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Direito Eleitoral - Slides ADI 4650 - Tatiane Regiane e Michele Merlin

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DIREITO ELEITORAL
ADI 4650 E LEI 9.096/1995
Alunas: 
- Tatiane Regiane Costa Lourenço
- Michele Merlin de Siqueira
ADI 4650
 A ADI 4650 é uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pelo Conselho Federal da Ordem 
dos Advogados do Brasil (OAB) que questionou dispositivos da Lei 9.096/1995 (Lei dos Partidos 
Políticos) e da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições), que tratam das doações de empresas para 
campanhas eleitorais.
 Em 2015, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a ADI 4650 e decidiu, por maioria de votos, que as 
doações de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais são inconstitucionais. 
 Após o julgamento da ADI 4650, ficou vedada a realização de doações de pessoas jurídicas para 
campanhas eleitorais, restando permitidas apenas as doações de pessoas físicas, observados os 
limites estabelecidos pela legislação eleitoral em vigor. É importante ressaltar que a jurisprudência 
do STF pode ser objeto de alteração ao longo do tempo, sendo importante acompanhar eventuais 
atualizações sobre o tema.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – ADI 4650 
Os principais argumentos utilizados pelo STF foram:
 Igualdade política: O STF entendeu que as doações de empresas para campanhas eleitorais podem 
criar desigualdades políticas, pois empresas com maior capacidade financeira teriam maior influência 
nas eleições, comprometendo a igualdade de oportunidades entre os candidatos.
 Risco de corrupção: O STF também destacou o risco de corrupção associado às doações de 
empresas, uma vez que as doações podem ser usadas como forma de favorecimento e influência 
indevida na política, comprometendo a lisura e a transparência do processo eleitoral.
 Proteção da democracia: O STF ressaltou a importância de proteger a democracia e os interesses da 
sociedade como um todo, evitando a excessiva influência do poder econômico nas eleições e 
garantindo a igualdade de participação dos candidatos.
 Princípio da moralidade: Outro argumento utilizado pelo STF foi o princípio da moralidade 
administrativa, previsto na Constituição Federal, que impõe aos agentes públicos o dever de pautar 
suas condutas de acordo com os valores éticos e morais da sociedade. Nesse sentido, o STF entendeu 
que as doações de empresas podem ferir esse princípio ao permitir a interferência do poder 
econômico no processo eleitoral.
LEI 9.096/1995 -
As regras de doações de pessoas jurídicas para partidos políticos, com base na Lei 9.096/1995, conhecida 
como Lei dos Partidos Políticos:
 Proibição de doações de pessoas jurídicas estrangeiras: A Lei 9.096/1995 estabelece que apenas pessoas jurídicas de 
nacionalidade brasileira podem fazer doações para partidos políticos. Portanto, é proibida a realização de doações por 
empresas estrangeiras, seja de forma direta ou indireta.
 Limites de doações de pessoas jurídicas nacionais: A lei estabelece limites para as doações de pessoas jurídicas nacionais 
aos partidos políticos. De acordo com a legislação em vigor, as doações de pessoas jurídicas para partidos políticos não 
podem ultrapassar 2% do faturamento bruto da empresa no ano anterior à eleição.
 Obrigatoriedade de identificação das doações e sua publicidade: A Lei dos Partidos Políticos determina que as doações 
realizadas por pessoas jurídicas devem ser identificadas e registradas pelos partidos políticos em sua contabilidade, com a 
devida identificação do doador. Além disso, é obrigatória a publicidade das doações recebidas pelos partidos, incluindo a 
identificação dos doadores em suas prestações de contas anuais.
 Vedação de doações anônimas: A legislação também proíbe as doações anônimas, ou seja, é obrigatório que as doações 
realizadas por pessoas jurídicas sejam identificadas e registradas, sendo vedada a realização de doações de forma oculta 
ou sem a devida identificação do doador.
