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Pensamentos, divergências entre Adam Smith e David Ricardo

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UFRRJ   
Atividade 1: Pensamentos, divergências entre Adam Smith e David Ricardo 
Adam Smith e David Ricardo surgem no século XVIII sendo pensadores muito importantes da Economia Moderna, apesar de eles terem iniciado a escola clássica, moderna apresentando propostas novas e grandes alterações do que havia sido exposto até então pelos fisiocratas e mecanicistas. Apesar de Ricardo ter se baseado na obra de Adam Smith, cada autor desenvolveu suas teorias seguindo posicionamentos diferentes. 
Adam Smith, fundador da escola clássica inglesa, é considerado o “pai da política”, tendo como obra principal o livro “A riqueza das nações, pois para ele a riqueza se baseia na divisão do trabalho e na liberdade econômica e não somente ao trabalho na terra.  
Adam Smith defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas, a fim de cada trabalhador fosse se aperfeiçoando e melhorando seu empenho ao longo da produção. A divisão de trabalho para Smith corresponde a especialização de cada indivíduo em uma determinada tarefa onde deseja ou que possua maiores habilidades, ele tenta demonstrar que o mercado tem efeito de coesão social e que as trocas eram tão naturais entre os seres humanos. Além disso, para ele a divisão do trabalho seria a forma pelo qual as nações iriam se tornar mais ricas, considerando que a busca pela riqueza era sinônimo do ser humano querer ser melhor, por consequência disso melhorar a sociedade também. Podemos dizer então que quanto mais comércio e divisão do trabalho maior é o estímulo no aumento da força e com isso consequentemente resultaria em um aumento da produtividade do trabalho, fazendo com que se multiplicasse a riqueza gerada para a sociedade como um todo, pois o trabalho em geral é a única fonte de riqueza de uma sociedade.   
A partir dessa divisão social de trabalho é que se deu origem a teoria de valores que tem por finalidade buscar entender o fundamento dos movimentos de preços relativos e a medida da riqueza produzida. Na visão de Smith, este fundamento não está no valor de uso está na utilidade ou uso da mercadoria, ou seja, um bem ou serviço não tem seu valor de troca correspondente a satisfação e sim no tempo de fabricação e ou execução dos mesmos. Seguindo a lógica de Adam Smith podemos dizer que esse fundamento se encontra no trabalho, a uma série de esforços humanos. O valor da mercadoria para Smith era determinado pela quantidade de trabalho que essas mercadorias poderiam comprar. 
Apesar do trabalho ser uma medida de valor, ele não calcula o mesmo, pela dificuldade de medida. Segundo Smith ele afirma que o dinheiro é apenas o valor nominal e que o trabalho é o valor real, ou seja, a quantidade de trabalho que pode com ela ser comprada, exigida, comandada.  Sendo assim, um produto que foi feito em duas horas só poderia ser trocado por outro que foi feito no mesmo tempo.  
Portanto, essa teoria nos diz que o valor das mercadorias equivale à quantidade de trabalho que está possa comprar ou comandar. De acordo com ele, o trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas, e o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano.  
A Teoria da Vantagem Absoluta elaborada por Smith é baseada na especialização, expõe as vantagens do comércio internacional quando um país produz algum produto a custo mais baixo que os outros e menor horas de trabalho, ou seja, esse país detém a vantagem absoluta. Podemos dizer então que trata de uma comparação entre fornecedores ou produtores de uma determinada mercadoria, com a ideia de que cada país possa produzir e focar na mercadoria que melhor é especializado e que possa existir uma troca entre países, que na visão de Smith seria questão de ser justo, e tão natural a troca de serviços e ou produtos.   
Por outro lado, temos as ideias do economista inglês David Ricardo que é considerado o mais legítimo sucessor de Adam Smith, em contra partida ele discorda de algumas ideias de Smith, no qual ele escreve em seu livro Princípios de Economia Política e tributação, que foi ponto de partida para o início das suas ideias.  
Ricardo também contribuiu de forma positiva para a teoria do valor do trabalho e o mesmo afirma que a Teoria de Smith é compreensível. Na visão de Ricardo, acredita-se que pode acrescentar a essa teoria o valor de uma mercadoria articulado com os esforços dos recursos usados na confecção, e não apenas os esforços humanos realizados na produção. Para ele, o fato do lucro não retornar o lucro integralmente ao trabalhador, não impediria de ter seu valor medido pelo trabalho. Ele também fala que alguns produtos podem ter maior valor só pelo fato de serem escassos, ou seja, valor agregado maior. 
Ao contrário do que afirma o Smith, Ricardo mudou o conceito de valor de uso, para ele a utilidade da capacidade de um produto deve sim, satisfazer as necessidades, ou seja, se ele existe justamente para suprir as necessidades. 
Para Ricardo o valor da troca das mercadorias era determinado pela quantidade de trabalho necessário à sua produção, não dependia de uma grande quantidade, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção ficando, assim, conhecida por teoria do valor do trabalho incorporado. Para David Ricardo a teoria dos preços não é mais do que uma teoria de preços relativos, ou simplesmente de razões de troca entre diferentes mercadorias. Em Ricardo, a mercadoria vale o quanto de trabalho gasto em sua produção.  
David Ricardo já elabora a Teoria da Vantagem Comparativa/ relativas, com a visão de que possa existir comércio internacional, mesmo que um país não possa produzir mercadorias a um custo mais baixo que os outros países. Para ele também tem uma comparação entre fornecedores ou produtores, porém na sua perspectiva de que quem leva vantagem é aquele que detém melhor oportunidade de negócio e que seja a melhor vantagem relativa. Isso significa que o país deve se concentrar em produzir mercadorias que apresentem maior benefícios absolutos, produzir o que for mais barato ou menor desvantagem relativa mais lucrativo para si ao preço da negociação propostas. 
Portanto podemos concluir, por mais que houvesse uma ampliação e aperfeiçoamento das ideias uma do outro, percebemos que em alguns pontos vistos encontramos divergência na qual fica evidente que Smith é envolvido com questões mais humanitárias, visando o trabalho humano, salários dignos para que o cidadão tivessem melhores qualidades de vida na sociedade, de forma em que  obtivesse enriquecimento de uma nação, ou seja, de uma coletividade de forma igualitária e assim promovendo maiores forças produtivas.  Enquanto Ricardo já pensava sua distribuição entre proprietários de terras, trabalhadores, ele visava mais questões capitalistas, que envolvia os fins lucrativos, do que as questões socias que envolviam os trabalhadores e seus benefícios econômicos na sociedade.

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