da votação;
ii) o eleitor se recusa APÓS confirmar, pelo menos, seu primeiro voto: o presidente da 
mesa o alertará para o fato, solicitando que retorne à cabina e a conclua; recusando-se 
o eleitor, deverá o presidente da mesa, u�lizando-se de código próprio, liberar a urna a 
fim de possibilitar o prosseguimento da votação e entregar ao eleitor o comprovante 
de votação. Nesta hipótese, o eleitor não poderá retornar para concluir a votação nos 
demais cargos e serão considerados nulos os outros votos não confirmados.
Essas hipóteses acima se aplicam ao caso de o eleitor, após a iden�ficação, recusar-se a votar 
OU apresentar dificuldade na votação eletrônica (Res. TSE nº 23.611/2019, art. 103).
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ATENÇÃO!
1.1.3. FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO
Todo o processo eleitoral pode ser fiscalizado pelos candidatos, par�dos, coligações, 
ministério público eleitoral e a própria JE.
De todo modo, a legislação eleitoral atribuiu diversas normas a respeito da fiscalização 
das eleições pelos par�dos polí�cos e coligações. O CE e as leis das eleições e dos par�dos 
polí�cos trazem normas a respeito.
Registre-se que a nomeação e a expedição das credenciais dos fiscais e delegados 
apenas poderão ser realizadas pelos par�dos e coligações, os quais deverão registrar, na JE, o 
nome das pessoas autorizadas a expedir essas credenciais.
Outrossim, só será permi�do o credenciamento de, no máximo, 2 (dois) fiscais de cada 
par�do ou coligação por seção eleitoral.
Os delegados credenciados pelo órgão de direção nacional representam o par�do 
perante quaisquer Tribunais ou juízes eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais, 
somente perante o TRE e os juízes eleitorais do respec�vo Estado, do DF ou Território Federal; e 
os credenciados pelo órgão municipal, perante o juiz eleitoral da respec�va jurisdição.
Os ar�gos referentes à fiscalização serão dispostos no item de legislação, os quais 
deverão ser lidos para a captação dos detalhes do texto.
1.1.4. CABOS ELEITORAIS NAS CAMPANHAS
Os cabos eleitorais são as pessoas contratadas, gratuita ou onerosamente, para 
trabalhar nas campanhas dos candidatos, par�dos ou coligações.
A Lei nº 12.891/2013 inseriu o art. 100-A na Lei das Eleições para disciplinar a matéria, 
tendo sido es�pulado uma limitação de número de cabos eleitorais para trabalharem na 
campanha, a depender do cargo e da quan�dade de eleitores.
A limitação da contratação desse pessoal é para cada candidato.
Para a contratação de pessoal pelos Vices e suplentes serão observados os mesmos 
limites dos respec�vos �tulares, ante ao princípio da unicidade da chapa e o que determina o § 
3º do art. 100-A da Lei das Eleições.
Já, em seu § 6º, excluiu-se da limitação:
i) militância não remunerada;
ii) pessoal contratado para apoioadministra�vo e operacional;
iii) fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas eleições; e
iv) advogados dos candidatos ou dos par�dos e coligações.
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Cabe anotar, ainda, que a contratação desse pessoal não gera vínculo emprega�cio 
com o candidato ou par�do contratantes, contudo, as pessoas �sicas contratadas serão 
consideradas como segurados obrigatórios da previdência social, na forma de contribuinte 
individual (art. 100 da Lei das Eleições c/c art. 12, V, “h”, Lei nº 8.212/91).
1.2. DAS GARANTIAS ELEITORAIS
As garan�as eleitorais servem para assegurar a lisura das eleições e o exercício do 
sufrágio.
Nesse sen�do, o art. 234 do CE determina que “ninguém poderá impedir ou embaraçar 
o exercício do sufrágio”. Caso alguém atente contra essa norma, ensejará na prá�ca do crime 
eleitoral con�do no art. 297 do CE, in verbis:
Art. 297. Impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio:
Pena – detenção até seis meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa.