 Penalidades por descumprimento: A Lei 9.096/1995 prevê penalidades para o descumprimento das regras de doações de 
pessoas jurídicas para partidos políticos. Empresas que realizarem doações acima dos limites estabelecidos ou que não 
identificarem corretamente os doadores estão sujeitas a sanções, incluindo a possibilidade de multas e até a proibição de 
participação em licitações públicas por determinado período.
STF DECLARA CONSTITUCIONALIDADE DO FUNDO ESPECIAL DE 
FINANCIAMENTO DE CAMPANHA
O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou constitucional dispositivo da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997) que criou o 
Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Na sessão virtual concluída em 19/8, o Plenário, por unanimidade, 
julgou improcedente o pedido formulado na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5795, nos termos do voto da 
relatora, ministra Rosa Weber.
O dispositivo que criou o fundo especial (artigo 16-C, caput), incluído na Lei das Eleições pela Lei 13.487/2017, foi 
questionado pelo Partido Social Liberal (PSL), atual União Brasil. Segundo a legenda, o artigo 17, parágrafo 3º, da 
Constituição Federal impõe o Fundo Partidário como única fonte de recursos públicos dos partidos políticos, e qualquer 
outra fonte só poderia ter por fundamento de validade uma emenda constitucional.
 Em seu voto, a ministra explicou que o tema do financiamento de campanhas eleitorais é uma questão delicada e de 
difícil equacionamento nas nações democráticas e que a relação entre dinheiro, eleições e democracia é 
extremamente complexa. "Se, de um lado, são indissociáveis, de outro, podem acarretar abusos tóxicos, 
antirrepublicanos, antidemocráticos e contrários à isonomia", assinalou. Segundo ela, não existe um método de 
financiamento universal nem consenso mínimo, em âmbito doutrinário, a respeito de qual a melhor fórmula.
 Rosa Weber lembrou que o STF, ao julgar a ADI 4650, considerou inconstitucional o modelo de financiamento privado 
dos partidos e das campanhas eleitorais, até então vigente. Com essa decisão, foram mantidos no ordenamento 
jurídico o Fundo Partidário e as doações de pessoas físicas, e, em 2017, foi criado o FEFC, formado por parcela do 
orçamento da União e constituído apenas em anos eleitorais. "O Congresso Nacional entendeu que o método de 
financiamento de campanha existente, após a declaração de inconstitucionalidade das doações por pessoas jurídicas 
de direito privado, não era suficiente para atender às demandas, motivo pelo qual instituiu o Fundo Eleitoral de 
Financiamento de Campanha", destacou.
FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA (FEFC) -
23/08/2022
É importante ressaltar que as regras de doações de pessoas jurídicas para partidos políticos estão sujeitas a 
alterações e atualizações, sendo fundamental consultar a legislação vigente e eventuais atualizações, bem como 
observar a jurisprudência dos tribunais competentes.
Em resumo, os argumentos do STF na ADI 4650 e as regras legais sobre doações para partidos políticos têm uma 
grande relevância no contexto político e jurídico do Brasil, buscando proteger a igualdade política, prevenir a 
corrupção, preservar a democracia e garantir a moralidade administrativa nas eleições e na gestão pública.
Em relação à alegação de que seria necessária a aprovação de emenda constitucional sobre a matéria, Rosa 
Weber verificou que não existe, na Constituição da República, nenhuma norma que estabeleça a exclusividade do 
Fundo Partidário e impeça a criação de novos fundos para financiamento de partidos e campanhas eleitorais ou 
que vincule essa temática a emendas à constituição. Para a relatora, o Poder Judiciário, no exercício do controle 
de constitucionalidade de leis e atos normativos, deve respeitar o espaço de deliberação dos demais Poderes e as 
escolhas políticas legitimamente adotadas pelos representantes do povo.
 O Plenário entendeu que não há vedação na Constituição com relação ao tema e, portanto, o Poder Judiciário 
deve preservar a legítima escolha legislativa.

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