O CE ainda aponta a possibilidade de o juiz eleitoral conceder salvo conduto de até 05 
dias, com cominação de prisão, ao eleitor que sofrer violência, moral ou �sica, na sua liberdade 
de votar, ou pelo fato de haver votado. Essa medida é válida entre as 72 horas antes até 48 
horas depois do pleito.
Há, ainda, a disposição do art. 236 do CE que veda a prisão de eleitores entre 5 dias 
antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, ressalvados os casos de flagrante 
delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por 
desrespeito a salvo-conduto. 
Também apresenta garan�as aos membros das mesas receptoras, fiscais de par�do e 
aos próprios candidatos, conforme adiante se vê:
CE
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e 
oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, 
salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime 
inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de par�do, durante o exercício de 
suas funções, não poderão ser de�dos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da 
mesma garan�a gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da eleição.
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente conduzido à presença 
do juiz competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá 
a responsabilidade do coator.
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Como forma de garan�a das eleições, o arts. 238 e 141, ambos do CE, proíbem a presença 
de força pública no edi�cio em que funcionar mesa receptora, ou a 100 metros da seção eleitoral, 
não podendo se aproximar do lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.
1.3. DA APURAÇÃO DO RESULTADO
A apuração dos votos se inicia assim que termina a votação.
Conforme art. 158 do CE, a apuração compete:
i) às Juntas Eleitorais quanto às eleições realizadas na zona sob sua jurisdição;
ii) aos Tribunais Regionais a referente às eleições para governador, vice-governador, 
senador, deputado federal e estadual, de acordo com os resultados parciais enviados 
pelas Junta Eleitorais;
iii) ao Tribunal Superior Eleitoral nas eleições para presidente e vice-presidente da 
República, pelos resultados parciais reme�dos pelos Tribunais Regionais.
Toda a apuração se realiza por meio das urnas eletrônicas. Ao final da votação, a urna 
assinará digitalmente o arquivo de votos e de bole�m de urna, com aplicação do registro de 
horário, de forma a impossibilitar a subs�tuição de votos e a alteração dos registros dos termos 
de início e término da votação. 
Terminados os trabalhos, a junta eleitoral providencia a transmissão dos arquivos ao 
respec�vo TRE.
Apenas em casos excepcionais, quando u�lizada a votação por cédulas, a contagem 
desses votos segue o disposto nos arts. 159 a 187 do CE.
1.4. DA DIPLOMAÇÃO DOS ELEITOS 
Trata-se da úl�ma fase do processo eleitoral, que se consubstancia no ato declaratório e 
solene da JE que concede ao candidato eleito o diploma e o direito de assumir e exercer o mandato.
Por se tratar de ato declaratório, não há necessidade de o candidato eleito comparecer 
à audiência pública marcada para o ato de diplomação. 
A diplomação será de competência do TSE, TRE ou junta eleitoral, conforme art. 215 do CE:
Art. 215. Os candidatos eleitos, assim como os suplentes, receberão diploma assinado 
pelo Presidente do Tribunal Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso.
Parágrafo único. Do diploma deverá constar o nome do candidato, a indicação da 
legenda sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação como 
suplente, e, faculta�vamente, outros dados a critério do juiz ou do Tribunal.
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Essa competência pode ser assim visualizada:
Por oportuno, cabe mencionar que a diplomação é o marco inicial da contagem do 
prazo de 15 dias para a impugnação ao mandato ele�vo, conforme iremos abordar no ponto 12 
do Edital do Mege. No momento, veja apenas o disposto no art. 14, § 10, da CF:
§ 10. O mandato ele�vo poderá ser impugnado ante a Jus�ça Eleitoral no prazo de 
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder 
econômico, corrupção ou fraude.
Outrossim, a diplomação também se traduz como marco inicial para alguns 
impedimentos dos Deputados Federais e Senadores, segundo o art. 54, I, CF:
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que 
sejam demissíveis "ad nutum", nas en�dades constantes da alínea anterior;
Destarte, constata-se que a diplomação encerra o processo eleitoral, mas, também, 
impõe limitações a certos cargos e autoriza a impugnação do mandato ele�vo.
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- Presidente e Vice-Presidente da República.
Governador e Vice; deputados federais, estaduais 
e distritais (e seus suplentes); e senadores (e seus 
suplentes).
Prefeito e Vice; e vereadores (e seus suplentes).
COMPETÊNCIA
TSE
TREs
JUNTAS ELEITORAIS
DIPLOMADOS
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OBSERVAÇÃO:
2. LEGISLAÇÃO
CÓDIGO ELEITORAL
TÍTULO II
DOS ATOS PREPARATÓRIOS DA VOTAÇÃO
Art. 114. Até 70 (setenta) dias antes da data marcada para a eleição, todos os que requererem 
inscrição como eleitor, ou transferência, já devem estar devidamente qualificados e os 
respec�vos �tulos prontos para a entrega, se deferidos pelo juiz eleitoral.
Parágrafo único. Será punido nos termos do art. 293 o juiz eleitoral, o escrivão eleitoral, o 
preparador ou o funcionário responsável pela transgressão do preceituado neste ar�go ou pela 
não entrega do �tulo pronto ao eleitor que o procurar.
Lei nº 10.842/2004, art. 4º, caput: as atribuições da escrivania eleitoral passaram a ser 
exercidas priva�vamente pelo chefe de cartório eleitoral.
Lei nº 8.868/1994, art. 14: revoga os ar�gos do Código Eleitoral que fazem menção ao 
preparador eleitoral.
Art. 115. Os juízes eleitorais, sob penade responsabilidade comunicarão ao Tribunal Regional, 
até 30 (trinta) dias antes de cada eleição, o número de eleitores alistados.
Art. 116. A Jus�ça Eleitoral fará ampla divulgação através dos comunicados transmi�dos em 
obediência ao disposto no Art. 250 § 5º pelo rádio e televisão, bem assim por meio de cartazes 
afixados em lugares públicos, dos nomes dos candidatos registrados, com indicação do par�do a 
que pertençam, bem como do número sob que foram inscritos, no caso dos candidatos a 
deputado e a vereador.
CAPÍTULO I
DAS SEÇÕES ELEITORAIS
Art. 117. As seções eleitorais, organizadas à medida em que forem sendo deferidos os pedidos 
de inscrição, não terão mais de 400 (quatrocentos) eleitores nas capitais e de 300 (trezentos) 
nas demais localidades, nem menos de 50 (cinquenta) eleitores.
§ 1º Em casos excepcionais, devidamente jus�ficados, o Tribunal Regional poderá autorizar que 
sejam ultrapassados os índices previstos neste ar�go desde que essa providência venha facilitar 
o exercício do voto, aproximando o eleitor do local designado para a votação.
§ 2º Se em seção des�nada aos cegos, o número de eleitores não alcançar o mínimo exigido este 
se completará com outros, ainda que não sejam cegos.
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OBSERVAÇÃO:
Art. 118. Os juízes eleitorais organizarão relação de eleitores de cada seção a qual será reme�da 
aos presidentes das mesas receptoras para facilitação do processo de votação.
CAPÍTULO II
DAS MESAS RECEPTORAS
Art. 119. A cada seção eleitoral corresponde uma mesa receptora de votos.
Art. 120. Cons�tuem a mesa receptora um presidente, um primeiro e um segundo mesários, 
dois secretários e um suplente, nomeados pelo juiz eleitoral sessenta dias antes da eleição, em 
audiência pública, anunciado pelo menos com cinco dias de antecedência. (Redação dada pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º Não podem ser nomeados presidentes e mesários:
I - os candidatos e seus parentes ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem 
assim o cônjuge;
II - os membros de diretórios de par�dos desde que exerça função execu�va;
III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de 
confiança do Execu�vo;
IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
§ 2º Os mesários serão nomeados, de preferência entre os eleitores da própria seção, e, dentre 
estes, os diplomados em escola superior, os professores e os serventuários da Jus�ça.
§ 3º O juiz eleitoral mandará publicar no jornal oficial, onde houver, e, não havendo, em 
cartório, as nomeações que �ver feito, e in�mará os mesários através dessa publicação, para 
cons�tuírem as mesas no dia e lugares designados, às 7 horas.
§ 4º Os mo�vos justos que �verem os nomeados para recusar a nomeação, e que ficarão a livre 
apreciação do juiz eleitoral, somente poderão ser alegados até 5 (cinco) dias a contar da 
nomeação, salvo se sobrevindos depois desse prazo.
§ 5º Os nomeados que não declararem a existência de qualquer dos impedimentos referidos no 
§ 1º incorrem na pena estabelecida pelo Art. 310.
Art. 121. Da nomeação da mesa receptora qualquer par�do poderá reclamar ao juiz eleitoral, no 
prazo de 2 (dois) dias, a contar da audiência, devendo a decisão ser proferida em igual prazo.
Lei nº 9.504/1997, art. 63, caput: prazo de cinco dias e decisão em 48 horas.
§ 1º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 3 
(três) dias, devendo, dentro de igual prazo, ser resolvido.
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OBSERVAÇÃO:
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§ 2º Se o vício da cons�tuição da mesa resultar da incompa�bilidade prevista no nº I, do § 1º, do 
Art. 120, e o registro do candidato for posterior à nomeação do mesário, o prazo para 
reclamação será contado da publicação dos nomes dos candidatos registrados. Se resultar de 
qualquer das proibições dos nºs II, III e IV, e em virtude de fato superveniente, o prazo se contará 
do ato da nomeação ou eleição.
§ 3º O par�do que não houver reclamado contra a composição da mesa não poderá arguir sob 
esse fundamento, a nulidade da seção respec�va.
Art. 122. Os juízes deverão instruir os mesários sobre o processo da eleição, em reuniões para 
esse fim convocadas com a necessária antecedência.
Art. 123. Os mesários subs�tuirão o presidente, de modo que haja sempre quem responda 
pessoalmente pela ordem e regularidade do processo eleitoral, e assinarão a ata da eleição.
§ 1º O presidente deve estar presente ao ato de abertura e de encerramento da eleição, salvo 
força maior, comunicando o impedimento aos mesários e secretários pelo menos 24 (vinte e 
quatro) horas antes da abertura dos trabalhos, ou imediatamente, se o impedimento se der 
dentro desse prazo ou no curso da eleição.
§ 2º Não comparecendo o presidente até as sete horas e trinta minutos, assumirá a presidência 
o primeiro mesário e, na sua falta ou impedimento, o segundo mesário, um dos secretários ou o 
suplente.
§ 3º Poderá o presidente, ou membro da mesa que assumir a presidência, nomear ad hoc, 
dentre os eleitores presentes e obedecidas as prescrições do § 1º, do Art. 120, os que forem 
necessários para completar a mesa
Res.-TSE nº 21.611/2019, art. 88, §3º, II: nomeação de mesário ad hoc na hora da eleição para 
caso de ausência de algum mesário já nomeado.
Art. 124. O membro da mesa receptora que não comparecer no local, em dia e hora 
determinados para a realização de eleição, sem justa causa apresentada ao juiz eleitoral até 30 
(trinta) dias após, incorrerá na multa de 50% (cinquenta por cento) a 1 (um) salário-mínimo 
vigente na zona eleitoral cobrada mediante selo federal inu�lizado no requerimento em que for 
solicitado o arbitramento ou através de execu�vo fiscal.
§ 1º Se o arbitramento e pagamento da multa não for requerido pelo mesário faltoso, a multa 
será arbitrada e cobrada na forma prevista no ar�go 367.
§ 2º Se o faltoso for servidor público ou autárquico, a pena será de suspensão até 15 (quinze) 
dias.
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§ 3º As penas previstas neste ar�go serão aplicadas em dobro se a mesa receptora deixar de 
funcionar por culpa dos faltosos.
§ 4º Será também aplicada em dobro observado o disposto nos §§ 1º e 2º, a pena ao membro da 
mesa que abandonar os trabalhos no decurso da votação sem justa causa apresentada ao juiz 
até 3 (três) dias após a ocorrência.
Art. 125. Não se reunindo, por qualquer mo�vo, a mesa receptora, poderão os eleitores 
pertencentes à respec�va seção votar na seção mais próxima, sob a jurisdição do mesmo juiz, 
recolhendo-se os seus votos à urna da seção em que deveriam votar, a qual será transportada 
para aquela em que �verem de votar.
§ 1º As assinaturas dos eleitores serão recolhidas nas folhas de votação da seção a que 
pertencerem, as quais, juntamente com as cédulas oficiais e o material restante, acompanharão 
a urna.
§ 2º O transporte da urna e dos documentos da seção será providenciado pelo presidente da 
mesa, mesário ou secretário que comparecer, ou pelo próprio juiz, ou pessoa que ele designar 
para esse fim, acompanhando-a os fiscais que o desejarem.
Art. 126. Se no dia designado para o pleito deixarem de se reunir todas as mesas de um 
município, o presidente do Tribunal Regional determinará dia para se realizar o mesmo, 
instaurando-se inquérito para a apuração das causas da irregularidade e punição dos 
responsáveis.
Parágrafo único. Essa eleiçãodeverá ser marcada dentro de 15 (quinze) dias, pelo menos, para 
se realizar no prazo máximo de 30 (trinta) dias.
Art. 127. Compete ao presidente da mesa receptora, e, em sua falta, a quem o subs�tuir:
I - receber os votos dos eleitores;
II - decidir imediatamente todas as dificuldades ou dúvidas que ocorrerem;
III - manter a ordem, para o que disporá de força pública necessária;
IV - comunicar ao juiz eleitoral, que providenciará imediatamente as ocorrências cuja solução 
deste dependerem;
V - remeter à Junta Eleitoral todos os papéis que �verem sido u�lizados durante a recepção dos 
votos;
VI - auten�car, com a sua rubrica, as cédulas oficiais e numerá-las nos termos das Instruções do 
Tribunal Superior Eleitoral;
VII assinar as fórmulas de observações dos fiscais ou delegados de par�do, sobre as votações;-
VIII - fiscalizar a distribuição das senhas e, verificando que não estão sendo distribuídas segundo 
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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a sua ordem numérica, recolher as de numeração intercalada, acaso re�das, as quais não se 
poderão mais distribuir.
IX - anotar o não comparecimento do eleitor no verso da folha individual de votação. (Incluído 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 128. Compete aos secretários:
I - distribuir aos eleitores as senhas de entrada previamente rubricadas ou carimbadas segundo 
a respec�va ordem numérica;
II - lavrar a ata da eleição;
III - cumprir as demais obrigações que lhes forem atribuídas em instruções.
Parágrafo único. As atribuições mencionadas no n.º 1 serão exercidas por um dos secretários e 
os constantes dos nºs. II e III pelo outro.
Art. 129. Nas eleições proporcionais os presidentes das mesas receptoras deverão zelar pela 
preservação das listas de candidatos afixadas dentro das cabinas indevassáveis tomando 
imediatas providências para a colocação de nova lista no caso de inu�lização total ou parcial.
Parágrafo único. O eleitor que inu�lizar ou arrebatar as listas afixadas nas cabinas indevassáveis 
ou nos edi�cios onde funcionarem mesas receptoras, incorrerá nas penas do ar�go 297.
Art. 130. Nos estabelecimentos de internação cole�va de hansenianos os membros das mesas 
receptoras serão escolhidos de preferência entre os médicos e funcionários sadios do próprio 
estabelecimento.
A Lei nº 7.914/1989 revogou os ar�gos do Código Eleitoral que dispunham sobre 
estabelecimentos de internação cole�va.
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO PERANTE AS MESAS RECEPTORAS
Art. 131. Cada par�do poderá nomear 2 (dois) delegados em cada município e 2 (dois) fiscais 
junto a cada mesa receptora, funcionando um de cada vez.
§ 1º Quando o município abranger mais de uma zona eleitoral cada par�do poderá nomear 2 
(dois) delegados junto a cada uma delas.
§ 2º A escolha de fiscal e delegado de par�do não poderá recair em quem, por nomeação do juiz 
eleitoral, já faça parte da mesa receptora.
§ 3º As credenciais expedidas pelos par�dos, para os fiscais, deverão ser visadas pelo juiz eleitoral.
§ 4º Para esse fim, o delegado do par�do encaminhará as credenciais ao Cartório, juntamente 
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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OBSERVAÇÃO:
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com os �tulos eleitorais dos fiscais credenciados, para que, verificado pelo escrivão que as 
inscrições correspondentes as �tulos estão em vigor e se referem aos nomeados, carimbe as 
credenciais e as apresente ao juiz para o visto.
§ 5º As credenciais que não forem encaminhadas ao Cartório pelos delegados de par�do, para 
os fins do parágrafo anterior, poderão ser apresentadas pelos próprios fiscais para a obtenção 
do visto do juiz eleitoral.
§ 6º Se a credencial apresentada ao presidente da mesa receptora não es�ver auten�cada na 
forma do § 4º, o fiscal poderá funcionar perante a mesa, mas o seu voto não será admi�do, a não 
ser na seção em que o seu nome es�ver incluído.
Res.-TSE nº 15602/1989: considerou revogado este parágrafo pelo art. 12, § 1º, da Lei nº 
6.996/1982.
§ 7º O fiscal de cada par�do poderá ser subs�tuído por outro no curso dos trabalhos eleitorais.
Art. 132. Pelas mesas receptoras serão admi�dos a fiscalizar a votação, formular protestos e 
fazer impugnações, inclusive sobre a iden�dade do eleitor, os candidatos registrados, os 
delegados e os fiscais dos par�dos.
TÍTULO III
DO MATERIAL PARA A VOTAÇÃO
Art. 133. Os juízes eleitorais enviarão ao presidente de cada mesa receptora, pelo menos 72 
(setenta e duas) horas antes da eleição, o seguinte material.
I - relação dos eleitores da seção que poderá ser dispensada, no todo ou em parte, pelo 
respec�vo Tribunal Regional Eleitoral em decisão fundamentada e aprovada pelo Tribunal 
Superior Eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 6.055, de 17.6.1974)
II - relações dos par�dos e dos candidatos registrados, as quais deverão ser afixadas no recinto 
das seções eleitorais em lugar visível, e dentro das cabinas indevassáveis as relações de 
candidatos a eleições proporcionais;
III - as folhas individuais de votação dos eleitores da seção, devidamente acondicionadas;
IV - uma folha de votação para os eleitores de outras seções, devidamente rubricada;
V - uma urna vazia, vedada pelo juiz eleitoral, com �ras de papel ou pano forte;
VI - (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
VI - sobrecartas maiores para os votos impugnados ou sobre os quais haja dúvida; (Renumerado 
do Inciso VII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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OBSERVAÇÃO:
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VII - cédulas oficiais; (Renumerado do Inciso VIII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
VIII - sobrecartas especiais para remessa à Junta Eleitoral dos documentos rela�vos à eleição; 
(Renumerado do Inciso IX pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
IX - senhas para serem distribuídas aos eleitores; (Renumerado do Inciso X pela Lei nº 4.961, de 
4.5.1966)
X - �nta, canetas, penas, lápis e papel, necessários aos trabalhos; (Renumerado do Inciso XI pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XI - folhas apropriadas para impugnação e folhas para observação de fiscais de par�dos; 
(Renumerado do Inciso XII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XII - modelo da ata a ser lavrada pela mesa receptora; (Renumerado do Inciso XIII pela Lei nº 
4.961, de 4.5.1966)
XIII - material necessário para vedar, após a votação, a fenda da urna; (Renumerado do Inciso XIV 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XIV - um exemplar das Instruções do Tribunal Superior Eleitoral; (Renumerado do Inciso XV pela 
Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XV - material necessário à contagem dos votos quando autorizada; (Renumerado do Inciso XVI 
pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
XVI - outro qualquer material que o Tribunal Regional julgue necessário ao regular 
funcionamento da mesa. (Renumerado do Inciso XVII pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 1º O material de que trata este ar�go deverá ser reme�do por protocolo ou pelo correio 
acompanhado de uma relação ao pé da qual o des�natário declarará o que recebeu e como o 
recebeu, e aporá sua assinatura.
§ 2º Os presidentes da mesa que não �verem recebido até 48 (quarenta e oito) horas antes do 
pleito o referido material deverão diligenciar para o seu recebimento.
§ 3º O juiz eleitoral, em dia e hora previamente designados em presença dos fiscais e delegados 
dos par�dos, verificará, antes de fechar e lacrar as urnas, se estas estão completamente vazias; 
fechadas, enviará uma das chaves, se houver, ao presidente da Junta Eleitoral e a da fenda, 
também se houver, ao presidente da mesa receptora, juntamente com a urna.
Art. 134. Nos estabelecimentos de internação cole�va para hansenianosserão sempre 
u�lizadas urnas de lona.
A Lei nº 7.914/1989 revogou os ar�gos do Código Eleitoral que dispunham sobre 
estabelecimentos de internação cole�va.
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DA VOTAÇÃO
CAPÍTULO I
DOS LUGARES DA VOTAÇÃO
Art. 135. Funcionarão as mesas receptoras nos lugares designados pelos juízes eleitorais 60 
(sessenta) dias antes da eleição, publicando-se a designação.
§ 1º A publicação deverá conter a seção com a numeração ordinal e local em que deverá 
funcionar com a indicação da rua, número e qualquer outro elemento que facilite a localização 
pelo eleitor.
§ 2º Dar-se-á preferência aos edi�cios públicos, recorrendo-se aos par�culares se faltarem 
aqueles em número e condições adequadas.
§ 3º A propriedade par�cular será obrigatória e gratuitamente cedida para esse fim.
§ 4º É expressamente vedado uso de propriedade pertencente a candidato, membro do 
diretório de par�do, delegado de par�do ou autoridade policial, bem como dos respec�vos 
cônjuges e parentes, consanguíneos ou afins, até o 2º grau, inclusive.
§ 5º Não poderão ser localizadas seções eleitorais em fazenda sí�o ou qualquer propriedade 
rural privada, mesmo exis�ndo no local prédio público, incorrendo o juiz nas penas do Art. 312, 
em caso de infringência. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 6º Os Tribunais Regionais, nas capitais, e os juízes eleitorais, nas demais zonas, farão ampla 
divulgação da localização das seções.
 § 6º-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada eleição, expedir instruções aos Juízes 
Eleitorais para orientá-los na escolha dos locais de votação, de maneira a garan�r acessibilidade 
para o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos 
sistemas de transporte que lhe dão acesso. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
§ 6º B (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.226, de 15 de maio de 2001)
§ 7º Da designação dos lugares de votação poderá qualquer par�do reclamar ao juiz eleitoral, 
dentro de três dias a contar da publicação, devendo a decisão ser proferida dentro de quarenta e 
oito horas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 8º Da decisão do juiz eleitoral caberá recurso para o Tribunal Regional, interposto dentro de 
três dias, devendo no mesmo prazo, ser resolvido. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 9º Esgotados os prazos referidos nos §§ 7º e 8º deste ar�go, não mais poderá ser alegada, no 
processo eleitoral, a proibição con�da em seu § 5º. (Incluído pela Lei nº 6.336, de 1º.6.1976)
Art. 136. Deverão ser instaladas seções nas vilas e povoados, assim como nos estabelecimentos de 
internação cole�va, inclusive para cegos e nos leprosários onde haja, pelo menos, 50 (cinquenta) 
eleitores.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Parágrafo único. A mesa receptora designada para qualquer dos estabelecimentos de 
internação cole�va deverá funcionar em local indicado pelo respec�vo diretório mesmo critério 
será adotado para os estabelecimentos especializados para proteção dos cegos.
 Art.137. Até 10 (dez) dias antes da eleição, pelo menos, comunicarão os juízes eleitorais aos 
chefes das repar�ções públicas e aos proprietários, arrendatários ou administradores das 
propriedades par�culares a resolução de que serão os respec�vos edi�cios, ou parte deles, 
u�lizados para pronunciamento das mesas receptoras.
Art. 138. No local des�nado a votação, a mesa ficará em recinto separado do público; ao lado 
haverá uma cabina indevassável onde os eleitores, à medida que comparecerem, possam 
assinalar a sua preferência na cédula.
Parágrafo único. O juiz eleitoral providenciará para que nós edi�cios escolhidos sejam feitas as 
necessárias adaptações.
CAPÍTULO II
DA POLÍCIA DOS TRABALHOS ELEITORAIS
Art. 139. Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral cabe a polícia dos trabalhos 
eleitorais.
Art. 140. Somente podem permanecer no recinto da mesa receptora os seus membros, os 
candidatos, um fiscal, um delegado de cada par�do e, durante o tempo necessário à votação, o 
eleitor.
§ 1º O presidente da mesa, que é, durante os trabalhos, a autoridade superior, fará re�rar do 
recinto ou do edi�cio quem não guardar a ordem e compostura devidas e es�ver pra�cando 
qualquer ato atentatório da liberdade eleitoral.
§ 2º Nenhuma autoridade estranha a mesa poderá intervir, sob pretexto algum, em seu 
funcionamento, salvo o juiz eleitoral.
Art. 141. A força armada conservar-se-á a cem metros da seção eleitoral e não poderá 
aproximar-se do lugar da votação, ou dele penetrar, sem ordem do presidente da mesa.
CAPÍTULO III
DO INÍCIO DA VOTAÇÃO
Art. 142. No dia marcado para a eleição, às 7 (sete) horas, o presidente da mesa receptora os 
mesários e os secretários verificarão se no lugar designado estão em orem o material reme�do 
pelo juiz e a urna des�nada a recolher os votos, bem como se estão presentes os fiscais de par�do.
Art. 143. As 8 (oito) horas, supridas as deficiências declarará o presidente iniciados os trabalhos, 
procedendo-se em seguida à votação, que começará pelos candidatos e eleitores presentes.
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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OBSERVAÇÃO:
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§ 1º Os membros da mesa e os fiscais de par�do deverão votar no correr da votação, depois que 
�verem votado os eleitores que já se encontravam presentes no momento da abertura dos 
trabalhos, ou no encerramento da votação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 4.961, 
de 4.5.1966)
§ 2º Observada a prioridade assegurada aos candidatos, têm preferência para votar o juiz 
eleitoral da zona, seus auxiliares de serviço, os eleitores de idade avançada os enfermos e as 
mulheres grávidas. (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
Art. 144. O recebimento dos votos começará às 8 (oito)e terminará, salvo o disposto no Art. 153, 
às 17 (dezessete) horas.
Art. 145. O presidente, mesários, secretários, suplentes e os delegados e fiscais de par�do 
votarão, perante as mesas em que servirem, sendo que os delegados e fiscais, desde que a 
credencial esteja visada na forma do ar�go 131, § 3º; quando eleitores de outras seções, seus 
votos serão tomados em separado. (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 
7.332, de 1º.7.1985)
Lei nº 9.504/1997, art. 65, § 2º: expedição das credenciais, exclusivamente, pelos par�dos ou 
coligações.
Res.-TSE nº 20686/2000: impossibilidade de voto em separado nos locais em que adotada 
urna eletrônica.
§ 1º )(Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985
§ 2º (Renumerado para parágrafo único (abaixo) pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966)
§ 3º (Revogado pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) (Vide Lei nº 7.332, de 1º.7.1985)
Parágrafo único. Com as cautelas constantes do ar. 147, § 2º, poderão ainda votar fora da 
respec�va seção: (Renumerado do parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966 (Vide Lei nº 
7.332, de 1º.7.1985)
I - o juiz eleitoral, em qualquer seção da zona sob sua jurisdição, salvo em eleições municipais, 
nas quais poderá votar em qualquer seção do município em que for eleitor; (Renumerado do 
parágrafo 2º pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966
II - o Presidente da República, o qual poderá votar em qualquer seção, eleitoral do país, nas 
eleições presidenciais; em qualquer seção do Estado em que for eleitor nas eleições para 
governador, vice-governador, senador, deputado federal e estadual; em qualquer seção do 
município em que es�ver inscrito, nas eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador; 
(Renumerado do parágrafo 2º pela

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